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Inflamação Aguda e Crônica

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Inflamação Aguda e Crônica 
 
1. Conceituar inflamação 
Inflamação é a reação local dos tecidos à agressão. Ela ocorre como resposta inespecífica 
caracterizada por uma série de alterações que tende a limitar os efeitos da agressão. 
2. Classificar o processo inflamatório 
Se classifica em AGUDA e CRÔNICA. 
❏ Aguda 
Se caracterizam pelo predomínio dos FENÔMENOS EXSUDATIVOS, que são consequentes e 
alterações da permeabilidade vascular, permitindo o acúmulo na região inflamada de líquido 
(edema), fibrina (que se forma no interstício pela interação entre componentes do plasma e fatores 
dos tecidos), leucócitos (especialmente neutrófilos) e hemácias. 
❏ Crônica 
Além destes elementos da Inf. Aguda, ocorrem no local FENÔMENOS PRODUTIVOS, ou seja, 
proliferação dos vasos, fibroblastos (com consequente deposição de colágeno), como também 
migração e proliferação local de monócitos e linfócitos 
3. Identificar a população de células atuantes no 
processo inflamatório em suas várias fases 
(já está descrito acima e na continuação) 
4. Descrever as características morfológicas dos 
tecidos inflamados 
Há 3 fases em uma inflamação. 
FASE ALTERNATIVA 
Alterações causadas diretamente pela agressão 
(o tecido agredido por uma queimadura, por 
exemplo). 
FASE EXSUDATIVA 
Alterações vasculares que propiciam a saída dos 
vasos de seus constituintes líquidos e de 
suas células. 
FASE REPRODUTIVA 
Proliferação local de vasos e células. Num 
experimento com mesentério de rã, que é 
transparente, vê-se as seguintes alterações: 
Vasoconstrição arterial seguida por dilatação 
ativa e intensa das arteríolas, capilares e veias 
locais. Em toda a área observa-se grande 
número de capilares dilatados e ingurgitados, e 
se diz que a área ficou Hiperemiada, que 
representa a demonstração microscópica de 
‘rubor’ e ‘calor’. 
O fenômeno seguinte é um aumento da permeabilidade dos capilares e vênulas. Estes vasos têm 
paredes muito finas e são muito contráteis e possuem poros. As trocas de líquido se fazem pela: 
● Diferença de pressão hidrostática, maior na luz do que n os tecidos, que força os líquidos 
para fora do vaso; 
● Diferença de pressão osmótica entre o plasma e os tecidos. 
 
5. Descrever a evolução do processo inflamatório assim como as suas eventuais 
complicações. 
 
Conteúdo programático: 
1. Inflamação aguda 
2. Introdução 
2.1 Definição 
É uma rápida resposta do hospedeiro que serve para levar leucócitos e proteínas do plasma 
tais como anticorpos, para os locais de infecção ou tecido injuriado. 
2.2 Sinais cardinais 
São sinais e sintomas típicos da inflamação: 
● CALOR 
● TUMOR 
● RUBOR 
● DOR 
O rubor e o calor são o resultado de um aumento da circulação na área inflamada. 
O tumor é consequência do aumento local do líquido intersticial e a dor depende do acúmulo, no 
local, de substâncias biológicas que atuam sobre as terminações nervosas. 
A perda da função é a consequência do somatório de vários fatores, especialmente edema e a dor. 
2.3 Função 
● Facilitação das defesas locais 
● Destruição e eliminação de agentes infectantes 
● Degradação e Liquefação parcial dos tecidos 
3. Características morfológicas da inflamação aguda 
● Alterações vasculares 
● Infiltrado predominantemente neutrofílico 
● Edema 
4 Eventos vasculares e celulares 
4.1 Exsudação 
O EXSUDATO INFLAMATÓRIO é u m líquido rico e m macromoléculas e células que se acumula 
nos interstícios da área inflamada. 
Composição: fluido, contém sais, proteínas e imunoglobulinas, fibrina, neutrófilos 
polimorfonucleares, macrófagos e linfócitos. 
Como sai o exsudato? 
● Exsudação 
● Marginação 
● Rolamento 
● Pavimentação 
● Diapedese 
● Quimiotaxia – direção 
Exsudação leucocitária: processo pelo qual os leucócitos (mais especificamente, nesta fase inicial, o 
polimorfonuclear neutrófilo) realizam a marginação, rolamento, adesão e diapedese (migração) para 
alcançar o tecido inflamado. Toda esta fase é guiada pela ação das selectinas, integrinas e fatores 
quimiotáticos. 
OBS: A inflamação aguda é, portanto, um evento vasculo - exsudativo. O extravasamento de 
fluido, proteínas e células sanguíneas dos sistema vascular para o tecido intersticial ou as cavidades 
corporais é chamado de exsudação. 
A sequência de eventos na jornada dos leucócitos do lúmen vascular para o tecido intersticial 
(extravasamento ou exsudação leucocitária: mecanismo pelo qual os polimorfonucleares deixam o 
capilar para atingir o foco inflamatório), pode ser dividida nas seguintes etapas: 
1- No lúmen, por meio da emissão de moléculas sinalizadoras pelas células endoteliais, 
os polimorfonucleares passam pelas seguintes etapas: MARGINAÇÃO, ROLAMENTO (processo 
induzido pelas selectinas, que garantem uma maior eficácia neste processo) e adesão ao endotélio 
(mediado pelas integrinas). Vale salientar que o endotélio vascular normalmente não prende as 
células circulantes nem impede sua passagem. Porém, na inflamação, o endotélio precisa ser 
ativado para permitir que ele se ligue ao s leucócitos, sendo este o passo inicial para que depois eles 
saiam dos vasos; 
2- TRANSMIGRAÇÃO (DIAPEDESE) através do endotélio; 
3- Migração nos tecidos intersticiais em direção ao ESTÍMULO QUIMIOTÁTICO. 
4.2 Mecanismos de diapedese e quimiotaxia 
❏ DIAPEDESE ou TRANSMIGRAÇÃO 
Ocorre nas vênulas pós-capilares. As quimiocinas agem nos leucócitos aderentes e estimulam as 
células a migrarem através dos espaços interendoteliais em direção ao gradiente de concentração 
químico, que é em direção ao local da injúria ou infecção onde a s quimiocinas estão sendo 
produzidas. 
❏ QUIMIOTAXIA 
Locomoção originada ao longo de um gradiente químico. 
Os agentes exógenos mais comuns são produtos bacterianos e lipídeos. 
Os agentes endógenos incluem vários mediadores químicos, como: 
● Citocinas (ex: IL-8) 
● Componentes do Sistema Complemento (C5a) 
● Metabólitos do Ácido Aracdônico (AA),particularmente o leucotrieno B4 (LBT4) 
4.3 Neutrófilos: morfologia, origem, função e comportamento da fase aguda 
● Morfologia: medem cerca de 20μm e tem núcleo segmentado, com 3 a 5 lóbulos. Contém 
grânulos e vesículas secretoras com várias integrinas. 
● Origem: medula óssea e levam cerca de 7 dias para atingir a maturação e ir pra circulação, o 
qual permanecem por 6h a 7h e a seguir, deixam os vasos e se instalam no interstício. 
● Função: são muito importantes na fagocitose e eliminação de microorganismos, sobretudo 
bactérias, desempenhando papel fundamental no primeiro combate contra infecções 
bacterianas. 
● Comportamento na fase aguda: e les são ricos em receptores para quimiocinas CXCL-1 a 
8 e para outros quimiotático s gerados a partir do complemento, fibrinólise e ácidos graxos, 
razão pela qual representam as células mais numerosas nas fases iniciais de inflamação. 
● Generalidades: Principal célula do processo inflamatório agudo; tem vida curta após ativação; 
função fagocitária; Produção de Radicais Livres; Produção d e AA; Mobilidade com 
deslocamento direcional (quimiotaxia). 
4.4 Macrófagos: morfologia, origem, função e comportamento da fase aguda 
● Morfologia: Medem entre 10 e 30 µm de diâmetro e usualmente possuem um núcleo oval ou e 
m forma de rim localizado excentricamente. Possuem características morfológicas variáveis 
que depende de seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam. 
● Origem: Tem como célula precursora os monócitos do sangue que se origina na medula 
ósseaa partir dos monoblastos. 
● Função: são especialmente preparados para a fagocitose apresentando receptores para o 
segmento Fc de imunoglobulinas e frações de complemento. 
● Comportamento da fase aguda : nas fases iniciais do processo inflamatório e nas inflamações 
crônicas, são ativados pelas TLRs e receptores de citocinas pró - inflamatórias, e a ativação é 
dirigida para aumentar seu poder defensivo, expresso pela capacidade de fagocitar e matar 
microorganismos e células cancerosas e de produzir e excretar citocinas pró-inflamatórias. 
● Generalidades: menos número; auxiliam na fagocitose; vida mais longa; produzem fatores de 
crescimento e citocinas e atuam no início do reparo tecidual. 
5 Classificação da inflamação aguda 
❏ INFLAMAÇÕES SEROSAS 
É marcada pelo derramamento de um fluido fino que pode ser derivado do plasma ou de secreções 
de células mesoteliais revestindo as cavidades peritoneal, pleural e pericárdica. O acúmulo d e 
fluidos nessa área é chamado de Efusão. A bolha na pele resultante de uma queimadura ou infecção 
viral representa um grande acúmulo de fluido seroso, dentro ou imediatamente abaixo da epiderme. 
O líquido que se acumula contém macromoléculas (albumina), neutrófilos e hemácias. 
 
 
 
 
Pequeno aumento de uma secção transversal de bolha 
na pele mostrando a epiderme separada da derme por 
uma coleção focal de efusão serosa. 
 
 
 
 
 
❏ INFLAMAÇÕES FIBRINOSAS 
São aquelas em que o exsudato contém grande quantidade de proteínas plasmáticas, inclusive 
fibrinogênio. O exsudato fibrinoso de inflamação de revestimento no cavidades do corpo, tais como 
meninges, pericárdio e pleura. 
Na inflamação aguda se forma fibrina que, nos interstícios, favorece a migração dos neutrófilos e 
macrófagos. Forma -se, histologicamente, uma malha de fios eosinofílicos. 
A coloração do órgão fica de roxo à avermelhado. 
 
 
Pericardite Fibrinosa: A- Depósitos de fibrina 
no pericárdio. B-Exsudato em malha de fibrina 
róseo (F) recobre a superfície do pericárdio 
(P). 
 
 
 
 
 
❏ INFLAMAÇÕES SUPURATIVAS ou PURULENTAS 
É caracterizada pela produção de grandes quantidades de pus ou de exsudato purulento consistindo 
de neutrófilos, células necróticas e edema. Algumas bactérias produzem essa supuração localizada 
e são, consequentemente, chamadas de bactérias piogênicas. 
Na presença de grande número de neutrófilos, resulta -se n a liberação local de grande quantidade 
de enzimas líticas, o que determina a liquefação do centro da área inflamada e dos tecidos 
circunvizinhos. 
 
 
 
A-Múltiplos abscessos bacterianos nos pulmões, 
em um caso de Broncopneumonia. B- o abcesso 
contém neutrófilos e restos celulares e é rodeado 
por vasos sanguíneos congestionados 
 
 
 
 
 
 
 
❏ INFLAMAÇÃO HEMORRÁGICA 
Quando o comprometimento vascular é muito grave com destruição das paredes, as hemácias 
passam a construir o elemento dominante do exsudato. 
❏ ÚLCERAS 
Uma úlcera é um defeito local, ou escavação da superfície de u m órgão ou tecido, produzido pela 
esfoliação do tecido inflamatório necrótico. 
A ulceração ocorre somente quando a necrose tissular e o processo inflamatório resultante ocorrem 
em uma superfície ou próximo a ela. Ela ocorre mais frequentemente: (1) na necrose inflamatória da 
mucosa da boca, do estômago, dos intestinos ou do trato geniturinário; e, (2) inflamação 
subcutânea das extremidades inferiores das pessoa s idosas ou com distúrbios circulatórios que 
predispõem a necrose extensa. 
Com a cronicidade, as margens da base da úlcera desenvolvem proliferação 
fibroblástica, cicatrização e acúmulo de linfócitos, macrófagos e plasmócitos. 
 
 
 
A-Úlcera duodenal crônica; B-Pequeno 
aumento de uma secção de uma crater 
de úlcera duodenal com um exsudato 
inflamatório agudo na base. 
 
 
 
 
❏ ABCESSOS 
Os abscessos são coleções localizadas de tecido inflamatório purulento causados pela supuração 
dentro de um tecido, de um órgão ou de um espaço confinado. Os abscessos possuem uma 
região central que parece ser uma massa necrótica de neutrófilos e células do tecido envolvido. 
Geralmente existe uma zona de neutrófilos preservada em volta do foco necrótico e, externamente, 
uma área de vasodilatação onde ocorre proliferação parenquimatosa e fibroblástica, indicando início 
do reparo. Com o passar do tempo o abscesso pode ser substituído por tecido conjuntivo. 
 
 
 
 
Drenagem da coleção purulenta de um abscesso em 
mandíbula. A retirada desse conteúdo, aliada a outras 
medidas terapêuticas, promove a resolução desse foco 
inflamatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Manifestações sistêmicas da fase aguda 
Componentes da Inflamação: 
● Liberação de mediadores químicos (calor) 
● Vasodilatação (rubor) 
● Aumento do fluxo sanguíneo (tumor) 
● Extravasamento do fluido (dor) 
● Influxo celular 
● Metabolismo celular elevado. 
Indicações Clínicas do Processo Inflamatório 
● Mal estar geral 
● Febre 
● Dor localizada 
● Pulso acelerado 
● Neutrofilia no sangue periférico 
● Velocidade de hemossedimentação elevada 
● Concentração elevada de proteínas da fase aguda 
7. Evolução da Inflamação aguda 
Quando há supuração e, portanto, destruição de tecido o u quando a própria agressão destrói o 
tecido é necessário eliminar o pus e reparar o dano causado. O pus pode ser eliminado pela 
drenagem natural ou cirúrgica do abcesso. Quando a agressão determina perda de tecidos, é 
necessário preencher o espaço à custa de tecido conjuntivo vascular neoformado. 
De início, macrófagos procuram fagocitar os restos teciduais e logo se inicia proliferação de vasos e 
fibroblastos, que se dirigem ao sítio d a lesão. Este tecido formado por vasos de neoformação com o 
cortejo celular de fibroblastos, de mistura a macrófagos, linfócitos e plasmócitos, constitui o TECIDO 
DE GRANULAÇÃO. 
O evento terminal será representado pelo progressivo desaparecimento do infiltrado e dos vasos e 
pela deposição de fibrilas colágenas. Forma -se então, uma cicatriz fibrinosa n o local da lesão. 
8 Inflamação crônica 
9. Introdução 
9.1 Definição 
É a soma das reações do organismo como consequência da persistência do agente agressor 
(biológico, físico, químico, imunológico), que não é eliminado pelos mecanismos da inflamação 
aguda. 
A inflamação crônica é considerada uma inflamação prolongada (semanas ou meses) na qual a 
inflamação ativa, a destruição tissular e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente. 
Apesar de poder ser a continuação da inflamação aguda, a inflamação crônica frequentemente 
começa de maneira insidiosa como uma reação pouco intensa, geralmente assintomática. Este 
último tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual mais comum e debilitante , como a 
artrite reumatóide, arteriosclerose, tuberculose e doenças pulmonares crônicas. 
9.2 Função 
Clinicamente, nas inflamações crônicas não d e observam os sinais cardinais característicos das 
reações agudas. Porém, todas as alterações vasculares e exsudativas que originam esses sinais 
clínicos continuam acontecendo, culminando com o destaque da última fase inflamatória, a fase 
produtiva-reparativa. 
Reação tecidual caracterizada pelo aumento dos graus de celularidade e de outros elemento s 
teciduais mais próximos da reparação, diante da permanência do agente agressor. 
 
9.3 Componentes: linfócitos, macrófa gos e plasmócitos (morfologia, origem, função e 
comportamento da fase crônica) 
❏ MACRÓFAGOSMorfologia: Medem entre 10 e 3 0 µm de diâmetro e usualmente possuem um 
núcleo oval ou em forma de rim localizado excentricamente. Possuem características morfológicas 
variáveis que depende de seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam. 
● Origem: Tem como célula precursora os monócitos do sangue que se origina na medula 
óssea a partir dos monoblastos. 
● Função: O recrutamento de macrófagos da circulação, resultante da expressão de 
● moléculas de adesão e fatores quimiotáticos permite o acúmulo de monucleares na 
inflamação crônica. A maioria dos macrófagos presentes em um foco de inflamação crônica é 
recrutada 
● entre os monócitos circulantes. Os estímulos quimiotáticos para os monócitos 
● incluem quimiocinas produzidas por macrófagos, linfócitos e outros tipos de células ativadas. 
● Comportamento da fase crônica : Na inflamação de curta duração, se o irritante é eliminado, 
os macrófagos eventualmente desaparecem (ou morrendo ou tomando o caminho dos 
linfáticos e linfonodos). Na inflamação crônica, o acúmulo de macrófagos persiste como 
resultado do recrutamento contínuo a partir da circulação e proliferação local até o sítio da 
inflamação. 
 
❏ LINFÓCITOS 
● Morfologia: normalmente tem entre 10 -12 micrômetros de 
diâmetro, um núcleo redondo com cromatina condensada e 
citoplasma escasso pouco basofílico . 
● Origem: São produzidos pela medula óssea vermelha, 
através das células -tronco linfóides que se diferenciam em 
células pre-búrsicas e pre-timocitos. Os pre-timocitos dão 
origem aos Linfócitos T que por sua vez vão amadurecer nos 
tecidos linfóides; já as células pre-búrsicas dão origem aos 
Linfócitos B. 
● Função: Migram precocemente nas inflamações. Um vez 
exsudados, os linfócitos T são ativados, podem proliferar no 
local e passam a produzir citocinas que influenciam o 
comportamento das demais células do exsudato. Linfócitos B 
também exsudam nas inflamações, proliferando -se e se 
diferenciando em plasmócitos, responsáveis pela produção local 
de imunoglobulinas. 
 
● Comportamento na fase crônica: 
Linfócitos e macrófagos interagem em uma 
via bidirecional e essas reações tem um 
papel importante na inflamação crônica. 
Os macrófagos expõem as células T e 
produzem moléculas de membrana 
(coestimuladores) e citocinas (IL -12), que 
estimulam as respostas da s células T. Os 
linfócitos T produzem citocinas, umas das 
quais recrutam monócitos da circulação, e 
o IFN-γ, que é um potente ativador dos 
macrófagos. 
 
❏ PLASMÓCITOS 
Os plasmócitos são células originadas da 
diferenciação dos linfócitos B. Naquela forma, a célula é capaz de secretar anticorpos que agem 
como opsoninas para auxiliar o reconhecimento e fagocitose do microrganismo que persiste no 
estímulo nocivo. O plasmócito representa uma das principais células da inflamação crônica 
❏ Generalizando: Células da Inflamação Crônica 
-Linfócitos 
-Plasmócitos 
-Macrófagos: principal célula efetora; ativados por interferon y; produção de mediadores; produção 
de proteases e reativos de oxigênio; fatores de crescimento. 
9.4 Classificação da Inflamação Crônica 
A inflamação crônica pode ser dividida em inflamação crônica inespecífica e em inflamação crônica 
específica (ou granulomatosa). Esta é subdividida ainda em imunitária e não - imunitária. 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA INESPECÍFICA: É o tipo de inflamação crônica em que o exsudato 
inflamatório crônico e a proliferação de vasos se dispõem de uma maneira irregular, de forma que 
não se tem indícios do agente etiológico, não podendo chegar a um diagnóstico concreto. Por não 
formar um granuloma organizado, não haverá uma referência ou um modelo de destruição tecidual. 
Por este motivo, o diagnóstico etiológico é quase que impossível. 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA ESPECÍFICA ( GRANULOMATOSA): O exsudato inflamatório crônico se 
dispõem na forma de pequenos nódulos (nódulos granulomatosos). Dependendo da sua 
constituição, é possível evidenciar com clareza o agente etiológico. Este tipo de inflamação crônica 
pode ser subdividida em imunitária e não-imunitária. 
• Imunitária (granulomas imunes): há a presença de macrófagos e linfócitos T. 
• Não-imunitária (granuloma d e corpos estranhos): linfócitos T não estão presentes (característica 
de infecções por corpos estranhos). 
9.5 Características da Inflamação Crônica 
Infiltrado de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos; 
Destruição tecidual induzida pela persistência do agente nocivo ou pelas células inflamatórias; 
Tentativas de cicatrização pela substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo, efetuado 
através da proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e, em particular, fibrose. 
10 Eventos proliferativos 
10.1 Tecido de granulação 
A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de reação inflamatória crônica caracterizada pelo 
acúmulo focal de macrófagos ativados, que geralmente desenvolvem uma aparência epitelióide 
(semelhante ao epitélio). Ela ocorre em um número limitado de condições imunologicamente 
mediadas, infecciosas e algumas não-infecciosas. Sua gênese está intimamente relacionada com as 
reações imunológicas. O reconhecimento do padrão granulomatoso em uma biópsia é importante 
devido o número limitado de condições que podem ser a causa e pelo diagnóstico associado às 
lesões. Um granuloma é um foco de inflamação crônica consistindo de agregados microscópicos de 
macrófagos transformados em células semelhantes a células epiteliais cercadas por um colar de 
leucócitos mononucleares, especialmente linfócitos e ocasionalmente, plasmócitos. Os granulomas 
mais velhos desenvolvem uma cápsula de fibroblastos e tecido conjuntivo. Frequentemente as 
células epitelióides se fundem para formar as células gigantes na periferia ou, algumas vezes, no 
centro do granuloma. 
10.2 Angiogênese 
9.Evolução da inflamação crônica

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