Buscar

Cirurgia de Acesso - Dentes Anteriores Superiores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Sheila Prates – 93 
Endodontia I 
 
CIRURGIA DE ACESSO 
DENTES ANTERIORES SUPERIORES 
 
Todas as etapas do tratamento endodôntico são sequenciais e possuem igual importância para a terapia. A maior parte do 
dos fracassos do tratamento resulta do preparo incorreto da cavidade de acesso aos canais radiculares. 
Normas para um preparo adequado: 
1) O objetivo é dar acesso direto à região apical e não somente aos orifícios de entrada dos canais radiculares 
2) Os preparos da cavidade de acesso são diferentes daqueles típicos efetuados na dentística 
3) Conhecimento da anatomia interna do dente a ser submetido ao tratamento endodôntico 
4) O acesso endodôntico será efetuado através da superfície oclusal, lingual ou palatina 
5) Preservar remanescentes de dentes e reduzir interferências oclusais quando necessário 
O que é cirurgia de acesso? 
É o prolongamento da câmara pulpar para a face oposta externa do dente, visando sempre a estética e seguindo as 
referências anatômicas. Para os dentes anteriores, o acesso é realizado pela face palatina/lingual e nos dentes posteriores, 
oclusal. A porção incisal e vestibular da coroa não podem ser tocadas. 
Conforme o envelhecimento do ser humano, a câmara pulpar diminui de tamanho devido a deposição fisiológica de dentina 
– atresiamento/estreitamento da câmara pulpar. Dessa forma, é mais fácil realizar uma cirurgia de acesso em um paciente 
jovem do que em um idoso. 
1º Passo: deve ser realizado uma Radiografia de Diagnóstico (inicial ou estudo) antes de qualquer procedimento, nos dando 
informação em relação a câmara pulpar e os demais aspectos importantes do dente a ser tratado. 
Depois realiza a anestesia se necessário, o Isolamento absoluto e a desinfecção com hipoclorito de sódio em gaze. 
Realizado essas etapas então, inicia a cirurgia de acesso!! 
 
Etapas operatórias para a cirurgia de acesso 
✓ Ponto de Eleição 
✓ Direção de Trepanação 
✓ Remoção do teto da Câmara pulpar – 
forma de contorno inicial 
✓ Preparo Cervical 
✓ Forma de Contorno/Conveniência 
✓ Limpeza e Antissepsia 
 
 PONTO DE ELEIÇÃO 
Ponto pré-determinado, inicial, na face lingual dos 
dentes anteriores (incisivos e caninos) e na face 
oclusal dos dentes posteriores (pré-molares e 
molares). Para encontrar 
esse ponto inicial, pode-
se “desenhar” uma 
hastag (dentes anteriores superiores) em que a face palatina seja dividida em quadrantes. Na 
porção superior do quinto quadrante, encontra-se o ponto de eleição. Ou também utilizar o 
cíngulo como referência: demarcar o ponto abaixo do cíngulo. * O cíngulo não é desgastado* 
 
 
 DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO 
É a direção em que a broca vai percorrer até atingir a câmara pulpar, sendo perpendicular ao longo eixo do dente. NÃO É 
PERPENDICULAR A FACE PALATINA. 
Para iniciar o acesso, a broca sempre será a esférica, em alta rotação e do tamanho compatível ao tamanho da coroa dental. 
A broca então é posicionada no ponto de eleição exatamente na direção de trepanação; aciona-se o motor e introduz a broca 
esférica cuidadosamente e com movimentos intermitentes de penetração. Introduz-se a broca até sentir a sensação de 
“QUEDA NO VAZIO” onde chega na porção mais volumosa da câmara pulpar. Utilizar a sonda de ponta reta para verificar se 
atingiu ou não a câmara. 
 
 REMOÇÃO DO TETO DA CÂMARA PULPAR 
Ou Forma de Contorno Inicial: forma inicial da cavidade intracoronária, resultante da topografia da câmara pulpar de cada 
tipo de dente, ou seja, o formato inicial da cavidade nada mais é do que a projeção externa da anatomia interna da câmara. 
Considerar os seguintes fatores: 
• Tamanho da camara pulpar 
• Forma da camara pulpar 
• Número de canais e suas curvaturas. 
Para a remoção do teto, deve-se posicionar a broca esférica levemente 
inclinada em 45°, seguindo a anatomia até o fim da parede palatina da 
câmara, preservando a borda incisal do dente. A broca deve ficar paralela às 
bordas do dente na retirada do teto, dando a forma da câmara pulpar. 
A cavidade de acesso acaba sendo uma reprodução da anatomia interna, 
dessa forma, as cristas marginais distal e mesia e a incisal são preservadas 
devido a ausência de câmara pulpar. A cavidade de acesso tem o limite mais 
cervical no ponto de eleição. Então, o desgaste é do ponto de eleição para a 
incisal do teto da câmara. 
Para verificar se ainda há remanescente do teto, utiliza-se o explorador angulado nº 5, desliza na parede vestibular e se 
houver retenção, precisa continuar o desgate até o explorador deslizar por completo. Não pode haver retenção de 
remanescente. 
 
 PREPARO CERVICAL 
É a remoção do ombro cervical nos dentes anteriores superiores localizado próximo a embocadura do canal na face palatina. 
Caso haja dificuldade de acesso para o preparo cervical devido ao estreitamento da câmara pulpar, pode-se fazer o 
acabamento final primeiro (forma de contorno), caso contrário, prepara-se o ombro cervical e depois realiza o acabamento. 
Para a remoção do ombro cervical, pode-se utilizar as brocas CP Drill ou LA AXXESS (20/06, 35/06, 45/06) em baixa rotação. 
Aciona o motor e entra no canal paralelamente ao longo eixo do dente, pressiona a broca contra o ombro e movimenta-a de 
dentro para fora. A broca entra e sai acionada. 
Deve-se fazer a irrigação, aspiração e inundação com o hipoclorito de sódio constantemente, principalmente entre troca de 
brocas. Depois analiza se há retenções na câmara pulpar com o explorador nº 5. É importante o preparo cervical para a 
desinfecção do canal radicular e evitar que os canalículos alojem microorganismos, podendo causar infecção pulpar. 
 
 FORMA DE CONTORNO/CONVENIÊNCIA 
Forma final da cavidade de acesso obtida de acordo com a curvatura do canal e da posição do dente. É o acabamento final, 
alisamento, divergência das paredes cervicais e arredondamento dos angulos. Para essa etapa é utilizada a broca ENDO Z, 
em alta rotação. Dessa maneira, a forma final deverá ser de acordo com a anatomia da câmara pulpar, contornado a parede 
mesial e distal, promovendo a divergência dessas paredes e arredondamento dos ângulos. 
 
 LIMPEZA E ANTISSEPSIA 
Executada durante o preparo intracoronário por meio de irrigações, como os objetivos de observar frequentemente a 
cavidade e impedir que algum fragmento oriundo do preparo seja introduzido no interior do canal. IRRIGAÇÃO, ASPIRAÇÃO 
E INUNDAÇÃO do canal radicular com hipoclorito de sódio durante toda a cirurgia de acesso, entre as trocas de brocas e 
principalmente ao término da cirurgia de acesso. 
 
Incisivo Central Superior 
 Comprimento médio → 23mm 
 Inclinação para distal → 3° 
 Inclinação para palatina → 15° 
 Número de raiz → 1 (100%) 
 Número de canais → 1 (100%) 
 Forma do canal → cônico piramidal 
 Direção da raiz → 75% reta, 9,3% vestibular, 7,8% distal 
 Época da erupção → 6-7 anos 
 Rizogênese completa → 10 anos 
 Forma da cavidade depois da cirurgia de acesso: triangular com base para incisal. 
 
Incisivo Lateral Superior 
 Comprimento médio: → 23mm 
 Inclinação para distal → 5° 
 Inclinação para palatina →20° 
 Número de raiz → 1 (97%), 2 (3%) 
 Número de canais → 1 (97%), 2 (3%) 
 Forma do canal → cônico piramidal 
 Direção da raiz → 29,7% reta, 3,9% vestibular, 49,2% distal, 3,9 % lingual 
 Época da erupção → 8-9 anos 
 Rizogênese completa → 11 anos 
 Forma da cavidade: triangular com base voltada para incisal 
 
Caninos Superiores 
 Comprimento médio: → 25mm 
 Inclinação para distal → 6° 
 Inclinação para palatina → 17° 
 Número de raiz → 1 (100%) 
 Número de canais → 1 (100%) 
 Forma do canal → cônico piramidal 
 Direção da raiz → 38,5 % reta, 12,8% vestibular, 31,5% distal 
 Época da erupção → 11-12 anos 
 Rizogênese completa → 13-15 
 Forma da cavidade: forma de ponta de lança (semelhante a anatomia) 
 
 
 
A ANATOMIA 
TOPOGRÁFICA INTERNA 
DO CANAL É IDENTICA A 
ANATOMIA 
TOPOGRÁFICA EXTERNA 
DO DENTE!!!

Continue navegando