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Química Analítica Instrumental CROMATOGRAFIA ✓ Constitui-se atualmente em um conjunto de técnica de separação com forte caráter interdisciplinar. ✓ Em suas diferentes formas (gasosa, líquida e com fluído super crítico) tem aplicações em praticamente todas as áreas nas quais a análise qualitativa e/ou quantitativa de espécies químicas deva ser realizada. Química Analítica Instrumental ALGUMAS APLICAÇÕES Química - Analítica, Orgânica, Inorgânica, Físico-Química; ✓ Bioquímica: carboidratos, aminoácidos; ✓ Geoquímica: carvão, petróleo; ✓ Meio ambiente: análise de poluentes em ar, água, solo. Química Analítica Instrumental Dentre os métodos de análises químicas, a Cromatografia ocupa sem dúvida, um lugar de destaque no que concerne a separação, identificação e quantificação de espécies químicas. Cromatografia a Gás ✓ A cromatografia pode ser conceituada como um método físico-químico de separação, na qual os constituintes da amostra a serem separados são particionados entre duas fases: ✓ Uma estacionária e de grande área ✓ Um fluído insolúvel que percola através da primeira. cromatografia coluna planar Fluido Super crítico Gasosa Líquida Camada Delgada papel voláteis Semi-voláteis Não voláteis / Baixa estabilidade térmica ✓ CG: é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham ponto de ebulição até 300°C e termicamente estáveis. ✓ Fase móvel: gás (He, N2 ou H2), a “escolha” depende do detector e da eficiência e velocidade da separação desejada ✓ Fase estacionária: geralmente um líquido não-volátil, em alguns casos é um sólido. Esquema de separação hipotética de dois solutos A e B A B B A B A Fluxo T1 T2 T3 ✓ As moléculas da amostra irão distribuir-se ao equilibrar-se entre o gás de arraste e a fase estacionária. ✓ As espécies mais solúveis na fase líquida permanecerão menos tempo no gás de arraste , deslocando-se mais lentamente. A fase estacionária encontra-se acondicionada dentro da coluna através da qual o gás de arraste (eluente) flui continuamente. Tempo A B Cromatograma Instrumentação • Um sistema cromatográfico é constituído: • Gás de arraste, injetor; coluna, forno com controle de temperatura (temperatura programável) , detector e sistema de aquisição de dados....... Esquema de um cromatógrafo Cromatograma ✓ Tempo de retenção tr ; ✓ Tempo mínimo tm ; ✓ Tempo de retenção ajustado : ‘tr = tr - tm (é o tempo adicional necessário para a substância percorrer o comprimento da coluna , além do tempo utilizado pelo solvente não retido). Química Analítica Instrumental ✓ Retenção relativa, α : é a razão dos tempos de retenção ajustados: em que ‘tr2 > ‘tr1 ; logo α > 1. (Quanto maior a retenção relativa, maior a separação entre os dois componentes). ✓ Fator capacidade /retenção ou Razão de retenção/partição k: é a razão entre ‘tr e tm. Tempo de permanência do analito na fase estacionária dividido tempo de permanença do analito na fase móvel. (Quanto mais retido for um componente na coluna, maior será o fator capacidade). Química Analítica Instrumental ✓ Coeficiente de partição K: é a razão entre o fator capacidade pelos volumes relativos das fases estacionária e móvel. (Quanto maior a razão dos coeficientes de partição entre as fases estacionária e móvel, maior a separação entre dois componetes de uma mistura). ✓ Resolução: é a razão entre Δtr pela wmedia (largura média dos dois picos) (Boa resolução = 1,5). Química Analítica Instrumental ✓ Altura do prato: é uma constante de proporcionalidade entre a variância (σ2 ) da banda, (σ é o desvio-padrão da banda gaussiana) e x é a distância que ela percorre, (H = σ2 / x) ou H = L/N. (L = comprimento da coluna e N = no de pratos. ✓ Número de pratos teóricos: é o comprimento (L) divido pela altura (H); N = 16tr 2/ w2 (tr = tempo de retenção do pico e w = largura da base). N = 5,55tr 2/ w2 ( largura a meia-altura). Colunas – Coração do Sistema Capilares: Sílica Fundida (SiO2) e coberta com poliimida (um plástico capaz de resistir até 350°C). Diâmetro interno = 0,10 a 0,53 mm; Comprimento = 15 a 100 m, filme de 0,1 a 5 microns ✓ Maior resolução, menores tempo de análise e maior sensibilidade. ✓ Colunas empacotadas: enchimento interno de grãos inertes altamente porosos, com uma fase estacionária líquida. (aço inoxidável, níquel ou vidro). Química Analítica Instrumental Química Analítica Instrumental Química Analítica Instrumental Química Analítica Instrumental Química Analítica Instrumental t’R = f Interações analito / FE Pressão de vapor do analito Condições operacionais (TCOL, FC ...) Fixas as condições operacionais, o tempo de retenção ajustado de um analito é uma constante AMOSTRA PADRÃO Comparação de cromatogramas da amostra e de uma solução padrão do analito suspeito Determinação Determinação de PCBs Além da interação com a FE, o tempo que um analito demora para percorrer a coluna depende de sua PRESSÃO DE VAPOR (p0). p0 = fator Estrutura química do analito Temperatura da coluna Temperatura da coluna Pressão de vapor Velocidade de migração ANALITO ELUI MAIS RAPIDA-MENTE (MENOR RETENÇÃO) Temperatura da coluna ✓ Programa a temperatura do forno em função do tempo. ✓ Isotérmicas. ✓ Rampa de temperatura. ✓ Tempo de eluição: 10 a 90 minutos Forno do Cromatografo de gás A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante a separação: Consegue-se boa separação dos componentes da amostra em menor tempo TEMPO T E M P E R A T U R A tINI tFIN TINI TFIN Parâmetros de uma programação de temperatura: TINI Temperatura Inicial TFINTemperatura Final tINI Tempo Isotérmico Inicial tFINTempo Final do Programa R Velocidade de Aquecimento Química Analítica Instrumental ✓ O desempenho da coluna e do detector depende do tipo de gás de arraste, ele interfere profundamente na separação e no tempo de análise. Não interagir com a amostra – apenas a carrega através da coluna. ✓ Requisitos: Inerte - não deve reagir com a amostra, fase estacionária ou superfícies do instrumento. Puro - deve se isento de impurezas que possam degradar a fase estacionária. ✓ Impurezas típicas em gases e seus efeitos: — H2O e O2 — oxida / hidroliza algumas FE, incompatéveis com DCT. — hidrocarbonetos geram ruídos no DIC. Gás de arraste ou Fase móvel Requisitos CUSTO dos Gases de altíssima pureza podem ser muito caros. COMPATÍVEL COM DETECTOR: Cada detector demanda um gás de arraste específico para melhor funcionamento. Seleção de Gases de Arraste em Função do Detector: He , H2DCT DIC N2 , H2 DCE N2 , Ar + 5% CH4 C U S T O PUREZA A B C A = 99,995 % (4.5) B = 99,999 % (5.0) C = 99,9999 % (6.0) Componentes necessários à linha de gás ✓ controladores de vazão / pressão de gás ✓ dispositivos para purificação de gás (“traps”) 1 2 3 4 5 6 1 - Cilindro de Gás 2 - Regulador de Pressão Primário 3 - “Traps” para eliminar impurezas do gás 4 - Regulador de Pressão Secundário 5 - Regulador de Vazão (Controlador Diferencial de Fluxo) 6 - Medidor de Vazão (Rotâmetro) Nota: Tubos e Conexões: Aço Inox ou Cobre ✓ Responsável pela entrada da amostra no cromatógrafo, normalmente por meio de uma micro seringa. ✓ Amostras gasosas e líquidas. ✓ As amostras líquidas devem transformadas em vapor, para que possam estar no mesmo estado da fase móvel. (nesse caso gasosa). ✓ De acordo com cada método, o injetor deve estar de 20 a 50ºC acima do ponto de ebulição máximo dos componentes da amostra. INJETOR Tipos de Injetor Detectores: Mais Importantes DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD) Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos altamente eletrofílicos. DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD) Variação da condutividade térmica do gás de arraste. DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID) Íons gerados durantea queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar. REGISTRO DE SINAL ANALÓGICO Registradores XY DIGITAL Integradores Computadores DETECTOR DE IONIZAÇÃO DE CHAMA DETECTOR DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS ✓ O gás que entra no detector é ionizado por elétrons de alta energia “raios betas” emitidos de uma lâmina contendo 63Ni radioativo, que são atraídos pelo anodo, produzindo uma pequena corrente estável. ✓ Moléculas do constituinte com alta afinidade por elétrons quando entram no detector captura alguns elétrons. O detector responde variando a frequência da corrente elétrica. Desempenho dos detectores QUANTIDADE MÍNIMA DETECTÁVEL: Massa de um analito que gera um pico com altura igual a três vezes o nível de ruído RUÍDO: Qualquer componente do sinal gerado pelo detector que não se origina da amostra Fontes de Ruído Contaminantes nos gases Impurezas acumuladas no detector Aterramento elétrico deficiente S IN A L ( S ) RUÍDO (N) = 3 S N LIMITE DE DETEÇÃO: Quantidade de analito que gera um pico com S/N = 3 e wb = 1 unidade de tempo Mesmo detector, nível de ruído e massa de analito. PORÉM diferentes larguras de base: wb QMD = f Detector (sinal gerado, ruído) Largura do pico cromatográfico Definindo limite de detecção como: [QMD] = massa (ng, pg ...) [LD] = massa / tempo (ng.s-1, pg.s-1 ...) SENSIBILIDADE: Relação entre o incremento de área do pico e o incremento de massa do analito MASSA Á R E A Fator de Resposta, S: inclinação da reta Área do pico x Massa do analito o mesmo incremento de massa causa um maior incremento de área SensibilidadeS A = área do pico cromatográfico m = massa do analito FAIXA LINEAR DINÂMICA: Intervalo de massas dentro do qual a resposta do detector é linear MASSA Á R E A A partir de certo ponto o sinal não aumenta mais linearmente O fim da zona de linearidade pode ser detectado quando a razão (Área / Massa) diverge em mais de 5 % da inclinação da reta na região linear: MASSA Á R E A / M A S S A 0,95 S 1,05 S
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