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História das Relações Internacionais e dos Estudos Estratégicos O conflito militar e seus desdobramentos em compasso com o desenvolvimento do moderno sistema internacional Prof. João Rafael e Vágner Camilo 04/02/2020 – Aula 1 A História do Sistema Internacional Origens do Sistema Internacional – Conceitos básicos Estratégia Política-Guerra Política é basicamente um ambiente onde as tensões são resolvida com ou sem violência, logo pode-se dizer que a política lida com a violência, ao menos no seu horizonte. Quando essa violência toma dianteira nesse processo político, ou seja, quando a diplomacia não funciona, ocorre a Guerra. Assim, toda a paz que possuímos provirá tanto da guerra como das capacidades dissuasórias, que, em geral, servem para conter os lados (ou seja, para diplomacia). Poder Marquiavel – Ser temido ou amado? Morgenthau – o que é Poder? No meio dessas tensões, há uma disputa para influenciar alguém a agir conforme um ou outro lado deseja, ou seja, há o PODER. Nesse sentido, o poderio militar, provendo essa capacidade de dissuadir (por conseguinte, de influenciar), penderá a balança da DIPLOMACIA.... senão a diplomacia “seria mera retórica”. Ou seja, de nada vale buscar diplomacia se você não possua capacidade dissuasória, a qual é influenciada, também, pelo aspecto militar. Estado Moderno A semente do Estado Moderno provavelmente foi a polis (resultado da organização das pessoas em função da existência coletiva (público)) na Grécia clássica. A partir daí, as sociedades tornaram-se mais complexas. Então, fez-se surgir dois eixos a serem considerados: Burocracia (p/ organização interna, desde o recolhimento de tributos até sua aplicação e formulação de leis...) e Forças Armadas (p/ proteção e, por conseguinte, para garantir o poder vigente). Obs.: FFAA são muito importantes, pois tem o monopólio da violência: por meio delas pacificarão a sociedade interna e influenciarão em sociedades externas. Logo, elas, em regra, garantirão o poder. Nesse sentido, por meio dessas duas perspectivas (a burocrática e a militar), com foco na militar, haverá sociedades pacificadas, com legitimidade, soberanas, com seus limites territoriais definidos (Obs Guerra dos 30 anos). Sistema Internacional – Origens e Desenvolvimento Conjunto de países e organizações que relacionam-se entre si utilizando para isso suas capacidades políticas, militares e econômicas. Para entender suas origens e desenvolvimento, deve-se considerar: 1) A Evolução da Guerra Convencional (XVII-XIX): das guerras principescas às guerras nacionais (1618-1789) 2) A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e o “nascimento” do Sistema Internacional 1) A evolução da Guerra Convencional (XV-XX) Itália: Maquiavel Num momento de transição militar (cavalaria feudal para infantaria), começam a surgir forças “permanentes” mediante pagamentos, ou seja, de mercenários. Assim, haverá necessidade de um novo tipo de liderança. Nesse sentido, Maquiavel criticará essa existência de mercenários (pois não são, para Maquiavel, úteis quando se quer um reino consolidado/centralizado) e abordará os vários aspectos concernentes à existência de numerosas pequenas cidades-estado/vilarejos ao invés desses reinos consolidados centralizados, focando, inclusive, no aspecto militar, para concluir, entre outras coisas, sobre a necessidade de se possuir Exércitos Regulares, forças militares permanentes sob a égide de uma UNIDADE POLÍTICA.... Ora, se não tenho unidade, fico suscetível a invasões, por conseguinte a distúrbios. Daí a frase: “Boas leis para controlar boas armas. Boas armas para garantir boas leis”(Maquiavel). Ou seja, a boa burocracia aliada à segurança nacional. Vale ressaltar que nessa época ainda não havia a ideia de patriotismo, espírito de corpo. Na verdade, Maquiavel pensou, por meio de uma racionalidade fria, na conservação do Estado, observando que somente a religião e a legitimidade divina de um rei não seriam capazes de garantir a existência de uma nação, mas também a capacidade de se manter e de se proteger, estreitando, por fim, relações entre as instituições políticas e militares. Primeiros exércitos modernos (XV-XVIII) Exército de Carlos VIII – 1496; ou 1560-1660? Surgimento de exércitos com canhões com grande capacidade destrutiva (Isso fez surgir grandes fortalezas!). Maquiavel observou isso quando o Exército de Carlos VIII invadiu a Itália. à Das guerras principescas às guerras nacionais (1618-1789) A guerra dos Trinta Anos (1618-1648) Nesse período, a maioria dos territórios estava sob domínios dinásticos. Ademais, havia 1 século que surgira a reforma protestante (1517)....assim, presenciou-se até agora grandes disputas de cunho religioso (católico x protestante), culminando, primeiramente, no surgimento de um Sacro-Império Romano Germânico (sob influência da Igreja), objetivando, dentre outras coisas, uma unidade religiosa, remontando Roma, em face do espalhamento do protestantismo. Ou seja, a Igreja, almejando a uma unidade religiosa, ou seja, a um único poder, o poder de Deus, buscou fazer isso por meio de uma unidade política (temporal), o Sacro Império Romano Germânico (o papa, que era o representante espiritual de Deus (logo, com poderes atemporais) delegava ao imperador os assuntos da Terra (temporais). Nesse contexto, na França, conselho do Rei era chefiado pelo Cardeal de Richelieu (católico), o qual esteve a frente das diversas disputas internas entre católicos e protestantes no interior da França. Certa época, após os protestantes perderem força nessa disputa, Richelieu, buscando a estabilidade francesa, põe em 1º lugar os interesses da França (já se vê uma espécie de Raison d’état): financia os príncipes luteranos a combaterem os romano-germânicos, mesmo sendo tanto a França quanto o Sacro Império Romano Germânico católicos. Assim, observa-se claramente a elevação da racionalidade à moralidade (religiosa, no caso). *Estamos observando a maturação dos Estados!!!! Ao final da Guerra dos Trinta Anos (1648), há uma mudança no status dos Estados: surgimento/aumento de uma consciência nacional, dando clareza de “quem é quem”, “quais as capacidades de cada Estado”. Agora o novo sistema internacional será caracterizado por: 1) Primazia dos interesses dos Estados – geopilítica, raison d’etat; 2) Princípio da soberania dos Estados como meio de evitar novas guerras: Princípio do Estado Nação; 3) Igualdade dos Estados soberanos: equilíbrio de poder; 4) Fortalecimento da diplomacia para lidar com contenciosos; 5) Desenvolvimento de um Direito Internacional Público: leis de navegação, formação de forças militares permanentes, instalação de embaixadas... Toda política internacional contemporânea está fundamentada em 1648!!! Assim, haverá consequências desse período: - Sistema medieval p/ sistema moderno: uma mudança de logus da política (de uma legitimação religiosa à percepção da soberania política); - Racionalidade do Estado: aspecto político do conflito (Richelieu); - Questão geopolítica da “Alemanha”; - Fundamento divino p/ fundamento político do Poder (Maquiavel- Richelieu-Hobbes); - Igreja luterana fortalecida. A guerra pós 1648 Maurício de Nassau, Gustavo Adolfo e Frederico, o Grande: guerra de posição As reformas de Orange-Nassau: disciplina (influência de Maquiavel) “Ordem Unida” e outras reformas “Foi a disciplina e não a pólvora que iniciou a transformação” Weber Viu-se que os exércitos mercenários, apesar de práticos em certas ocasiões, não continham o necessário à defesa/soberania dos novos Estados. Além de não teremligação natal com o território defendido, era mais “interessante” comporem um exército que ficasse disponível permanentemente, ou seja, que possuísse prontidão, a contratar combatentes. Ganha-se rapidez nas respostas às invasões e sentimento de segurança constante. Ora, um Exército forte gera um Estado forte! Entretanto, não é simples nem fácil ou rápido criar exércitos...assim, por onde começar? à Incutindo sentimentos basilares: hierarquia e disciplina, aliadas à treinamentos e ao espírito de corpo, almejando a uma força militar coesa e capaz de operar como instrumento político do Estado. Isso tudo foi fruto, muito, dos escritos de Maquiavel e da Guerra dos Trinta Anos!!! Nesse contexto, havia exércitos incipientes, ainda sem muita estrutura, bem como Estados frágeis. Assim, os conflitos passaram a serem do tipo de Guerras Limitadas, com os líderes as conduzindo com parcimônia (lembrar que o aumento da utilização da pólvora com canhões etc...fez os soberanos visarem muito à defesa de suas terras ao invés de ataques à grandes e altas fortalezas). Disputas hegemônicas na Europa Guerra de sucessão do trono espanhol: Morte de Carlos II (ESP) à trono espanhol passa para Filipe, neto de Luís XIV (FRA). Ou seja, culminou na ascensão dos Bourbons, da França, ao trono espanhol, o que preocupou a Inglaterra. Áustria reivindicou trono espanhol para Carlos, arquiduque de Habsburgo, neto do rei Filipe IV da Espanha. Inglaterra apoia isso, com medo, claro, de uma unificação de franceses e espanhóis. Assim forma-se a Grande Aliança (1701): Inglaterra, Holanda, Império Austríaco e Portugal x França e Espanha Ao final, a aliança franco-espanhola saiu derrotada, e, assim, firmou-se o Tratado de Utrecht (1713-1714): Espanha, derrotada, renuncia qualquer pretensão ao trono francês. Além disso, esse tratado iniciou um regime de cooperação comercial entre perdedores e vencedores. Não obstante, houve sanções à França. Utrecht ratificará/consolidará os escritos no Tratado de Westifália. Geopolítica pura!!! Antes que se concretizasse qualquer coisa, agiram!!! Guerra dos 7 anos (1753-1763) França + Áustria x supremacia britânica na América do Norte e Índia Disputas no Sacro Império Romano Germânico Ascensão da Prússia e Vitória Inglesa Crise econômica na França de Luiz XV-XVI Napoleão e a França revolucionária: levée en masse Jomini, Clausewitz, e a tríade: paixão, sorte e razão A França sairá muito derrotada, muito endividada, abrindo caminho às insatisfações que culminaram na Revolução Francesa. 1789 – Estado-Guerra Nacional Napoleão e a França revolucionária: levée en masse à povo Nesse momento, volta a dominar no campo de batalha as batalhas de aniquilação, primórdios da Guerra Total – Guerra Ilimitada. A Revolução Francesa será marcada pelas ações militares, principalmente pelas ações de jovens militares, como Napoleão Bonaparte. Este, por meio de manobras, buscando sempre uma superioridade local para obter vantagem, logrou êxito por toda a Europa. É importante observar que houve grande recrutamento do povo, transformando-o em exército (agora exércitos franceses passam de mais de 500 mil...fato até então impensável, já que girava-se no máximo 70, 80 mil homens). Assim, a Revolução Francesa foi também uma revolução militar!!! Os estudiosos militares foram Jomini e Clausewitz. Jomini será o “fundador da estratégia moderna”. Estudará as táticas napoleônicas e buscará entender a guerra numa maneira científica, buscando torná-la mais previsível. Clausewitz abordará a guerra também do lado filosófico (grande diferença para Jomini). Objetivos primários da guerra Conquistar e destruir as FFAA inimigas Apropriar-se dos elementos materiais de poder do inimigo Para isso, princípios devem ser seguidos: 1) Empregar todas as forças disponíveis com o máximo de energia; 2) Concentrar as forças, tanto quanto possível, no ponto onde os golpes decisivos devem ser desfechados; 3) Não perder tempo. A rapidez neutraliza, no nascedouro, as ações do inimigo, colocando a opinião pública a nosso favor (mexe-se no campo mental inimigo). A surpresa é o principal ingrediente da vitória; 4) Explorar o êxito obtido com máximo de energia. A perseguição implacável é o melhor meio de colher os frutos da vitória. Ambos levarão esses ensinamentos providos das batalhas napoleônicas à Prussia (claro que não interessará à monarquia prussiana a “sublevação do povo”, mas sim sua larga utilização nos conflitos). Entretanto, finalmente Napoleão seria derrotado, culminando no Congresso de Viena. P/ entendimento: REV. Campanha Egito Austerlix Jena Batalha Waterloo FRA Itália (Nap. Imperador Bate a x PRU x RUS FRA x RUS x AUS) Prússia 1789 1796-97 1799 1804 1806 1808 1812 1815 05/02/2020 – Aula 2 Congresso de Viena e o Concerto Europeu A Pax Britannica As guerras de unificação alemã e italiana O redimensionamento do equilíbrio de poder europeu O sistema de Estados Europeu do Sec XV ao XIX A política de equilíbrio de poder inglesa As grandes potencias continentais: RUS, PRU, Imp AUS-HUN e FRA O jogo de potências da Europa em 1815 Recapitulando Sist internacional: uma estrutura? Revolução Militar (Sec XV-XVI) – “Revolução dos assuntos militares” *Medieval p/ moderna e depois de napoleão (mudança na forma de combate, de exército, tamanhos/magnitudes das guerras), era pré industrial p/ industrial, exércitos nacionais Guerra dos Trinta Anos e Tratado de Westephalia O Antigo regime de guerras limitadas: era dos Estados principescos (XVII-XVIII) Equilíbrio/Balança de poder: coalizões constantes frente a projetos hegemônicos. As guerras se tornam frequentes nos Sec XVII e XVIII: por que os Estados buscam a expansão. Rev. Francesa e as guerras Napoleônicas (1789-1815) A Geopolítica é algo constante, no sentido que permanece: mudam estadistas, sistemas de governo e de estado, mas a Geopolítica ali está. Nesse momento, posição inglesa é vantajosa para a Pax Britannica: - Revolução Industrial (XVIII – XIX) - Maior Marinha (maior do que a soma de todas as marinhas do mundo) Essa Marinha permitiu uma logística mundial à ING. Permitiu, até, a não ter um exército permanente (usava o exército dos outros...). - Território não fazia fronteira terrestre com outros em conflito “atual” - Saiu vitoriosa em Viena Obs.: Apesar de, pós Westfália, já se ter uma ideia de uma Ordem Mundial, principalmente pela ascensão da diplomacia francesa (Richelieu), pós Viena essa “estrutura” será mais clara. O século XIX após 1815 Congresso de Viena e o Concerto Europeu A Pax britannica As reformas de Sharnhorst e Clausewitz na Prússia Guerra da Crimeia (1853-56) As Guerras de Unificação da Alemanha e Itália O problema alemão: de Bimarck a Guilherme II Congresso de Viena e o Concerto Europeu Há uma multipolaridade funcionando, com protagonismo da ING (pcp), PRU, AUS, RUS e FRA (apesar de derrotada em Waterloo), com outras nações periféricas coadjuvando, formando um Concerto Europeu. Nesse momento, há influência de Maquiavel (boas leis e boas armas): justiça e coerção, uma formulação que Kant também identificou como necessária (no caso de Kant, a um bem coletivo) em “A paz perpétua” Obs.: Maquiavel é realista, Kant liberal (nas estruturas das RI). Ou seja, estava-se pensando numa maneira de, ao menos, minimizar as guerras, ou até evita-las. Assim, Poder e Justiça estavam em harmonia... Equilíbrio de poder à menos oportunidades p/ utilizar forçaSentimento de justiça à reduz desejo de utilizar a força Esse momento será o 1º em que “potencias” se sentarão, num multilateralismo, para decidir como manterão a paz delas como Estado (Obs.: Considerando esse novo Sistema Internacional), segundo princípios do multilateralismo: equilíbrio e transparência. Assim, após Napoleão sair derrotado na Rússia, formou-se uma Santa Aliança (Aliança militar, almejando manter a ordem com base no teologismo e no absolutismo: AUS, PRU, RUS) pelo equilíbrio, de modo a se designarem uma missão comum. Dessa forma, notou-se a importância de um equilíbrio interno, pois este influenciaria a política externa. Dessa forma, é formada uma Confederação do Reno, e os 300 principados da região viram 30 à de forma a manter um equilíbrio de poder. Interessante notar o caráter diplomático do Congresso de Viena!!! Não por bondade, mas por racionalidade, e por necessidade!!! A Pax britannica Ficou-se evidente a diplomacia pendular da Grã-Bretanha, nunca mergulhando totalmente, com ambos os pés, num acordo.... A ING, não querendo se comprometer, se fragilizar, não tentará atuar isolada (como uma “mantenedora isolada da paz”). As reformas de Sharnhorst e Clausewitz na Prússia Os prussianos entenderam que uma força militar moderna necessitava de conscrição. Nesse sentido, a PRU fará reformas militares em decorrência do que foi visto nas guerras napoleônicas. Exemplos disso são a criação da Academia Militar de Berlim (1810) e do conceito de Estado Maior Alemão (o 1º Estado Maior do mundo), uma estrutura focada na capacidade intelectual, estratégica. Guerra da Crimeia (1853-56) Nesse período, um certo nacionalismo tem início nos territórios austríacos...isso chama atenção do Kzar russo, que se “proclama” protetor de todos os eslavos, mas que ambicionava um território maior que lhe desse acesso mais ao Mediterrâneo. Assim, em que pese tenha se expandido para a Ásia, foca na Europa (melhora sua marinha....). Assim, nos Primórdios do Pan-Eslavismo, a projeção russa nos estreitos (Bósforo e Dardanelos, territórios Otomano, que vinha em decadência) ameaçava os interesses britânicos no Mediterrâneo. Num dado momento, a FRA, querendo projetar-se novamente num cenário internacional, se alia com o sultão otomano...os russos sentindo-se ofendidos, invadem a Valacchia. Essa invasão foi rechaçada pela ING, destruindo a frota russa no mar negro (Curiosidade: The trooper do Iron Maiden...A batalha de balaclava). à Firmou-se o Acordo de Paris (1856) marcando o fim da Guerra da Crimeia. Por meio desse acordo, presidido por Napoleão III, a Rússia devolvia territórios invadidos, assegurou um prestígio francês no cenário europeu, e marcou o fim da Santa Aliança. Nesse contexto, a Áustria estava muito vulnerável: além de estar no meio de um CG de batalha, há muitos povos eslavos ali dentro. Napoleão III e a tentativa de romper a Santa Aliança e o isolamento da França, pois acha que a FRA devia ser uma grande potência, não atentando muito a PRU, mas sempre muito atento (e com muito medo) da Áustria. Nesse sentido, influenciará a unificação italiana almejando também a um aliado de modo a ter influência maior ali, inclusive enviando tropas, tendo em vista que a Áustria possuía tensões territoriais com a Itália (Trentino, .....são 3). Obs.: Napoleão III achava que estava seguindo com os planos de Richelieu, avocando um nacionalismo italiano, mas sem atentar que, indiretamente, invocava também um nacionalismo prussiano. Mais uma vez, uma guerra de pretexto religioso e intenções puramente estratégicas!!! As Guerras de Unificação da Alemanha e Itália (Italiana, primeiro) Processo de “Risorgimento” de Roma à começou ao fim das guerr. Napoleônicas. 1848, ebulição nacionalista na Europa, há uma intensificação a partir de uma guerra com o Império austríaco. 1859: Apoio francês em troca de territórios. Austríacos derrotados, atraindo mais reinos e cidades italianas para a causa. Napoleão III buscando romper a ordem de Viena e aumentar o status da FRA, ao mesmo tempo em que defendia uma ordem baseada na autonomia nacional, o que favoreceu não apenas a unificação italiana (desejada por ele), mas também a alemã. Napoleão III visava enfraquecer a Áustria, que considerava a maior ameaça germânica no continente. Vitor Emanuell se proclama rei da Itália (1861). Mas ainda levará algumas décadas para uma total unificação. As Guerras de Unificação da Alemanha e Itália (Alemanha, agora) Bismark começa pelo Norte, em territórios da Dinamarca, da França, no Reno, e, após, alguns austríacos: não buscava anexar a Áustria ou qqr outra nação, pois não almejava a chamar atenção, ou seja, buscava guerras pontuais. É importante dizer que a Alemanha, então Prússia, evoluiu muito militarmente (Fz que recarregava pela culatra...)...inicialmente as investidas eram relevadas, pois não buscava-se uma guerra, mas a partir do momento que que a Alemanha se unifica, isso começa a se tornar um grande problema, pois a geopolítica europeia muda. Interessante notar que Bismark atua como “evitador” de uma guerra...tanto que busca paz com os vizinhos e que os vizinhos tenham paz entre si (por ex.: buscando paz entre austríacos e russos o tempo todo de forma a manter sempre a RUS e a FRA separadas). 07/02/2020 – Aula 3 Recapitulando a ordem de Viena (1815) O novo surto imperialista A segunda revolução industrial (Sec XVIII) O Império britânico (Pax britânica) Ascensão de novas potencias extra-europeias: EAU e Japão Crise do sistema de poder europeu: a derrocada de Viena (1815) Imperialismo e as disputas pelos espólios dos Impérios decadentes A “máquina política do apocalipse” (Kissinger): o dilema de segurança alemão de Bismarck a Guilherme II A constituição de um sistema internacional A partir de alguns vetores bem específicos, esse sistema internacional acaba se tornando mundial. Eixo central de Viena é o EQUILÍBRIO, a estabilidade política (sobre o regime) e econômica (que culmina na guerra). Havia, nesse sentido a preocupação com a ordem, a ordem externa, mas principalmente a ordem interna. Assim, no Sec XIX houve grandes transformações: aumento populacional, exércitos nacionais (conscrições), revolução industrial (influenciando nos armamentos, no poder de destruição...na guerra, e tb no trabalho). O novo surto imperialista Relação centro-periferia: “Em 1800 os europeus ocupavam ou controlavam 35% da superfície terrestre; em 1878, esse número tinha aumentado para 67% e em 1914, para 84%” (Kennedy 149) O império britânico e a formação do mundo moderno (Ferguson) Conferência de Berlim – A partilha das periferias do sistema A guerra não desaparece, apesar de Viena (1815): ela se torna pontual no centro e intensa na periferia O surto imperialista foi o fio condutor da globalização. Nesse sentido, havia os países centrais, no eixo europeu, que influenciavam e mudavam o mundo. No início do Sec. XIX, a ING era a principal potência influenciadora.... A conferência de Berlim marcou o globo pela partilha de diversas regiões, principalmente entre ING, FRA POR, ALE, ESP, ITA e BEL na África. Esse imperialismo, em tese, causou estresses, pois fez pressão (exógena) para o surgimento de países, ao invés de “respeitar” um processo natural (endógeno). A segunda revolução industrial (Sec XVIII) Novas armas e o impacto no campo de batalha As estradas de ferro, telégrafo e a integração dos territórios – Segunda fase da globalização A rápida assimetria de poder entre centro e periferia catalisada pela Rev. Industrial (Kennedy) A estrada para a guerra total: povo + aço + comunicações Todo esse sistema encaminha para os aspectosdo povo (pcp sua entrada em massa nas guerras), o aço (representando o desenvolvimento prático da evolução industrial e as comunicações (permitidas devido a um processo de globalização surgido após a o nascimento desse sistema internacional). Assim, ultrapassa-se a guerra limitada, a ilimitada (onde se pode usar toda a força) para se chagar a guerra total (onde você terá toda uma sociedade envolta nisso). O Império Britânico Império Global (Kennedy 151) Primeira potencia industrial “Entre 1760-1830 o Reino Unido foi responsável por 2/3 do crescimento industrial da Europa” (Kennedy 150) Uma potência “sem exército”? (Kennedy 153) A defesa é um “passivo” (Adam Smith) Potência naval (Kennedy 153) As debilidades potenciais inglesas (Kennedy 156-1570) Uma questão geopolítica (ING é insular) fez a ING ter uma frota naval muito robusta, portanto uma potência naval. Não possuía exército permanente considerável em relação a outras grandes potências. Contudo, as estruturas construídas pelo governo britânico no Sec XIX (interna, com a revolução industrial, o próprio crescimento pós guerra civil (Revolução Gloriosa)...) permitiram consolidar todo seu poderio logístico, que traz muita riqueza a Londres e proporciona a ING agir dessa forma, “sem exército” (ou com exército em potência) atuando sempre pontualmente. Nessa época, inclusive, liberais ingleses, como Adam Smith viam na defesa um “passivo”, sempre almejando ao máximo o lucro. Assim, nesse momento (Sec XIX), a ING era a maior potencia do mundo, sendo inclusive responsável por parte do crescimento industrial da Europa. Importante dizer que é importante que isso ocorra! Ser o único forte no local não faz com que um todo evolua e você acaba se tornando obsoleto, ou menos forte do que aqueles em constante competição. Ascensão de novas potencias extra-europeias (EUA primeiro) Estados Unidos 1776 e a “excepcionalidade” americana Expansão Guerra Civil (1861 – 65) Consolidação do território: conquista do Oeste (início Sec. XIX) e Guerras com o México Doutrina Monroe Expansão do pacífico 1917-1945: do isolacionismo ao centro do sistema mundial Na época de Westfália, EUA ainda não eram organizados. Só em 1776 há a declaração de independência norte-americana. Contudo, o sentimento de freedom, o sentimento de liberdade, por conseguinte o de espírito de corpo, incorporam-se aos americanos na disputa contra os ingleses...esse embrião de patriotismo evolui no sentido de uma “excepcionalidade”. Daí, temos os EUA já pacificado, consolidado agora preocupando-se com os americanos mesmos, consigo mesmos. Daí a importância da Doutrina Monroe, com a “América para os americano”. Após, concomitante a sua industrialização, começam a projetar sua influência. Primeiramente no Pacífico (até pq no Atlântico havia a influência ING e FRA). Até que os EUA chegam ao Japão, e os “obrigam” a abrir seus portos. Japão Impactos das guerras do ópio na Ásia: abertura da China Do isolamento à abertura: Mathew Perry Império do sol nascente Rapidamente o Japão vai de uma colônia a potencia econômica e, posteriormente, militar, como se vê na 2ªGM. Crise do sistema de poder europeu A derrocada de Viena (1815) Imperialismo; derrocada dos Impérios Austríaco e Turco – desequilíbrio A “máquina política do apocalipse”(Kissinger): o dilema de segurança alemão de Bismarck a Guilherme II Conferência deBerlim (1883-1884): disputas por territórios novos e pelos espólios dos velhos impérios gera desequilíbrio entre as potencias Influência russa nos bálcãs. O imperialismo sempre muito importante para a corrida armamentista. Se a guerra da Crimeia foi um descompasso, já mostrava algo, ao menos da intenção russa nos territórios próximos ao Mediterrâneo. Bismarck sempre tentando manter a diplomacia entre RUS, AUS e ALE, sempre almejando a manter a FRA isolada. Além disso, sempre buscou manter a ING calma, não realizando fomentos excessivos militares, principalmente em relação à marinha. Ademais, buscava a manutenção da paz da RUS e da AUS. Entretanto, quando o Kaiser o demite e chama para si as decisões diplomáticas/estratégicas da ALE, começa a se dirigir exatamente para o lado contrário. Assim, há uma derrocada de Viena e do concerto europeu; há um crescimento de uma corrida armamentista e uma evolução de um desequilíbrio na Europa. Pode-se observar isso por essas datas: 1871 – Unificação 1873 – Liga dos três imperadores: RUS, AUS e ALE (iniciativa de Bismarck para manter FRA isolada na Europa. (russia que estava interessada em vários territórios da AUS) 1877-1878: Guerra Russo-Turca – Tratado de Berlim 1881: União dos 3 imperadores: nova tentativa de Bismarck 1887: Tratado de resseguro: Alemanha e Rússia concordavam manter-se neutras caso uma delas se envolvesse em guerra. 1890: demissão de Bismarck e Guilherme II abandona o tratado 1892: formação da Aliança Franco-Russa ALEMANHA dá início a um pretencioso projeto naval 10/02/2020 – Aula 4 Causas da Grande Guerra Formação da 1ª Guerra Total 1917 e seu significado para as Relações Internacionais Legado da WWI no campo de batalha – revolução militar Legado da WWI nas RI – A ordem de Versalhes Causas da Grande Guerra O desgaste da Ordem de Viena Ascensão de novas potencias e a corrida armamentista na Europa A corrida imperialista A “mundialização” do Sistema Internacional Assim, havia uma estabilidade na região e uma intenção da manutenção de um statusquo na região. Entretanto, as ideias nacionalistas vingaram (lembrar de Napoleão III) e, em 1848, houve a 1ª unificação alemã. Isso já foi um fator de peso desgaste à ordem de Viena, principalmente porque causa um desbalanço na ordem de Viena. (em que pese a instabilidade ocorrida entre FRA e ALE sobre a guerra Franco-Prussiana em 1871). Entretanto, o concerto Europeu, que talvez tivesse tido seu ápice com as relações feitas por Bismarck entre ALE e RUS e ALE, ITA e AUS-HUNG. Contudo, Bismarck sai do governo alemão. Em verdade, a ALE sentia-se encurralada, e via como inevitável que cedo ou tarde houvesse uma coalisão de esforços contra ela. Nesse sentido, pós Bismarck, a ALE adotará ações mais ofensivas. (Ora, se vai acontecer...que eu tome logo a iniciativa....). Assim, a ALE adota pretensões geopolíticas no continente europeu (em detrimento de uma geopolítica colonial externa à Europa), de modo que a ALE tivesse uma posição distinta na geopolítica. Para isso, o governo alemão influenciou-se muito nas ideias de Mackinder, que dizia que a RUS seria o CG da geopolítica mundial, pois quem o controlasse, controlaria a Europa, as terras do mediterrâneo, as terras orientais e, por conseguinte, o mundo. Formação da primeira guerra total Ascensão das Massas Conscrição Revolução Industrial – impactos no campo de batalha Devido à Rev. Industrial, o povo sai do campo e migra para a cidade, de forma que o povo começa a ser um ator presente na sociedade, por conseguinte ganha importância no cenário nacional, tanto no militar quanto no político. Ou seja, há uma ascensão das Massas. Ademais, a conscrição como método, iniciada pelos franceses, foi incorporada pelos Prussianos. Tudo isso só foi possível devido a própria ascensão do Estado Moderno Nacional, com toda sua magnitude e burocracia complexa. Ou seja, a combinação do povo (com nacionalismo) + a conscrição + a revolução industrial aliada à complexa burocracia estatal....tudo isso possibilitará a existência de uma guerra de tamanho nunca dantes visto. Ou seja, desde a utilização do povo como arma para uma ideologia passada à sociedade pormeio das várias ramificações do Estado até a utilização de uma cadeia logística abismal....tudo isso só foi possível devido o surgimento dos Estados Modernos Nacionais. O desenvolvimento dos rifles, da metralhadora, logo o aumento do poder de fogo da infantaria à dispensou a coesão das fileiras ocasionando à mudanças táticas e operacionais profundas. Artilharia de retrocarga e a Shrapnel As ferrovias e o telégrafo à aumentaram o alcance estratégico dos exércitos Inovação na produçãoo de alimentos em conserva à trouxeram novos horizontes logísticos. Isso tudo só foi possível devido à Revolução Industrial!!!! Fracasso do Plano Schlieffen: “corrida para o mar” (plano pensado 20 anos antes da guerra...era uma das hipóteses de emprego) Guerra de trincheiras: o aumento da mobilidade não acompanhou o aumento do poder de fogo. Assim à dificuldade de obter uma brecha, de aproveitar o êxito. Necessidade de se obter mobilidade (e mais poder de fogo coordenado) tornou-se um objeto de grande reflexão, assim como a necessidade de meios de comunicação As tropas passaram a se fixar no terreno: o poder de fogo aumentou, mas a mobilidade não. Logo, havia uma enorme quantidade de fogo sobre as tropas, sem que elas pudessem se desviar disso. Assim, era muito difícil ultrapassar os objetivos. Logo à tropas se fixavam muito. Vale ressaltar que essa dificuldade/necessidade de encontrar brecha vai acarretando um aumento das trincheiras, chegando até o canal da mancha: corrida para o mar. Obs.: Nessa época (1914), o Czar russo era impopular, mesmo assim entrou na guerra. Dessa forma, as próprias forças militares russas começam a debandar em direção à revolução. Posteriormente, ALE e RUS firmam acordo para retirada russa da guerra. Mesmo assim, o czar não conseguiu se manter (1917). A guerra de trincheiras fez os contendores pensarem em uma maneira de se conseguir mobilidade com poder de fogo: criou-se o blindado/carro de combate (1916). ALE e FRA começam a utilizá-los largamente. 1917 e seu significado paras as RI RUS e o equilíbrio europeu A Guerra na frente Oriental A Guerra submarina alemã A entrada dos EUA na guerra Com a saída da RUS da guerra para resolver seus problemas internos, o o equilíbrio europeu é fragilizado...o balanço da guerra pende: a frente oriental da 1ªGM já não preocupa mais a ALE. Contudo, para infelicidade alemã, os EUA entram na guerra em 1917. Ressalta-se que no meio político-diplomático norte- americano já se via com maus olhos uma hegemonia alemã na Europa. Mas isso não era suficiente para os EUA entrarem na guerra. Assim, o ponto crucial para isso foi a guerra submarina alemã. Isso foi utilizado para comoção popular (olha lá o Império Alemão fazendo confusão contra a paz....olha lá eles criando guerra, gerando impasses...pra que essa vontade toda de se unificar anexando tanto território?) Devido à alta/rápida mobilização/prontidão americana, a balança agora pende para o lado da Tríplice Entente. Inovações táticas e o retorno à mobilidade (1918) Severas modificações táticas pelos alemães Novas táticas de Artilharia: bombardeios de curta duração e concentrados. Ao invés de alvos de área, agora engajariam alvos mais pontuais. Substituição do tradicional avanço linear da infantaria por unidades de assalto Novos meios de reconhecimento (ações de recon...., de cmdo....) Penetração das posições inimigas, evitando os tradicionais combates de atrito frontais Deliberação de livre iniciativa aos oficiais de menor patente (Tarefa pelo efeito desejado) Lembrar que a ALE foi a primeira nação a ter uma escola voltada somente para a guerra!!! Isso tornou possível muitas inovações. Fim Guerra (11/18) – Legado da 1ªGM no campo de batalha: Revolução Militar Poder Aéreo Estratégico Tático Motomecanização Grã-Bretanha França Rússia Alemanha Poder Aéreo Avião, inicialmente utilizado para reconhecimento, agora utilizado tanto para fins estratégicos (p/ bater alvos estratégicos, mais profundos) quanto para táticos (apoio às tropas, oferece mais flexibilidade e causa danos psicológicos à defesa inimiga). Assim, começou-se a focar bastante no aspecto estratégico do avião: o avião seria capaz de decidir a guerra? Países que desenvolveram uma Força Aérea para fins estratégicos: ING, EUA. A ALE e a RUS fizeram uma voltada mais para o campo tático. Isso pode ser observado nas investidas alemãs ao território inglês: não conseguiam alcançar objetivos profundos, mal chegavam ao litoral e já voltavam, ou seja, não se conseguia projetar a força a fundo. Motomecanização Discussão entre guerras: Como devolver à infantaria o poder de penetração Maioria das formulações táticas legava ao blindado o papel de instrumentalizar divisões de infantaria na ofensiva à limitação da infantaria (???) Na Grã-Bretanha: Sua posição insular fez a ING adotar novamente uma posição distante dos problemas europeus. Prioridades: Royal Navy e RAF. Exército seria para política nacional Sentimento antibelicista (na FRA também) à muitos anos envolvidos em guerra Cultura regimental Na França De Gaulle defende a criação de um “exército de choque” profissional e mecanizado, composto na maioria por divisões blindadas, focadas em doutrinas de mobilidade. Na URSS Formação dos Corpos Mecanizados Tratado de Rapallo (RUS e ALE) Instituíram a 1ª escola de blindados Expurgos e dissolução dos Corpos Mecanizados URSS e ALE fazem um acordo (Tratado de Rapallo). Não é de se estranhar isso, já que, após a 1ªGM, ambos estavam fora da ordem mundial. Assim, em primeira hora, soviéticos e alemães fazem um acordo para treinamento de suas tropas (ou seja, de forma que não ficasses de à garra. Além disso, a RUS poderia reconhecer parte do território alemão assim) Salienta-se as mortes de muitos oficiais, pcp daqueles do Exército Branco, devido a uma paranoia revolucionária Stalinista. Um dos mortos foi Tuchachevsky, o criador da formação dos corpos mecanizados. Assim, devido a um medo constante de seus sucessores em levar a cabo as ideias dos corpos mecanizados de seu antecessor, houve uma dissolução dos corpos mecanizados. Na Alemanha Dilema estratégico devido à condição geopolítica alemã à revanchismo Viu-se a necessidade de vitórias rápidas, utilizando grande mobilidade Após a Batalha de Somme: produziram novos blindados, melhores General Hans von Seeckt aposta nos oficiais do Estado Maior ao invés dos veteranos Foco: estudar e analisar profundamente a 1ªGM Apoio de Hitler às Divisões Pantzer Revanchismo Alemanha sai constrangida, devido ao Tratado de Versalhes (proibidos de fabricar muitas máquinas de guerra, obrigados a reduzir seu exército, perda de regiões industriais importantes no vale do Rhur: Alsácia e Lorena) à obrigou a uma seleção dos melhores militares para continuarem nas FFAA da ALE à investiu-se no cognitivo. Ademais, causou um sentimento de revanchismo. Ou seja, os vencedores saem da batalha sem motivos para novas guerras, já a ALE sai com todos os motivos para uma. Assim, começou-se a pensar no porquê do Plano Schiflen não ter dado certo, utilizando-se de estudos de um estado maior, criado exatamente para esse fim Legado da 1ªGM – A ordem de Versalhes Um Sistema Internacional mundial O fim dos impérios multinacionais A diplomacia norte-americana em choque com a Realpolitik (aquele meio de dividir teritórios na régua 14 pontos de Wilson (fim da diplomacia secreta...vamos criar um local p/ as nações dialogarem: Liga das nações O Tratado de Versalhes Entrada dos EUA no contexto da ordem mundial à há um novo fiel da balança para o equilíbrio europeu, antes personificado pela ING. Assim, no Tratado de Versalhes, os EUA darão as cartas,mesmo com os países europeus com algumas vontades divergentes (ex.: vontade de dividir a ALE toda novamente, mas com os EUA buscando diplomacia), ou seja, a diplomacia norte-americana conflita com a Realpolitik Assim, ressalta-se que houve dificuldades de se fazer as Ligas das Nações: o parlamento inglês não permite a entrada da ING nessa liga. Os EUA também não entram, mesmo a criação da Liga tendo sido sua ideia. Em verdade, há três correntes nos EUA: 1) EUA devem se isolar; 2) EUA devem se inserir no contexto europeu das Ligas; e 3) EUA devem colocar à frente sua geopolítica, sua Realpolitik. Ressalta-se que a ameaça alemã pós 1ªGM era muito maior do que a francesa pós Viena. Por isso as imposições a ALE foram tão pesadas. Por fim, a ordem de Versalhes ratifica os Estados Nacionais, a autodeterminação dos povos (determinação da sociedade a que Estado quer pertencer). Interessante ver, então, que pós Versalhes há uma proliferação de Estados Nacionais na parte oriental europeia, já com alguma intenção de conter os soviéticos, o que Churchil, na 2ªGM, chamará de cordão sanitário. O nacionalismo, a autodeterminação dos povos, o mérito geopolítico do equilíbrio de poder contrasta com a Realpolitik!!! Década de 1920 Tratado de Washington (1922): EUA + ING + JAP + FRA +ITA (5531) As potencias revisionistas: ALE e URSS Tratado de Rapallo (1922) A transferência de hegemonia da ING p/ EUA Por meio do Tratado de Washington, a ING entende a necessidade de admitir a presença norte-americana na geopolítica mundial, pcp europeia. Os termos “impostos” pelos norte-americanos tiveram que ser aceitos, mas é importante dizer que o 3 causou certa indignação nos JAP. Guerra Total Economia de guerra: episódio da “crise de munições” Guerra Nacional 1ªGM: mais baixas do que em todas as guerras anteriores somadas Ideologia e o jogo dos Estados nacionais: comunismo, nazi-fascismo e democracia Por que a guerra? O surgimento do debate das Relações Internacionais. Woodrow Wilson preocupado em como lidar com a guerra total e os europeus preocupados em não tomar na raba dos alemães. 12/02/2020 – Aula 5 O surgimento do campo das RI – 1919: Por que a Guerra? O que é a guerra? A guerra enquanto fenômeno político - Clausewitz Guerra e Paz Guerra Total (1914-1945) - Ilimitada De instrumento político a crime internacional (Guerra de agressão) MAD (1949-?) Cem anos depois, a pergunta persiste Novas ameaças Nunca havia ocorrido uma guerra dessa maneira (milhões de mortos, alto poder de destruição...). Dessa forma, entendeu-se que devia-se buscar uma forma de que isso não ocorresse novamente. Contudo, há um paradoxo: somente esse tipo de guerra garantiria uma forma de paz duradoura. Os mesmos Estados capazes de guerrearem de tal forma violenta são aqueles que possibilitam a concretização de tratados de paz duradouros. Por outro lado, aqueles Estados, garantidores da segurança (por meio de sua capacidade bélica) são capazes de fazer guerra, afetando a segurança. Ou seja, o aumento dos mecanismos de guerra estão diretamente relacionados com a capacidade de manutenção da paz (Ora, se todos têm armas nucleares, ninguém ataca ninguém) e vice-versa. Assim, as Relações Internacionais, entendendo isso (essa falha na Realpolitik) foca seus estudos na manutenção da paz. Mas sem esquecer que a guerra é senão uma ação política. Por outro lado, já se tinha, nessa época, o entendimento de que a guerra também pode ser um crime; como por exemplo ocorre na invasão alemã Polônia. Obs.: Já pensava-se na guerra como realmente um fator político, não como algo estúpido, irracional, mas sim a uma coisa racional, política. Dessa forma, percebe- se que Clausewitz pensava dessa forma: tenta estudar a guerra, observando as ações napoleônicas, de forma a legitimá-la. Assim, “A guerra é a política por outros meios”. Contudo, atualmente observamos novas ameaças, mais difusas, descentralizadas, informais, as quais trouxeram muitas outras variáveis para os estudos estratégicos, por conseguinte aumentando a complexidade das relações políticas externas: como fazer um acordo com Narcotráfico? Com Terrorismo? Nesse contexto, vivemos numa era de altas capacidades de destruição, de MAD (Mutual Assured Destruction). Assim, por que estudar RI? Sistema de Estados, natureza e consequências das relações entre eles As RI na vida cotidiana: o indivíduo e o(s) Estado(s): cinco valores básicos: Segurança, Ordem, Liberdade, Justiça e Bem-Estar Paradoxo dilema de segurança Não podemos ser livres até que nosso país assim o seja Estudar as relações entre Estados, seus desenvolvimentos, os desdobramentos diplomáticos no Sistema Internacional, mas sem deixar de se preocupar com a segurança de cada indivíduo (assume um caráter humanitário), sua liberdade e bem-estar, observando a ordem social proveniente da segurança e a justiça advinda dessa ordenação aliada à liberdade, produzindo um bem-estar. Breve descrição histórica do sistema de Estados (1648-2011) *2011: vários acontecimentos importantes no mundo...oriente médio, primavera árabe....Foi só um exemplo de data. Globalização e o sistema de Estado Imperialismo Interdependência São os fatores que unirão os Estados numa expansão do sistema internacional. Através do imperialismo que o conceito de soberania serão exportados para fora da Europa. Esse processo de ampliação, possibilitado por pactos coloniais, acarretando uma interdependência entre os Estados, não só entre Estados soberanos, mas também entre metrópoles e colônias. Contudo, pós grandes guerras, os regimes autocráticos perderam sua legitimidade, gerando consequências pelo globo: A luta pela democracia e a queda da tirania. No Brasil, por exemplo, Vargas cai. Se, no pós 1ªGM, a pergunta “Por que a guerra” era dramática, pós 2ªGM torna-se ainda mais: o imperialismo e a expansão do poder dos Estados fez muitos estragos (Holocausto, povos dizimados...). Isso trouxe muitas reflexões: agora muito focadas no indivíduos. Ou seja, assume-se um caráter humanitário, de dignidade humana nas políticas internacionais...Daí a criação de instrumentos que freiem ações tão bárbaras: instituições como a ONU. Primórdios e elementos nucleares do campo: primeiro debate Liberalismo/Idealismo – primórdio das RI: Contexto: fim da 1ªGM Kant -> Angel -> Wilson Contradições A resposta Realista: “20 anos de crise” Contexto: fracasso das Ligas das Nações, nazo-fascismo Carr e Morgenthau: conflito A medida da análise é a natureza humana: Homem egoísta -> Estado egoísta -> balança de Poder Norman Angel bebe no princípio da paz perpétua: prova, até matematicamente o bizuleu da guerra. Contudo não segue a paz perpétua no método: logo, ignora ou minimiza a importância do exército. Já Kant entende que exércitos são fundamentais (bons princípios (boas leis), boas armas). Assim Kant é mais realista e Angel mais idealista. Carr reconhece o poder de influência da variável de Angel (os laços diplomáticos), reconhece sua importância para a o afastamento da guerra..... Morgenthau, por meio da Política das Nações explicará essas relações que geram conflito e suas causas. Estão todos querendo entender a natureza das coisas!!! Percepção Realista: não tem como acabar com a guerra, o máximo que se pode ter é pouca guerra, ou conflitos controlados (Ora, se o homem é egoísta -> Estado egoísta -> penderá a balança de poder de forma a sempre ter uma guerra...e isso iria equilibrando as relações no contexto internacional.) Ou seja, Guerra com um dado, inerente àexistência dos Estados. Percepção Idealista: Tenta acabar com a guerra como princípio -> não há necessidade nenhuma na Guerra e é possível balancear o poder no sistema internacional somente por meio de laços diplomáticos, sendo totalmente desnecessária a guerra. Behaviorismo x Tradicionalismo: segundo debate Morton, Kaplan x Bull e Wight Método científico: objetividade x método holístico (subjetivo) Análise quantitativa x Análisequalitativa Neoliberalismo x Neorrealismo: terceiro debate (influência do behaviorismo) Keohane e Nye X Waltz Medida de análise estrutural: mesma premissa: anarquia sistêmica Instituições e Interdependência (complexa) x bipolaridade e confronto. Autores anteriores estão se baseando em Hobbes, Maquiavel, na concepção má do homem...Já aqui, os comportamentos agressivos dos Estados é resultado da própria estrutura anárquica do sistema internacional. Ou seja, os Estados são determinados a fazer isso, pois assim funciona a dança... Obs.: Anarquia Sistêmica: Os Estados, em si, estão no estado de natureza (soberanos de si: O soberano, por definição está fora do contrato hobbesiano, logo ele está no estado de natureza). Contudo, haveria a necessidade de ações tão drásticas, de Realpolitik`s? Waltz está escrevendo na Guerra Fria...Escreverá que o sistema bipolar será o mais estável. Se você tem dois atores, ambos com poderes similares, então o desejável seria manter isso (Mas há um paradoxo aí: O que a UE tem a ver com a MAD, o que ela tem a ver com a dissuasão nuclear? O que a faz a bipolaridade uma estrutura funcional, “capaz de manter a paz?” Pelo realismo estrutural do Waltz, o nascimento da UE seria fator natural pois esta se encontra exatamente na interseção de dois polos hegemônicos, o Russo e o Americano. Já a visão de que a UE seria concebida perante uma necessidade de comércio e depois evoluiria para, também, esse fator de mediação, de segurança, seria um pensamento mais liberal (seria pela crença do liberal no Estado e no consenso?...Lembrar daquele exemplo de que os liberais ingleses acreditam na verdade que você fala em testemunho....poderia dizer isso? Será que não estou confundindo liberais econômicos com políticos???) Exemplificando: Waltz e Brasil na 2ªGM Do ponto de vista de Waltz (estrutural, sistêmico), a ideia de que Vargas teria escolhido deque lado entrar na guerra seria esdrúxula, pois seria uma análise individual dos atores. Do ponto de vista sistêmico, estrutural, o Brasil estaria no polo gravitacional dos EUA. Assim, na visão do Waltz, na estrutura de dois polos de poder seria impossível uma fissura profunda entre dois contendores com ideias diametralmente opostas, cada um influenciado por uma potência hegemônica. Somente seria possível pequenos conflitos, fissuras. Primórdios e elementos nucleares no campo: Realistas x Liberais x Marxistas; debate Inter pragmático Estadocentrismo x paradigma de classe Sociedade Internacional: escola inglesa Bull e Wight: abordagem tradicional Rejeitam o Estado de Natureza como decorrêrencia da anarquia A política internacional é uma sociedade anárquica: Poder + Leis = Sociedade Anárquica Cidades-Estado à forma menos complexa, mas que está na base dos Estados Impérios à Burocracia rudimentar. Baseados em geral em contratos de vassalag. Reinos Estados Grandes Territórios: Mongol Romano (27 A.C - 395 D.C) à muitas associações/acordos pela vassalagem. Império Bizantino (395 – 1453 D.C) à Fim ocorre na queda de Constantinopla. Sacro Império Romano Germânico (962-1806) à acordos pela unidade religiosa, como forma de legitimação do soberano. Igreja começa a envolver-se na política. Papa coroa reis (a partir de agora???). Expansão do Islã (632 – 1258 D.C) Prof. Vágner Camilo Alves 13/02/2020 – Aula 1 Continuando a 1ªGM: Primeira vez que se tem uma Grande Guerra (envolveu todas as grandes potências). Legado às RI: Europa ainda é centro das RI, mas há putro grande ator fora dela (EUA). 1917 – Rev. Russa à RUS sai da guerra (Tratado de Brest-Livtovski) (03/17) EUA na Guerra (devido à guerra naval irrestrita alemã) (04/18) Mobilização americana foi mt rápida. ALE não esperava isso! *Curiosidade: EUA não possuíam infraestrutura bélica. Qd entraram na guerra, compraram armamentos dos ING e FRA. No caso da WWI, fizeram muito dinheiro realizando empréstimos e vendendo aço. 1918 - Fim Guerra (11/11/18) EUA, até então, era a maior economia do mundo, mas ainda não era uma potência; não possuía instituições necessárias a isso!: -FFAA muito fortes: seu Exército era pequeno -Agências diplomáticas não eram influentes -Universidades (em larga escala???) -Complexo Industrial-Militar pujante TRIP ALIANÇA (AUST-HUNG, ALE, ITA) à Impérios Centrais TRIP ENTENTE (ING, FRA, RUS, EUA) Democracia Realpolitik 14 Pontos à Autodeterminação X Equilíbrio Segurança Coletiva de Poder (Resultado) Liga das Nações (Organismo Internacional) * Segurança Coletiva: ideia de que deveria haver um organismo internacional que buscasse mediar os interesses dos Estados, de modo a se buscar a paz. Isso vai contra a ideia do sistema de Alianças, pois entendia que este fomentava tensões, ao passo que se houvesse um local para diálogo geral, essas tensões seriam minimizadas. No final, os interesses franceses não puderam ser negados, mesmo com os EUA “dando as cartas” porque era a maior potência. Havia dois polos vitoriosos, com campos ideológicos distintos. Por exemplo: FRA queria que região do Reno virasse outro país (ia servir de “Uruguai”), mas EUA buscavam autodeterminação dos povos (Reno era ALE) à Resultado: Região da Renânia foi desmilitarizada (meio termo). Contudo, mesmo com o peso das intenções dos EUA, os FRA conseguiram impor severas punições a ALE. * Foi a autodeterminação dos povos que “permitiu” a criação de vários Estados onde era a AUS-HUNG. Claro que já havia uma “pulga na orelha” sobre o surgimento da URSS. Nesse sentido, a criação da Polônia e dos outros países na região da AUST-HUNG também foi com a intenção de se construir um Cordão Sanitário. No caso dos EUA, o acordo de Versalhes não foi aprovado no Senado. Sequer entraram na Liga das Nações (Lembrar que a democracia americana à época era diferente da atual. Não se esperava interferir no cenário externos dos outros países “que nada tinham a ver com os EUA”. Hoje, os EUA já atuam pensando no que tem de fazer e não no que não precisam fazer). Anos 1920 A década começa com a ALE devendo R$ (da reparação da guerra) aos aliados (lembrar que EUA não são, formalmente nem de fato da Tríplice Entente), à à e com os Aliados devendo muito aos EUA. Assim, os EUA decidem continuarem com seu isolacionismo, contudo não mais econômico. Dessa forma, firmam o Plano Dawes (1924) para sanar essas pendências financeiras de ALE, FRA e ING. ALE, de 1919 a 1933, se torna a República de Weimar. 1925, ALE, FRA e BEL firmam Tratado de Locarno, sendo fiadores/garantidores ING e ITA. (Aqui, a economia ia bem...isso facilitou a concretização desse tratado, mesmo sendo claro que era bizu tanto pra FRA quanto para ALE. Para esta porque almejava a entrar na Liga das Nações, para aquela porque a ALE aceitava as perdas territoriais no ocidente (Alsácia-Lorena) e desmilitarização da Renânia. 1929, a queda da Bolsa de NY, acarretou crises econômicas na Europa, principalmente na ALE, que era a maior economia europeia na época. *Muitos estudiosos de RI entendemque o acaso mais importante para a ascensão nazista foi a queda da Bolsa de NY e não o sentimento de revanchismo gerado pelo Tratado de Versalhes. Assim, em 1933, Hitler é eleito chanceler alemão. Faz-se mister ressaltar que o próprio Hitler tinha o pensamento não de autodeterminação dos povos, mas sim ao do império do mais forte; por conseguinte concluía como imperiosa a prática da guerra. Daí, começou a utilizar os próprios princípios do Tratado de Versalhes em seu benefício: Pq só a ALE não pode ter FFAA de uma potência?.... 1934, Franklin Roosevelt é eleito presidente dos EUA, que estava saindo da recessão. Assim, o teatro mundial vivia um momento importante: Hitler e Roosevelt são eleitos cada um em uma potência mundial, ambas em ascensão após uma crise. Nesse momento, a estrutura do Sistema Internacional é positiva para os nazistas. Por dois pontos de vista: 1) Realpolitik à Havia 4 polos de força, além da ALE, na Europa: ING (fragilizada) , FRA (percebeu, durante a WWI, que não poderia ganhar sozinha da ALE. Basicamente humilhada), ITA(ascensão fascista) e Países do Cordão Sanitário (muito fracos). 2) Nova Diplomacia à Os princípios defendidos pela ALE (igualdade soberana e autodeterminação), mesmo sendo feitos de forma mentirosa, pesavam na diplomacia europeia (“Pq só a ALE não podia ser regida pela autodeterminação dos povos? “Pq a ALE é tratada de forma desigual?”) 1934, a ALE sai da Liga das Nações (afinal, era basicamente a continuação “desse injusto Tratado de Versalhes”). E a URSS entra (afinal, era melhor estar em um grupo, até pq Stalin, apesar de não diferenciar países no contexto de querer a URSS forte, tinha mais medo da ALE do que dos outros países). 1935, quando a ALE começa a aventar a possibilidade de uma autodeterminação alemã em relação a AUS, a ITA fica contra (afinal, a própria ITA tinha receios territoriais ali, pois anexara parte da AUS (onde tinha alemães) no Tratado de Versalhes). Aí, a ITA se mostrou um “talvez aliado” aos membros da antiga entente (ING e FRA) e, assim, firma-se a Frente Stresa (ING, FRA, ITA) em 1935. Nesse contexto, a ITA (pensando “ora, se ING e FRA me aceitaram numa aliança, então eles “autorizaram” o fascismo) invade a Etiópia. Contudo a Etiópia era o único país independente da África, membro da Liga das Nações. Do ponto de vista da Realpolitik, pensar-se-ía em deixar como está, afinal, que vença o mais forte. Entretanto, na Nova diplomacia, com a autodeterminação dos povos, não. Daí, quem apoiará essa ação italiana será exatamente a ALE. Em 1936, ALE ocupa a Renânia, desonrando o Tratado de Locarno (1925) (“Ora, vocês (ING e FRA) me impedirão de ocupar um território que é propriamente alemão?.. à ING e FRA aceitam...já não era a primeira vez que aceitavam “abusos de Hitler com essa historinha”...). De 1936-1939, Guerra Civil Espanhola à foi um certo microcosmo do que ocorreria no restante da Europa, ou seja, já dava indícios de como seria a 2ªGM....Um lado político é apoiado pela URSS, outro lado pela ALE e ITA. Assim, em 1936 já se via claro a ruína do Tratado de Versalhes! Em 1938, começam as ofensivas maiores da ALE, de forma de uma diplomacia mais coercitiva!!! (“Não quero conversa, assina isso à Realpolitik pura. Cada vez mais Hitler aumenta sua aposta). Obs.: Hitler faz um jogo político muito ardiloso: uma hora alega autodeterminação dos povos para poder anexar algum território, outra hora anexa um Estado mais fraco, simplesmente cagando pra essa autodeterminação. Além disso, certas horas pede para poder se militarizar mais alegando que a ALE é uma potência muito grande para ficar com as FFAA tão restritas, outra hora acusa outros países de estarem sendo agressivos quando celebram alianças. 1º Semestre: Anexou, por meio dessa diplomacia coercitiva, a AUST e a Região dos Sudetos (Região da Checoslováquia). Quanto a AUST, FRA e ING permanecem neutras (“Ora, se os próprios austríacos queriam isso”...). Aí há a Conferência de Munique (ING + FRA + ALE + ITA, mas a sem a presença da Tchecoslováquia e da RUS..A RUS interpretou isso de um jeito....Ora, os alemães não me convidaram por algum motivo...Pode ser que efetivamente estejam empurrando a ALE para o lado oriental da Europa...”). Assim, fica decidido que os Sudetos ficarão com a ALE e os alemães prometem não mais ferir a ordem regional. Ou seja, houve uma política de Apaziguamento. Contudo, para se fazer isso, você devia conhecer seu adversário, entendendo todas as suas possibilidades, o que não era verdade, como seria provado em 1939. Contudo, é importante salientar que a região da Tchecoslováquia era multiétnica...Hitler sabia disso! Sabia que a qqr hora algum grupo étnico poderia requerer independência, abrindo caminho para ele agir lá. Daí, 1º semestre 1939, grupos étnicos Tchecoslovacos requerem sua independência. Hitler apoia e entre essa nova Tchecoslováquia e do Sudetos (ocupado pela ALE) sobra um território, o da Boemia-Morávia. ALE o invade, transformando-o em seu protetorado. Foi a primeira vez que Hitler descumpriu um acordo feito por ele mesmo (Nos casos de Áustria e Sudetos, ele dizia que ele não tinha feito aqueles acordos). A partir daí, ING e FRA veem que a situação já está fora de controle e decide garantir a independência dos países do leste europeu (Polônia, Romênia...), eixando claro que se Hitler os atacasse, viraria um caso bélico. Assim, ING e FRA atam seus destinos às nações do Leste. Em seguida, Hitler miraria o próximo alvo, o território entre a ALE e a PRU: o Corredor Polonês Grandes potências da Época: ING ALE URSS EUA FRA ITA JAP EUA: (são isolacionistas). Contudo, suas ações na WWI foram muito decisivas. Logo, os atores europeus agora o considerarão em caso de entrarem em uma guerra (ao contrário da WWI, que os europeus entraram em guerra sem considerá-los). Mas obviamente, por razões histórias e ideológicas, sabia-se que EUA estavam mais próximos de ING e FRA (O próprio Roosevelt declara que ALE e ITA se transformaram em grande ameaça ao sistema internacional) ING e FRA: Em 1939, quando Hitler anexa Boêmia-Morávia, abandonando a Política do Apaziguamento, ING e FRA estão juntos. ALE e ITA: Desde 1936 estão juntas. As sucessivas vitórias regionais (na Europa ocidental) pela ALE + conflito com ING e FRA no caso Etiópia fizeram ITA e ALE se aproximarem, possibilitando, inclusive, que apoiassem o mesmo lado na guerra civil da ESP. Nas palavras de Mussolini, tudo era resolvido no Eixo Roma-Berlim. JAP 1936: assinou tratado anti-comintern (não internacionalização do comunismo) com ALE e ITA. URSS Nesse período, apesar de serem grandes inimigos ideológicos, e apesar da URSS ter entrado na Liga das Nações, ALE e URSS fazem um acordo (os eventos de 1938, em especial os eventos ocorridos na TCH colocaram uma pulga na orelha de Stalin, que estava achando que as ações decorrentes nesse período estavam “empurrando” a ALE para cima da URSS). Ou seja, em que pese a Nova Diplomacia, Stalin pensou com ideias da Realpolitik/ Raison d’ètat (Interesses do Estado acima de tudo). Assim, uma semana antes de invadir a Polônia, Hitler manda seu Ministro das Relações Exteriores à Moscou para celebrar o acordo Ribbentrop-Molotov, ou pacto Nazi-Soviético: ALE e URSS se comprometem a não entrarem em guerra entre si. Assim, URSS teria mais tempo de se preparar para a guerra que se aproximava e ALE só lutaria tal guerra em um único front. Na cabeça de Stalin, a ALE e os outros ficariam em guerra por anos, enfraquecendo-se, como ocorreu na WWI, e nesse período a URSS se fortaleceria (talvez nem precisasseentrar em guerra...). Ademais, ALE e URSS dividem (escondido) a Polônia entre eles (Stalin estaria recuperando exatamente os territórios que havia perdido na WWI, ou seja, estava agindo como um Czar...). Por fim, entrar em guerra com a ALE nesse momento seria bizuleu...imaginava-se que a ALE causaria uma grande guerra, e que isso poderia atingir ele, logo era melhor ir se fortalecendo enquanto Hitler se enfraquecia e enfraquecia os outros em combates sucessivos.... Com o acordo Ribbentrop-Molotov, Hitler achou que ING e FRA cederiam novamente. Mas não aconteceu isso (em termos***). (SET/1939) Ataque ALE à POL: ING e FRA declaram guerra a ALE. ITA ainda não entra na guerra. ***em termos: a declaração de guerra foi apenas formal. FRA estava preparada defensivamente (Linha Maginot...) e ING tinha preparada somente a sua Marinha...ou seja, ambos não tinham um Exército preparado, de modo a, de fato, proteger a Polônia. Em 3 semanas, a ALE já tinha destruído e ocupado toda a Polônia, ou seja, foi uma guerra relâmpago. Obs.: 1ª vez que se falou em Blietzkrieg. Mudavam-se os rumos de se fazer guerra de fato...não mais seria estática como a WWI , que era basicamente uma guerra de artilharia. Ações importantes de Hitler para culminarem na guerra (MAR) ÁUSTRIA 38 (OUT) SUDETOS – Conferência de Munique (Apaziguamento) (MAR) Protetorado da Boêmia-Morávia (1º semestre) -> final 39 política do apaziguamento, que teve ápice em Munique (AGO) Pacto Ribentrop-Molotov (SET) ALE invade POL Assim, em 1939, tínhamos somente ING + FRA x ALE. Ou seja, ainda não era uma guerra mundial.... E agora a situação estava diferente da 1ªGM: a ING faz bloqueio naval contra a ALE como resposta à invasão a POL, masisso praticamente não gera efeitos (Surtiria efeito se tivessem mandado um exército para apoiar a ALE, mas a ING não tinha Exército relevante e a FRA decidiu manter seu Exército no país, para protege-la usando as fortificações da Linha Maginot). Ademais, agora ALE e URSS possuíam um acordo de não agressão, o que ao menos na teoria os aproximam. Daí, nos 6/8 meses seguintes (de SET/39 a MAI/40), a guerra vira uma Guerra Falsa. Enquanto isso, RUS invade Finlândia (membro da Liga das Nações) e é expulsa da Liga das Nações (acabando praticamente de vez com a Liga...), e ALE se prepara ofensivamente para a guerra. Obs.: Nesse ponto, em 1940, estudos militares indicam que a coligação ING e FRA era superior em todos os aspectos contra a ALE. Contudo, a ALE possuía estratégias muito boas, como era o caso da BlietzKrieg. Assim, em meados de 1940, ALE toma FRA em 6 semanas (praticamente imitando o Plano Schieffen), e chega a Paris. Ou seja, havia praticamente uma Nova Ordem. Aqui, a ING tem noção de que não tem como reverter esse cenário sozinha. Por outro lado, tem noção de que ainda há duas potências que estão fora do contexto: EUA e URSS. Então, continuaram resistindo (inclusive exaltando suas “mínimas” vitórias, como a retirada em Dunkirk, que foi uma ação defensiva, de modo a promover a seua causa. Obs.: em 1940, após tomar a FRA, ALE propôs acordo de rendição da FRA, mas ING negou! Após, em SET/40 Tratado Tripartite: ALE + ITA e JAP (que estava em guerra com a CHN desde 1937). Tal tratado afirmava: se algum outro ator estatal se colocar entre os países já em guerra (ING + FRA x ALE e JAP x CHN), que os três iriam auxiliar aquele que ficasse em desvantagem com essa entrada, mas com a observação de que a URSS ficaria fora disso. Ou seja, esse Tratado era basicamente contra os EUA. Para finalizar as intenções de Hitler, intenções de um domínio alemão na Europa, só faltava que eles dominassem mais um ator: URSS. Assim, Hitler tentaria dominá-la para posteriormente forçar um acordo de rendição. Assim, no verão de 1941, ALE invade RUS (ocupam os Bálcãs) na Operação Barbarossa (talvez a Operação militar mais importante dessa guerra). Do ponto de vista ideológico (alemães são mais fortes, vamos derrubar os comunistas....), Hitler estava concretizando as reais e necessárias intenções aos interesses alemães, e seus militares estavam, nesse ponto, com considerável arrogância imaginando que destruiriam o Exército Vermelho de forma muita rápida mesmo sendo este muito maior do que o alemão. Obs.: Em que pese o Tratado Tripartido, JAP não declara guerra a ALE quando ela invadiu a URSS. Na verdade, URSS e JAP assinam acordo de não agressão. Mas Hitler agora pouco se importava com isso, pois poderia terminar isso tudo sozinho... Contudo, as intenções de Hitler de tomar Moscou em pouco tempo não se concretizam: em que pese tenham derrubado 3 milhões de soldados do Exército Vermelho, a URSS continuava resistindo: Hitler subestimara o tamanho do Exército Vermelho. Ademais, a URSS tinha profundidade estratégica (despovoou os territórios da sua frente ocidental e transferiu as fábricas e indústrias que tinham ali (região mais rica da URSS) para o interior). Obs.: O argumento de que a ALE perdeu a guerra contra a URSS devido às condições climáticas seria uma maneira de desmerecer essa resistência russa. Assim, em DEZ/1941, já com seu Exército com o ímpeto menor devido à extensão (em tempo e espaço) do combate, os alemães pela 1ª vez não vencem uma batalha em uma única campanha. Perceberam que essa guerra oriental duraria mais (seria o equivalente ao front ocidental da 1ªGM, porque seria decisivo). Caso Japão Concomitantemente aos EUA e ALE, o JAP também emergira como grande potência: já era uma potência inclusive no campo militar (possuía os maiores encouraçados da época da guerra, por exemplo). Desde o final do Sec XIX, já possuía uma política expansionista semelhante à europeia (Final Sec XIX: vários territórios em seu redor, 1910: Coreia, 1931: Manchúria...). Ademais, na WWI se aliou com o lado vencedor e ao final da guerra, anexou algumas ilhas, que eram alemãs, ao seu sul. Nesse sentido, observa-se que a maioria dos territórios (ilhas) ao seu redor pertenciam à potências ocidentais (EUA, ING, FRA...). Ou seja, seus interesses expansionistas iam contra os interesses desses países, aproximando-o, ao menos teórico-estrategicamente (mas não ideologicamente) ao Eixo. Nesse contexto, em 1937 atacou a CHN (seria o início da WWII de fato?), inclusive invadindo a Indochina, que era francesa, como meio para um ataque ao território chinês. Caso EUA Em MAR/1941, Rossevelt consegue aprovar o Lend-Lease Act (Lei de empréstimos e arrendamentos: autoriza o presidente a emprestar, dar, vender, alugar matérias-primas que o presidente julgasse necessário aos interesses dos EUA). Nesse ponto, ainda não havia ocorrido a invasão alemã à URSS, mas ela própria receberá investimentos após isso. Obs.: Ressalta-se que os EUA estavam, desde 1940, se preparando para uma possível guerra (Ex.: Carta do Atlântico(1941): estabelecia ações para o pós- guerra) Nesse ponto, os EUA chegam ao consenso de que haveria guerra, só não sabiam se seria no Pacífico ou no Atlântico. Ademais, os EUA necessitavam de alguma motivação para entrarem em guerra. Assim, os EUA declaram embargos econômicos ao JAP (que necessitava demais dos insumos dos EUA, que eram seu principal fornecedor...colocando como contrapartida que o JAP parasse sua investida na CHN, que ocorria desde 1937. Caso EUA e JAP Nesse ponto, causou-se um impasse no JAP, que ou entrava em guerra com os EUA, ou arranjava novos fornecedores de matéria-prima. Assim, decidiu-se que a Indonésia conseguia suprir isso. Dessa maneira, o JAP decide atacar ilhas ao Sul (Lembra-se que além de tomar a Indonésia, acabariam com a maior base inglesa no oriente).Contudo, se ele atacasse a IND, os EUA (que possuem domínio próximo, nas Filipinas) ficariam de braços cruzados? Então é melhor atacar as Filipinas também? Não! Não há necessidade, já que os EUA entrarão na guerra de qualquer modo. Assim, é melhor começar a guerra com um ataque surpresa à Marinha americana. Assim, em DEZ/41, JAP ataca Pearl Harbour. Situação em 1941 (DEZ) X Comparações: ECONOMIA 3X X BASES DE PODER Mais longe Mais próximo POTENCIAL MILITAR Mais forte FORÇA Se tornando mais forte a medida que a guerra avç. A superioridade material era evidente: EUA ao final da guerra possuía 20 porta- aviões e o JAP somente 1. ING URSS EUA ALE ITA JAP No campo europeu: 1942-1943: Batalha de Stalingrado, pela 1ª vez os alemães se rendem (teria sido, aqui, o início do revés da guerra). Após, as ofensivas dos aliados se intensificam até que Berlim é tomada e a ALE se rende (MAI/1945). Em SET/1945 o JAP se rende, após ter sofrido ataque da URSS e dos EUA (bombas atômicas). Esse ano foi um marco muito importante nas RI!!!!! Mas porque foi tão importante? 1º 2ªGM guerra terminou de forma diferente da 1ªGM. Esta acabou com um Tratado (Versalhes), aquela não, mas sim terminou com uma aliança “estranha”. 2º A Aliança EUA + ING + URSS era estranha, mas era “melhor a URSS com metade da Europa do que a ALE com ela toda”. 3º EUA assumem, de fato, o protagonismo no cenário mundial, buscando abandonar o antigo isolacionismo por meio de uma ordem global sob sua liderança (possuíam 50% do PIB do mundo!!!). Inclusive, apoiam a criação da ONU e colocam sua sede em Nova Iorque. As duas guerras foram, do ponto de vista das RI, a transição de uma ordem europeia para uma ordem global!!!! Fim 2ªGM. Assim, iniciou-se um equilíbrio de poder com EUA x URSS. Tal relação de poder já começara desigual, pois a URSS sofreu o maior número de baixas (cerca de 2/3 das baixas aliadas / ½ dos mortos da guerra) da 2ªGM e, do lado vitorioso, a ING certamente apoiaria os EUA, em caso de uma bipolaridade. Nesse contexto, os países do leste ganharam novamente suas independências, mas teriam que se ligar a URSS (Stalin: “Ora, se eu, com meu esforço acuei os nazistas nessa região, logo, esses países só tiveram sua independência devido o meu esforço, logo devem ficar subordinados a minha influência. Ademais, uma parte da Polônia será território meu!). Assim, a URSS termina a 2ªGM de forma “inversa” como terminou a 1ªGM: Nesta, “engoliram” um Cordão Sanitário, naquela, fariam uma Cortina de Ferro (exatamente para se protegerem e não dar a besteira que deu na 2ªGM). GUERRA FRIA Dessa forma, começa um novo período. Alguns estudiosos afirmam que EUA e URSS não teriam, no longo prazo, intenções agressivas um contra o outro, mas buscaram se proteger o tempo todo. Contudo, essa “proteção” foi, em grande parte ofensiva, com aumentos exponenciais de seus poderios bélicos. Isso, criou um sistema de tensões que, no final, poderiam até chegar a um fim pior do que um conflito propriamente dito. Nas RI, isso se chama DILEMA DE SEGURANÇA Assim, teve início uma disputa ideológica entre EUA e URSS, culminando na Guerra Fria. Essa guerra se inicia com os EUA implantando uma política de contenção territorial contra o comunismo da URSS. (“Ora se a isolarmos, no longo prazo o capitalismo vencerá”). Essa teoria da Contenção ( De manter as nações mais ricas sob influência capitalista + conter comunismo foi criação de George Kenan) Datas importantes 1945 – Fim da Guerra 1947 – Política (EUA) de contenção 1948 – Crise em Berlim 1989 – Queda do Muro de Berlim 1991 – Dissolução da URSS Dessa forma, além da ONU, outros organismos internacionais foram criados (FMI, Banco Mundial, OTAN...). Ademais, os EUA criam o Plano Marshall: políticas de investimento na Europa, que se recuperará rapidamente. Assim, pode-se analisar a Política de Contenção tinha dois vetores: Econômico (Plano Marshall) Política de Contenção Político/Militar (OTAN)à 1ª Aliança Militar permanente em tempos de paz em que os EUA entram. Situação inicial EUA x URSS EUA: saíram da 2ª GM com bases no mundo todo, com a maior Marinha, com a Maior Força Aérea e com o monopólio da Bomba Atômica e de seu Vetor. Além disso, não sofreram ao seu território interior. URSS: do ponto de vista militar saem da guerra com o maior Exército do mundo, mas tendo sofrido milhões de baixas. Contudo, do ponto de vista de uma mensagem ao mundo colonizado, ela estava contra o país que estava aliado às nações colonizadoras do Sec XIX. Ou seja, era mais fácil convencer esses menores atores a virem para o seu lado ao invés dos EUA. Importante ressaltar que o acordo de paz entre EUA e URSS, de várias formas, foi fragilizado por esses interesses antagônicos entre eles. Até o momento que se desenha o cenário vivido em Berlim durante a segunda metade do Sec XX: 1º EUA, URSS e FRA, por pressão da ING, dividem a ALE (P/ ING, era bizu ter mais um europeu forte e deixo um aliado ali...finalmente, aumentaria a presença europeia no foco internacional). Berlim, que fora tomada pela URSS na guerra, fica do lado soviético. 2º EUA, RUS e FRA dividem Berlim também (Ou seja, dividiram Berlim no meio de um território sob domínio soviético). 3º Crise de Berlim: Conflitos ideológicos entre EUA e URSS chegam a tal ponto que Stalin inclusive chega a proibir que tropas norte-americanas de adentrarem Berlim por terra, e os EUA passam a ter que fazer ponte aérea até chegar Berlim. 4ª Crise chegou a tal ponto que reconhece-se a República Democrática Alemã, mas com presença ainda de tropas dos EUA e da URSS. Ou seja, havia, ao mesmo tempo, ALE Oriental, ALE ocidental e ALE como uma só. Por fim, ALE voltaria a emergir economicamente, mas sem importância política no cenário internacional. 18/02/2020 – Aula 2 Guerra Fria (1945 – 1991) Importante lembrar o seguinte (pra vida): Sistema Internacional é anárquico, mas é Oligárquico. Existe anarquia, mas existe ordem devido ao Poder Relativo. Por isso, foca-se no estudo dos poderes das grandes potências para entenderem as evoluções ocorridas nesse sistema. Além de ser anárquico é caótico (Lembrar do Estado de natureza, de Thomas Hobbes que dizia que o Estado de natureza era marcado pela desconfiança, que por sua vez geraria tensões, que por sua vez geraria conflitos). Contudo, cabe ressaltar que o Sistema Internacional não é exatamente um Estado de Natureza Hobbesiano, pois as disputas de poder entre Estados são diferentes de disputas entre homens em seu estado primitivo, em seu estado de natureza. Obs.: Um sistema se forma quando um ator age observando as consequências acarretadas em outros atores. Ou seja, quando se considera os outros para agir. O embrião de um sistema global, por conseguinte de politização global, iniciou-se nas Grandes Navegações. Posteriormente, a Europa continuou a ser o centro do Sistema Internacional vigente, que ainda não era global de fato, mas que estava se planetarizando, sempre com a Europa no foco. Até que se chegou a 1ªGM e, ao seu final, o que se viu foi de fato um Sistema Internacional planetarizado, mas com um grande ator fora da Europa: os EUA. Assim, 1492 – 1914 Sistema Internacional “planetário” com foco na Europa 1914 – 1945 Sistema Internacional quase planetário com um ator fora da Europa 1945 – 1991 Sistema Internacional planetário de fato, pois seus principais atores estavam fora da Europa (EUA e URSS). Marcado pela Bipolaridade. 1991 – 2020 Multipolaridade IDEOLÓGICO Bipolaridade Na Guerra Fria MILITAR 1ª Fase da Guerra Fria: 1945-1955 Na 1ª
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