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GRS 139 - Mecânica de Fluidos para Engenharia Resistência ao Escoamento de Fluidos Prof. Luiz Fernando Coutinho de Oliveira hf = 𝑓 L D V2 2g Equação de Darcy −Weisbach 𝑄 = 𝑉𝐴 V = 4𝑄 𝜋𝐷2 hf = 𝑓 L D 4𝑄 𝜋𝐷2 2 2×9,81 = 0,0826𝑓 L𝑄2 𝐷5 Análise dimensional: D → h, Pm, Rh, etc... 𝑅ℎ = 𝐴𝑚 𝑃𝑚 Para um conduto circular cheio: 𝑅ℎ = 𝐴𝑚 𝑃𝑚 = 𝜋𝐷2 4 𝜋𝐷 = 𝐷 4 Portanto: D = 4Rh hf = 𝑓 L 𝑅ℎ V2 8g = 8,07× 10−5𝑓 L𝑄2 𝑅ℎ 5 hf = 𝑓 L D V2 2g Equação de Darcy −Weisbach f = F(Re, e/D) 𝑬𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑳𝒂𝒎𝒊𝒏𝒂𝒓 𝜏𝑝 = ∆𝑝𝐷 4𝐿 𝜏𝑝 = 𝑅 2 𝑑𝑝 𝑑𝑟 Para um raio “r” qualquer: 𝜏 = 𝑟 2 𝑑𝑝 𝑑𝑟 𝑑𝑝 𝑑𝑟 = 2𝜏𝑝 𝑅 𝜏 = 𝑟 𝑅 𝜏𝑃 (1) 𝜏 = −𝜇 𝑑𝑉 𝑑𝑟 (2) Igualando as equações 1 e 2, tem-se que: 𝑟 𝑅 𝜏𝑃 = −𝜇 𝑑𝑉 𝑑𝑟 𝑑𝑉 = − 𝜏𝑃 𝜇𝑅 𝑟𝑑𝑟 Para r = R: V = 0 e para r = rz: V = Vz(r) 0 𝑉𝑧(𝑟) 𝑑𝑉 = − 𝜏𝑃 𝜇𝑅 𝑅 𝑟𝑧 𝑟𝑑𝑟 0 𝑉𝑧(𝑟) 𝑑𝑉 = − 𝜏𝑃 𝜇𝑅 𝑅 𝑟 𝑟𝑑𝑟 𝑉𝑧 𝑟 = − 𝜏𝑃 2𝜇𝑅 𝑟2 − 𝑅2 = 𝜏𝑃 2𝜇𝑅 𝑅2 − 𝑟2 (3) Por conceito: 𝑉 = 𝐴 𝑉𝑧 𝑟 𝑑𝐴 𝐴 𝑑𝐴 = 0 𝑅 𝑉𝑧 𝑟 2𝜋𝑟𝑑𝑟 0 𝑅 2𝜋𝑟𝑑𝑟 (4) Substituindo 3 em 4, tem-se que: 𝑉 = 𝑜 𝑅 𝜏𝑃 2𝜇𝑅 𝑅2− 𝑟2 2𝜋𝑟𝑑𝑟 0 𝑅 2𝜋𝑟𝑑𝑟 𝑉 = 𝜏𝑃 2𝜇𝑅 𝑜 𝑅 𝑟𝑅2− 𝑟3 𝑑𝑟 0 𝑅 𝑟𝑑𝑟 = 𝜏𝑃 𝜇𝑅 𝑅4 2 − 𝑅4 4 𝑅2 𝑉 = 𝜏𝑃 𝜇𝑅3 𝑅4 4 = 𝜏𝑃𝑅 4𝜇 = 𝜏𝑃𝐷 8𝜇 (5) 𝜏𝑝 = ∆𝑝𝐷 4𝐿 (6) Substituindo 6 em 5, tem-se que: 𝑉 = ∆𝑝𝐷 4𝐿 𝐷 8𝜇 ∆𝑝 = 32 𝑉𝜇𝐿 𝐷2 𝜌 𝜌 ∆𝑝 𝜌 = 32 𝑉𝜇𝐿 𝜌𝐷2 𝑉/2𝑔 𝑉/2𝑔 ∆𝑝 𝜌𝑔 = 64𝜇 𝜌 𝑉𝐷 𝐿 𝐷 𝑉2 2𝑔 ∆𝑝 𝛾 = 64 𝑅𝑒 𝐿 𝐷 𝑉2 2𝑔 ℎ𝑓 = 64 𝑅𝑒 𝐿 𝐷 𝑉2 2𝑔 hf = 𝑓 L D V2 2g para regime laminar: 𝑓 = 64 𝑅𝑒 Jean-Léonard- Marie Poiseuille (1797-1869): físico francês Gotthilf Heinrich Ludwig Hagen (1797-1884): físico e engenheiro hidráulico alemão. 𝑬𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝑵𝒊𝒌𝒖𝒓𝒂𝒅𝒔𝒆 Johann Nikuradse (1894- 1979): engenheiro e físico alemão grão de areia Região I: escoamento laminar e f independe de e/D, devido ao efeito da subcamada limite laminar Região II: região crítica onde f não fica caracterizado Região III: tubos hidraulicamente lisos com influência da subcamada limite laminar e f = F(Re) Região IV: transição entre o escoamento turbulento hidraulicamente liso e rugoso em que f = F(Re, e/D) Região V: turbulência completa em que f = F(e/D) Equações empíricas Escoamento hidraulicamente liso Equação de Prandtl: 1 𝑓 = −2𝐿𝑜𝑔 2,51 𝑅𝑒 𝑓 Escoamento de transição entre o escoamento turbulento hidraulicamente liso e rugoso Escoamento com turbulência completa Equação de Nikuradse: 1 𝑓 = 1,74 + 2𝐿𝑜𝑔 𝐷 2𝑒 Equação de Nikuradse: 1 𝑓 = −2𝐿𝑜𝑔 𝑒 3,7𝐷 Equação de Blasius: f = 0,3164Re-0,25 3000 < Re < 105 Paul Richard Heinrich Blasius (1883-1970): engenheiro alemão Equação de von Karmán: 1 𝑓 = 2𝐿𝑜𝑔 𝑅𝑒 𝑓 − 0,8 Theodore von Karmán (1881- 1963) físico húngaro- americano Equação de Colebrook-White: 1 𝑓 = −2𝐿𝑜𝑔 𝑒 3,7𝐷 + 2,51 𝑅𝑒 𝑓 Cyril Frank Colebrook (1910- 1997): físico britânico Cedric Masey White (1898- 1993): hidráulico britânico Diagrama de Moody Lewis Ferry Moody (1880-1953): engenheiro americano Equação de Swamee − Jain (reproduz o diagrama de Moody) 𝑓 = 64 𝑅𝑒 8 + 9,5 𝐿𝑛 𝑒 3,71𝐷 + 5,74 𝑅𝑒0,9 − 2500 𝑅𝑒 6 −16 0,125 Prabhata K. Swamee: (1947) Engenheiro civil e hidráulico indiano Akalank Kumar Jain (1969): Engenheiro civil e hidráulico indiano f = 0,057 EXEMPLOS 1º) Segundo a norma NBR 12216, a velocidade longitudinal máxima em decaantadores de estação de tratamento de água para abastecimento, para fluxo laminar, não deve ser superior ao valor resultante da seguinte expressão V = (Re/8)1/2Vs, em que Vs é a velocidade de sedimentação das partículas em suspensão (2,5 cm/mim). Determine a perda de carga no decantador cuja vazão é 10,8 L/s, largura B = 14 m, altura H = 4 m e comprimento de 60 m. Verificar o atendimento da norma. Am = BH = 14×4 = 56 m 2 Pm = B +2H = 14 + 2×4 = 22 m Rh = Am/ Pm = 2,55 m Q = VA V = Q / A = 0,0108 / 56 = 0,000193 m/s Re = 4 Rh V / = 4×2,55×0,000193 /10 -6 = 1963,4 < 2000 regime laminar Vmax = (Re/8) 1/2Vs = (1963,4/8)1/2(2,54/100×60) = 0,0044 m/s Ok!!!!!! ℎ𝑓 = 64 𝑅𝑒 𝐿 𝐷 𝑉2 2𝑔 = 64 𝑅𝑒 𝐿 4𝑅ℎ 𝑉2 2𝑔 = 64 1963,4 60 4×2,55 0,0001932 2×9,81 = 3,64 × 10−10𝑚 EXEMPLOS 2º) Determine a perda carga para um conduto de PVC com 50 mm de diâmetro, 150 m de comprimento que transporta uma vazão de 2,0 L/s. A = D2/4 = 0,052/4 = 0,001963 m2 Re = VD / = 1,02×0,05 /10-6 = 5,1×104 ℎ𝑓 = 𝑓 𝐿 𝐷 𝑉2 2𝑔 = 0,0211 150 0,05 1,022 2×9,81 = 3,35m Q = VA V = Q/A = 0,002/0,001963 m2 = 1,02 m/s Regime turbulento e hidraulicamente liso Equação de Blasius: f = 0,3164Re-0,25 3000 < Re < 105 f = 0,3164Re-0,25 = 0,3164×(5,1×104)-0,25 = 0,0211 𝑅𝑒 𝑓 𝑒/𝐷 = 5,1×104 0,0211 0,0015/50 = 0,22 𝑜𝑘‼‼ EXEMPLOS 3º) Resolver o exercício anterior usando o diagrama de Moody e as equações de von Karmán, Prandtl e Swamee-Jain Equação de von Karmán: 1 𝑓 = 2𝐿𝑜𝑔 𝑅𝑒 𝑓 − 0,8 (𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜) Equação de Prandtl: 1 𝑓 = −2𝐿𝑜𝑔 2,51 𝑅𝑒 𝑓 (𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑖𝑡𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜) Rugosidade relativa e/D = 0,0015 / 50 = 0,00003 Re = VD / = 1,02×0,05 /10-6 = 5,1×104 Diagrama de Moody f = 0,021 Equação de Swamee − Jain 𝑓 = 64 𝑅𝑒 8 + 9,5 𝐿𝑛 𝑒 3,71𝐷 + 5,74 𝑅𝑒0,9 − 2500 𝑅𝑒 6 −16 0,125 Equação f 𝑅𝑒 𝑓(e/D) hf (m) Blasius 0,0211 0,222 3,35 von Karmán 0,0208 0,221 3,31 Prandtl 0,0208 0,221 3,31 Swamee 0,0208 0,221 3,31 Moody 0,0210 0,222 3,34 EXEMPLOS 4º) Qual a perda de carga do conduto do exercício anterior, caso o conduto seja de ferro fundido e a vazão transportada o dobro? Equação f 𝑅𝑒 𝑓(e/D) hf (m) Colebrook 0,0316 94,166 20,06 Swamee 0,0318 94,523 20,21 Moody 0,0318 94,453 20,18 Regime turbulento de transição Equação f 𝑅𝑒 𝑓(e/D) hf (m) Nikuradse I 0,0307 197,258 88,01 Nikuradse II 0,0307 197,231 87,99 Swamee 0,0313 199,093 89,66 Moody 0,0310 198,172 88,83 5º) Qual a perda de carga do conduto do exercício anterior, caso o conduto seja de ferro fundido e a vazão for de 8,5 L/s? Regime turbulento rugoso 6º) Para a tubulação do 3º exemplo, determine a pressão no final da canalização, sabendo- se que a carga piezométrica no início da canalização é 30 m, as cotas no início e final de 100 e 98 m, respectivamente e a perda de carga como sendo o valor médio determinada pelos empregados na resolução do exercício. Q = 2,0 L/s D = 50 mm V = 1,02 m/s hf = 3,32 m P1/g = 30 m z1 = 100 m z2 = 96 m a = 1,05 30 +100 + 1,05×1,022/2×9,81 = P2/g + 98 + 1,05×1,02 2/2×9,81 + 3,32 P1/g + z1 + a1V1 2/2g = P2/g + z2 + a2V2 2/2g + hf P2/g = 28,68 m GRS 139 - Mecânica de Fluidos para Engenharia Resistência ao Escoamento de Fluidos nas Peças e Singulares Prof. Luiz Fernando Coutinho de Oliveira Para o alargamento brusco da seção de escoamento, ocorre a desaceleração do fluido em um trecho pequeno da canalização, gerando uma zona de alta turbulência, dissipando parte da energia total (Dh). Aplicando o teorema de Bernoulli entre as seções 1 e 2 e considerando a = 1,0, tem-se que: P1/g + z1 + a1V1 2/2g = P2/g + z2 + a2V2 2/2g + hf (P2 – P1)A2 = ρQ V1 − V2 = γV2A2 g V1 − V2 hf = (V1 2 - V2 2)/2g + (P1 - P2)/g (1) (P1 - P2)/g = V2 g V2 − V1 (2) Substituindo 2 em 1, tem-se que: hf = 𝑉1 2−𝑉2 2 2g + 2V2 2g V2 − V1 Perdas de carga acidentais ou localizadas hf = 𝑉1 2−𝑉2 2 2g + 2V2 2g V2 − V1 Q = 𝑉1𝐴1 = 𝑉2𝐴2 𝑉2 = (𝐴1/𝐴2)𝑉1 (4) Substituindo 4 em 3, tem-se que: hf = 𝑉1−(𝐴1/𝐴2)𝑉1 2 2g hf = [1−(𝐴1/𝐴2)] 2𝑉1 2 2g Fazendo K = [1−(𝐴1/𝐴2)] 2 hf = K 𝑉2 2g Azevedo Netto (1982) (3)hf = 𝑉1 2−𝑉2 2+2𝑉2 2−2V1V2 2g = 𝑉1 2 −2V1V2+𝑉2 2 2g = 𝑉1−𝑉2 2 2g 7º) Para a tubulação do 6º exemplo, determine a pressão no final da canalização, sabendo- se, ao longo da tubulação foram instalados: 3 Tês de passagemdireta; 5 curvas de 90o; 1 válvula de gaveta; 1 válvula de globo e 1 válvula de retenção. Q = 2,0 L/s D = 50 mm V = 1,02 m/s hf = 3,32 m P1/g = 30 m z1 = 100 m z2 = 96 m a = 1,05 30 +100 + 1,05×1,022/2×9,81 = P2/g + 98 + 1,05×1,02 2/2×9,81 + 4,19 P1/g + z1 + a1V1 2/2g = P2/g + z2 + a2V2 2/2g + hf P2/g = 27,81 m Exemplo peça quantidade K total Tê de passagem direta 3 0,6 1,8 Curvas de 90 5 0,4 2 Válvula de gaveta 1 0,2 0,2 Válvula de globo 1 10 10 Válvula de retenção 1 2,5 2,5 Total 16,5 hf localizada = K 𝑉2 2g = 16,5 1,022 2×9,81 = 0,87 𝑚 hf total= hf linear + hf localizada = 3,32 + 0,87 = 4,19 m
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