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RESUMÃO DA APROVAÇÃO - SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 
 
 
www.passeidireto.com/perfil/felipe-barros @marc.alen30 
 
Marcus Felipe O. B. Alencar 
Medicina - Unifaminas 
PRODUTOR 
1 
CASO CLÍNICO 
• Paciente de 40 anos, vem à UPA com fraqueza e dificuldade para andar com engasgos 
ao se alimentar. Diz que há cerca de 3 dias estava tropeçando com os dois pés ao 
caminhar e sentindo alguma dormência nos pododáctilos e dor nas pernas, tendo que 
levantar demais as pernas para poder dar seus passos já que seus pés não “mexiam 
para cima”. Dois dias após, ao tentar se levantar da cama pela manhã, caiu e não 
conseguiu mais se sustentar por conta própria pois suas pernas e também suas coxas 
não tinham força adequada. Nessa ocasião suas mãos já não seguravam objetos, por 
fraqueza. 
• Desde ontem, ao tentar se alimentar, tem engasgos, principalmente com líquidos 
e alimentos mais pastosos, e algumas palpitações autolimitadas. 
• Nega trauma recente, comorbidades ou uso de medicações contínuas. Fez uso 
de Plasil® há 18 dias por gastroenterite após comer um “podrão”. 
 
Ao exame: 
• ACV: ritmo cardíaco irregular, em dois tempos, 90 bpm, PA 170x90mmHg 
• AR: ausculta normal, com frequência respiratória 28 IRPM, sem uso 
de musculatura acessória 
• ABD: sem alterações 
• MMII hipotônicos (flácidos), fraqueza grau 2 de MMII de forma simétrica, arreflexia 
global, RCP em flexão bilateralmente. Sem movimentos involuntários. 
• Sinal da cortina à direita com disfonia e ptose palpebral à direita 
• Sensibilidade normal, coordenação não possível testar, sem sinais de 
irritação meníngea. 
• Ao fim do exame, aferido PA por outro profissional: 100x50mmHg com 58 bpm 
Síndrome de Guillain-Barré (SGB) 
• Síndrome de 2º neurônio motor: tem flacidez com hipotonia, arreflexia, não tem 
Babinski, sem rigidez. 
• Causa mais comum de Paralisia Flácida Aguda (0,81-1,89/100.000 hab/ano) 
• Acomete a faixa etária de 20-40 anos / 55-75 anos 
• É uma doença do SNP (polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante aguda: 
PIDA) 
• 60-65% inicia 1-3 semanas pós quadro diarreico (Campylobacter jejuni – 32%), 
infecções virais (CMV-13%, EBV-10%), vacinas, gravidez. 
Qual a ligação da diarréia com essa síndrome? 
A SGB é uma doença em que nosso Sistema imunológico ataca nossa bainha de mielina. Então 
eu tenho auto-anticorpos fazendo uma reação cruzada com os antígenos. 
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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 
 
 
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Marcus Felipe O. B. Alencar 
Medicina - Unifaminas 
PRODUTOR 
2 
Clínica clássica: 
• Início: sintomas sensitivos (dor neuropática 50% das vezes) 
• Clássico acometimento motor: paralisia flácida arreflexa ascendente 
• Mais de 50% acometimento de nervos cranianos (paralisia facial, sinal da cortina, 
disfagia) 
• Variante específica de SGB: Miller-Fisher (oftalmoplegia + arreflexia + ataxia) 
• Disautonomia (alteração FC, hipertensão, hipotensão ortostática, anidrose/diaforese, 
retenção urinária) – duração aprox. < 14 dias 
• < 10% tem curso bifásico (acontece uma vez e nunca mais) 
 
 
Curva laranja: estímulo antigênico ao paciente (infecção) 
Ele tem uma latência de geralmente 4 semanas até no máximo o tempo 0. Antes de 4 semanas 
ele começa a produzir os anticorpos antigangliosideos. 
Curva azul: força que diminui à medida que há estímulo antigênico e produção de anticorpos 
antigangliosídeos. 
Curva verde: anticorpos antigangliosídeos. Quando para de criar anticorpos e o estímulo 
antigênico, a força volta a se reestabelecer pela recuperação da bainha de mielina. 
• 50-75% dos pacientes atinge o Nadir (curva pra baixo – maior fraqueza) em 2 semanas. 
• 80-92% em 3 semanas 
• 90-94% em 4 semanas 
Ou seja: 
4 semanas é quando eu espero que a maioria dos pacientes estejam em sua pior fase; 
8 semanas é o máximo que o paciente pode continuar progredindo em termos de 
fraqueza. 
Se passar de 8 semanas a doença sai de aguda para crônica (polirradiculoneuropatia 
inflamatória desmielinizante crônica – PIDC) e o tratamento muda completamente. 
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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 
 
 
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Marcus Felipe O. B. Alencar 
Medicina - Unifaminas 
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3 
Diagnóstico: 
Clínico: 
 Teve reflexo: não é SGB! (pode ser miastenia graves) 
 Sem reflexo: SGB. 
Exames complementares: 
• Análise liquórica (Pico 3 a 4 semanas): Dissociação proteíno-citológica (é 
patognomônico de polirradiculoneuropatia inflamatória desmielinizante) 
• Tem proteína muito alta e celularidade normal ou baixa no resultado. 
• 1ª semana normal até 1/3 casos. 
• 80% pacientes na 2ª semana. 
• Linfócitos > 10/mm3: Diagnóstico diferencial (sarcoidose, Lyme, HIV). 
• Eletroneuromiografia (não disponível na maioria dos serviços). 
• Vantagem: tem valor diagnóstico e prognóstico (quanto maior o dano, maior o 
prognóstico desfavorável com alguma sequela ao paciente); ajuda a excluir 
diagnósticos alternativos (ex: miastenia gravis – ENMG: padrão decremental) 
• Formas alternativas: acometimento axonal. 
Escala de Gravidade de Hughes 
*Usar escala somente para pacientes com até 8 semanas de sintomas. 
 
0 Saudável 
1 Sinais e sintomas menores de neuropatia, capaz de realizar tarefas manuais 
2 Caminha sem auxílio, mas incapaz de realizar tarefas manuais 
3 Caminha somente com bengala ou suporte 
4 Confinado a cadeira de rodas ou cama 
5 Necessita de ventilação artificial 
6 Morte 
 
*Importante: diferenciar o grau 2 do 3, pois esse é o ponto de corte pra quem vai ser tratado 
ou não. 2 pra cima não trata – espera que melhore espontaneamente; 3 pra baixo trata 
sempre. 
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4 
Tratamento: 
• Suporte clínico + Reabilitação 
• Imunoglobulina IV - dose: 2g/kg (faz de 2 a 5 dias) 
• Não pode fazer imunoglobulina IV: pcte > 30 dias de evolução, Insuficiência 
Renal, Infecção ativa. 
• Plasmaférese (2 a 6 sessões em dias alternados) 
• Filtragem plasmática, que remove o plasma cheio dos autoanticorpos do 
sangue do paciente. 
Quando tratar em CTI? 
• Capacidade vital < 12ml/kg (espirometria). 
• Capacidade vital < 18-20ml/kg + sinais de fadiga diafragmática (taquipneia, diaforese e 
respiração paradoxal). 
• Tosse escassa. 
• Pneumonia aspirativa. 
• Disfagia. 
• Sepse. 
• Sinais disautonômicos: flutuação de PA e FC, arritmias, íleo paralítico, edema pulmonar 
Prognóstico: 
• 3% recorrência. 
• 15%: sem déficit residual após dois anos do início da doença. 
• 5% a 10%: desenvolvem sintomas motores ou sensitivos incapacitantes. 
• Mortalidade 5-7% - Morre geralmente por complicações da doença: Insuficiência 
Respiratória, PNM aspirativa, TEP, arritmias cardíacas, sepse. 
Mau prognóstico: 
• > 50 anos. 
• Diarreia precedente. 
• Início abrupto de fraqueza grave (< 7 dias). 
• Necessidade de Ventilação Mecânica. 
• ENMG: Amplitude do potencial da condução motora menor que 20% no limite normal. 
 
 
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Marcus Felipe O. B. Alencar 
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5 
Escala EGOS: 
Prevê o desfecho motor para a SGB nos 6 meses após a doença 
 
 
*Quanto mais próximo de 7 pior é o prognóstico do paciente. 
Diagnósticos Diferenciais: 
• Doença de Lyme 
• Transmitida por carrapatos; achado clínico: eritema migrans; causa artropatia; 
punção lombar: > 10 linfócitos 
• HIV 
• História clínica-epidemiológica 
• Difteria 
• Pacientes tem infecção durante a SGB (sindrome neurológica sincrônica e não 
após o quadro diarréico). 
• PIDC 
• > 8 semanas de sintomas. 
• Miastenia gravis 
• Tem reflexo. 
 
 
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