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Revista SOBRAPH SOCIEDADE BRASILEIRA DE PROTEÇÃO HUMANA Ano VI – Edição: Março de 2021 – Bimestral – ESPECIAL MÊS DAS MULHERES É preciso falar sobre e combater... Ainda nesta edição especial Artigo Especial da Jornalista Diana Maia - Saúde da mulher em pauta – Meio Ambiente em Destaque – Personalidade Cidadã e muito mais informação para você. Neste mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a assustadora onda de violência contra a mulher não poderia deixar de ser citada em nossa revista. Tema contundente e que infelizmente todos os dias faz uma nova vítima, precisa ser debatido, comentado, tratado, enfrentado, diagnosticado e todas as formas para dizimá-lo de nossa sociedade. A Revista SOBRAPH de março de 2021 não pode ficar fora de tema tão atual e que necessariamente precisa ser enfatizado, não como estimulo, mas como contribuição para que não tenhamos mais vítimas desta tragedia humana. Leia mais nas páginas 6, 7, 8 e 14. Nesta edição: Sumario e Expediente......pag. 01 Palavra do Presidente......pag. 02 Fórum Brasileiro de Capelania - FOBRAC......pag. 02 Página Rosa: SOBRAPH Mulher e a força do querer...pag. 03 Meio Ambiente em Destaque – As mulheres e sua luta para proteger o meio ambiente......pag. 04 Personalidade Cidadã destaca o trabalho de Maria do Remédio Oliveira.....pag.05 Matéria de capa - Feminicídio.....páginas 06, 07 e 08 Noticias da Capelania – Um ato de amor......pag. 09 Saúde da Mulher – Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher......pag. 10 Destaques SOBRAPH - Cresce numero de pessoas presas por engano no Brasil.......pag. 11 Certificações SOBRAPH.....pag. 12 Dia Internacional da Mulher – Colaboração Especial da Jornalista Diana Maia ......pag. 13 Parcerias de Sucesso – CEPESF Cursos.....pag. 14 SOBRAPH – Lugar de gente humilde, feliz e abençoada SOBRAPH 01 Sumário Expediente: Revista SOBRAPH - Informativo da Sociedade Brasileira de Proteção Humana Organismos da SOBRAPH: -Corpo Acadêmico de Especialistas em Direito Militar /CAEDIM -Câmara Eclesiástica Nacional -Capelania Policial 3i -Escola Superior de Capelania e Missões/ESCAM -Fórum Brasileiro de Capelania/FOBRAC -NUPREC Defesa Civil Voluntaria -Rede Nacional de Comunicação Cristã/Renacom -Sociedade Amigos do Exército Brasileiro/SAEB Jornalista responsável: Aparecido da Cruz – Registro: 73975-MTE/SP Contatos: protecaohumana@gmail.com 55.11.96282.4347 As imagens utilizadas nesta publicação são gentilmente cedidas por seus detentores, de domínio público, voluntarias ou com citação legal de autoria. Esta é uma publicação gratuita e sem fins lucrativos. SOBRAPH 02 Palavra do presidente da SOBRAPH Professor Aparecido da Cruz Presidente da SOBRAPH Educador Policial Multiplicador, psicopedagogo, Capelão FTB-CP3i e EsCom TFSO - Task Force Safety Oficcer – TEEX - USA FOBRAC – FORUM BRASILEIRO DE CAPELANIA É um espaço para troca de opiniões sobre os modelos e tipos de capelania existentes, norteado pela liberdade legal e expressão de opiniões pessoais e institucionais, bem como fomento e o debate entre atores e instituições, com a finalidade de construir um pacto nacional, que sirva para a elaboração de um protocolo ético de relacionamentos, cujo foco seja a redução das vaidades, a inexistência de monopólios, requerimentos de exclusividade e outras não conformidades atípicas ao fiel propósito da capelania cristã. Participe! As Assembléias Ordinárias são bienais e itinerantes, podendo ocorrer em uma cidade próxima da sua. O FOBRAC não é uma loja de títulos, nem vende cursos de capelania é um espaço de comunhão. Um tema premente, atual e desafiador Obrigado por caminhar junto conosco, sua caminhada conosco é muito valiosa, abençoadora e edificante. Neste mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, bem como em outras datas semelhantes, a Sociedade Brasileira de Proteção Humana não poderia deixar de tratar deste assunto premente, atual, desafiador e muito cruel, o feminicidio. Infelizmente todos os dias, seja através dos demais meios de comunicação, seja nos grupos relacionados à segurança pública, recebemos a trágica noticia que mais uma vida foi ceifada com os mais ardilosos requintes de crueldade. Infelizmente e na maioria dos casos na famosa “crocodilagem”, ou seja, o covarde atrai a vitima para uma emboscada. Já passou a hora de as autoridades competentes e a própria sociedade sair dos discursos milagrosos e com cara de receita pronta, para a efetiva ação no combate a esta metástase que está assolando nossas queridas mulheres no Brasil e no mundo. Embora seja nosso desejo aprofundar mais o debate sobre o tema, conhecendo-o melhor, o nosso espaço é exíguo, no entanto, não deixamos escapar a oportunidade de incentivar o debate, ouvir especialistas e desafiar toda sociedade a fazer parte no combate a este mal absurdo, pernicioso e maligno. Espero que a leitura de mais uma edição da Revista SOBRAPH seja agradável, proveitosa, informativa e que promova uma profunda reflexão e ações em prol das causas dos mais vulneráveis. O meu costumeiro forte e fraterno abraço para você! Um espaço para todos os que têm ou desejem ter comunhão como corpo, edifício e pão, nivelados pelo amor de Deus em Cristo e participes da mesma Graça. SOBRAPH Mulher 2021 03 SOBRAPH A SOBRAPH – Sociedade Brasileira de Proteção Humana nasceu da identificação de necessidades, bem como de ações em favor da promoção e garantia de acesso a soluções para o ser humano integral. Ao lado professor Aparecido da Cruz – Diretor da SOBRAPH ministra palestra na Universidade Guarulhos – UNG para Mulheres Empreendedoras do Alto Tietê. A palestra com o titulo “Projetos Vencedores e Sucesso de Seus Atores” foi desenvolvida com foco nos conceitos de sucesso de grandes pensadores e culminou com uma auto analise sobre cada importante decisão neste longo processo e caminho a percorrer. A palestra gratuita contou com participantes de Guarulhos, Arujá, Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba. SOBRAPH Mulher A força de vontade e a força do querer Não existe empoderamento sem FORÇA, pois toda mulher empoderada é uma força motriz em direção ao verdadeiro e salubre sucesso. Para que esta grande engrenagem atinja o mais alto nível de excelência, todas e todos são convidadas e convidados a fazerem parte do caminhar e laborar nesta direção. Com foco em melhorar a qualidade de vida e dar mais autonomia as mulheres, o SOBRAPH Mulher desenvolveu diversas atividades de apoio e promoção ao empreendedorismo e empoderamento feminino nos últimos anos. De maneira simples, como a criação de botons, promoção de cafés sociais, consultoria e até investimentos mais arrojados, como a criação do vale compras premiado, o SOBRAPH Mulher apoiou ações de instituições na periferia paulista e guarulhense, com maestria e com muita troca de informações. Ao lado compartilhamos uma dentre as diversas ações de capacitação em parceria com o Grupo MEP, o CEPESF, a Universidade Federal de São Paulo e a Universidade de Guarulhos - UNG. Parabéns ao SOBRAPH Mulher pelas ações! SOBRAPH Meio Ambiente em destaque 04 As mulheres e sua luta para proteger o meio ambiente O combate contra as mudanças climáticas e a proteção do meio ambiente é uma tarefa de todos. Porém, hoje colocamos o foco nas mulheres, mais concretamente naquelas que converteram a preservação da natureza em sua bandeira com um único objetivo: deixar um mundo melhor para as próximas gerações. Elasmarcam o caminho, demonstrando que todas podem fazer algo mais. O PAPEL DA MULHER NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE Quem melhor que as mulheres — também fontes de vida — para cuidar do planeta. Elas estão cada vez mais presentes nos grandes órgãos de decisão do mundo, como é o caso, por exemplo, de Ursula von der Leyen, atual Presidenta da Comissão Europeia e grande defensora da Recuperação Verde após a crise do coronavírus. Fora das instituições, várias mulheres exibem seu ativismo diariamente e lutam para melhorar a saúde do meio ambiente. Neste particular, se destaca a jovem Greta Thunberg, que com só 17 anos se converteu na imagem do compromisso dos jovens no combate contra as mudanças climáticas. Para chegar até aqui, as mulheres tiveram que reivindicar durante décadas a igualdade de gênero, um terreno no qual, como reconhece a própria ONU em seu ODS 5, ainda restando muito por fazer. Conforme a ONU Mulheres os desastres provocados pelo clima exacerbam as desigualdades de gênero já arraigadas, ou seja, com freqüência as mulheres e meninas são as últimas em comer ou serem resgatadas, enfrentam maiores riscos de saúde e segurança quando os sistemas de água e saneamento estão comprometidos e assumem mais cargas de trabalho doméstico e de cuidados quando os recursos ficam escassos. Vem destas e outras informações contundentes a necessidade premente de maior engajamento das mulheres na defesa de nosso meio ambiente. Agência Meio Ambiente As mudanças climáticas estão pondo em perigo o planeta e, como conseqüência, a vida dos seres vivos que moram nele. Combater este fenômeno é um dos grandes desafios que a humanidade terá que enfrentar nas próximas décadas, pois ela é, ao mesmo tempo, a causadora do problema e a única capaz de solucioná-lo. Nesta árdua tarefa, que exigirá o compromisso de todos, as mulheres terão um papel fundamental. Um papel que a Organização das Nações Unidas (ONU) já reconhecera em 1995 durante a Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher de Pequim. Na mesma, estabeleceram-se três objetivos estratégicos no referente à mulher e ao meio ambiente: A participação ativa das mulheres em todos os níveis de adoção de decisões sobre o meio ambiente. A integração de suas preocupações e perspectivas em políticas e programas relacionados com o meio ambiente. A implantação de métodos de avaliação da repercussão das políticas de desenvolvimento e ambientais nas mulheres. Apoio cultural IBRAPA Uma mulher de fé, coragem e ação Já é conhecido que todo aquele que tem um verdadeiro encontro com Cristo é no mínimo um ser humano melhor. Neste sentido Maria do Remédio é prova cabal desta excelência, pois servindo a Deus desde 1996, se empenha para que a fé não seja apenas discursiva, mas que siga o exemplo citado por Tiago como símbolo de excelência cristã e envolvimento social de alto impacto. Por fim, pedimos a Maria do Remédio que citasse um versículo bíblico que representa-se uma parcela de sua vida, e ela prontamente citou Atos 16.31 como sendo este versículo, o qual transcrevemos abaixo para edificação de todos os nossos leitores. ...Eles responderam: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa". Atos 16.31 Nosso mais sincero agradecimento a Maria do Remédio pela gentileza de compartilhar um pouco de sua trajetória e nossos parabéns pela sua relevantissima missão de vida. Que neste mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, possamos abraçar todas as mulheres como a Maria do Remédio e tantas outras, apoiando, incentivando, reconhecendo e agradecendo a Deus por elas existirem em nossa tão grande sociedade. SOBRAPH 05 Personalidade Cidadã A seção personalidade cidadã apresenta nesta edição Maria do Remédio Oliveira, batalhadora na luta contra a violência doméstica Líder comunitária do mais alto nível, piauiense de Paulistana, mãe, esposa e pessoa de muita fé, esta é Maria do Remédio Oliveira, mulher é nossa Personalidade Cidadã nesta edição. Defensora ativa dos direitos do ser humano integral, tem como incentivo para suas ações, a oportunidade plena de servir e ser útil a seus semelhantes. Sempre com um sorriso amigo e transpirando muita fé e coragem, Maria do Remédio tem em seu vasto rol de atividades, projetos com crianças, dependentes químicos e forte ação com famílias em sua atividade de liderança comunitária impactante. Foi por iniciativa de Maria do Remédio e parceiras sociais, que em novembro de 2006 foi realizado o I Fórum de Debates “Violência Doméstica e Familiar – Conhecer e Combater” no Parque Jandaia na cidade de Guarulhos. O momento, além de inédito na região, foi um divisor de águas, pois através do evento, toda a comunidade evoluiu ainda mais, com palestras de altíssimo nível. Pois sabemos que a violência doméstica é um embrião do feminicidio, daí a relevância e importância da atividade para todos os participantes e toda a sociedade. Também por sua liderança social e iniciativa, a população local pode contar com a reforma da UBS – Unidade Básica de Saúde do Parque Jandaia, dentre outras e muitas mobilizações que são referencias locais para estimulo às ações globais. Em São Paulo desde 1974 e dedicada servidora pública, Maria entende e conclama a necessidade de que todos tenham a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e através destes conhecimentos, possam ser pessoas cada vez melhores. Não melhores que os outros, afirma Maria do Remédio, mas conscientes de seu importante papel na sociedade em que vivem, sendo co autores de novas historias de vida. SOBRAPH Matéria de capa - Feminicídio 06 Breve histórico sobre o termo Feminicídio O primeiro uso do termo “femicídio” é atribuído a Diana Russell, escritora feminista e ativista. Diana se valeu desse termo para se referir à morte de mulheres por homens pelo fato de serem mulheres. Contudo, em 1976, Jane Caputti, uma professora da Florida Atlantic University, e Diana Russel redefiniram o termo femicídio, com o fim de utilizá-lo em referência ao “fim extremo de um continuum de terror contra as mulheres”. Por fim, Marcela Lagarde, antropóloga e pesquisadora mexicana, partindo do termo “femicídio”, criou a denominação “feminicídio” para se referir às mortes de mulheres em um contexto de “responsabilidade do estado na produção das mortes de mulheres”. Embora, portanto, o fenômeno da morte de mulheres pelo fato de serem mulheres tenha sido reconhecido pela academia há tempos, a abordagem estatal a esse fenômeno somente passou a ocorrer de forma mais relevante a partir da década de 90. De fato, a discussão acerca do feminicídio somente toma vulto na América Latina a partir dos sucessivos homicídios de mulheres em Ciudad Juarez, no Estado de Chihuahua, no México, a partir de 1993, o que culminou, em 2009, com a condenação do Estado do México pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso “Campo Algodonero”. A partir daí, diversos países inseriram o delito de feminicídio em suas legislações, a saber: Costa Rica (2007), Colômbia (2008), Guatemala (2008), El Salvador (2010), Chile (2010), Argentina (2012), Mexico (2012), Nicarágua (2012), Bolívia (2013), Honduras (2013), Panamá 2013, Peru (2013), Venezuela (2014), Equador (2014), Brasil (2015). Paralelamente a esse gradual surgimento do crime de feminicídio nas legislações dos países, diversos documentos internacionais passaram a tentar sensibilizar os países a tipificarem o delito de feminicídio. A violência contra a mulher é um problema universal, que acontece nos quatro cantos do planeta, das mais variadas formas. Discriminação, estupro, abuso de meninas, desvalorização, humilhação, maus tratos e assassinatos são algumas das expressões desta violência.Neste mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a assustadora onda de violência contra a mulher não poderia deixar de ser citada em nossa revista. Tema contundente e que infelizmente todos os dias faz uma nova vítima, precisa ser debatido, comentado, tratado, enfrentado, diagnosticado e todas as formas para dizimá-lo de nossa sociedade. Nesta edição a Revista SOBRAPH não poderia deixar de discutir este tema tão atual e que necessariamente precisa ser enfatizado, não como estimulo, mas como contribuição para que não tenhamos mais vítimas desta tragédia na humanidade. . A tipificação feminicídio. A tipificação também é importante, ainda segundo o relatório, para evitar que feminicídas sejam beneficiados por interpretações jurídicas anacrônicas e moralmente inaceitáveis, como a de terem cometido “crime passional”. Observe-se que a criação do tipo penal de feminicídio não consiste em mera iniciativa de hipertrofia legislativa, mas sim de um aperfeiçoamento normativo que busca apartar, do conjunto de homicídios praticados no Brasil, aquelas mortes em que as vítimas são mulheres e a motivação decorre, justamente, da condição do sexo feminino. Na Câmara dos Deputados, um Projeto de Lei (PL) tramitou como PL 8.305/2014, e quando foi aprovado resultou na Lei 13.104 de 09 de março de 2015 que dentre outras alterações, inclui o feminicídio no rol dos crimes hediondos. 07 SOBRAPH Código Penal Brasileiro – CPB Art. 121 (...) Homicídio qualificado (...) § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Portanto, o próprio legislador esclareceu que considera que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: Quando o homicídio de uma mulher envolve violência doméstica, a lei considera, então, que se trata de “razões de condição do sexo feminino” e, portanto, que se trata de feminicídio. E para se determinar o que vem a ser “violência doméstica e familiar” deve-se observar o art. 5º da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Diferentemente da hipótese anterior, não há um dispositivo legal indicando o que vem a ser “menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. No caso específico da “discriminação”, a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW, 1979), ratificada em 1984 pelo Brasil por meio do Decreto 1973, de 1º de agosto de 1996, apresenta, no Art. 1º, uma definição de discriminação contra a mulher. Quanto à natureza dessa qualificadora, deve-se recordar que as qualificadoras do homicídio podem ser objetivas (por exemplo, emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum) ou subjetiva (motivo fútil, por exemplo). No caso, a qualificadora feminicídio é de natureza objetiva, visto que está relacionada a um dado objetivo, qual seja, vítima mulher morta ou no contexto de violência doméstica ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher. A Lei 13.104/2015 previu também três causas de aumento de pena para o feminicídio. Nesse sentido, conforme Código Penal Brasileiro em seu artigo 121, § 7º, incisos I, II e III, a pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a 1/2 se o crime for praticado: - Durante a gestação ou nos três primeiros meses após o parto - Contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência - Na presença de descendente ou ascendente da vitima Matéria de capa - Feminicídio O Crime de feminicídio A Lei 13.104 de 09 de março de 2015, introduziu o crime de feminicídio no ordenamento jurídico brasileiro. Em especial, a referida lei inseriu no Código Penal Brasileiro o inciso VI do § 2° do Art. 121. Veja a redação do dispositivo Código Penal Brasileiro – CPB Art. 121 (...) Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido: (...) VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Portanto, pela lei brasileira o homicídio é qualificado e reconhecido como um feminicídio quando praticado “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”. Observe-se que, antes da Lei 13.104/2015, o feminicídio, se não envolvesse outras agravantes ou qualificadoras trazidas pelo Código Penal, era punido genericamente como um homicídio simples do caput do art. 121. O legislador, mais adiante, acabou por esclarecer o que vem a ser o termo “razões da condição de sexo feminino”. Nesse sentido, o Código Penal Brasileiro, no § 2º-A do art. 121 (também acrescentado pela Lei 13.104/2015), esclarece o significado desse termo. Veja a redação do dispositivo. Onde buscar ajuda e acolhimento? Uma pesquisa realizada no Brasil, calcula que seis a oito mulheres sofram violência por minuto! Existem muitos serviços que prestam atendimento especializado, gratuito e otimizado às mulheres vítima de violência doméstica, mas nem sempre as mulheres têm coragem de buscar ajuda ou passam anos acreditando que o companheiro vai mudar. Outras desconhecem os seus direitos e ficam inseguras em tomar uma decisão que possa prejudicá-las ou a seus filhos. Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher As delegacias especializadas são uma das mais importantes portas de entrada das denúncias de agressão. A Lei Maria da Penha estabelece que, após o Boletim de Ocorrência (B.O.), o caso seja remetido ao juiz em, no máximo, 48 horas. A Justiça também tem 48 horas para analisar e julgar a concessão das medidas protetivas de urgência. Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher Outro canal de entrada de denúncias é a central telefônica Disque-Denúncia, criada pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Publicações com selo de qualidade SOBRAPH Prestigie as publicações de nosso presidente em: https://www.webartigos.com/autores/protecaohumana e outros diretórios de publicações na internet SOBRAPH 08 Matéria de capa - Feminicídio PM – Disque 190 Quando não há uma delegacia especializada para esse atendimento, a vítima pode procurar uma delegacia comum, onde deverá ter prioridade no atendimento. Ou pode pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, uma viatura da Polícia Militar é enviada até o local. Defensoria Pública A Defensoria Pública é uma instituição que presta assistência jurídica gratuita às pessoas que não podem pagar um advogado. Qualquer pessoa que receba até três salários-mínimos por mês ou possa comprovar que, mesmo recebendo mais, não tem condições de pagar um advogado particular, tem direito de ser atendido. Em casos mais graves de violência doméstica, a Defensoria Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva a um juiz ou juíza. Estas são medidas de urgência para proteger mulheres vítimas desse crime. Casas-Abrigo São locais seguros que oferecem moradia protegida e atendimento integral a mulheres em risco de morte iminente em razão da violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, no qual as usuárias permanecem por um período determinado, durante o qual deverão reunir condições necessárias para retomar o curso de suas vidas. Casas da Mulher Brasileira Elas foram criadas para facilitar o acesso das vítimas de violência aos serviços especializados. Lá, funcionam delegacia, juizado, Ministério Público e Defensoria Pública, além de equipes multidisciplinares especializadas em garantir o acolhimento de mulheres em condições e possibilitar que exames e denúncias ocorram sem revitimização. SOBRAPH Noticias da Capelania 09 CapelaniaPolicial Com o objetivo de promover, incentivar e inspirar ações de assistência as centenas de profissionais de segurança pública em todo o território nacional, a Capelania Policial 3i, vem fomentando diversas ações em prol de capelães e capelanias. Neste espaço, reservamos um momento para evidenciar algumas dessas ações. Colaborações das capelanias parceiras são sempre muito bem vindas. Contatos com a Capelania Policial 3i: protecaohumana@gmail.com O que é capelania Para o Capelão: É levar a fé, a esperança e o amor (I Co 13.13); é aperfeiçoar sua fé com as obras (Tiago 2.22); é ser ovelha de Jesus (Mateus 25.35-36); é uma visão cristã Bíblica (Lucas 10.30 a 35). Uma mensagem de paz (Atos 13.15 + João 14.27 e João 20.26). Para a sociedade em Geral: É atividade que tem a missão de colaborar na formação integral do ser humano, fornecendo oportunidade de conhecimento, reflexão, desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios ético- cristãos e de revelação para a atividade de cidadão em sua integralidade. A Capelania Policial 3i – CP3i é interconfessional, interinstitucional e inter- religiosa, não desenvolve proselitismo e é parceira na luta contra a intolerância religiosa. A CP3i apóia os valores éticos, morais, cívicos e institucionais e do estado democrático de direito. Cumprindo a agenda institucional em 17/2/2021, o capelão Aparecido da Cruz esteve na sede da Associação Internacional de Policia – Seção São Paulo. O motivo da grata visita ateve-se ao mimoseio à Seção Regional da IPA em São Paulo com um exemplar da obra Capelania Policial – Assistência Religiosa aos Profissionais de Segurança Pública. O exemplar do livro está disponível na biblioteca da instituição, ficando com acesso liberado a todos os associados, familiares e amigos. Comenta o presidente da IPA/SP: ...” Em rápido acesso ao conteúdo da obra, notamos facilmente o seu valor intrínseco do trabalho obsequioso do seu nobre e dedicado autor. Quantos ensinamentos valiosos que, como disse em “Apresentação” o culto professor João Alexandre dos Santos, servirão de refrigério às angústias de cada um. Parabéns dedicado Mestre Aparecido da Cruz; continue na sua sacrossanta missão ministerial.” Nosso agradecimento ao professor Jarim pela receptividade, bem como pelas palavras de incentivo. O site da IPA registrou este importante momento, estando disponível em: https://ipasaopaulo.org.br/ SOBRAPH Saúde e bem estar 10 Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher A atenção à saúde da mulher tem uma grande importância para a sociedade. A orientação, assistência e recuperação em todos os ciclos da vida é muito necessária para a garantia deste direito essencial de todas as cidadãs. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimentos, consultas e medicamentos de forma gratuita para as mulheres de todas as idades. O acesso à informação sobre isso é extremamente importante. Então, preparamos um texto sobre a Política Nacional de Atenção a Saúde da Mulher para você ficar por dentro: A Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher (PNAISM) foi elaborada em 2004. Ela foi criada pela necessidade de ter diretrizes para orientação das políticas para mulheres e teve como base o Programa de Atenção Integral de Saúde da Mulher (PAISM), criado em 1984. A Política foi criada a partir da necessidade de dar atenção e incluir grupos que não estavam nas diretrizes do país, como: mulheres negras, trabalhadoras rurais, lésbicas, presidiárias, indígenas, adolescentes, mulheres com deficiência e a participação nas discussões sobre saúde da mulher e meio ambiente. Antigamente, a assistência a mulher era restringida apenas “a saúde materna ou a ausência de enfermidade associada ao processo de reprodução biológica”. Com o aumento dos debates sobre os direitos e a participação dos movimentos sociais e das mulheres, as diretrizes evoluíram e melhoraram muito. A nova Política também trouxe a necessidade de reorganizar ações definidas no PAISM, como: planejamento familiar, assistência ao climatério (período de transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva), informação sobre doenças sexualmente transmissíveis, atenção obstétrica humanizada, prevenção do câncer do colo uterino e de mama, saúde mental, entre outros. Objetivos da PNAISM A PNAISM foi um avanço e ampliou as ações relevantes da saúde da população feminina. De acordo com o Ministério da Saúde, os objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher são: – Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro; – Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie; – Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma campanha já conhecida é o Outubro Rosa, uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero. Para maiores informações acesse: https://assets-compromissoeatitude- ipg.sfo2.digitaloceanspaces.com/2012/08/MS2009 _politica_nacional_mulher_principios_diretrizes.pd f http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_at encao_mobilidade_reduzida.pdf SOBRAPH 11 Destaques SOBRAPH O relevantíssimo papel da SOBRAPH A Sociedade Brasileira de Proteção Humana - SOBRAPH é uma organização da sociedade civil organizada, sem fins lucrativos, com representação em diversos estados brasileiros, reconhecimento internacional e composta por colaboradores voluntários da segurança pública, privada, saúde, instituições religiosas e outros segmentos, que juntos somam esforços na consolidação da proteção humana integral como ferramenta de maior qualidade de vida e viabilidade social e comunitária. Para tanto desenvolve diversas ações na consolidação de suas atividades, com raízes no conceito e filosofia de segurança humana integral, onde se contempla as necessidades do ser humano global, ou seja, o ser humano em 360 graus, propiciando que sua vida seja plena de sentidos, valores, salubridade e proteção. A SOBRAPH em diversos momentos já se manifestou em dezenas de temas sociais e polêmicos que afetam ou possam afetar a vida de todos os seres humanos. Clamando por justiça, apoiando causas de coletivos e de familiares desesperados por não ter mais nenhuma opção de a quem recorrer. Este é o jeito de ser SOBRAPH. Casos de pessoas presas por engano cresce assustadoramente no Brasil Infelizmente a cada dia está mais fácil ser preso por engano no Brasil. E o pior é que ninguém está a salvo ou livre de passar por este erro sem precedentes. Os diversos casos em todo o ano de 2020, em plena pandemia, reacendem o alerta de que algo anda muito errado com todo o sistema que envolve, desde o reconhecimento de pessoas, os agentes de segurança pública, o Ministério Público e um certo analfabetismo magistral. Não é intenção deste artigo mostrar ou apontar ninguém como responsável, no entanto, a medida que direitos de cidadãos direitos é violentado, por erros de um sistema que deveria protegê-lo, o caso se torna altamente preocupante. Pois quem defenderá o injustiçado? Quem arcará com o altíssimo prejuízo causado à pessoa humana e a seus familiares? Quem reparará o dano e em que tempo? O que temos percebido é quenão existe qualquer preocupação do Estado em resolver o problema, mas ONGs, imprensa e outros atores como a Organização Innocence Project, atuante desde 2017 no Brasil, tem se mostrado muito eficiente nesta questão. A ONG brasileira faz parte de uma rede de outras 57 organizações espalhadas pelos Estados Unidos e outras 14 ao redor do mundo. Desde 1992 os grupos já conseguiram reverter a condenação de mais de 350 inocentes. Sucessão de erros Apesar da prevalência de incoerências durante a fase de reconhecimento dos suspeitos, os coordenadores da ONG acreditam que as condenações de inocentes não costumam ter um único responsável. "O erro raramente é causado por uma pessoa individualmente. Geralmente ele acontece por uma sucessão de ocorrências que está além da atuação de um único ator do sistema", diz Tucherman diretor da ONG Innocence Project no Brasil. Os especialistas da ONG avaliam que a estruturas das polícias brasileiras é precária, as investigações geralmente são muito demoradas e a coleta de provas costuma ser feita de maneira bastante rudimentar. Apesar disso, a organização acredita que é possível melhorar o cenário para que erros nas condenações sejam menos comuns. "Quanto mais ampla for a defesa, quanto mais diligente for o advogado e quanto mais abertos estiverem o Ministério Público e os juízes para a atuação da defesa e os dados oficiais sobre erros, menores serão as chances de um equívoco acontecer" Matéria republicada a pedido dos leitores SOBRAPH Certificações SOBRAPH 12 Certificações de Qualidade Assegurada SOBRAPH As certificações são fundamentais para todas as organizações que querem melhorar seus processos, produtos, serviços e ganhar destaque em cenário nacional e internacional. Toda certificação, independente da norma ISO, é de grande importância para as empresas, e acarreta mudança cultural dentro das instituições, empresas e organizações. A SOBRAPH além de notório e notável reconhecimento possui ampla gama de publicações e séria capacidade de certificar, sendo altamente reconhecida por instituições e autoridades pelo poder e moral de incentivar e inspirar pessoas. Com uma equipe técnica do mais alto cabedal e transparência em todos os processos a SOBRAPH se orgulha de sua competência para colaborar com o desenvolvimento sustentável de nosso país através de processos de certificação e reconhecimento de excelente qualidade e responsabilidade. Diretoria SOBRAPH SOBRAPH lança Selo “Alta Performance Premium em Sustentabilidade e Responsabilidade Sócio Ambiental” Mais uma iniciativa cidadã em prol de ações de preservação do Meio Ambiente e Responsabilidade Sócio Ambiental. SOBRAPH Mérito de Excelência e Valor no Serviço Público SOBRAPH – O Oscar do serviço público brasileiro. Criado em 2019 pela Sociedade Brasileira de Proteção Humana – SOBRAPH o Mérito de Excelência e Valor no Serviço Público é um alto reconhecimento de incentivo a pessoas que auxiliam efetivamente a transformação do serviço público brasileiro por meio de ações de excelência e valor. Demonstra a grande importância de pessoas que exercem seus ofícios de tal forma, que sua atuação merece respeito, reconhecimento e muito apreço por toda a sociedade. O Mérito de Excelência e Valor, como é respeitosamente conhecido, é ainda a soma de esforços coletivos da SOBRAPH – Sociedade Brasileira de Proteção Humana e parceiros, cuja consagração e objetivo maior são norteados pelas relevantes contribuições destes profissionais para toda a nação brasileira. Afinal! “Quem não reconhece a excelência das pratas da vida, desconhece o pleno sucesso” A. Cruz. 13 Dia Internacional da Mulher: Breve análise das lutas femininas pelo Brasil Por Diana Maia O dia 08 de março é conhecido por ser o Dia Internacional da Mulher. Nessa data, lembram-se das diversas lutas que todas as mulheres enfrentam, seja por cuidar sozinha de uma família, buscar pelo emprego dos sonhos, enfrentar problemas pessoais, ou simplesmente a busca por viver em um país em que o respeito seja algo cotidiano. Infelizmente não temos muito a comemorar nesta data. As mídias retratam o retrocesso da luta e da desigualdade que a mulher na atualidade vem sofrendo no Brasil por inúmeros motivos, mas entre eles o machismo ainda enraizado na população, ou pelo fato de que as leis criadas anteriormente para proteger as mais diversas mulheres não está protegendo ninguém. Desde a instituição do voto feminino no Brasil, em 1932, muitos avanços ocorreram para que as mulheres tivessem um tratamento igualitário como ocorreu na Constituição Federal de 1988, não fazendo distinções entre homens e mulheres, seja por motivos religiosos, sexuais, étnicos e dentre outra formas que pudessem distinguir homens e mulheres. Mas a realidade atual mostra que a mulher vem sofrendo desde as esferas trabalhistas até nos assuntos mais pessoais, como a violência doméstica no âmbito familiar/afetivo. E com a pandemia, essas relações intensificaram mais, já que com o isolamento social, muitas mulheres que ficam em seus lares, por vezes, não estão seguras com seus parceiros e/ou familiares agressivos, que se utilizam da violência, física, moral, psicológica e até sexual. E como se não bastasse, muitas dessas mulheres são chefes de família, que batalham para sustentar a si mesmas, seus filhos ou parentes mais idosos. No dia 17 de março de 2021, a pandemia por conta do coronavírus, completa um ano, exatamente nesta data muitas mulheres no mundo, sofreram violência domésticas, algumas não tiveram uma segunda chance, por este motivo, é importante que amigos e vizinhos, estejam atentos, ao pedido de socorro, pois em briga de marido e mulher, se mete a colher. É importante estar sempre abordando o tema publicamente, encorajar essa mulher que ainda vive no ciclo da violência. Em casos de violência contra a mulher, qualquer pessoa pode e deve denunciar. Além dos números nacionais (100 e 180), também é possível fazer a denúncia, de forma anônima, pelo 190, da Polícia Militar. Dados de monitoramento “Um vírus e duas guerras”, feito por parceria entre veículos de jornalismo independente, que visa monitorar a evolução da violência contra a mulher durante a pandemia, revelou que durante o início do confinamento da população em 2020, cerca de 195 mulheres foram mortas em 20 estados. Por outro lado, é importante chamar atenção das autoridades, em um momento, que a mulher está cada vez mais vulnerável, devido as inúmeras responsabilidades que são impostas, a ansiedade e depressão é uma realidade na vida desta mulher, sendo necessário investimento e políticas que beneficiem as mulheres no Brasil. Enquanto isso, diariamente, nos noticiários, vê-se uma “adoração” por alguns representantes do governo em implementar a arma de fogo como sendo algo benéfico para uma sociedade despreparada em muitos sentidos, para que possa portar tal instrumento. Quando o assunto se eleva em uma escala federal, enxerga-se que as políticas públicas voltadas para a segurança (jurídica e pessoal) das mulheres está cada vez mais defasada, onde todo um sistema encontra-se fragilizado, já que mesmo que o agressor seja preso, em pouco tempo, este é libertado, e termina cometendo os mesmos atos agressivos com outras mulheres. O QUE DIZ A ONU MULHERES/BRASIL Mesmo antes da existência da Covid-19, a violência doméstica já era uma das maiores violações dos direitos humanos. Nos 12 meses anteriores, 243 milhões de mulheres e meninas (de 15 a 49 anos) em todo o mundo foram submetidas à violência sexual ou física por um parceiro íntimo. À medida que a pandemia da Covid-19 continua, é provável que esse número cresça com múltiplos impactos no bem-estar das mulheres, em sua saúde sexual e reprodutiva, em sua saúde mental e emsua capacidade de participar e liderar a recuperação de nossas sociedades e economia. A ampla subnotificação de formas de violência doméstica já havia tornado um desafio a coleta de dados e respostas, menos de 40% das mulheres vítimas de violência buscavam qualquer tipo de ajuda ou denunciavam o crime. Menos de 10% das mulheres que procuravam ajuda, iam à polícia. As circunstâncias atuais tornam os relatórios ainda mais difíceis, incluindo limitações no acesso de mulheres e meninas a telefones e linhas de ajuda e interrompem serviços públicos como polícia, justiça e serviços sociais. SOBRAPH Colaboração ESPECIAL CEPESF – CENTRO DE EDUCAÇÃO PERSONALIZADA SISTEMA FEDERAL - EaD “Compromisso sério com sua formação, capacitação e sucesso profissional”. Atuando e capacitando talentos para as melhores oportunidades, levando até você formação de qualidade com investimento justo e no seu tempo. cepesf.ead@gmail.com CERTIFICAÇÃO FORTE E COM CREDIBILIDADE: *Registro Acadêmico próprio e profissional; *Coordenadoria Cientifica credenciada e com produção acadêmica farta e altamente reconhecida; *Selo de qualidade assegurada Cepesf. SOBRAPH 14 PARCERIAS SOBRAPH SEGURANÇA DO TRABALHO PATRIMONIAL E SCI EDUCAÇÃO CRISTÃ Essas interrupções também podem comprometer os cuidados e o apoio de que as sobreviventes precisam, como tratamento clínico de estupro, saúde mental e apoio psicossocial. Isso também alimenta a impunidade de agressores. Em muitos países, a lei não está do lado das mulheres; 1 em cada 4 países não possui leis que protejam especificamente as mulheres da violência doméstica. Se não for tratada, essa pandemia invisível também aumentará o impacto econômico da Covid-19. O custo global da violência contra as mulheres já havia sido estimado em aproximadamente US$ 1,5 trilhão. Esse número só pode aumentar à medida que a violência aumenta agora e continua após a pandemia. O aumento da violência contra as mulheres deve ser tratado com urgência com medidas incorporadas nos pacotes de apoio econômico e estímulo que atendam à gravidade e escala do desafio e reflitam as necessidades das mulheres que enfrentam múltiplas formas de discriminação. O secretário-geral da ONU apelou a todos governos a fazer da prevenção e reparação da violência contra as mulheres uma parte essencial de seus planos nacionais de resposta à Covid-19. Abrigos e linhas de ajuda para mulheres devem ser considerados um serviço essencial para todos os países, com financiamento específico e amplos esforços para aumentar a conscientização sobre sua disponibilidade. A Covid-19 está nos testando de maneira que a maioria de nós nunca experimentou anteriormente, fornecendo choques emocionais e econômicos que estamos lutando para superar. A violência que está emergindo agora como uma característica sombria dessa pandemia é um espelho e um desafio aos nossos valores, nossa resiliência e humanidade compartilhada. Devemos não apenas sobreviver ao coronavírus, mas emergir renovadas, com as mulheres como uma força poderosa no centro da recuperação. “Ninguém nasce Mulher, tonar-se Mulher”. Simone de Beauvoir. Breve Biografia da Autora Diana Maia, é natural do Amazonas, cidadã Montes- clarense, Jornalista, Blogueira, Diretora e Produtora Cultural, estudante de Direito, tem formação em Marketing e Jornalismo Especializado e Grandes Matérias. Desde 2014, escreve conteúdos independentes no Blog Jornalismo Imparcial, especialista em criação de conteúdos de Segurança Pública, ministra treinamentos e palestras em Marketing Político Segurança Pública e Palestra no enfretamento da Violência Doméstica. Iniciou sua carreira no Rádio AM, FM/News, na região nordeste do Brasil no jornalismo policial e posteriormente como comentarista esportiva. No sudeste do Brasil, angariou experiência no rádio AM, TV, impresso, atuando com pioneirismo no ciberjornalismo no Norte de Minas e correspondente de assuntos de segurança pública Brasil X Espanha. Tem amplo conhecimento e cursos na área de Segurança Pública, o que facilita nas elucidações e apurações jornalísticas que tiveram repercussão a nível nacional e internacional. Foto: Gentilmente cedida pela autora para publicação Colaboração ESPECIAL por Diana Maia Parceiros culturais SOBRAPH- Sociedade Brasileira de Proteção Humana protecaohumana@gmail.com Parceiros culturais “OURO” da SOBRAPH- Sociedade Brasileira de Proteção Humana
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