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Revista SOBRAPH 03_2021 T _Março de 2021

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Prévia do material em texto

Revista 
 SOBRAPH 
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PROTEÇÃO HUMANA 
Ano VI – Edição: Março de 2021 – Bimestral – ESPECIAL MÊS DAS MULHERES 
É preciso falar sobre e combater... 
Ainda nesta edição especial 
Artigo Especial da Jornalista Diana Maia - Saúde da mulher em pauta – Meio Ambiente 
em Destaque – Personalidade Cidadã e muito mais informação para você. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste mês em que se comemora o Dia 
Internacional da Mulher, a assustadora 
onda de violência contra a mulher não 
poderia deixar de ser citada em nossa 
revista. 
Tema contundente e que infelizmente 
todos os dias faz uma nova vítima, precisa 
ser debatido, comentado, tratado, 
enfrentado, diagnosticado e todas as 
formas para dizimá-lo de nossa sociedade. 
A Revista SOBRAPH de março de 2021 
não pode ficar fora de tema tão atual e que 
necessariamente precisa ser enfatizado, 
não como estimulo, mas como 
contribuição para que não tenhamos mais 
vítimas desta tragedia humana. 
Leia mais nas páginas 6, 7, 8 e 14. 
Nesta edição: 
Sumario e Expediente......pag. 01 
Palavra do Presidente......pag. 02 
Fórum Brasileiro de Capelania - FOBRAC......pag. 02 
Página Rosa: SOBRAPH Mulher e a força do querer...pag. 03 
Meio Ambiente em Destaque – As mulheres e sua luta para 
proteger o meio ambiente......pag. 04 
Personalidade Cidadã destaca o trabalho de Maria do 
Remédio Oliveira.....pag.05 
Matéria de capa - Feminicídio.....páginas 06, 07 e 08 
Noticias da Capelania – Um ato de amor......pag. 09 
Saúde da Mulher – Política Nacional de Atenção Integral a 
Saúde da Mulher......pag. 10 
Destaques SOBRAPH - Cresce numero de pessoas presas por 
engano no Brasil.......pag. 11 
Certificações SOBRAPH.....pag. 12 
Dia Internacional da Mulher – Colaboração Especial da 
Jornalista Diana Maia ......pag. 13 
Parcerias de Sucesso – CEPESF Cursos.....pag. 14 
 
SOBRAPH – Lugar de gente humilde, feliz e abençoada 
SOBRAPH 
01 Sumário 
Expediente: 
Revista SOBRAPH - Informativo da Sociedade Brasileira de Proteção Humana 
Organismos da SOBRAPH: 
-Corpo Acadêmico de Especialistas em Direito Militar /CAEDIM -Câmara Eclesiástica Nacional 
-Capelania Policial 3i -Escola Superior de Capelania e Missões/ESCAM 
-Fórum Brasileiro de Capelania/FOBRAC -NUPREC Defesa Civil Voluntaria 
-Rede Nacional de Comunicação Cristã/Renacom -Sociedade Amigos do Exército Brasileiro/SAEB 
 
Jornalista responsável: Aparecido da Cruz – Registro: 73975-MTE/SP 
Contatos: protecaohumana@gmail.com 55.11.96282.4347 
As imagens utilizadas nesta publicação são gentilmente cedidas por seus detentores, de domínio público, voluntarias ou com citação legal de autoria. 
 
Esta é uma publicação gratuita e sem fins lucrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH 
02 
Palavra do presidente da SOBRAPH 
Professor 
Aparecido da Cruz 
Presidente da SOBRAPH 
Educador Policial 
Multiplicador, 
psicopedagogo, 
Capelão FTB-CP3i e 
EsCom 
TFSO - Task Force Safety 
Oficcer – TEEX - USA 
FOBRAC – FORUM BRASILEIRO DE CAPELANIA 
É um espaço para troca de opiniões sobre os modelos e tipos de capelania existentes, norteado pela 
liberdade legal e expressão de opiniões pessoais e institucionais, bem como fomento e o debate entre 
atores e instituições, com a finalidade de construir um pacto nacional, que sirva para a elaboração de um 
protocolo ético de relacionamentos, cujo foco seja a redução das vaidades, a inexistência de monopólios, 
requerimentos de exclusividade e outras não conformidades atípicas ao fiel propósito da capelania cristã. 
Participe! As Assembléias Ordinárias são bienais e itinerantes, podendo ocorrer em uma cidade próxima 
da sua. O FOBRAC não é uma loja de títulos, nem vende cursos de capelania é um espaço de comunhão. 
Um tema premente, atual e desafiador 
Obrigado por caminhar junto conosco, sua caminhada conosco é muito valiosa, 
abençoadora e edificante. 
Neste mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, bem como em outras 
datas semelhantes, a Sociedade Brasileira de Proteção Humana não poderia deixar de 
tratar deste assunto premente, atual, desafiador e muito cruel, o feminicidio. 
Infelizmente todos os dias, seja através dos demais meios de comunicação, seja nos 
grupos relacionados à segurança pública, recebemos a trágica noticia que mais uma vida 
foi ceifada com os mais ardilosos requintes de crueldade. Infelizmente e na maioria dos 
casos na famosa “crocodilagem”, ou seja, o covarde atrai a vitima para uma emboscada. 
Já passou a hora de as autoridades competentes e a própria sociedade sair dos 
discursos milagrosos e com cara de receita pronta, para a efetiva ação no combate a 
esta metástase que está assolando nossas queridas mulheres no Brasil e no mundo. 
Embora seja nosso desejo aprofundar mais o debate sobre o tema, conhecendo-o 
melhor, o nosso espaço é exíguo, no entanto, não deixamos escapar a oportunidade de 
incentivar o debate, ouvir especialistas e desafiar toda sociedade a fazer parte no 
combate a este mal absurdo, pernicioso e maligno. 
Espero que a leitura de mais uma edição da Revista SOBRAPH seja agradável, 
proveitosa, informativa e que promova uma profunda reflexão e ações em prol das 
causas dos mais vulneráveis. 
O meu costumeiro forte e fraterno abraço para você! 
Um espaço para todos os que têm ou desejem ter 
comunhão como corpo, edifício e pão, nivelados pelo amor 
de Deus em Cristo e participes da mesma Graça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH Mulher 2021 03 SOBRAPH 
A SOBRAPH – Sociedade Brasileira de 
Proteção Humana nasceu da identificação 
de necessidades, bem como de ações em 
favor da promoção e garantia de acesso a 
soluções para o ser humano integral. 
Ao lado professor Aparecido da Cruz – Diretor da 
SOBRAPH ministra palestra na Universidade 
Guarulhos – UNG para Mulheres Empreendedoras 
do Alto Tietê. A palestra com o titulo “Projetos 
Vencedores e Sucesso de Seus Atores” foi 
desenvolvida com foco nos conceitos de sucesso de 
grandes pensadores e culminou com uma auto 
analise sobre cada importante decisão neste longo 
processo e caminho a percorrer. A palestra gratuita 
contou com participantes de Guarulhos, Arujá, Mogi 
das Cruzes e Itaquaquecetuba. 
SOBRAPH Mulher 
A força de vontade e a força do querer 
Não existe empoderamento sem FORÇA, pois 
toda mulher empoderada é uma força motriz em 
direção ao verdadeiro e salubre sucesso. 
Para que esta grande engrenagem atinja o mais 
alto nível de excelência, todas e todos são 
convidadas e convidados a fazerem parte do 
caminhar e laborar nesta direção. 
Com foco em melhorar a qualidade de vida e dar 
mais autonomia as mulheres, o SOBRAPH Mulher 
desenvolveu diversas atividades de apoio e 
promoção ao empreendedorismo e 
empoderamento feminino nos últimos anos. 
De maneira simples, como a criação de botons, 
promoção de cafés sociais, consultoria e até 
investimentos mais arrojados, como a criação do 
vale compras premiado, o SOBRAPH Mulher 
apoiou ações de instituições na periferia paulista 
e guarulhense, com maestria e com muita troca 
de informações. 
Ao lado compartilhamos uma dentre as diversas 
ações de capacitação em parceria com o Grupo 
MEP, o CEPESF, a Universidade Federal de São 
Paulo e a Universidade de Guarulhos - UNG. 
Parabéns ao SOBRAPH Mulher pelas ações! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH Meio Ambiente em destaque 04 
As mulheres e sua luta para proteger o meio ambiente 
O combate contra as mudanças climáticas e a proteção do meio ambiente é uma tarefa de todos. Porém, 
hoje colocamos o foco nas mulheres, mais concretamente naquelas que converteram a preservação da 
natureza em sua bandeira com um único objetivo: deixar um mundo melhor para as próximas gerações. 
Elasmarcam o caminho, demonstrando que todas podem fazer algo mais. 
O PAPEL DA MULHER NA DEFESA DO 
MEIO AMBIENTE 
Quem melhor que as mulheres — também fontes de 
vida — para cuidar do planeta. Elas estão cada vez 
mais presentes nos grandes órgãos de decisão do 
mundo, como é o caso, por exemplo, de Ursula von 
der Leyen, atual Presidenta da Comissão Europeia e 
grande defensora da Recuperação Verde após a crise 
do coronavírus. Fora das instituições, várias mulheres 
exibem seu ativismo diariamente e lutam para 
melhorar a saúde do meio ambiente. Neste particular, 
se destaca a jovem Greta Thunberg, que com só 17 
anos se converteu na imagem do compromisso dos 
jovens no combate contra as mudanças climáticas. 
Para chegar até aqui, as mulheres tiveram que 
reivindicar durante décadas a igualdade de 
gênero, um terreno no qual, como reconhece a própria 
ONU em seu ODS 5, ainda restando muito por fazer. 
Conforme a ONU Mulheres os desastres provocados 
pelo clima exacerbam as desigualdades de gênero já 
arraigadas, ou seja, com freqüência as mulheres e 
meninas são as últimas em comer ou serem 
resgatadas, enfrentam maiores riscos de saúde e 
segurança quando os sistemas de água e 
saneamento estão comprometidos e assumem mais 
cargas de trabalho doméstico e de cuidados quando 
os recursos ficam escassos. 
Vem destas e outras informações contundentes a 
necessidade premente de maior engajamento das 
mulheres na defesa de nosso meio ambiente. 
Agência Meio Ambiente 
 
As mudanças climáticas estão pondo em perigo o 
planeta e, como conseqüência, a vida dos seres vivos 
que moram nele. Combater este fenômeno é um 
dos grandes desafios que a humanidade terá que 
enfrentar nas próximas décadas, pois ela é, ao mesmo 
tempo, a causadora do problema e a única capaz de 
solucioná-lo. Nesta árdua tarefa, que exigirá o 
compromisso de todos, as mulheres terão um papel 
fundamental. 
Um papel que a Organização das Nações Unidas (ONU) 
já reconhecera em 1995 durante a Quarta Conferência 
Mundial sobre a Mulher de Pequim. Na mesma, 
estabeleceram-se três objetivos estratégicos no referente 
à mulher e ao meio ambiente: 
 A participação ativa das mulheres em todos os 
níveis de adoção de decisões sobre o meio ambiente. 
 A integração de suas preocupações e 
perspectivas em políticas e programas relacionados 
com o meio ambiente. 
 A implantação de métodos de avaliação da 
repercussão das políticas de desenvolvimento e 
ambientais nas mulheres. 
 
 
Apoio cultural IBRAPA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma mulher de fé, coragem e ação 
Já é conhecido que todo aquele que tem um verdadeiro encontro com Cristo é no mínimo um ser humano melhor. Neste sentido 
Maria do Remédio é prova cabal desta excelência, pois servindo a Deus desde 1996, se empenha para que a fé não seja apenas 
discursiva, mas que siga o exemplo citado por Tiago como símbolo de excelência cristã e envolvimento social de alto impacto. 
Por fim, pedimos a Maria do Remédio que citasse um versículo bíblico que representa-se uma parcela de sua vida, e ela 
prontamente citou Atos 16.31 como sendo este versículo, o qual transcrevemos abaixo para edificação de todos os nossos 
leitores. 
 ...Eles responderam: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa". Atos 16.31 
Nosso mais sincero agradecimento a Maria do Remédio pela gentileza de compartilhar um pouco de sua trajetória e nossos 
parabéns pela sua relevantissima missão de vida. Que neste mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, 
possamos abraçar todas as mulheres como a Maria do Remédio e tantas outras, apoiando, incentivando, reconhecendo e 
agradecendo a Deus por elas existirem em nossa tão grande sociedade. 
 
SOBRAPH 05 Personalidade Cidadã 
A seção personalidade cidadã apresenta nesta edição Maria do Remédio 
Oliveira, batalhadora na luta contra a violência doméstica 
 Líder comunitária do mais alto nível, piauiense de Paulistana, mãe, esposa e 
pessoa de muita fé, esta é Maria do Remédio Oliveira, mulher é nossa 
Personalidade Cidadã nesta edição. 
Defensora ativa dos direitos do ser humano integral, tem como incentivo para suas 
ações, a oportunidade plena de servir e ser útil a seus semelhantes. Sempre com 
um sorriso amigo e transpirando muita fé e coragem, Maria do Remédio tem em 
seu vasto rol de atividades, projetos com crianças, dependentes químicos e forte 
ação com famílias em sua atividade de liderança comunitária impactante. 
Foi por iniciativa de Maria do Remédio e parceiras sociais, que em novembro de 
2006 foi realizado o I Fórum de Debates “Violência Doméstica e Familiar – 
Conhecer e Combater” no Parque Jandaia na cidade de Guarulhos. O momento, 
além de inédito na região, foi um divisor de águas, pois através do evento, toda a 
comunidade evoluiu ainda mais, com palestras de altíssimo nível. Pois sabemos 
que a violência doméstica é um embrião do feminicidio, daí a relevância e 
importância da atividade para todos os participantes e toda a sociedade. 
Também por sua liderança social e iniciativa, a população local pode contar com a 
reforma da UBS – Unidade Básica de Saúde do Parque Jandaia, dentre outras e 
muitas mobilizações que são referencias locais para estimulo às ações globais. 
Em São Paulo desde 1974 e dedicada servidora pública, Maria entende e conclama a 
necessidade de que todos tenham a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e através 
destes conhecimentos, possam ser pessoas cada vez melhores. Não melhores que os outros, 
afirma Maria do Remédio, mas conscientes de seu importante papel na sociedade em que 
vivem, sendo co autores de novas historias de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH 
Matéria de capa - Feminicídio 06 
Breve histórico sobre o termo Feminicídio 
O primeiro uso do termo “femicídio” é atribuído a Diana Russell, 
escritora feminista e ativista. Diana se valeu desse termo para se 
referir à morte de mulheres por homens pelo fato de serem 
mulheres. Contudo, em 1976, Jane Caputti, uma professora da 
Florida Atlantic University, e Diana Russel redefiniram o termo 
femicídio, com o fim de utilizá-lo em referência ao “fim extremo de 
um continuum de terror contra as mulheres”. 
Por fim, Marcela Lagarde, antropóloga e pesquisadora mexicana, 
partindo do termo “femicídio”, criou a 
denominação “feminicídio” para se referir às mortes de mulheres 
em um contexto de “responsabilidade do estado na produção das 
mortes de mulheres”. 
Embora, portanto, o fenômeno da morte de mulheres pelo fato de 
serem mulheres tenha sido reconhecido pela academia há tempos, 
a abordagem estatal a esse fenômeno somente passou a ocorrer 
de forma mais relevante a partir da década de 90. 
De fato, a discussão acerca do feminicídio somente toma vulto na 
América Latina a partir dos sucessivos homicídios de mulheres em 
Ciudad Juarez, no Estado de Chihuahua, no México, a partir de 
1993, o que culminou, em 2009, com a condenação do Estado do 
México pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso 
“Campo Algodonero”. 
A partir daí, diversos países inseriram o delito de feminicídio em 
suas legislações, a saber: Costa Rica (2007), Colômbia (2008), 
Guatemala (2008), El Salvador (2010), Chile (2010), Argentina 
(2012), Mexico (2012), Nicarágua (2012), Bolívia (2013), Honduras 
(2013), Panamá 2013, Peru (2013), Venezuela (2014), Equador 
(2014), Brasil (2015). 
Paralelamente a esse gradual surgimento do crime de feminicídio 
nas legislações dos países, diversos documentos internacionais 
passaram a tentar sensibilizar os países a tipificarem o delito de 
feminicídio. 
A violência contra a mulher é um problema 
universal, que acontece nos quatro cantos 
do planeta, das mais variadas formas. 
Discriminação, estupro, abuso de meninas, 
desvalorização, humilhação, maus tratos e 
assassinatos são algumas das expressões 
desta violência.Neste mês em que se comemora o Dia 
Internacional da Mulher, a assustadora 
onda de violência contra a mulher não 
poderia deixar de ser citada em nossa 
revista. 
Tema contundente e que infelizmente 
todos os dias faz uma nova vítima, precisa 
ser debatido, comentado, tratado, 
enfrentado, diagnosticado e todas as 
formas para dizimá-lo de nossa sociedade. 
Nesta edição a Revista SOBRAPH não 
poderia deixar de discutir este tema tão 
atual e que necessariamente precisa ser 
enfatizado, não como estimulo, mas como 
contribuição para que não tenhamos mais 
vítimas desta tragédia na humanidade. 
. 
A tipificação feminicídio. 
A tipificação também é importante, ainda segundo o relatório, para evitar que feminicídas sejam beneficiados por 
interpretações jurídicas anacrônicas e moralmente inaceitáveis, como a de terem cometido “crime passional”. 
Observe-se que a criação do tipo penal de feminicídio não consiste em mera iniciativa de hipertrofia legislativa, mas 
sim de um aperfeiçoamento normativo que busca apartar, do conjunto de homicídios praticados no Brasil, aquelas 
mortes em que as vítimas são mulheres e a motivação decorre, justamente, da condição do sexo feminino. 
Na Câmara dos Deputados, um Projeto de Lei (PL) tramitou como PL 8.305/2014, e quando foi aprovado resultou na 
Lei 13.104 de 09 de março de 2015 que dentre outras alterações, inclui o feminicídio no rol dos crimes hediondos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07 SOBRAPH 
Código Penal Brasileiro – CPB 
Art. 121 (...) Homicídio qualificado (...) § 2o-A Considera-se que há razões de 
condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e 
familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
Portanto, o próprio legislador esclareceu que considera que há razões de 
condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
Quando o homicídio de uma mulher envolve violência doméstica, a lei 
considera, então, que se trata de “razões de condição do sexo feminino” e, 
portanto, que se trata de feminicídio. E para se determinar o que vem a ser 
“violência doméstica e familiar” deve-se observar o art. 5º da Lei 11.340/2006 
(Lei Maria da Penha). 
Diferentemente da hipótese anterior, não há um dispositivo legal indicando o 
que vem a ser “menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. No caso 
específico da “discriminação”, a Convenção sobre a Eliminação de todas as 
Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW, 1979), ratificada em 
1984 pelo Brasil por meio do Decreto 1973, de 1º de agosto de 1996, 
apresenta, no Art. 1º, uma definição de discriminação contra a mulher. 
Quanto à natureza dessa qualificadora, deve-se recordar que as 
qualificadoras do homicídio podem ser objetivas (por exemplo, emprego de 
veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou 
de que possa resultar perigo comum) ou subjetiva (motivo fútil, por exemplo). 
No caso, a qualificadora feminicídio é de natureza objetiva, visto que está 
relacionada a um dado objetivo, qual seja, vítima mulher morta ou no contexto 
de violência doméstica ou por menosprezo ou discriminação à condição de 
mulher. 
A Lei 13.104/2015 previu também três causas de aumento de pena para o 
feminicídio. Nesse sentido, conforme Código Penal Brasileiro em seu artigo 
121, § 7º, incisos I, II e III, a pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a 1/2 
se o crime for praticado: 
 - Durante a gestação ou nos três primeiros meses após o parto 
- Contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência 
- Na presença de descendente ou ascendente da vitima 
Matéria de capa - Feminicídio 
O Crime de feminicídio 
A Lei 13.104 de 09 de março de 
2015, introduziu o crime de 
feminicídio no ordenamento jurídico 
brasileiro. Em especial, a referida lei 
inseriu no Código Penal Brasileiro o 
inciso VI do § 2° do Art. 121. Veja a 
redação do dispositivo 
Código Penal Brasileiro – CPB 
Art. 121 (...) Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: (...) 
VI - contra a mulher por razões da 
condição de sexo feminino: Pena - 
reclusão, de doze a trinta anos. 
Portanto, pela lei brasileira o 
homicídio é qualificado e reconhecido 
como um feminicídio quando 
praticado “contra a mulher por razões 
da condição de sexo feminino”. 
Observe-se que, antes da Lei 
13.104/2015, o feminicídio, se não 
envolvesse outras agravantes ou 
qualificadoras trazidas pelo Código 
Penal, era punido genericamente 
como um homicídio simples do 
caput do art. 121. 
O legislador, mais adiante, acabou 
por esclarecer o que vem a ser o 
termo “razões da condição de sexo 
feminino”. Nesse sentido, o Código 
Penal Brasileiro, no § 2º-A do art. 121 
(também acrescentado pela Lei 
13.104/2015), esclarece o significado 
desse termo. Veja a redação do 
dispositivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde buscar ajuda e acolhimento? 
Uma pesquisa realizada no Brasil, calcula que seis a oito 
mulheres sofram violência por minuto! 
Existem muitos serviços que prestam atendimento 
especializado, gratuito e otimizado às mulheres vítima de 
violência doméstica, mas nem sempre as mulheres têm 
coragem de buscar ajuda ou passam anos acreditando que 
o companheiro vai mudar. Outras desconhecem os seus 
direitos e ficam inseguras em tomar uma decisão que possa 
prejudicá-las ou a seus filhos. 
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher 
As delegacias especializadas são uma das mais 
importantes portas de entrada das denúncias de agressão. 
A Lei Maria da Penha estabelece que, após o Boletim de 
Ocorrência (B.O.), o caso seja remetido ao juiz em, no 
máximo, 48 horas. A Justiça também tem 48 horas para 
analisar e julgar a concessão das medidas protetivas de 
urgência. 
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher 
Outro canal de entrada de denúncias é a central telefônica 
Disque-Denúncia, criada pela Secretaria de Políticas para 
Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, 
disponível 24 horas, em todo o país. 
 
Publicações com selo de qualidade SOBRAPH 
Prestigie as publicações de nosso presidente em: 
https://www.webartigos.com/autores/protecaohumana 
e outros diretórios de publicações na internet 
SOBRAPH 08 Matéria de capa - Feminicídio 
PM – Disque 190 
Quando não há uma delegacia especializada para esse 
atendimento, a vítima pode procurar uma delegacia comum, 
onde deverá ter prioridade no atendimento. Ou pode pedir 
ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, uma viatura da 
Polícia Militar é enviada até o local. 
 
Defensoria Pública 
A Defensoria Pública é uma instituição que presta 
assistência jurídica gratuita às pessoas que não podem 
pagar um advogado. Qualquer pessoa que receba até três 
salários-mínimos por mês ou possa comprovar que, mesmo 
recebendo mais, não tem condições de pagar um advogado 
particular, tem direito de ser atendido. 
Em casos mais graves de violência doméstica, a Defensoria 
Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva 
a um juiz ou juíza. Estas são medidas de urgência para 
proteger mulheres vítimas desse crime. 
 
Casas-Abrigo 
São locais seguros que oferecem moradia protegida e 
atendimento integral a mulheres em risco de morte iminente 
em razão da violência doméstica. É um serviço de caráter 
sigiloso e temporário, no qual as usuárias permanecem por 
um período determinado, durante o qual deverão reunir 
condições necessárias para retomar o curso de suas vidas. 
 
Casas da Mulher Brasileira 
Elas foram criadas para facilitar o acesso das vítimas de 
violência aos serviços especializados. Lá, funcionam 
delegacia, juizado, Ministério Público e Defensoria Pública, 
além de equipes multidisciplinares especializadas em 
garantir o acolhimento de mulheres em condições e 
possibilitar que exames e denúncias ocorram sem 
revitimização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH Noticias da Capelania 09 
CapelaniaPolicial 
Com o objetivo de promover, incentivar e inspirar ações de assistência as centenas de profissionais de 
segurança pública em todo o território nacional, a Capelania Policial 3i, vem fomentando diversas ações 
em prol de capelães e capelanias. Neste espaço, reservamos um momento para evidenciar algumas 
dessas ações. Colaborações das capelanias parceiras são sempre muito bem vindas. 
Contatos com a Capelania Policial 3i: 
protecaohumana@gmail.com 
O que é capelania 
Para o Capelão: 
É levar a fé, a esperança e o amor (I 
Co 13.13); é aperfeiçoar sua fé com as 
obras (Tiago 2.22); é ser ovelha de Jesus 
(Mateus 25.35-36); é uma visão cristã 
Bíblica (Lucas 10.30 a 35). Uma 
mensagem de paz (Atos 13.15 + João 
14.27 e João 20.26). 
Para a sociedade em Geral: 
É atividade que tem a missão de 
colaborar na formação integral do ser 
humano, fornecendo oportunidade de 
conhecimento, reflexão, desenvolvimento 
e aplicação dos valores e princípios ético-
cristãos e de revelação para a atividade 
de cidadão em sua integralidade. 
A Capelania Policial 3i – CP3i é 
interconfessional, interinstitucional e inter-
religiosa, não desenvolve proselitismo e é 
parceira na luta contra a intolerância 
religiosa. 
A CP3i apóia os valores éticos, 
morais, cívicos e institucionais e do 
estado democrático de direito. 
 
Cumprindo a agenda institucional em 17/2/2021, o 
capelão Aparecido da Cruz esteve na sede da 
Associação Internacional de Policia – Seção São 
Paulo. 
 O motivo da grata visita ateve-se ao mimoseio à 
Seção Regional da IPA em São Paulo com um 
exemplar da obra Capelania Policial – Assistência 
Religiosa aos Profissionais de Segurança Pública. 
 O exemplar do livro está disponível na biblioteca 
da instituição, ficando com acesso liberado a todos 
os associados, familiares e amigos. 
 Comenta o presidente da IPA/SP: ...” Em rápido 
acesso ao conteúdo da obra, notamos facilmente o 
seu valor intrínseco do trabalho obsequioso do seu 
nobre e dedicado autor. Quantos ensinamentos 
valiosos que, como disse em “Apresentação” o culto 
professor João Alexandre dos Santos, servirão de 
refrigério às angústias de cada um. Parabéns 
dedicado Mestre Aparecido da Cruz; continue na sua 
sacrossanta missão ministerial.” 
Nosso agradecimento ao professor Jarim pela 
receptividade, bem como pelas palavras de incentivo. 
O site da IPA registrou este importante momento, 
estando disponível em: https://ipasaopaulo.org.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH 
Saúde e bem estar 10 
Política Nacional de Atenção Integral 
à Saúde da Mulher 
 
A atenção à saúde da mulher tem uma grande 
importância para a sociedade. A orientação, 
assistência e recuperação em todos os ciclos da 
vida é muito necessária para a garantia deste 
direito essencial de todas as cidadãs. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 
atendimentos, consultas e medicamentos de forma 
gratuita para as mulheres de todas as idades. 
O acesso à informação sobre isso é extremamente 
importante. Então, preparamos um texto sobre a 
Política Nacional de Atenção a Saúde da Mulher 
para você ficar por dentro: 
A Política Nacional de Atenção à Saúde da 
Mulher (PNAISM) foi elaborada em 2004. Ela foi 
criada pela necessidade de ter diretrizes para 
orientação das políticas para mulheres e teve 
como base o Programa de Atenção Integral de 
Saúde da Mulher (PAISM), criado em 1984. 
A Política foi criada a partir da necessidade de dar 
atenção e incluir grupos que não estavam nas 
diretrizes do país, como: mulheres negras, 
trabalhadoras rurais, lésbicas, presidiárias, 
indígenas, adolescentes, mulheres com deficiência 
e a participação nas discussões sobre saúde da 
mulher e meio ambiente. 
Antigamente, a assistência a mulher era restringida 
apenas “a saúde materna ou a ausência de 
enfermidade associada ao processo de reprodução 
biológica”. Com o aumento dos debates sobre os 
direitos e a participação dos movimentos sociais e 
das mulheres, as diretrizes evoluíram e 
melhoraram muito. 
A nova Política também trouxe a necessidade de 
reorganizar ações definidas no PAISM, como: 
planejamento familiar, assistência ao climatério 
(período de transição entre a fase reprodutiva e 
não reprodutiva), informação sobre doenças 
sexualmente transmissíveis, atenção obstétrica 
humanizada, prevenção do câncer do colo uterino 
e de mama, saúde mental, entre outros. 
Objetivos da PNAISM 
 
A PNAISM foi um avanço e ampliou as ações 
relevantes da saúde da população feminina. 
De acordo com o Ministério da Saúde, os 
objetivos da Política Nacional de Atenção Integral 
à Saúde da Mulher são: 
– Promover a melhoria das condições de vida e 
saúde das mulheres brasileiras, mediante a 
garantia de direitos legalmente constituídos e 
ampliação do acesso aos meios e serviços de 
promoção, prevenção, assistência e recuperação 
da saúde em todo território brasileiro; 
– Contribuir para a redução da morbidade e 
mortalidade feminina no Brasil, especialmente por 
causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos 
diversos grupos populacionais, sem discriminação 
de qualquer espécie; 
– Ampliar, qualificar e humanizar a atenção 
integral à saúde da mulher do Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
Uma campanha já conhecida é o Outubro Rosa, 
uma campanha de conscientização que tem como 
objetivo principal alertar as mulheres e a 
sociedade sobre a importância da prevenção e do 
diagnóstico precoce do câncer de mama e mais 
recentemente sobre o câncer de colo do útero. 
Para maiores informações acesse: 
https://assets-compromissoeatitude-
ipg.sfo2.digitaloceanspaces.com/2012/08/MS2009
_politica_nacional_mulher_principios_diretrizes.pd
f 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_at
encao_mobilidade_reduzida.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH 11 Destaques SOBRAPH 
O relevantíssimo papel da SOBRAPH 
A Sociedade Brasileira de Proteção Humana - SOBRAPH 
é uma organização da sociedade civil organizada, sem fins 
lucrativos, com representação em diversos estados 
brasileiros, reconhecimento internacional e composta por 
colaboradores voluntários da segurança pública, privada, 
saúde, instituições religiosas e outros segmentos, que 
juntos somam esforços na consolidação da proteção 
humana integral como ferramenta de maior qualidade de 
vida e viabilidade social e comunitária. 
Para tanto desenvolve diversas ações na consolidação de 
suas atividades, com raízes no conceito e filosofia de 
segurança humana integral, onde se contempla as 
necessidades do ser humano global, ou seja, o ser 
humano em 360 graus, propiciando que sua vida seja 
plena de sentidos, valores, salubridade e proteção. 
A SOBRAPH em diversos momentos já se manifestou em 
dezenas de temas sociais e polêmicos que afetam ou 
possam afetar a vida de todos os seres humanos. 
Clamando por justiça, apoiando causas de coletivos e de 
familiares desesperados por não ter mais nenhuma opção 
de a quem recorrer. 
Este é o jeito de ser SOBRAPH. 
Casos de pessoas presas por engano cresce 
assustadoramente no Brasil 
Infelizmente a cada dia está mais fácil ser preso por 
engano no Brasil. E o pior é que ninguém está a salvo ou 
livre de passar por este erro sem precedentes. 
Os diversos casos em todo o ano de 2020, em plena 
pandemia, reacendem o alerta de que algo anda muito 
errado com todo o sistema que envolve, desde o 
reconhecimento de pessoas, os agentes de segurança 
pública, o Ministério Público e um certo analfabetismo 
magistral. 
Não é intenção deste artigo mostrar ou apontar ninguém 
como responsável, no entanto, a medida que direitos de 
cidadãos direitos é violentado, por erros de um sistema 
que deveria protegê-lo, o caso se torna altamente 
preocupante. Pois quem defenderá o injustiçado? Quem 
arcará com o altíssimo prejuízo causado à pessoa 
humana e a seus familiares? Quem reparará o dano e em 
que tempo? 
O que temos percebido é quenão existe qualquer 
preocupação do Estado em resolver o problema, mas 
ONGs, imprensa e outros atores como a Organização 
Innocence Project, atuante desde 2017 no Brasil, tem se 
mostrado muito eficiente nesta questão. A ONG brasileira faz 
parte de uma rede de outras 57 organizações espalhadas 
pelos Estados Unidos e outras 14 ao redor do mundo. Desde 
1992 os grupos já conseguiram reverter a condenação de mais 
de 350 inocentes. 
Sucessão de erros 
 
Apesar da prevalência de incoerências durante a fase de 
reconhecimento dos suspeitos, os coordenadores da 
ONG acreditam que as condenações de inocentes não 
costumam ter um único responsável. 
"O erro raramente é causado por uma pessoa 
individualmente. Geralmente ele acontece por uma 
sucessão de ocorrências que está além da atuação de 
um único ator do sistema", diz Tucherman diretor da 
ONG Innocence Project no Brasil. 
 
Os especialistas da ONG avaliam que a estruturas das 
polícias brasileiras é precária, as investigações 
geralmente são muito demoradas e a coleta de provas 
costuma ser feita de maneira bastante rudimentar. 
Apesar disso, a organização acredita que é possível 
melhorar o cenário para que erros nas condenações 
sejam menos comuns. 
 
"Quanto mais ampla for a defesa, quanto mais 
diligente for o advogado e quanto mais abertos 
estiverem o Ministério Público e os juízes para a 
atuação da defesa e os dados oficiais sobre erros, 
menores serão as chances de um equívoco 
acontecer" 
Matéria republicada a 
pedido dos leitores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAPH 
Certificações SOBRAPH 12 
Certificações de Qualidade Assegurada SOBRAPH 
As certificações são fundamentais para todas as organizações que 
querem melhorar seus processos, produtos, serviços e ganhar destaque 
em cenário nacional e internacional. Toda certificação, independente da 
norma ISO, é de grande importância para as empresas, e acarreta 
mudança cultural dentro das instituições, empresas e organizações. 
A SOBRAPH além de notório e notável reconhecimento possui ampla 
gama de publicações e séria capacidade de certificar, sendo altamente 
reconhecida por instituições e autoridades pelo poder e moral de 
incentivar e inspirar pessoas. Com uma equipe técnica do mais alto 
cabedal e transparência em todos os processos a SOBRAPH se orgulha 
de sua competência para colaborar com o desenvolvimento sustentável de 
nosso país através de processos de certificação e reconhecimento de 
excelente qualidade e responsabilidade. 
Diretoria SOBRAPH 
SOBRAPH lança Selo “Alta 
Performance Premium em 
Sustentabilidade e 
Responsabilidade Sócio 
Ambiental” 
Mais uma iniciativa cidadã em 
prol de ações de preservação do 
Meio Ambiente e 
Responsabilidade Sócio 
Ambiental. 
SOBRAPH 
Mérito de Excelência e Valor no Serviço Público 
SOBRAPH – O Oscar do serviço público brasileiro. 
Criado em 2019 pela Sociedade Brasileira de Proteção Humana – 
SOBRAPH o Mérito de Excelência e Valor no Serviço Público é um 
alto reconhecimento de incentivo a pessoas que auxiliam 
efetivamente a transformação do serviço público brasileiro por meio 
de ações de excelência e valor. 
Demonstra a grande importância de pessoas que exercem seus ofícios 
de tal forma, que sua atuação merece respeito, reconhecimento e 
muito apreço por toda a sociedade. O Mérito de Excelência e Valor, 
como é respeitosamente conhecido, é ainda a soma de esforços 
coletivos da SOBRAPH – Sociedade Brasileira de Proteção Humana e 
parceiros, cuja consagração e objetivo maior são norteados pelas 
relevantes contribuições destes profissionais para toda a nação 
brasileira. Afinal! “Quem não reconhece a excelência das pratas da vida, 
desconhece o pleno sucesso” A. Cruz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Dia Internacional da Mulher: Breve análise das lutas 
femininas pelo Brasil 
Por Diana Maia 
O dia 08 de março é conhecido por ser o Dia 
Internacional da Mulher. Nessa data, lembram-se das 
diversas lutas que todas as mulheres enfrentam, seja 
por cuidar sozinha de uma família, buscar pelo emprego 
dos sonhos, enfrentar problemas pessoais, ou 
simplesmente a busca por viver em um país em que o 
respeito seja algo cotidiano. Infelizmente não temos 
muito a comemorar nesta data. 
As mídias retratam o retrocesso da luta e da 
desigualdade que a mulher na atualidade vem sofrendo 
no Brasil por inúmeros motivos, mas entre eles o 
machismo ainda enraizado na população, ou pelo fato 
de que as leis criadas anteriormente para proteger as 
mais diversas mulheres não está protegendo ninguém. 
Desde a instituição do voto feminino no Brasil, em 1932, 
muitos avanços ocorreram para que as mulheres 
tivessem um tratamento igualitário como ocorreu na 
Constituição Federal de 1988, não fazendo distinções 
entre homens e mulheres, seja por motivos religiosos, 
sexuais, étnicos e dentre outra formas que pudessem 
distinguir homens e mulheres. Mas a realidade atual 
mostra que a mulher vem sofrendo desde as esferas 
trabalhistas até nos assuntos mais pessoais, como a 
violência doméstica no âmbito familiar/afetivo. E com a 
pandemia, essas relações intensificaram mais, já que 
com o isolamento social, muitas mulheres que ficam em 
seus lares, por vezes, não estão seguras com seus 
parceiros e/ou familiares agressivos, que se utilizam da 
violência, física, moral, psicológica e até sexual. E como 
se não bastasse, muitas dessas mulheres são chefes de 
família, que batalham para sustentar a si mesmas, seus 
filhos ou parentes mais idosos. 
No dia 17 de março de 2021, a pandemia por conta do 
coronavírus, completa um ano, exatamente nesta data 
muitas mulheres no mundo, sofreram violência 
domésticas, algumas não tiveram uma segunda chance, 
por este motivo, é importante que amigos e vizinhos, 
estejam atentos, ao pedido de socorro, pois em briga de 
marido e mulher, se mete a colher. É importante estar 
sempre abordando o tema publicamente, encorajar essa 
mulher que ainda vive no ciclo da violência. Em casos 
de violência contra a mulher, qualquer pessoa pode 
e deve denunciar. Além dos números nacionais (100 
e 180), também é possível fazer a denúncia, de 
forma anônima, pelo 190, da Polícia Militar. 
Dados de monitoramento “Um vírus e duas guerras”, 
feito por parceria entre veículos de jornalismo 
independente, que visa monitorar a evolução da 
violência contra a mulher durante a pandemia, revelou 
que durante o início do confinamento da população em 
2020, cerca de 195 mulheres foram mortas em 20 
estados. 
Por outro lado, é importante chamar atenção das 
autoridades, em um momento, que a mulher está cada 
vez mais vulnerável, devido as inúmeras 
responsabilidades que são impostas, a ansiedade e 
depressão é uma realidade na vida desta mulher, sendo 
necessário investimento e políticas que beneficiem as 
mulheres no Brasil. Enquanto isso, diariamente, nos 
noticiários, vê-se uma “adoração” por alguns 
representantes do governo em implementar a arma de 
fogo como sendo algo benéfico para uma sociedade 
despreparada em muitos sentidos, para que possa 
portar tal instrumento. Quando o assunto se eleva em 
uma escala federal, enxerga-se que as políticas 
públicas voltadas para a segurança (jurídica e pessoal) 
das mulheres está cada vez mais defasada, onde todo 
um sistema encontra-se fragilizado, já que mesmo que o 
agressor seja preso, em pouco tempo, este é libertado, 
e termina cometendo os mesmos atos agressivos com 
outras mulheres. 
O QUE DIZ A ONU MULHERES/BRASIL 
Mesmo antes da existência da Covid-19, a violência 
doméstica já era uma das maiores violações dos direitos 
humanos. Nos 12 meses anteriores, 243 milhões de 
mulheres e meninas (de 15 a 49 anos) em todo o 
mundo foram submetidas à violência sexual ou física 
por um parceiro íntimo. À medida que a pandemia da 
Covid-19 continua, é provável que esse número cresça 
com múltiplos impactos no bem-estar das mulheres, em 
sua saúde sexual e reprodutiva, em sua saúde mental e 
emsua capacidade de participar e liderar a recuperação 
de nossas sociedades e economia. 
A ampla subnotificação de formas de violência 
doméstica já havia tornado um desafio a coleta de 
dados e respostas, menos de 40% das mulheres vítimas 
de violência buscavam qualquer tipo de ajuda ou 
denunciavam o crime. Menos de 10% das mulheres que 
procuravam ajuda, iam à polícia. As circunstâncias 
atuais tornam os relatórios ainda mais difíceis, incluindo 
limitações no acesso de mulheres e meninas a telefones 
e linhas de ajuda e interrompem serviços públicos como 
polícia, justiça e serviços sociais. 
SOBRAPH Colaboração ESPECIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SOBRAPH 14 
PARCERIAS SOBRAPH 
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Essas interrupções também podem comprometer os 
cuidados e o apoio de que as sobreviventes precisam, 
como tratamento clínico de estupro, saúde mental e 
apoio psicossocial. Isso também alimenta a impunidade 
de agressores. Em muitos países, a lei não está do lado 
das mulheres; 1 em cada 4 países não possui leis que 
protejam especificamente as mulheres da violência 
doméstica. 
Se não for tratada, essa pandemia invisível também 
aumentará o impacto econômico da Covid-19. O custo 
global da violência contra as mulheres já havia sido 
estimado em aproximadamente US$ 1,5 trilhão. Esse 
número só pode aumentar à medida que a violência 
aumenta agora e continua após a pandemia. 
O aumento da violência contra as mulheres deve ser 
tratado com urgência com medidas incorporadas nos 
pacotes de apoio econômico e estímulo que atendam à 
gravidade e escala do desafio e reflitam as 
necessidades das mulheres que enfrentam múltiplas 
formas de discriminação. O secretário-geral da ONU 
apelou a todos governos a fazer da prevenção e 
reparação da violência contra as mulheres uma parte 
essencial de seus planos nacionais de resposta à 
Covid-19. Abrigos e linhas de ajuda para mulheres 
devem ser considerados um serviço essencial para 
todos os países, com financiamento específico e amplos 
esforços para aumentar a conscientização sobre sua 
disponibilidade. 
 
A Covid-19 está nos testando de maneira que a maioria 
de nós nunca experimentou anteriormente, fornecendo 
choques emocionais e econômicos que estamos lutando 
para superar. A violência que está emergindo agora 
como uma característica sombria dessa pandemia é um 
espelho e um desafio aos nossos valores, nossa 
resiliência e humanidade compartilhada. Devemos não 
apenas sobreviver ao coronavírus, mas emergir 
renovadas, com as mulheres como uma força poderosa 
no centro da recuperação. 
“Ninguém nasce Mulher, tonar-se Mulher”. Simone de 
Beauvoir. 
Breve Biografia da Autora 
Diana Maia, é natural do Amazonas, cidadã Montes-
clarense, Jornalista, Blogueira, Diretora e Produtora 
Cultural, estudante de Direito, tem formação em Marketing e 
Jornalismo Especializado e Grandes Matérias. 
Desde 2014, escreve conteúdos independentes no Blog 
Jornalismo Imparcial, especialista em criação de conteúdos de 
Segurança Pública, ministra treinamentos e palestras em 
Marketing Político Segurança Pública e Palestra no 
enfretamento da Violência Doméstica. 
Iniciou sua carreira no Rádio AM, FM/News, na região 
nordeste do Brasil no jornalismo policial e posteriormente 
como comentarista esportiva. No sudeste do Brasil, angariou 
experiência no rádio AM, TV, impresso, atuando com 
pioneirismo no ciberjornalismo no Norte de Minas e 
correspondente de assuntos de segurança pública Brasil X 
Espanha. 
Tem amplo conhecimento e cursos na área de Segurança 
Pública, o que facilita nas elucidações e apurações 
jornalísticas que tiveram repercussão a nível nacional e 
internacional. 
Foto: Gentilmente cedida pela autora para publicação 
 
Colaboração ESPECIAL por Diana Maia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parceiros culturais SOBRAPH- Sociedade Brasileira de Proteção Humana 
protecaohumana@gmail.com 
Parceiros culturais “OURO” da SOBRAPH- Sociedade Brasileira de Proteção 
Humana

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