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2 História das Relações Internacionais e dos Estudos Estratégicos (CT MARQUES) (1)

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Prévia do material em texto

História	das	Relações	Internacionais	e	dos	Estudos	Estratégicos	
O	conflito	militar	e	seus	desdobramentos	em	compasso	com		
o	desenvolvimento	do	moderno	sistema	internacional	
Prof.	João	Rafael	e	Vágner	Camilo	
	
04/02/2020	–	Aula	1	
	
A	História	do	Sistema	Internacional	
	
Origens	do	Sistema	Internacional	–	Conceitos	básicos	
	
Estratégia	
Política-Guerra	
Política	é	basicamente	um	ambiente	onde	as	tensões	são	resolvida	com	ou	
sem	violência,	logo	pode-se	dizer	que	a	política	lida	com	a	violência,	ao	menos	no	
seu	horizonte.	Quando	essa	violência	toma	dianteira	nesse	processo	político,	ou	
seja,	quando	a	diplomacia	não	funciona,	ocorre	a	Guerra.		
	 Assim,	 toda	 a	 paz	 que	 possuímos	 provirá	 tanto	 da	 guerra	 como	 das	
capacidades	dissuasórias,	que,	em	geral,	servem	para	conter	os	lados	(ou	seja,	para	
diplomacia).	
	
Poder	
Marquiavel	–	Ser	temido	ou	amado?	
Morgenthau	–	o	que	é	Poder?	
	
	 No	meio	 dessas	 tensões,	 há	 uma	 disputa	 para	 influenciar	 alguém	 a	 agir	
conforme	um	ou	outro	lado	deseja,	ou	seja,	há	o	PODER.	Nesse	sentido,	o	poderio	
militar,	provendo	essa	capacidade	de	dissuadir	(por	conseguinte,	de	influenciar),	
penderá	a	balança	da	DIPLOMACIA....	senão	a	diplomacia	“seria	mera	retórica”.	
	 Ou	 seja,	 de	nada	vale	buscar	diplomacia	 se	 você	não	possua	 capacidade	
dissuasória,	a	qual	é	influenciada,	também,	pelo	aspecto	militar.	
	
Estado	Moderno	
A	 semente	 do	 Estado	Moderno	 provavelmente	 foi	 a	 polis	 (resultado	 da	
organização	 das	 pessoas	 em	 função	 da	 existência	 coletiva	 (público))	 na	 Grécia	
clássica.	
A	 partir	 daí,	 as	 sociedades	 tornaram-se	 mais	 complexas.	 Então,	 fez-se	
surgir	dois	eixos	a	serem	considerados:		
Burocracia	(p/	organização	interna,	desde	o	recolhimento	de	tributos	até	
sua	aplicação	e	formulação	de	leis...)	 	 	e	 	 	 	Forças	Armadas	(p/	proteção	e,	por	
conseguinte,	para	garantir	o	poder	vigente).	
Obs.:	FFAA	são	muito	importantes,	pois	tem	o	monopólio	da	violência:	por	meio	
delas	pacificarão	a	sociedade	interna	e	 influenciarão	em	sociedades	externas.	
Logo,	elas,	em	regra,	garantirão	o	poder.	
Nesse	 sentido,	 por	 meio	 dessas	 duas	 perspectivas	 (a	 burocrática	 e	 a	
militar),	 com	 foco	 na	militar,	 haverá	 sociedades	 pacificadas,	 com	 legitimidade,	
soberanas,	com	seus	limites	territoriais	definidos	(Obs	Guerra	dos	30	anos).	
	
	 	
	
Sistema	Internacional	–	Origens	e	Desenvolvimento	
	
	
Conjunto	de	países	e	organizações	que	relacionam-se	entre	si	utilizando	para	isso	
suas	capacidades	políticas,	militares	e	econômicas.	
	
	 Para	entender	suas	origens	e	desenvolvimento,	deve-se	considerar:	
1) A	Evolução	da	Guerra	Convencional	(XVII-XIX):	das	guerras	principescas	às	
guerras	nacionais	(1618-1789)	
2) A	 Guerra	 dos	 Trinta	 Anos	 (1618-1648)	 e	 o	 “nascimento”	 do	 Sistema	
Internacional	
	
1)	A	evolução	da	Guerra	Convencional	(XV-XX)	
	
Itália:	Maquiavel	
	
Num	 momento	 de	 transição	 militar	 (cavalaria	 feudal	 para	 infantaria),	
começam	 a	 surgir	 forças	 “permanentes”	 mediante	 pagamentos,	 ou	 seja,	 de	
mercenários.	Assim,	haverá	necessidade	de	um	novo	tipo	de	liderança.	
	 Nesse	 sentido,	Maquiavel	 criticará	 essa	 existência	 de	mercenários	 (pois	
não	 são,	 para	 Maquiavel,	 úteis	 quando	 se	 quer	 um	 reino	
consolidado/centralizado)	 e	 abordará	 os	 vários	 aspectos	 concernentes	 à	
existência	 de	 numerosas	 pequenas	 cidades-estado/vilarejos	 ao	 invés	 desses	
reinos	consolidados	centralizados,	focando,	inclusive,	no	aspecto	militar,	para	
concluir,	 entre	 outras	 coisas,	 sobre	 a	 necessidade	 de	 se	 possuir	 Exércitos	
Regulares,	 forças	 militares	 permanentes	 sob	 a	 égide	 de	 uma	 UNIDADE	
POLÍTICA....	Ora,	se	não	tenho	unidade,	fico	suscetível	a	invasões,	por	conseguinte	
a	distúrbios.	Daí	a	frase:	
	
“Boas	 leis	 para	 controlar	 boas	 armas.	 Boas	 armas	 para	 garantir	 boas	
leis”(Maquiavel).	Ou	seja,	a	boa	burocracia	aliada	à	segurança	nacional.	
	
Vale	 ressaltar	 que	 nessa	 época	 ainda	 não	 havia	 a	 ideia	 de	 patriotismo,	
espírito	de	corpo.	Na	verdade,	Maquiavel	pensou,	por	meio	de	uma	racionalidade	
fria,	 na	 conservação	 do	 Estado,	 observando	 que	 somente	 a	 religião	 e	 a	
legitimidade	divina	de	um	rei	não	seriam	capazes	de	garantir	a	existência	de	uma	
nação,	mas	também	a	capacidade	de	se	manter	e	de	se	proteger,	estreitando,	por	
fim,	relações	entre	as	instituições	políticas	e	militares.	
	 	
	
Primeiros	exércitos	modernos	(XV-XVIII)	
Exército	de	Carlos	VIII	–	1496;	ou	
1560-1660?	
Surgimento	de	exércitos	com	canhões	com	grande	capacidade	destrutiva	
(Isso	fez	surgir	grandes	fortalezas!).	Maquiavel	observou	isso	quando	o	Exército	
de	Carlos	VIII	invadiu	a	Itália.	
	
	
	
	
à	
Das	guerras	principescas	às	guerras	nacionais	(1618-1789)	
	
A	guerra	dos	Trinta	Anos	(1618-1648)	
	
Nesse	período,	a	maioria	dos	territórios	estava	sob	domínios	dinásticos.		
Ademais,	 havia	 1	 século	 que	 surgira	 a	 reforma	 protestante	 (1517)....assim,	
presenciou-se	 até	 agora	 grandes	 disputas	 de	 cunho	 religioso	 (católico	 x	
protestante),	 culminando,	 primeiramente,	 no	 surgimento	 de	 um	 Sacro-Império	
Romano	Germânico	(sob	influência	da	Igreja),	objetivando,	dentre	outras	coisas,	
uma	 unidade	 religiosa,	 remontando	 Roma,	 em	 face	 do	 espalhamento	 do	
protestantismo.	Ou	seja,		a	Igreja,	almejando	a	uma	unidade	religiosa,	ou	seja,	a	
um	único	poder,	o	poder	de	Deus,	buscou	 fazer	 isso	por	meio	de	uma	unidade	
política	 (temporal),	 o	 Sacro	 Império	 Romano	 Germânico	 (o	 papa,	 que	 era	 o	
representante	 espiritual	 de	 Deus	 (logo,	 com	 poderes	 atemporais)	 delegava	 ao	
imperador	os	assuntos	da	Terra	(temporais).	
Nesse	contexto,	na	França,	conselho	do	Rei	era	chefiado	pelo	Cardeal	de	
Richelieu	(católico),	o	qual	esteve	a	 frente	das	diversas	disputas	 internas	entre	
católicos	e	protestantes	no	interior	da	França.	Certa	época,	após	os	protestantes	
perderem	força	nessa	disputa,	Richelieu,	buscando	a	estabilidade	francesa,	põe	em	
1º	lugar	os	interesses	da	França	(já	se	vê	uma	espécie	de	Raison	d’état):	financia	
os	príncipes	luteranos	a	combaterem	os	romano-germânicos,	mesmo	sendo	tanto	
a	França	quanto	o	Sacro	Império	Romano	Germânico	católicos.	Assim,	observa-se	
claramente	a	elevação	da	racionalidade	à	moralidade	(religiosa,	no	caso).		
*Estamos	observando	a	maturação	dos	Estados!!!!	
Ao	final	da	Guerra	dos	Trinta	Anos	(1648),	há	uma	mudança	no	status	dos	Estados:	
surgimento/aumento	 de	 uma	 consciência	 nacional,	 dando	 clareza	 de	 “quem	 é	
quem”,	“quais	as	capacidades	de	cada	Estado”.	
	
Agora	o	novo	sistema	internacional	será	caracterizado	por:	
1) Primazia	dos	interesses	dos	Estados	–	geopilítica,	raison	d’etat;	
2) Princípio	da	 soberania	dos	Estados	 como	meio	de	 evitar	novas	 guerras:	
Princípio	do	Estado	Nação;	
3) Igualdade	dos	Estados	soberanos:	equilíbrio	de	poder;	
4) Fortalecimento	da	diplomacia	para	lidar	com	contenciosos;	
5) Desenvolvimento	de	um	Direito	Internacional	Público:	leis	de	navegação,	
formação	de	forças	militares	permanentes,	instalação	de	embaixadas...	
Toda	política	internacional	contemporânea	está	fundamentada	em	1648!!!	
	
	 Assim,	haverá	consequências	desse	período:		
- Sistema	 medieval	 p/	 sistema	 moderno:	 uma	 mudança	 de	 logus	 da	
política	(de	uma	legitimação	religiosa	à	percepção	da	soberania	política);	
- Racionalidade	do	Estado:	aspecto	político	do	conflito	(Richelieu);	
- Questão	geopolítica	da	“Alemanha”;	
- Fundamento	 divino	 p/	 fundamento	 político	 do	 Poder	 (Maquiavel-
Richelieu-Hobbes);	
- Igreja	luterana	fortalecida.	
	
	
	
	
A	guerra	pós	1648	
Maurício	de	Nassau,	Gustavo	Adolfo	e	Frederico,	o	Grande:	guerra	de	posição	
As	reformas	de	Orange-Nassau:	disciplina	(influência	de	Maquiavel)	
“Ordem	Unida”	e	outras	reformas	
“Foi	a	disciplina	e	não	a	pólvora	que	iniciou	a	transformação”	Weber	
	
	 Viu-se	que	os	exércitos	mercenários,	apesar	de	práticos	em	certas	ocasiões,	
não	continham	o	necessário	à	defesa/soberania	dos	novos	Estados.	Além	de	não	
teremligação	natal	com	o	território	defendido,	era	mais	“interessante”	comporem	
um	 exército	 que	 ficasse	 disponível	 permanentemente,	 ou	 seja,	 que	 possuísse	
prontidão,	a	contratar	combatentes.	Ganha-se	rapidez	nas	respostas	às	invasões	
e	sentimento	de	segurança	constante.	Ora,	um	Exército	 forte	gera	um	Estado	
forte!	
	 Entretanto,	não	é	simples	nem	fácil	ou	rápido	criar	exércitos...assim,	por	
onde	começar?	à	Incutindo	sentimentos	basilares:	hierarquia	e	disciplina,	aliadas	
à	treinamentos	e	ao	espírito	de	corpo,	almejando	a	uma	força	militar	coesa	e	
capaz	de	operar	como	instrumento	político	do	Estado.	
Isso	tudo	foi	fruto,	muito,	dos	escritos	de	Maquiavel	e	da	Guerra	dos	Trinta	
Anos!!!	
	
	 Nesse	contexto,	havia	exércitos	incipientes,	ainda	sem	muita	estrutura,	
bem	 como	 Estados	 frágeis.	 Assim,	 os	 conflitos	 passaram	 a	 serem	 do	 tipo	 de	
Guerras	Limitadas,	com	os	líderes	as	conduzindo	com	parcimônia	(lembrar	que	
o	aumento	da	utilização	da	pólvora	com	canhões	etc...fez	os	soberanos	visarem	
muito	à	defesa	de	suas	terras	ao	invés	de	ataques	à	grandes	e	altas	fortalezas).	
	
Disputas	hegemônicas	na	Europa	
	
Guerra	de	sucessão	do	trono	espanhol:	
Morte	de	Carlos	II	(ESP)	à	trono	espanhol	passa	para	Filipe,	neto	de	Luís	
XIV	 (FRA).	 Ou	 seja,	 culminou	 na	 ascensão	 dos	 Bourbons,	 da	 França,	 ao	 trono	
espanhol,	o	que	preocupou	a	Inglaterra.	
Áustria	reivindicou	trono	espanhol	para	Carlos,	arquiduque	de	Habsburgo,	
neto	do	rei	Filipe	IV	da	Espanha.	Inglaterra	apoia	isso,	com	medo,	claro,	de	uma	
unificação	de	 franceses	e	espanhóis.	Assim	forma-se	a	Grande	Aliança	 (1701):	
Inglaterra,	Holanda,	Império	Austríaco	e	Portugal	x	França	e	Espanha	
Ao	final,	a	aliança	franco-espanhola	saiu	derrotada,	e,	assim,	 firmou-se	o	
Tratado	 de	 Utrecht	 (1713-1714):	 Espanha,	 derrotada,	 renuncia	 qualquer	
pretensão	 ao	 trono	 francês.	 Além	 disso,	 esse	 tratado	 iniciou	 um	 regime	 de	
cooperação	 comercial	 entre	 perdedores	 e	 vencedores.	 Não	 obstante,	 houve	
sanções	 à	 França.	 Utrecht	 ratificará/consolidará	 os	 escritos	 no	 Tratado	 de	
Westifália.	
Geopolítica	pura!!!	Antes	que	se	concretizasse	qualquer	coisa,	agiram!!!	
	
Guerra	dos	7	anos	(1753-1763)	
França	+	Áustria	x	supremacia	britânica	na	América	do	Norte	e	Índia	
Disputas	no	Sacro	Império	Romano	Germânico	
Ascensão	da	Prússia	e	Vitória	Inglesa	
Crise	econômica	na	França	de	Luiz	XV-XVI	
Napoleão	e	a	França	revolucionária:	levée	en	masse	
Jomini,	Clausewitz,	e	a	tríade:	paixão,	sorte	e	razão	
	
	 A	 França	 sairá	muito	 derrotada,	muito	 endividada,	 abrindo	 caminho	 às	
insatisfações	que	culminaram	na	Revolução	Francesa.	
	
1789	–	Estado-Guerra	Nacional	
Napoleão	e	a	França	revolucionária:	levée	en	masse	à	povo	
	
Nesse	 momento,	 volta	 a	 dominar	 no	 campo	 de	 batalha	 as	 batalhas	 de	
aniquilação,	 primórdios	 da	 Guerra	 Total	 –	 Guerra	 Ilimitada.	 A	 Revolução	
Francesa	 será	 marcada	 pelas	 ações	 militares,	 principalmente	 pelas	 ações	 de	
jovens	 militares,	 como	 Napoleão	 Bonaparte.	 Este,	 por	 meio	 de	 manobras,	
buscando	sempre	uma	superioridade	local	para	obter	vantagem,	logrou	êxito	por	
toda	a	Europa.	É	importante	observar	que	houve	grande	recrutamento	do	povo,	
transformando-o	em	exército	(agora	exércitos	franceses	passam	de	mais	de	500	
mil...fato	até	então	impensável,	já	que	girava-se	no	máximo	70,	80	mil	homens).	
Assim,	a	Revolução	Francesa	foi	também	uma	revolução	militar!!!	
	
Os	estudiosos	militares	foram	Jomini	e	Clausewitz.	
	
Jomini	será	o	“fundador	da	estratégia	moderna”.	Estudará	as	táticas	napoleônicas	
e	 buscará	 entender	 a	 guerra	 numa	maneira	 científica,	 buscando	 torná-la	mais	
previsível.	
	
Clausewitz	abordará	a	guerra	também	do	lado	filosófico	(grande	diferença	para	
Jomini).		
Objetivos	primários	da	guerra	
Conquistar	e	destruir	as	FFAA	inimigas	
Apropriar-se	dos	elementos	materiais	de	poder	do	inimigo	
	
Para	isso,	princípios	devem	ser	seguidos:	
1) Empregar	todas	as	forças	disponíveis	com	o	máximo	de	energia;	
2) Concentrar	 as	 forças,	 tanto	 quanto	 possível,	 no	 ponto	 onde	 os	 golpes	
decisivos	devem	ser	desfechados;	
3) Não	 perder	 tempo.	 A	 rapidez	 neutraliza,	 no	 nascedouro,	 as	 ações	 do	
inimigo,	 colocando	a	opinião	pública	a	nosso	 favor	 (mexe-se	no	campo	
mental	inimigo).	A	surpresa	é	o	principal	ingrediente	da	vitória;	
4) Explorar	 o	 êxito	 obtido	 com	 máximo	 de	 energia.	 A	 perseguição	
implacável	é	o	melhor	meio	de	colher	os	frutos	da	vitória.	
	
Ambos	levarão	esses	ensinamentos	providos	das	batalhas	napoleônicas	à	Prussia	
(claro	que	não	interessará	à	monarquia	prussiana	a	“sublevação	do	povo”,	mas	sim	
sua	larga	utilização	nos	conflitos).	
	
	 Entretanto,	 finalmente	 Napoleão	 seria	 derrotado,	 culminando	 no	
Congresso	de	Viena.	
	
P/	entendimento:	
	
	
REV.						Campanha						Egito						Austerlix										Jena															Batalha									Waterloo	
FRA											Itália																								(Nap.	Imperador											Bate	a										x	PRU				x	RUS	
	 	 	 																FRA	x	RUS	x	AUS)								Prússia	
	
	
1789					1796-97									1799										1804														1806							1808							1812						1815	
	
	
05/02/2020	–	Aula	2	
Congresso	de	Viena	e	o	Concerto	Europeu	
A	Pax	Britannica	
As	guerras	de	unificação	alemã	e	italiana	
O	redimensionamento	do	equilíbrio	de	poder	europeu	
	
O	sistema	de	Estados	Europeu	do	Sec	XV	ao	XIX	
A	política	de	equilíbrio	de	poder	inglesa	
As	grandes	potencias	continentais:	RUS,	PRU,	Imp	AUS-HUN	e	FRA	
O	jogo	de	potências	da	Europa	em	1815	
	
Recapitulando	
Sist	internacional:	uma	estrutura?	
Revolução	Militar	(Sec	XV-XVI)	–	“Revolução	dos	assuntos	militares”	
*Medieval	 p/	 moderna	 e	 depois	 de	 napoleão	 (mudança	 na	 forma	 de	 combate,	 de	 exército,	
tamanhos/magnitudes	das	guerras),	era	pré	industrial	p/	industrial,	exércitos	nacionais	
Guerra	dos	Trinta	Anos	e	Tratado	de	Westephalia	
O	Antigo	regime	de	guerras	limitadas:	era	dos	Estados	principescos	(XVII-XVIII)	
Equilíbrio/Balança	 de	 poder:	 coalizões	 constantes	 frente	 a	 projetos	 hegemônicos.	 As	 guerras	 se	 tornam	
frequentes	nos	Sec	XVII	e	XVIII:	por	que	os	Estados	buscam	a	expansão.	
Rev.	Francesa	e	as	guerras	Napoleônicas	(1789-1815)	
A	 Geopolítica	 é	 algo	 constante,	 no	 sentido	 que	 permanece:	 mudam	
estadistas,	sistemas	de	governo	e	de	estado,	mas	a	Geopolítica	ali	está.	
	
	 Nesse	momento,	posição	inglesa	é	vantajosa	para	a	Pax	Britannica:		
- Revolução	Industrial	(XVIII	–	XIX)	
- Maior	Marinha	(maior	do	que	a	soma	de	todas	as	marinhas	do	mundo)	
Essa	Marinha	permitiu	uma	logística	mundial	à	ING.	Permitiu,	até,	a	
não	ter	um	exército	permanente	(usava	o	exército	dos	outros...).	
- Território	não	fazia	fronteira	terrestre	com	outros	em	conflito	“atual”	
- Saiu	vitoriosa	em	Viena	
	
Obs.:	 Apesar	 de,	 pós	 Westfália,	 já	 se	 ter	 uma	 ideia	 de	 uma	 Ordem	 Mundial,	
principalmente	pela	ascensão	da	diplomacia	francesa	(Richelieu),	pós	Viena	essa	
“estrutura”	será	mais	clara.	
	
O	século	XIX	após	1815	
Congresso	de	Viena	e	o	Concerto	Europeu	
A	Pax	britannica	
As	reformas	de	Sharnhorst	e	Clausewitz	na	Prússia	
Guerra	da	Crimeia	(1853-56)	
As	Guerras	de	Unificação	da	Alemanha	e	Itália	
O	problema	alemão:	de	Bimarck	a	Guilherme	II	
	
	 Congresso	de	Viena	e	o	Concerto	Europeu	
Há	 uma	multipolaridade	 funcionando,	 com	 protagonismo	 da	 ING	 (pcp),	
PRU,	 AUS,	 RUS	 e	 FRA	 (apesar	 de	 derrotada	 em	Waterloo),	 com	 outras	 nações	
periféricas	coadjuvando,	formando	um	Concerto	Europeu.	
Nesse	 momento,	 há	 influência	 de	 Maquiavel	 (boas	 leis	 e	 boas	 armas):	
justiça	e	coerção,	uma	formulação	que	Kant	também	identificou	como	necessária	
(no	 caso	 de	 Kant,	 a	 um	 bem	 coletivo)	 em	 “A	 paz	 perpétua”	 Obs.:	 Maquiavel	 é	
realista,	Kant	liberal	(nas	estruturas	das	RI).	
Ou	 seja,	 estava-se	 pensando	 numa	maneira	 de,	 ao	menos,	minimizar	 as	
guerras,	ou	até	evita-las.	Assim,	Poder	e	Justiça	estavam	em	harmonia...	
Equilíbrio	de	poder	à		menos	oportunidades	p/	utilizar	forçaSentimento	de	justiça	à		reduz	desejo	de	utilizar	a	força	
	
Esse	 momento	 será	 o	 1º	 em	 que	 “potencias”	 se	 sentarão,	 num	
multilateralismo,	para	decidir	como	manterão	a	paz	delas	como	Estado	(Obs.:	
Considerando	 esse	 novo	 Sistema	 Internacional),	 segundo	 princípios	 do	
multilateralismo:	equilíbrio	e	transparência.		
Assim,	 após	 Napoleão	 sair	 derrotado	 na	 Rússia,	 formou-se	 uma	 Santa	
Aliança	(Aliança	militar,	almejando	manter	a	ordem	com	base	no	teologismo	e	no	
absolutismo:	 AUS,	 PRU,	 RUS)	 pelo	 equilíbrio,	 de	 modo	 a	 se	 designarem	 uma	
missão	comum.	Dessa	forma,	notou-se	a	importância	de	um	equilíbrio	interno,	
pois	este	influenciaria	a	política	externa.	
Dessa	forma,	é	formada	uma	Confederação	do	Reno,	e	os	300	principados	
da	região	viram	30	à	de	forma	a	manter	um	equilíbrio	de	poder.	
Interessante	notar	o	caráter	diplomático	do	Congresso	de	Viena!!!	
Não	por	bondade,	mas	por	racionalidade,	e	por	necessidade!!!	
	
	
	
A	Pax	britannica	
	 Ficou-se	 evidente	 a	 diplomacia	 pendular	 da	 Grã-Bretanha,	 nunca	
mergulhando	totalmente,	com	ambos	os	pés,	num	acordo....	A	ING,	não	querendo	
se	comprometer,	se	fragilizar,	não	tentará	atuar	isolada	(como	uma	“mantenedora	
isolada	da	paz”).	
	 	
As	reformas	de	Sharnhorst	e	Clausewitz	na	Prússia	
	 Os	prussianos	entenderam	que	uma	força	militar	moderna	necessitava	de	
conscrição.	Nesse	sentido,	a	PRU	fará	reformas	militares	em	decorrência	do	que	
foi	visto	nas	guerras	napoleônicas.		
	 Exemplos	disso	são	a	criação	da	Academia	Militar	de	Berlim	(1810)	e	do	
conceito	de	Estado	Maior	Alemão	(o	1º	Estado	Maior	do	mundo),	uma	estrutura	
focada	na	capacidade	intelectual,	estratégica.	
	
Guerra	da	Crimeia	(1853-56)	
	 Nesse	 período,	 um	 certo	 nacionalismo	 tem	 início	 nos	 territórios	
austríacos...isso	 chama	 atenção	 do	 Kzar	 russo,	 que	 se	 “proclama”	protetor	 de	
todos	os	eslavos,	mas	que	ambicionava	um	território	maior	que	lhe	desse	acesso	
mais	ao	Mediterrâneo.	Assim,	em	que	pese	tenha	se	expandido	para	a	Ásia,	foca	na	
Europa	(melhora	sua	marinha....).	Assim,	nos	Primórdios	do	Pan-Eslavismo,	a	
projeção	russa	nos	estreitos	 (Bósforo	e	Dardanelos,	 territórios	Otomano,	que	
vinha	em	decadência)	ameaçava	os	interesses	britânicos	no	Mediterrâneo.	
	 Num	dado	momento,	a	FRA,	querendo	projetar-se	novamente	num	cenário	
internacional,	 se	 alia	 com	 o	 sultão	 otomano...os	 russos	 sentindo-se	 ofendidos,	
invadem	a	Valacchia.	Essa	invasão	foi	rechaçada	pela	ING,	destruindo	a	frota	russa	
no	mar	negro	(Curiosidade:	The	trooper	do	Iron	Maiden...A	batalha	de	balaclava).		
à	Firmou-se	o	Acordo	de	Paris	(1856)	marcando	o	fim	da	Guerra	da	Crimeia.	Por	
meio	 desse	 acordo,	 presidido	 por	 Napoleão	 III,	 a	 Rússia	 devolvia	 territórios	
invadidos,	assegurou	um	prestígio	francês	no	cenário	europeu,	e	marcou	o	fim	da	
Santa	Aliança.	
	 Nesse	contexto,	a	Áustria	estava	muito	vulnerável:	além	de	estar	no	meio	
de	um	CG	de	batalha,	há	muitos	povos	eslavos	ali	dentro.	
	 Napoleão	III	e	a	tentativa	de	romper	a	Santa	Aliança	e	o	isolamento	da	
França,	 pois	 acha	 que	 a	 FRA	 devia	 ser	 uma	 grande	 potência,	não	 atentando	
muito	a	PRU,	mas	sempre	muito	atento	(e	com	muito	medo)	da	Áustria.	Nesse	
sentido,	influenciará	a	unificação	italiana	almejando	também	a	um	aliado	de	
modo	a	ter	influência	maior	ali,	inclusive	enviando	tropas,	tendo	em	vista	que	a	
Áustria	possuía	tensões	territoriais	com	a	Itália	(Trentino,	.....são	3).	
	
Obs.:	 Napoleão	 III	 achava	 que	 estava	 seguindo	 com	 os	 planos	 de	 Richelieu,	
avocando	 um	 nacionalismo	 italiano,	 mas	 sem	 atentar	 que,	 indiretamente,	
invocava	também	um	nacionalismo	prussiano.	
Mais	uma	vez,	uma	guerra	de	pretexto	religioso	e	intenções	
puramente	estratégicas!!!	
	
As	Guerras	de	Unificação	da	Alemanha	e	Itália	(Italiana,	primeiro)	
Processo	de	“Risorgimento”	de	Roma	à	começou	ao	fim	das	guerr.	Napoleônicas.	
1848,	 ebulição	 nacionalista	 na	 Europa,	 há	 uma	 intensificação	 a	 partir	 de	 uma	
guerra	com	o	Império	austríaco.	
1859:	Apoio	francês	em	troca	de	territórios.	Austríacos	derrotados,	atraindo	mais	
reinos	e	cidades	italianas	para	a	causa.	
Napoleão	III	buscando	romper	a	ordem	de	Viena	e	aumentar	o	status	da	FRA,	ao	
mesmo	tempo	em	que	defendia	uma	ordem	baseada	na	autonomia	nacional,	o	que	
favoreceu	não	apenas	a	unificação	italiana	(desejada	por	ele),	mas	também	a	alemã.	
Napoleão	 III	 visava	 enfraquecer	 a	 Áustria,	 que	 considerava	 a	 maior	 ameaça	
germânica	no	continente.	
Vitor	Emanuell	se	proclama	rei	da	Itália	(1861).	Mas	ainda	levará	algumas	décadas	
para	uma	total	unificação.	
	
As	Guerras	de	Unificação	da	Alemanha	e	Itália	(Alemanha,	agora)	
	 Bismark	começa	pelo	Norte,	em	territórios	da	Dinamarca,	da	França,	no	
Reno,	e,	após,	alguns	austríacos:	não	buscava	anexar	a	Áustria	ou	qqr	outra	nação,	
pois	 não	 almejava	 a	 chamar	 atenção,	 ou	 seja,	 buscava	 guerras	 pontuais.	 É	
importante	dizer	que	a	Alemanha,	então	Prússia,	evoluiu	muito	militarmente	(Fz	
que	recarregava	pela	culatra...)...inicialmente	as	 investidas	eram	relevadas,	pois	
não	buscava-se	uma	guerra,	mas	 a	 partir	 do	momento	que	que	 a	Alemanha	 se	
unifica,	isso	começa	a	se	tornar	um	grande	problema,	pois	a	geopolítica	europeia	
muda.	
	 Interessante	notar	que	Bismark	atua	como	“evitador”	de	uma	guerra...tanto	
que	busca	paz	com	os	vizinhos	e	que	os	vizinhos	 tenham	paz	entre	si	 (por	ex.:	
buscando	paz	entre	austríacos	e	russos	o	tempo	todo	de	forma	a	manter	sempre	a	
RUS	e	a	FRA	separadas).	
	 	
	
07/02/2020	–	Aula	3	
Recapitulando	a	ordem	de	Viena	(1815)	
O	novo	surto	imperialista	
A	segunda	revolução	industrial	(Sec	XVIII)	
O	Império	britânico	(Pax	britânica)	
Ascensão	de	novas	potencias	extra-europeias:	EAU	e	Japão	
Crise	do	sistema	de	poder	europeu:	a	derrocada	de	Viena	(1815)	
	 Imperialismo	e	as	disputas	pelos	espólios	dos	Impérios	decadentes	
A	 “máquina	 política	 do	 apocalipse”	 (Kissinger):	 o	 dilema	 de	 segurança	 alemão	 de	 Bismarck	 a	
Guilherme	II	
A	constituição	de	um	sistema	internacional	
	
	 A	 partir	 de	 alguns	 vetores	 bem	 específicos,	 esse	 sistema	 internacional	
acaba	se	tornando	mundial.	
	
Eixo	central	de	Viena	é	o	EQUILÍBRIO,	a	estabilidade	política	(sobre	o	
regime)	 e	 econômica	 (que	 culmina	 na	 guerra).	 Havia,	 nesse	 sentido	 a	
preocupação	com	a	ordem,	a	ordem	externa,	mas	principalmente	a	ordem	interna.	
Assim,	 no	 Sec	 XIX	 houve	 grandes	 transformações:	 aumento	
populacional,	 exércitos	 nacionais	 (conscrições),	 revolução	 industrial	
(influenciando	 nos	 armamentos,	 no	 poder	 de	 destruição...na	 guerra,	 e	 tb	 no	
trabalho).	
	
	
	
	
O	novo	surto	imperialista	
Relação	 centro-periferia:	 “Em	1800	os	 europeus	ocupavam	ou	 controlavam	35%	da	 superfície	 terrestre;	 em	
1878,	esse	número	tinha	aumentado	para	67%	e	em	1914,	para	84%”	(Kennedy	149)	
O	império	britânico	e	a	formação	do	mundo	moderno	(Ferguson)	
Conferência	de	Berlim	–	A	partilha	das	periferias	do	sistema	
A	guerra	não	desaparece,	apesar	de	Viena	(1815):	ela	se	torna	pontual	no	centro	e	intensa	na	periferia	
	
O	surto	imperialista	foi	o	fio	condutor	da	globalização.	Nesse	sentido,	havia	
os	países	centrais,	no	eixo	europeu,	que	influenciavam	e	mudavam	o	mundo.		
No	início	do	Sec.	XIX,	a	ING	era	a	principal	potência	influenciadora....	
	 A	 conferência	 de	 Berlim	 marcou	 o	 globo	 pela	 partilha	 de	 diversas	
regiões,	principalmente	entre	ING,	FRA	POR,	ALE,	ESP,	ITA	e	BEL	na	África.	Esse	
imperialismo,	 em	 tese,	 causou	 estresses,	 pois	 fez	 pressão	 (exógena)	 para	 o	
surgimento	de	países,	ao	invés	de	“respeitar”	um	processo	natural	(endógeno).	
	
A	segunda	revolução	industrial	(Sec	XVIII)	
Novas	armas	e	o	impacto	no	campo	de	batalha	
As	estradas	de	ferro,	telégrafo	e	a	integração	dos	territórios	–	Segunda	fase	da	globalização	
A	rápida	assimetria	de	poder	entre	centro	e	periferia	catalisada	pela	Rev.	Industrial	(Kennedy)	
A	estrada	para	a	guerra	total:	povo	+	aço	+	comunicações	
	
	 Todo	esse	sistema	encaminha	para	os	aspectosdo	povo	(pcp	sua	entrada	
em	 massa	 nas	 guerras),	 o	 aço	 (representando	 o	 desenvolvimento	 prático	 da	
evolução	 industrial	 e	 as	 comunicações	 (permitidas	 devido	 a	 um	 processo	 de	
globalização	surgido	após	a	o	nascimento	desse	sistema	internacional).	
	 Assim,	ultrapassa-se	a	guerra	limitada,	a	ilimitada	(onde	se	pode	usar	toda	
a	força)	para	se	chagar	a	guerra	total	(onde	você	terá	toda	uma	sociedade	envolta	
nisso).	
	
O	Império	Britânico	
Império	Global	(Kennedy	151)	
Primeira	potencia	industrial	
	 “Entre	 1760-1830	 o	 Reino	 Unido	 foi	 responsável	 por	 2/3	 do	 crescimento	 industrial	 da	 Europa”	
(Kennedy	150)	
	
Uma	potência	“sem	exército”?	(Kennedy	153)	
A	defesa	é	um	“passivo”	(Adam	Smith)	
Potência	naval	(Kennedy	153)	
As	debilidades	potenciais	inglesas	(Kennedy	156-1570)	
	
	 Uma	questão	geopolítica	(ING	é	insular)	fez	a	ING	ter	uma	frota	naval	muito	
robusta,	 portanto	 uma	 potência	 naval.	 Não	 possuía	 exército	 permanente	
considerável	 em	 relação	 a	 outras	 grandes	 potências.	 Contudo,	 as	 estruturas	
construídas	 pelo	 governo	 britânico	 no	 Sec	 XIX	 (interna,	 com	 a	 revolução	
industrial,	 o	 próprio	 crescimento	 pós	 guerra	 civil	 (Revolução	 Gloriosa)...)	
permitiram	 consolidar	 todo	 seu	 poderio	 logístico,	 que	 traz	 muita	 riqueza	 a	
Londres	e	proporciona	a	ING	agir	dessa	forma,	“sem	exército”	(ou	com	exército	
em	potência)	atuando	sempre	pontualmente.	
	 Nessa	época,	inclusive,	liberais	ingleses,	como	Adam	Smith	viam	na	defesa	
um	“passivo”,	sempre	almejando	ao	máximo	o	lucro.		
	 Assim,	nesse	momento	(Sec	XIX),	a	 ING	era	a	maior	potencia	do	mundo,	
sendo	 inclusive	 responsável	 por	 parte	 do	 crescimento	 industrial	 da	 Europa.	
Importante	dizer	que	é	importante	que	isso	ocorra!	Ser	o	único	forte	no	local	não	
faz	com	que	um	todo	evolua	e	você	acaba	se	tornando	obsoleto,	ou	menos	forte	do	
que	aqueles	em	constante	competição.	
	
Ascensão	de	novas	potencias	extra-europeias	(EUA	primeiro)	
Estados	Unidos	
	 1776	e	a	“excepcionalidade”	americana	
	 Expansão	
	 Guerra	Civil	(1861	–	65)	
Consolidação	do	território:	conquista	do	Oeste	(início	Sec.	XIX)	e	Guerras	com	o	México	
	 Doutrina	Monroe	
	 Expansão	do	pacífico	
	 1917-1945:	do	isolacionismo	ao	centro	do	sistema	mundial	
	
	 Na	época	de	Westfália,	EUA	ainda	não	eram	organizados.	Só	em	1776	há	a	
declaração	 de	 independência	 norte-americana.	 Contudo,	 o	 sentimento	 de	
freedom,	 o	 sentimento	 de	 liberdade,	 por	 conseguinte	 o	 de	 espírito	 de	 corpo,	
incorporam-se	 aos	 americanos	 na	 disputa	 contra	 os	 ingleses...esse	 embrião	 de	
patriotismo	evolui	no	sentido	de	uma	“excepcionalidade”.	
	 Daí,	temos	os	EUA	já	pacificado,	consolidado	agora	preocupando-se	com	
os	americanos	mesmos,	consigo	mesmos.	Daí	a	importância	da	Doutrina	Monroe,	
com	a	“América	para	os	americano”.	
	 Após,	 concomitante	 a	 sua	 industrialização,	 começam	 a	 projetar	 sua	
influência.	Primeiramente	no	Pacífico	(até	pq	no	Atlântico	havia	a	influência	ING	e	
FRA).	Até	que	os	EUA	chegam	ao	Japão,	e	os	“obrigam”	a	abrir	seus	portos.	
	
Japão	
	 Impactos	das	guerras	do	ópio	na	Ásia:	abertura	da	China	
Do	isolamento	à	abertura:	Mathew	Perry	
	
Império	do	sol	nascente	
	
	 Rapidamente	 o	 Japão	 vai	 de	 uma	 colônia	 a	 potencia	 econômica	 e,	
posteriormente,	militar,	como	se	vê	na	2ªGM.	
	
Crise	do	sistema	de	poder	europeu	
A	derrocada	de	Viena	(1815)	
Imperialismo;	derrocada	dos	Impérios	Austríaco	e	Turco	–	desequilíbrio	
A	“máquina	política	do	apocalipse”(Kissinger):	o	dilema	de	segurança	alemão	de	Bismarck	a	Guilherme	II	
Conferência	 deBerlim	 (1883-1884):	 disputas	 por	 territórios	 novos	 e	 pelos	 espólios	 dos	 velhos	 impérios	 gera	
desequilíbrio	entre	as	potencias	
Influência	russa	nos	bálcãs.	
	
O	imperialismo	sempre	muito	importante	para	a	corrida	armamentista.		
Se	 a	 guerra	 da	Crimeia	 foi	 um	 descompasso,	 já	mostrava	 algo,	 ao	menos	 da	
intenção	russa	nos	territórios	próximos	ao	Mediterrâneo.	
	
Bismarck	 sempre	 tentando	manter	 a	 diplomacia	 entre	 RUS,	 AUS	 e	 ALE,	
sempre	almejando	a	manter	a	FRA	isolada.	Além	disso,	sempre	buscou	manter	a	
ING	 calma,	 não	 realizando	 fomentos	 excessivos	 militares,	 principalmente	 em	
relação	à	marinha.	Ademais,	buscava	a	manutenção	da	paz	da	RUS	e	da	AUS.	
	 Entretanto,	 quando	 o	 Kaiser	 o	 demite	 e	 chama	 para	 si	 as	 decisões	
diplomáticas/estratégicas	 da	 ALE,	 começa	 a	 se	 dirigir	 exatamente	 para	 o	 lado	
contrário.	
	 Assim,	 há	 uma	 derrocada	 de	 Viena	 e	 do	 concerto	 europeu;	 há	 um	
crescimento	de	uma	corrida	armamentista	e	uma	evolução	de	um	desequilíbrio	
na	Europa.	Pode-se	observar	isso	por	essas	datas:	
	
1871	–	Unificação	
1873	–	Liga	dos	três	imperadores:	RUS,	AUS	e	ALE	(iniciativa	de	Bismarck	para	
manter	 FRA	 isolada	 na	 Europa.	 (russia	 que	 estava	 interessada	 em	 vários	
territórios	da	AUS)	
1877-1878:	Guerra	Russo-Turca	–	Tratado	de	Berlim	
1881:	União	dos	3	imperadores:	nova	tentativa	de	Bismarck	
1887:	Tratado	de	resseguro:	Alemanha	e	Rússia	concordavam	manter-se	neutras	
caso	uma	delas	se	envolvesse	em	guerra.	
1890:	demissão	de	Bismarck	e	Guilherme	II	abandona	o	tratado	
1892:	formação	da	Aliança	Franco-Russa	
ALEMANHA	dá	início	a	um	pretencioso	projeto	naval	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
10/02/2020	–	Aula	4	
Causas	da	Grande	Guerra	
Formação	da	1ª	Guerra	Total	
1917	e	seu	significado	para	as	Relações	Internacionais	
Legado	da	WWI	no	campo	de	batalha	–	revolução	militar	
Legado	da	WWI	nas	RI	–	A	ordem	de	Versalhes	
	
Causas	da	Grande	Guerra	
O	desgaste	da	Ordem	de	Viena	
Ascensão	de	novas	potencias	e	a	corrida	armamentista	na	Europa	
A	corrida	imperialista	
A	“mundialização”	do	Sistema	Internacional	
	
Assim,	havia	uma	estabilidade	na	região	e	uma	intenção	da	manutenção	de	
um	statusquo	na	região.		
Entretanto,	as	ideias	nacionalistas	vingaram	(lembrar	de	Napoleão	III)	e,	
em	1848,	houve	a	1ª	unificação	alemã.	 Isso	 já	 foi	um	 fator	de	peso	desgaste	à	
ordem	 de	 Viena,	 principalmente	 porque	 causa	 um	 desbalanço	 na	 ordem	 de	
Viena.	 (em	 que	 pese	 a	 instabilidade	 ocorrida	 entre	 FRA	 e	 ALE	 sobre	 a	 guerra	
Franco-Prussiana	em	1871).	Entretanto,	o	concerto	Europeu,	que	talvez	 tivesse	
tido	seu	ápice	com	as	relações	feitas	por	Bismarck	entre	ALE	e	RUS	e	ALE,	ITA	e	
AUS-HUNG.	Contudo,	Bismarck	sai	do	governo	alemão.		
	 Em	verdade,	a	ALE	sentia-se	encurralada,	e	via	como	inevitável	que	cedo	
ou	 tarde	 houvesse	 uma	 coalisão	 de	 esforços	 contra	 ela.	 Nesse	 sentido,	 pós	
Bismarck,	a	ALE	adotará	ações	mais	ofensivas.	(Ora,	se	vai	acontecer...que	eu	tome	
logo	 a	 iniciativa....).	 Assim,	 a	 ALE	 adota	 pretensões	 geopolíticas	 no	 continente	
europeu	(em	detrimento	de	uma	geopolítica	colonial	externa	à	Europa),	de	modo	
que	a	ALE	tivesse	uma	posição	distinta	na	geopolítica.	
	 Para	isso,	o	governo	alemão	influenciou-se	muito	nas	ideias	de	Mackinder,	
que	dizia	que	a	RUS	seria	o	CG	da	geopolítica	mundial,	pois	quem	o	controlasse,	
controlaria	 a	 Europa,	 as	 terras	 do	 mediterrâneo,	 as	 terras	 orientais	 e,	 por	
conseguinte,	o	mundo.	
	 	
Formação	da	primeira	guerra	total	
Ascensão	das	Massas	
Conscrição	
Revolução	Industrial	–	impactos	no	campo	de	batalha	
	 Devido	à	Rev.	 Industrial,	o	povo	sai	do	campo	e	migra	para	a	cidade,	de	
forma	que	o	povo	começa	a	ser	um	ator	presente	na	sociedade,	por	conseguinte	
ganha	 importância	no	cenário	nacional,	 tanto	no	militar	quanto	no	político.	Ou	
seja,	há	uma	ascensão	das	Massas.	Ademais,	a	conscrição	como	método,	iniciada	
pelos	franceses,	foi	incorporada	pelos	Prussianos.	
	 Tudo	 isso	 só	 foi	possível	devido	a	própria	ascensão	do	Estado	Moderno	
Nacional,	com	toda	sua	magnitude	e	burocracia	complexa.	Ou	seja,	a	combinação	
do	 povo	 (com	 nacionalismo)	 +	 a	 conscrição	 +	 a	 revolução	 industrial	 aliada	 à	
complexa	burocracia	estatal....tudo	isso	possibilitará	a	existência	de	uma	guerra	
de	tamanho	nunca	dantes	visto.	Ou	seja,	desde	a	utilização	do	povo	como	arma	
para	 uma	 ideologia	 passada	 à	 sociedade	 pormeio	 das	 várias	 ramificações	 do	
Estado	até	a	utilização	de	uma	cadeia	logística	abismal....tudo	isso	só	foi	possível	
devido	o	surgimento	dos	Estados	Modernos	Nacionais.	
	
O	desenvolvimento	dos	rifles,	da	metralhadora,	logo	o	aumento	do	poder	de	fogo	da	infantaria	à	dispensou	
a	coesão	das	fileiras	ocasionando	à	mudanças	táticas	e	operacionais	profundas.	
Artilharia	de	retrocarga	e	a	Shrapnel	
As	ferrovias	e	o	telégrafo	à	aumentaram	o	alcance	estratégico	dos	exércitos	
Inovação	na	produçãoo	de	alimentos	em	conserva	à	trouxeram	novos	horizontes	logísticos.	
Isso	tudo	só	foi	possível	devido	à	Revolução	Industrial!!!!	
	
	
Fracasso	 do	 Plano	 Schlieffen:	 “corrida	 para	 o	mar”	 (plano	 pensado	 20	 anos	 antes	 da	 guerra...era	 uma	 das	
hipóteses	de	emprego)	
Guerra	 de	 trincheiras:	 o	 aumento	 da	 mobilidade	 não	 acompanhou	 o	 aumento	 do	 poder	 de	 fogo.	 Assim	à	
dificuldade	de	obter	uma	brecha,	de	aproveitar	o	êxito.	
Necessidade	de	se	obter	mobilidade	(e	mais	poder	de	fogo	coordenado)	tornou-se	um	objeto	de	grande	reflexão,	
assim	como	a	necessidade	de	meios	de	comunicação	
As	tropas	passaram	a	se	fixar	no	terreno:	o	poder	de	fogo	aumentou,	mas	a	mobilidade	não.	Logo,	havia	uma	
enorme	quantidade	de	 fogo	sobre	as	 tropas,	 sem	que	elas	pudessem	se	desviar	disso.	Assim,	era	muito	difícil	
ultrapassar	os	objetivos.	Logo	à	tropas	se	fixavam	muito.	
	 Vale	ressaltar	que	essa	dificuldade/necessidade	de	encontrar	brecha	vai	
acarretando	 um	 aumento	 das	 trincheiras,	 chegando	 até	 o	 canal	 da	 mancha:	
corrida	para	o	mar.	
Obs.:	Nessa	época	(1914),	o	Czar	russo	era	 impopular,	mesmo	assim	entrou	na	
guerra.	Dessa	forma,	as	próprias	forças	militares	russas	começam	a	debandar	em	
direção	 à	 revolução.	 Posteriormente,	 ALE	 e	 RUS	 firmam	 acordo	 para	 retirada	
russa	da	guerra.	Mesmo	assim,	o	czar	não	conseguiu	se	manter	(1917).	
	 A	guerra	de	trincheiras	fez	os	contendores	pensarem	em	uma	maneira	de	
se	conseguir	mobilidade	com	poder	de	fogo:	criou-se	o	blindado/carro	de	combate	
(1916).	ALE	e	FRA	começam	a	utilizá-los	largamente.	
	
1917	e	seu	significado	paras	as	RI	
RUS	e	o	equilíbrio	europeu	
A	Guerra	na	frente	Oriental	
A	Guerra	submarina	alemã	
A	entrada	dos	EUA	na	guerra	
	
	 Com	a	saída	da	RUS	da	guerra	para	resolver	seus	problemas	internos,	o	o	
equilíbrio	europeu	é	fragilizado...o	balanço	da	guerra	pende:	a	frente	oriental	
da	1ªGM	já	não	preocupa	mais	a	ALE.	Contudo,	para	infelicidade	alemã,	os	EUA	
entram	na	guerra	em	1917.	Ressalta-se	que	no	meio	político-diplomático	norte-
americano	já	se	via	com	maus	olhos	uma	hegemonia	alemã	na	Europa.	Mas	isso	
não	era	suficiente	para	os	EUA	entrarem	na	guerra.	Assim,	o	ponto	crucial	para	
isso	foi	a	guerra	submarina	alemã.	Isso	foi	utilizado	para	comoção	popular	(olha	
lá	o	Império	Alemão	fazendo	confusão	contra	a	paz....olha	lá	eles	criando	guerra,	
gerando	 impasses...pra	 que	 essa	 vontade	 toda	 de	 se	 unificar	 anexando	 tanto	
território?)	
	 Devido	 à	 alta/rápida	mobilização/prontidão	 americana,	 a	 balança	 agora	
pende	para	o	lado	da	Tríplice	Entente.		
	
Inovações	táticas	e	o	retorno	à	mobilidade	(1918)	
Severas	modificações	táticas	pelos	alemães	
Novas	táticas	de	Artilharia:	bombardeios	de	curta	duração	e	concentrados.	Ao	 invés	de	alvos	de	área,	agora	
engajariam	alvos	mais	pontuais.	
Substituição	do	tradicional	avanço	linear	da	infantaria	por	unidades	de	assalto	
Novos	meios	de	reconhecimento	(ações	de	recon....,	de	cmdo....)	
Penetração	das	posições	inimigas,	evitando	os	tradicionais	combates	de	atrito	frontais	
Deliberação	de	livre	iniciativa	aos	oficiais	de	menor	patente	(Tarefa	pelo	efeito	desejado)	
Lembrar	que	a	ALE	foi	a	primeira	nação	a	ter	uma	escola	voltada	somente	
para	a	guerra!!!	Isso	tornou	possível	muitas	inovações.	
	
	
	
	
	
Fim	Guerra	(11/18)	–	Legado	da	1ªGM	no	campo	de	batalha:	Revolução	Militar	
	
Poder	Aéreo	
Estratégico	
Tático	
	
	
Motomecanização	
Grã-Bretanha	
França	
Rússia	
Alemanha
	
Poder	Aéreo	
Avião,	 inicialmente	utilizado	para	 reconhecimento,	 agora	utilizado	 tanto	
para	fins	estratégicos	(p/	bater	alvos	estratégicos,	mais	profundos)	quanto	para	
táticos	(apoio	às	tropas,	oferece	mais	 flexibilidade	e	causa	danos	psicológicos	à	
defesa	inimiga).	
Assim,	começou-se	a	focar	bastante	no	aspecto	estratégico	do	avião:	o	avião	
seria	capaz	de	decidir	a	guerra?	
Países	 que	 desenvolveram	uma	Força	Aérea	 para	 fins	 estratégicos:	 ING,	
EUA.	A	ALE	e	a	RUS	fizeram	uma	voltada	mais	para	o	campo	tático.	Isso	pode	ser	
observado	nas	 investidas	 alemãs	 ao	 território	 inglês:	 não	 conseguiam	alcançar	
objetivos	 profundos,	 mal	 chegavam	 ao	 litoral	 e	 já	 voltavam,	 ou	 seja,	 não	 se	
conseguia	projetar	a	força	a	fundo.	
	
Motomecanização	
Discussão	entre	guerras:	Como	devolver	à	infantaria	o	poder	de	penetração	
Maioria	das	formulações	táticas	legava	ao	blindado	o	papel	de	instrumentalizar	
divisões	de	infantaria	na	ofensiva	à	limitação	da	infantaria	(???)	
	
Na	Grã-Bretanha:	
Sua	 posição	 insular	 fez	 a	 ING	 adotar	 novamente	 uma	 posição	 distante	 dos	
problemas	europeus.	
Prioridades:	Royal	Navy	e	RAF.		
Exército	seria	para	política	nacional	
Sentimento	antibelicista	(na	FRA	também)	à	muitos	anos	envolvidos	em	guerra	
Cultura	regimental	
	
Na	França	
De	 Gaulle	 defende	 a	 criação	 de	 um	 “exército	 de	 choque”	 profissional	 e	
mecanizado,	composto	na	maioria	por	divisões	blindadas,	focadas	em	doutrinas	
de	mobilidade.	
	
Na	URSS	
Formação	dos	Corpos	Mecanizados	
Tratado	de	Rapallo	(RUS	e	ALE)	
Instituíram	a	1ª	escola	de	blindados	
Expurgos	e	dissolução	dos	Corpos	Mecanizados	
	
	 URSS	e	ALE	fazem	um	acordo	(Tratado	de	Rapallo).	Não	é	de	se	estranhar	
isso,	 já	 que,	 após	 a	 1ªGM,	 ambos	 estavam	 fora	 da	 ordem	mundial.	 Assim,	 em	
primeira	hora,	soviéticos	e	alemães	fazem	um	acordo	para	treinamento	de	suas	
tropas	(ou	seja,	de	forma	que	não	ficasses	de	à	garra.	Além	disso,	a	RUS	poderia	
reconhecer	parte	do	território	alemão	assim)	
	 Salienta-se	as	mortes	de	muitos	oficiais,	pcp	daqueles	do	Exército	Branco,	
devido	 a	 uma	 paranoia	 revolucionária	 Stalinista.	 Um	 dos	 mortos	 foi	
Tuchachevsky,	o	criador	da	formação	dos	corpos	mecanizados.	Assim,	devido	
a	um	medo	constante	de	 seus	 sucessores	em	 levar	a	 cabo	as	 ideias	dos	 corpos	
mecanizados	 de	 seu	 antecessor,	 houve	 uma	 dissolução	 dos	 corpos	
mecanizados.	
	
Na	Alemanha	
Dilema	estratégico	devido	à	condição	geopolítica	alemã	à	revanchismo	
Viu-se	a	necessidade	de	vitórias	rápidas,	utilizando	grande	mobilidade	
Após	a	Batalha	de	Somme:	produziram	novos	blindados,	melhores	
General	 Hans	 von	 Seeckt	 aposta	 nos	 oficiais	 do	 Estado	 Maior	 ao	 invés	 dos	
veteranos	
Foco:	estudar	e	analisar	profundamente	a	1ªGM	
Apoio	de	Hitler	às	Divisões	Pantzer	
Revanchismo	
	
Alemanha	sai	constrangida,	devido	ao	Tratado	de	Versalhes	(proibidos	de	fabricar	
muitas	máquinas	de	guerra,	obrigados	a	 reduzir	 seu	exército,	perda	de	 regiões	
industriais	 importantes	 no	 vale	 do	 Rhur:	 Alsácia	 e	 Lorena)	à	 obrigou	 a	 uma	
seleção	dos	melhores	militares	para	continuarem	nas	FFAA	da	ALE	à	investiu-se	
no	cognitivo.	Ademais,	causou	um	sentimento	de	revanchismo.	
Ou	seja,	os	vencedores	saem	da	batalha	sem	motivos	para	novas	guerras,	já	a	ALE	
sai	com	todos	os	motivos	para	uma.	
Assim,	 começou-se	 a	 pensar	 no	 porquê	 do	 Plano	 Schiflen	 não	 ter	 dado	 certo,	
utilizando-se	de	estudos	de	um	estado	maior,	criado	exatamente	para	esse	fim	
	
Legado	da	1ªGM	–	A	ordem	de	Versalhes	
Um	Sistema	Internacional	mundial	
O	fim	dos	impérios	multinacionais	
A	diplomacia	norte-americana	em	choque	com	a	Realpolitik	(aquele	meio	de	dividir	teritórios	na	régua	
	 14	pontos	de	Wilson	(fim	da	diplomacia	secreta...vamos	criar	um	local	p/	as	nações	dialogarem:	
	 Liga	das	nações	
O	Tratado	de	Versalhes	
	
	 Entrada	 dos	 EUA	no	 contexto	 da	 ordem	mundial	à	 há	 um	novo	 fiel	 da	
balança	 para	 o	 equilíbrio	 europeu,	 antes	 personificado	 pela	 ING.	 Assim,	 no	
Tratado	de	Versalhes,	os	EUA	darão	as	cartas,mesmo	com	os	países	europeus	com	
algumas	vontades	divergentes	(ex.:	vontade	de	dividir	a	ALE	toda	novamente,	mas	
com	 os	 EUA	 buscando	 diplomacia),	 ou	 seja,	 a	 diplomacia	 norte-americana	
conflita	com	a	Realpolitik	
	 Assim,	ressalta-se	que	houve	dificuldades	de	se	fazer	as	Ligas	das	Nações:	
o	parlamento	inglês	não	permite	a	entrada	da	ING	nessa	liga.	Os	EUA	também	não	
entram,	 mesmo	 a	 criação	 da	 Liga	 tendo	 sido	 sua	 ideia.	 Em	 verdade,	 há	 três	
correntes	nos	EUA:	1)	EUA	devem	se	isolar;	2)	EUA	devem	se	inserir	no	contexto	
europeu	 das	 Ligas;	 e	 3)	 EUA	 devem	 colocar	 à	 frente	 sua	 geopolítica,	 sua	
Realpolitik.	
	 Ressalta-se	 que	 a	 ameaça	 alemã	 pós	 1ªGM	 era	 muito	 maior	 do	 que	 a	
francesa	pós	Viena.	Por	isso	as	imposições	a	ALE	foram	tão	pesadas.	
	 Por	 fim,	 a	 ordem	 de	 Versalhes	 ratifica	 os	 Estados	 Nacionais,	 a	
autodeterminação	 dos	 povos	 (determinação	 da	 sociedade	 a	 que	 Estado	 quer	
pertencer).	
	 Interessante	ver,	então,	que	pós	Versalhes	há	uma	proliferação	de	Estados	
Nacionais	 na	 parte	 oriental	 europeia,	 já	 com	 alguma	 intenção	 de	 conter	 os	
soviéticos,	o	que	Churchil,	na	2ªGM,	chamará	de	cordão	sanitário.	
O	nacionalismo,	a	autodeterminação	dos	povos,	o	mérito	geopolítico	do	
equilíbrio	de	poder	contrasta	com	a	Realpolitik!!!	
	
Década	de	1920	
Tratado	de	Washington	(1922):	EUA	+	ING	+	JAP	+	FRA	+ITA	(5531)	
As	potencias	revisionistas:	ALE	e	URSS	
Tratado	de	Rapallo	(1922)	
A	transferência	de	hegemonia	da	ING	p/	EUA	
	
	 Por	 meio	 do	 Tratado	 de	 Washington,	 a	 ING	 entende	 a	 necessidade	 de	
admitir	 a	 presença	 norte-americana	 na	 geopolítica	 mundial,	 pcp	 europeia.	 Os	
termos	 “impostos”	 pelos	 norte-americanos	 tiveram	 que	 ser	 aceitos,	 mas	 é	
importante	dizer	que	o	3	causou	certa	indignação	nos	JAP.	
	
Guerra	Total	
Economia	de	guerra:	episódio	da	“crise	de	munições”	
Guerra	Nacional	
1ªGM:	mais	baixas	do	que	em	todas	as	guerras	anteriores	somadas	
Ideologia	e	o	jogo	dos	Estados	nacionais:	comunismo,	nazi-fascismo	e	democracia	
Por	que	a	guerra?	O	surgimento	do	debate	das	Relações	Internacionais.	
	
Woodrow	Wilson	preocupado	em	como	 lidar	com	a	guerra	 total	e	os	europeus	
preocupados	em	não	tomar	na	raba	dos	alemães.	
	
	
	
	
	
	
	
	
12/02/2020	–	Aula	5	
O	surgimento	do	campo	das	RI	–	1919:	Por	que	a	Guerra?	
	 O	que	é	a	guerra?	A	guerra	enquanto	fenômeno	político	-	Clausewitz	
	 Guerra	e	Paz	
Guerra	Total	(1914-1945)	-	Ilimitada	
	 De	instrumento	político	a	crime	internacional	(Guerra	de	agressão)	
	 MAD	(1949-?)	
	
	 Cem	anos	depois,	a	pergunta	persiste	
	 Novas	ameaças	
	
	 Nunca	havia	ocorrido	uma	guerra	dessa	maneira	(milhões	de	mortos,	alto	
poder	de	destruição...).	Dessa	forma,	entendeu-se	que	devia-se	buscar	uma	forma	
de	que	isso	não	ocorresse	novamente.	
	 Contudo,	 há	 um	 paradoxo:	 somente	 esse	 tipo	 de	 guerra	 garantiria	 uma	
forma	de	paz	duradoura.	Os	mesmos	Estados	capazes	de	guerrearem	de	tal	forma	
violenta	 são	 aqueles	 que	 possibilitam	 a	 concretização	 de	 tratados	 de	 paz	
duradouros.	Por	outro	lado,	aqueles	Estados,	garantidores	da	segurança	(por	meio	
de	sua	capacidade	bélica)	são	capazes	de	fazer	guerra,	afetando	a	segurança.	Ou	
seja,	o	aumento	dos	mecanismos	de	guerra	estão	diretamente	relacionados	com	a	
capacidade	de	manutenção	da	paz	(Ora,	se	todos	têm	armas	nucleares,	ninguém	
ataca	ninguém)	e	vice-versa.	
	 Assim,	 as	 Relações	 Internacionais,	 entendendo	 isso	 (essa	 falha	 na	
Realpolitik)		foca	seus	estudos	na	manutenção	da	paz.	Mas	sem	esquecer	que	a	
guerra	 é	 senão	 uma	 ação	 política.	 Por	 outro	 lado,	 já	 se	 tinha,	 nessa	 época,	 o	
entendimento	de	que	a	guerra	 também	pode	ser	um	crime;	 como	por	exemplo	
ocorre	na	invasão	alemã	Polônia.	
	
Obs.:	 Já	pensava-se	na	guerra	como	realmente	um	fator	político,	não	como	algo	
estúpido,	irracional,	mas	sim	a	uma	coisa	racional,	política.	Dessa	forma,	percebe-
se	que	Clausewitz	pensava	dessa	 forma:	 tenta	estudar	a	guerra,	observando	as	
ações	napoleônicas,	de	forma	a	legitimá-la.	Assim,	“A	guerra	é	a	política	por	outros	
meios”.	
	 	 	
	 	
	 Contudo,	 atualmente	 observamos	 novas	 ameaças,	 mais	 difusas,	
descentralizadas,	informais,	as	quais	trouxeram	muitas	outras	variáveis	para	os	
estudos	estratégicos,	por	conseguinte	aumentando	a	complexidade	das	relações	
políticas	externas:	como	fazer	um	acordo	com	Narcotráfico?	Com	Terrorismo?	
	 Nesse	contexto,	vivemos	numa	era	de	altas	capacidades	de	destruição,	de	
MAD	(Mutual	Assured	Destruction).	
	
Assim,	por	que	estudar	RI?	
	 Sistema	de	Estados,	natureza	e	consequências	das	relações	entre	eles	
	 As	RI	na	vida	cotidiana:	o	indivíduo	e	o(s)	Estado(s):	cinco	valores	básicos:	
	 	 Segurança,	Ordem,	Liberdade,	Justiça	e	Bem-Estar	
	 	 Paradoxo	dilema	de	segurança	
	 	 Não	podemos	ser	livres	até	que	nosso	país	assim	o	seja	
	
	 Estudar	 as	 relações	 entre	 Estados,	 seus	 desenvolvimentos,	 os	
desdobramentos	 diplomáticos	 no	 Sistema	 Internacional,	mas	 sem	 deixar	 de	 se	
preocupar	com	a	segurança	de	cada	indivíduo	(assume	um	caráter	humanitário),	
sua	 liberdade	 e	 bem-estar,	 observando	 a	 ordem	 social	 proveniente	 da	
segurança	e	a	justiça	advinda	dessa	ordenação	aliada	à	liberdade,	produzindo	um	
bem-estar.	
	 	
Breve	descrição	histórica	do	sistema	de	Estados	(1648-2011)		
*2011:	vários	acontecimentos	importantes	no	mundo...oriente	médio,	primavera	
árabe....Foi	só	um	exemplo	de	data.	
	
Globalização		e	o	sistema	de	Estado	
	 Imperialismo	
	 Interdependência	
	
	 São	 os	 fatores	 que	 unirão	 os	 Estados	 numa	 expansão	 do	 sistema	
internacional.	 Através	 do	 imperialismo	 que	 o	 conceito	 de	 soberania	 serão	
exportados	para	 fora	da	Europa.	Esse	processo	de	ampliação,	possibilitado	por	
pactos	 coloniais,	 acarretando	uma	 interdependência	 entre	 os	Estados,	 não	 só	
entre	Estados	soberanos,	mas	também	entre	metrópoles	e	colônias.	
	 Contudo,	 pós	 grandes	 guerras,	 os	 regimes	 autocráticos	 perderam	 sua	
legitimidade,	 gerando	 consequências	 pelo	 globo:	A	 luta	 pela	 democracia	 e	 a	
queda	da	tirania.	No	Brasil,	por	exemplo,	Vargas	cai.		
	
	 Se,	no	pós	1ªGM,	a	pergunta	“Por	que	a	guerra”	era	dramática,	pós	2ªGM	
torna-se	ainda	mais:	o	imperialismo	e	a	expansão	do	poder	dos	Estados	fez	muitos	
estragos	 (Holocausto,	 povos	 dizimados...).	 Isso	 trouxe	muitas	reflexões:	 agora	
muito	focadas	no	indivíduos.	Ou	seja,	assume-se	um	caráter	humanitário,	de	
dignidade	humana	nas	políticas	internacionais...Daí	a	criação	de	instrumentos	que	
freiem	ações	tão	bárbaras:	instituições	como	a	ONU.	
	
	
Primórdios	e	elementos	nucleares	do	campo:	primeiro	debate	
	 Liberalismo/Idealismo	–	primórdio	das	RI:	
	 	 Contexto:	fim	da	1ªGM	
	 	 Kant	->	Angel	->	Wilson	
	 	 Contradições	
	 	 	
	 A	resposta	Realista:	“20	anos	de	crise”	
	 	 Contexto:	fracasso	das	Ligas	das	Nações,	nazo-fascismo	
	 	 Carr	e	Morgenthau:	conflito	
A	medida	da	análise	é	a	natureza	humana:	Homem	egoísta	->	Estado	egoísta	->	balança	
de	Poder	
	
	 Norman	 Angel	 bebe	 no	 princípio	 da	 paz	 perpétua:	 prova,	 até	
matematicamente	 o	 bizuleu	 da	 guerra.	 Contudo	 não	 segue	 a	 paz	 perpétua	 no	
método:	logo,	ignora	ou	minimiza	a	importância	do	exército.	Já	Kant	entende	que	
exércitos	são	fundamentais	(bons	princípios	(boas	leis),	boas	armas).	Assim	Kant	
é	mais	realista	e	Angel	mais	idealista.	
	 Carr	 reconhece	 o	 poder	 de	 influência	 da	 variável	 de	 Angel	 (os	 laços	
diplomáticos),	reconhece	sua	importância	para	a	o	afastamento	da	guerra.....	
Morgenthau,	por	meio	da	Política	das	Nações	explicará	essas	relações	que	
geram	conflito	e	suas	causas.	
Estão	todos	querendo	entender	a	natureza	das	coisas!!!	
	
Percepção	Realista:	não	tem	como	acabar	com	a	guerra,	o	máximo	que	se	pode	ter	
é	pouca	guerra,	 ou	 conflitos	 controlados	 (Ora,	 se	o	homem	é	egoísta	 ->	Estado	
egoísta	->	penderá	a	balança	de	poder	de	forma	a	sempre	ter	uma	guerra...e	isso	
iria	equilibrando	as	relações	no	contexto	internacional.)	Ou	seja,	Guerra	com	um	
dado,	inerente	àexistência	dos	Estados.	
	
Percepção	 Idealista:	 Tenta	 acabar	 com	 a	 guerra	 como	 princípio	 ->	 não	 há	
necessidade	 nenhuma	 na	 Guerra	 e	 é	 possível	 balancear	 o	 poder	 no	 sistema	
internacional	 somente	 por	 meio	 de	 laços	 diplomáticos,	 sendo	 totalmente	
desnecessária	a	guerra.	
	
	
	 Behaviorismo	x	Tradicionalismo:	segundo	debate	
	 	 Morton,	Kaplan	x	Bull	e	Wight	
	 	 Método	científico:	objetividade	x	método	holístico	(subjetivo)	
	 	 Análise	quantitativa	x	Análisequalitativa	
	
	 Neoliberalismo	 x	 Neorrealismo:	 terceiro	 debate	 (influência	 do	
behaviorismo)	
	 	 Keohane	e	Nye	X	Waltz	
	 	 Medida	de	análise	estrutural:	mesma	premissa:	anarquia	sistêmica	
Instituições	 e	 Interdependência	 (complexa)	 x	 bipolaridade	 e	
confronto.	
	
Autores	anteriores	estão	se	baseando	em	Hobbes,	Maquiavel,	na	concepção	
má	do	homem...Já	aqui,	os	comportamentos	agressivos	dos	Estados	é	resultado	da	
própria	 estrutura	 anárquica	 do	 sistema	 internacional.	 Ou	 seja,	 os	 Estados	 são	
determinados	a	fazer	isso,	pois	assim	funciona	a	dança...	
Obs.:	 Anarquia	 Sistêmica:	 Os	 Estados,	 em	 si,	 estão	 no	 estado	 de	 natureza	
(soberanos	de	si:	O	soberano,	por	definição	está	fora	do	contrato	hobbesiano,	logo	
ele	 está	 no	 estado	 de	 natureza).	 Contudo,	 haveria	 a	 necessidade	 de	 ações	 tão	
drásticas,	de	Realpolitik`s?	
	 Waltz	 está	 escrevendo	 na	 Guerra	 Fria...Escreverá	 que	 o	 sistema	 bipolar	
será	o	mais	estável.	Se	você	tem	dois	atores,	ambos	com	poderes	similares,	então	
o	desejável	seria	manter	isso	(Mas	há	um	paradoxo	aí:		
	 O	que	a	UE	 tem	a	ver	 com	a	MAD,	o	que	ela	 tem	a	ver	 com	a	dissuasão	
nuclear?	
	 O	que	a	 faz	 a	bipolaridade	uma	estrutura	 funcional,	 “capaz	de	manter	 a	
paz?”		
	 Pelo	realismo	estrutural	do	Waltz,	o	nascimento	da	UE	seria	fator	natural	
pois	 esta	 se	 encontra	 exatamente	 na	 interseção	 de	 dois	 polos	 hegemônicos,	 o	
Russo	e	o	Americano.	
	 Já	 a	 visão	 de	 que	 a	 UE	 seria	 concebida	 perante	 uma	 necessidade	 de	
comércio	e	depois	evoluiria	para,	também,	esse	fator	de	mediação,	de	segurança,	
seria	um	pensamento	mais	 liberal	 (seria	pela	 crença	do	 liberal	no	Estado	e	no	
consenso?...Lembrar	 daquele	 exemplo	 de	 que	 os	 liberais	 ingleses	 acreditam	na	
verdade	que	você	 fala	 em	 testemunho....poderia	dizer	 isso?	Será	que	não	estou	
confundindo	liberais	econômicos	com	políticos???)	
	
	
	
	 Exemplificando:	Waltz	e	Brasil	na	2ªGM	
	 Do	ponto	de	vista	de	Waltz	(estrutural,	sistêmico),	a	ideia	de	que	Vargas	
teria	escolhido	deque	lado	entrar	na	guerra	seria	esdrúxula,	pois	seria	uma	análise	
individual	dos	atores.	Do	ponto	de	vista	sistêmico,	estrutural,	o	Brasil	estaria	no	
polo	gravitacional	dos	EUA.	
	
	 Assim,	 na	 visão	 do	 Waltz,	 na	 estrutura	 de	 dois	 polos	 de	 poder	 seria	
impossível	 uma	 fissura	 profunda	 entre	 dois	 contendores	 com	 ideias	
diametralmente	 opostas,	 cada	 um	 influenciado	 por	 uma	 potência	 hegemônica.	
Somente	seria	possível	pequenos	conflitos,	fissuras.	
	
Primórdios	e	elementos	nucleares	no	campo:	
	
	 	 Realistas	x	Liberais	x	Marxistas;	debate	Inter	pragmático	
	 	 Estadocentrismo	x	paradigma	de	classe	
	
Sociedade	Internacional:	escola	inglesa	
	 Bull	e	Wight:	abordagem	tradicional	
	 Rejeitam	o	Estado	de	Natureza	como	decorrêrencia	da	anarquia	
	 A	 política	 internacional	 é	 uma	 sociedade	 anárquica:	 Poder	 +	 Leis	 =	
Sociedade	Anárquica		
	
	
Cidades-Estado		à	forma	menos	complexa,	mas	que	está	na	base	dos	Estados	
Impérios	à	Burocracia	rudimentar.	Baseados	em	geral	em	contratos	de	vassalag.	
Reinos	
Estados	
	
Grandes	Territórios:	
	
Mongol	
Romano	(27	A.C	-	395	D.C)	à	muitas	associações/acordos	pela	vassalagem.	
Império	Bizantino	(395	–	1453	D.C)	à	Fim	ocorre	na	queda	de	Constantinopla.	
Sacro	Império	Romano	Germânico	(962-1806)	à	acordos	pela	unidade	religiosa,	
como	forma	de	legitimação	do	soberano.	Igreja	começa	a	envolver-se	na	política.	
Papa	coroa	reis	(a	partir	de	agora???).		
Expansão	do	Islã	(632	–	1258	D.C)	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Prof.	Vágner	Camilo	Alves	
	
13/02/2020	–	Aula	1	
	
Continuando	a	1ªGM:	
	
	 Primeira	vez	que	se	tem	uma	Grande	Guerra	(envolveu	todas	as	grandes	
potências).	
	 Legado	às	RI:	Europa	ainda	é	centro	das	RI,	mas	há	putro	grande	ator	fora	
dela	(EUA).	
	
1917	–	Rev.	Russa	à	RUS	sai	da	guerra	(Tratado	de	Brest-Livtovski)	(03/17)	
EUA	na	Guerra	(devido	à	guerra	naval	irrestrita	alemã)	(04/18)	
	 Mobilização	americana	foi	mt	rápida.	ALE	não	esperava	isso!	
	 *Curiosidade:	 EUA	 não	 possuíam	 infraestrutura	 bélica.	 Qd	 entraram	 na	 guerra,	 compraram	
armamentos	dos	ING	e	FRA.	No	caso	da	WWI,	fizeram	muito	dinheiro	realizando	empréstimos	e	vendendo	aço.	
	 	
1918	-		Fim	Guerra	(11/11/18)	
	
EUA,	até	então,	era	a	maior	economia	do	mundo,	mas	ainda	não	era	uma	
potência;	não	possuía	instituições	necessárias	a	isso!:		
-FFAA	muito	fortes:	seu	Exército	era	pequeno	
-Agências	diplomáticas	não	eram	influentes	
-Universidades	(em	larga	escala???)	
-Complexo	Industrial-Militar	pujante	
	
TRIP	ALIANÇA	(AUST-HUNG,	ALE,	ITA)	à	Impérios	Centrais	
TRIP	ENTENTE	(ING,	FRA,	RUS,	EUA)	
	
	 	 	 	 	 Democracia	 	 				Realpolitik	
	 	 	 	 							14	Pontos	à		Autodeterminação				X		Equilíbrio		
	 	 	 	 	 	 							Segurança	Coletiva								de	Poder	
	
	 	 	 	 	 	
(Resultado)	
										Liga	das	Nações	
	 	 	 	 	 	 (Organismo	Internacional)	 	 	
	
*	Segurança	Coletiva:	ideia	de	que	deveria	haver	um	organismo	internacional	que	buscasse	mediar	os	interesses	
dos	Estados,	de	modo	a	se	buscar	a	paz.	Isso	vai	contra	a	ideia	do	sistema	de	Alianças,	pois	entendia	que	este	
fomentava	tensões,	ao	passo	que	se	houvesse	um	local	para	diálogo	geral,	essas	tensões	seriam	minimizadas.	
	 	 	
	 No	final,	os	interesses	franceses	não	puderam	ser	negados,	mesmo	com	os	
EUA	“dando	as	cartas”	porque	era	a	maior	potência.	Havia	dois	polos	vitoriosos,	
com	campos	ideológicos	distintos.	Por	exemplo:	
	 FRA	queria	que	região	do	Reno	virasse	outro	país	(ia	servir	de	“Uruguai”),	
mas	EUA	buscavam	autodeterminação	dos	povos	(Reno	era	ALE)	à	Resultado:	
Região	da	Renânia	foi	desmilitarizada	(meio	termo).	
	 Contudo,	mesmo	com	o	peso	das	intenções	dos	EUA,	os	FRA	conseguiram	
impor	severas	punições	a	ALE.	
*	Foi	a	autodeterminação	dos	povos	que	“permitiu”	a	criação	de	vários	Estados	onde	era	a	AUS-HUNG.	Claro	que	
já	havia	uma	“pulga	na	orelha”	sobre	o	surgimento	da	URSS.	Nesse	sentido,	a	criação	da	Polônia	e	dos	outros	
países	na	região	da	AUST-HUNG	também	foi	com	a	intenção	de	se	construir	um	Cordão	Sanitário.	
	
	 No	 caso	 dos	 EUA,	 o	 acordo	 de	 Versalhes	 não	 foi	 aprovado	 no	 Senado.	
Sequer	 entraram	 na	 Liga	 das	 Nações	 (Lembrar	 que	 a	 democracia	 americana	 à	
época	era	diferente	da	atual.	Não	se	esperava	interferir	no	cenário	externos	dos	
outros	 países	 “que	 nada	 tinham	 a	 ver	 com	 os	 EUA”.	 Hoje,	 os	 EUA	 já	 atuam	
pensando	no	que	tem	de	fazer	e	não	no	que	não	precisam	fazer).	
	 	
Anos	1920	
	 A	 década	 começa	 com	 a	 ALE	 devendo	 R$	 (da	 reparação	 da	 guerra)	 aos	
aliados	(lembrar	que	EUA	não	são,	formalmente	nem	de	fato	da	Tríplice	Entente),	
à	
à	
e	com	os	Aliados	devendo	muito	aos	EUA.	Assim,	os	EUA	decidem	continuarem	
com	 seu	 isolacionismo,	 contudo	 não	 mais	 econômico.	 Dessa	 forma,	 firmam	 o	
Plano	Dawes	(1924)	para	sanar	essas	pendências	financeiras	de	ALE,	FRA	e	ING.	
	 ALE,	de	1919	a	1933,	se	torna	a	República	de	Weimar.	
	 1925,	 ALE,	 FRA	 e	 BEL	 firmam	 Tratado	 de	 Locarno,	 sendo	
fiadores/garantidores	 ING	 e	 ITA.	 (Aqui,	 a	 economia	 ia	 bem...isso	 facilitou	 a	
concretização	 desse	 tratado,	 mesmo	 sendo	 claro	 que	 era	 bizu	 tanto	 pra	 FRA	
quanto	para	ALE.	Para	esta	porque	almejava	a	entrar	na	Liga	das	Nações,	para	
aquela	porque	a	ALE	aceitava	as	perdas	territoriais	no	ocidente	(Alsácia-Lorena)	
e	desmilitarização	da	Renânia.	
	 1929,	a	queda	da	Bolsa	de	NY,	acarretou	crises	econômicas	na	Europa,	
principalmente	na	ALE,	que	era	a	maior	economia	europeia	na	época.		
*Muitos	estudiosos	de	RI	entendemque	o	acaso	mais	importante	para	a	ascensão	nazista	foi	a	queda	da	Bolsa	
de	NY	e	não	o	sentimento	de	revanchismo	gerado	pelo	Tratado	de	Versalhes.	
	 Assim,	em	1933,	Hitler	é	eleito	chanceler	alemão.	Faz-se	mister	ressaltar	
que	o	próprio	Hitler	tinha	o	pensamento	não	de	autodeterminação	dos	povos,	mas	
sim	 ao	 do	 império	 do	 mais	 forte;	 por	 conseguinte	 concluía	 como	 imperiosa	 a	
prática	da	guerra.	
	 Daí,	começou	a	utilizar	os	próprios	princípios	do	Tratado	de	Versalhes	em	
seu	benefício:	Pq	só	a	ALE	não	pode	ter	FFAA	de	uma	potência?....	
	 1934,	Franklin	Roosevelt	é	eleito	presidente	dos	EUA,	que	estava	saindo	
da	 recessão.	 Assim,	 o	 teatro	 mundial	 vivia	 um	 momento	 importante:	 Hitler	 e	
Roosevelt	são	eleitos	cada	um	em	uma	potência	mundial,	ambas	em	ascensão	após	
uma	crise.	
	 Nesse	momento,	a	estrutura	do	Sistema	 Internacional	é	positiva	para	os	
nazistas.	Por	dois	pontos	de	vista:	
	
1) Realpolitik	à	Havia	4	polos	de	 força,	 além	da	ALE,	na	Europa:	 ING	
(fragilizada)	,	FRA	(percebeu,	durante	a	WWI,	que	não	poderia	ganhar	
sozinha	 da	 ALE.	 Basicamente	 humilhada),	 ITA(ascensão	 fascista)	 e	
Países	do	Cordão	Sanitário	(muito	fracos).	
	
2) Nova	 Diplomacia	à	 Os	 princípios	 defendidos	 pela	 ALE	 (igualdade	
soberana	 e	 autodeterminação),	 mesmo	 sendo	 feitos	 de	 forma	
mentirosa,	pesavam	na	diplomacia	europeia	(“Pq	só	a	ALE	não	podia	
ser	regida	pela	autodeterminação	dos	povos?	“Pq	a	ALE	é	 tratada	de	
forma	desigual?”)	
	
1934,	a	ALE	sai	da	Liga	das	Nações	(afinal,	era	basicamente	a	continuação	
“desse	injusto	Tratado	de	Versalhes”).	E	a	URSS	entra	(afinal,	era	melhor	estar	em	
um	grupo,	até	pq	Stalin,	apesar	de	não	diferenciar	países	no	contexto	de	querer	a	
URSS	forte,	tinha	mais	medo	da	ALE	do	que	dos	outros	países).	
	 1935,	 quando	 a	 ALE	 começa	 a	 aventar	 a	 possibilidade	 de	 uma	
autodeterminação	alemã	em	relação	a	AUS,	a	ITA	fica	contra	(afinal,	a	própria	
ITA	tinha	receios	territoriais	ali,	pois	anexara	parte	da	AUS	(onde	tinha	alemães)	
no	Tratado	de	Versalhes).	Aí,	a	ITA	se	mostrou	um	“talvez	aliado”	aos	membros	da	
antiga	entente	(ING	e	FRA)	e,	assim,	firma-se	a	Frente	Stresa	(ING,	FRA,	ITA)	em	
1935.		
Nesse	contexto,	a	ITA	(pensando	“ora,	se	ING	e	FRA	me	aceitaram	numa	
aliança,	então	eles	“autorizaram”	o	fascismo)	invade	a	Etiópia.	Contudo	a	Etiópia	
era	o	único	país	independente	da	África,	membro	da	Liga	das	Nações.	
	 Do	ponto	de	vista	da	Realpolitik,	pensar-se-ía	em	deixar	como	está,	afinal,	
que	vença	o	mais	forte.	Entretanto,	na	Nova	diplomacia,	com	a	autodeterminação	
dos	povos,	não.	Daí,	quem	apoiará	essa	ação	italiana	será	exatamente	a	ALE.	
	 Em	1936,	ALE	ocupa	a	Renânia,	desonrando	o	Tratado	de	Locarno	(1925)	
(“Ora,	 vocês	 (ING	 e	 FRA)	 me	 impedirão	 de	 ocupar	 um	 território	 que	 é	
propriamente	 alemão?..	à	 ING	 e	 FRA	 aceitam...já	 não	 era	 a	 primeira	 vez	 que	
aceitavam	“abusos	de	Hitler	com	essa	historinha”...).	
	 De	1936-1939,	Guerra	Civil	Espanhola	à	foi	um	certo	microcosmo	do	que	
ocorreria	 no	 restante	 da	 Europa,	 ou	 seja,	 já	 dava	 indícios	 de	 como	 seria	 a	
2ªGM....Um	lado	político	é	apoiado	pela	URSS,	outro	lado	pela	ALE	e	ITA.	
Assim,	em	1936	já	se	via	claro	a	ruína	do	Tratado	de	Versalhes!	
	
	 Em	 1938,	 começam	 as	 ofensivas	 maiores	 da	 ALE,	 de	 forma	 de	 uma	
diplomacia	mais	coercitiva!!!	(“Não	quero	conversa,	assina	 isso	à	Realpolitik	
pura.	Cada	vez	mais	Hitler	aumenta	sua	aposta).		
Obs.:	Hitler	faz	um	jogo	político	muito	ardiloso:	uma	hora	alega	autodeterminação	
dos	povos	para	poder	anexar	algum	território,	outra	hora	anexa	um	Estado	mais	
fraco,	simplesmente	cagando	pra	essa	autodeterminação.	Além	disso,	certas	horas	
pede	para	poder	se	militarizar	mais	alegando	que	a	ALE	é	uma	potência	muito	
grande	para	 ficar	com	as	FFAA	tão	restritas,	outra	hora	acusa	outros	países	de	
estarem	sendo	agressivos	quando	celebram	alianças.	
	 1º	Semestre:	Anexou,	por	meio	dessa	diplomacia	coercitiva,	a	AUST	e	a	
Região	 dos	 Sudetos	 (Região	 da	 Checoslováquia).	 Quanto	 a	 AUST,	 FRA	 e	 ING	
permanecem	neutras	 (“Ora,	 se	 os	 próprios	 austríacos	 queriam	 isso”...).	 Aí	 há	 a	
Conferência	 de	Munique	 (ING	 +	 FRA	 +	 ALE	 +	 ITA,	mas	 a	 sem	 a	 presença	 da	
Tchecoslováquia	e	da	RUS..A	RUS	interpretou	isso	de	um	jeito....Ora,	os	alemães	
não	 me	 convidaram	 por	 algum	 motivo...Pode	 ser	 que	 efetivamente	 estejam	
empurrando	a	ALE	para	o	lado	oriental	da	Europa...”).	Assim,	fica	decidido	que	os	
Sudetos	 ficarão	 com	 a	 ALE	 e	 os	 alemães	 prometem	 não	 mais	 ferir	 a	 ordem	
regional.	Ou	seja,	houve	uma	política	de	Apaziguamento.	Contudo,	para	se	fazer	
isso,	você	devia	conhecer	seu	adversário,	entendendo	todas	as	suas	possibilidades,	
o	que	não	era	verdade,	como	seria	provado	em	1939.	
	 Contudo,	 é	 importante	 salientar	 que	 a	 região	 da	 Tchecoslováquia	 era	
multiétnica...Hitler	sabia	disso!	Sabia	que	a	qqr	hora	algum	grupo	étnico	poderia	
requerer	independência,	abrindo	caminho	para	ele	agir	lá.	
Daí,	 1º	 semestre	 1939,	 grupos	 étnicos	 Tchecoslovacos	 requerem	 sua	
independência.	 Hitler	 apoia	 e	 entre	 essa	 nova	 Tchecoslováquia	 e	 do	 Sudetos	
(ocupado	 pela	 ALE)	 sobra	 um	 território,	 o	 da	 	 Boemia-Morávia.	 ALE	 o	 invade,	
transformando-o	em	seu	protetorado.	Foi	a	primeira	vez	que	Hitler	descumpriu	
um	acordo	feito	por	ele	mesmo	(Nos	casos	de	Áustria	e	Sudetos,	ele	dizia	que	ele	
não	tinha	feito	aqueles		acordos).	
	 A	partir	daí,	ING	e	FRA	veem	que	a	situação	já	está	fora	de	controle	e	decide	
garantir	 a	 independência	 dos	 países	 do	 leste	 europeu	 (Polônia,	 Romênia...),	
eixando	claro	que	se	Hitler	os	atacasse,	viraria	um	caso	bélico.	Assim,	ING	e	FRA	
atam	seus	destinos	às	nações	do	Leste.	
	 Em	seguida,	Hitler	miraria	o	próximo	alvo,	o	território	entre	a	ALE	e	a	PRU:	
o	Corredor	Polonês	
	
Grandes	potências	da	Época:	
ING	 ALE	 	 URSS	
EUA	 	 	 FRA	 ITA	 	 	 	 JAP	
	
	
EUA:		
(são	isolacionistas).	Contudo,	suas	ações	na	WWI	foram	muito	decisivas.	Logo,	os	
atores	europeus	agora	o	considerarão	em	caso	de	entrarem	em	uma	guerra	(ao	
contrário	da	WWI,	que	os	europeus	entraram	em	guerra	sem	considerá-los).	Mas	
obviamente,	por	razões	histórias	e	 ideológicas,	 sabia-se	que	EUA	estavam	mais	
próximos	 de	 ING	 e	 FRA	 (O	 próprio	 Roosevelt	 declara	 que	 ALE	 e	 ITA	 se	
transformaram	em	grande	ameaça	ao	sistema	internacional)	
	
ING	e	FRA:	
Em	 1939,	 quando	 Hitler	 anexa	 Boêmia-Morávia,	 abandonando	 a	 Política	 do	
Apaziguamento,	ING	e	FRA	estão	juntos.		
	
ALE	e	ITA:	
Desde	1936	estão	juntas.	As	sucessivas	vitórias	regionais	(na	Europa	ocidental)	
pela	 ALE	 +	 conflito	 com	 ING	 e	 FRA	 no	 caso	 Etiópia	 fizeram	 ITA	 e	 ALE	 se	
aproximarem,	possibilitando,	 inclusive,	que	apoiassem	o	mesmo	lado	na	guerra	
civil	da	ESP.	Nas	palavras	de	Mussolini,	tudo	era	resolvido	no	Eixo	Roma-Berlim.		
	
JAP		
1936:	 assinou	 tratado	 anti-comintern	 (não	 internacionalização	do	 comunismo)	
com	ALE	e	ITA.	
	
	
URSS	
Nesse	período,	apesar	de	serem	grandes	inimigos	ideológicos,	e	apesar	da	
URSS	ter	entrado	na	Liga	das	Nações,	ALE	e	URSS	fazem	um	acordo	(os	eventos	de	
1938,	em	especial	os	eventos	ocorridos	na	TCH	colocaram	uma	pulga	na	orelha	de	
Stalin,	 que	 estava	 achando	 que	 as	 ações	 decorrentes	 nesse	 período	 estavam	
“empurrando”	a	ALE	para	cima	da	URSS).	Ou	seja,	em	que	pese	a	Nova	Diplomacia,	
Stalin	pensou	com	ideias	da	Realpolitik/	Raison	d’ètat	(Interesses	do	Estado	acima	
de	tudo).	
Assim,	uma	semana	antes	de	invadir	a	Polônia,	Hitler	manda	seu	Ministro	
das	Relações	Exteriores	à	Moscou	para	celebrar	o	acordo	Ribbentrop-Molotov,	
ou	pacto	Nazi-Soviético:	ALE	e	URSS	se	comprometem	a	não	entrarem	em	guerra	
entre	 si.	 Assim,	 URSS	 teria	 mais	 tempo	 de	 se	 preparar	 para	 a	 guerra	 que	 se	
aproximava	e	ALE	só	lutaria	tal	guerra	em	um	único	front.	Na	cabeça	de	Stalin,	a	
ALE	e	os	outros	ficariam	em	guerra	por	anos,	enfraquecendo-se,	como	ocorreu	na	
WWI,	 e	nesse	período	a	URSS	 se	 fortaleceria	 (talvez	nem	precisasseentrar	em	
guerra...).	Ademais,	ALE	e	URSS	dividem	(escondido)	a	Polônia	entre	eles	(Stalin	
estaria	recuperando	exatamente	os	territórios	que	havia	perdido	na	WWI,	ou	seja,	
estava	 agindo	 como	 um	 Czar...).	 Por	 fim,	 entrar	 em	 guerra	 com	 a	 ALE	 nesse	
momento	seria	bizuleu...imaginava-se	que	a	ALE	causaria	uma	grande	guerra,	e	
que	isso	poderia	atingir	ele,	logo	era	melhor	ir	se	fortalecendo	enquanto	Hitler	se	
enfraquecia	e	enfraquecia	os	outros	em	combates	sucessivos....	
	 Com	o	acordo	Ribbentrop-Molotov,	Hitler		achou	que	ING	e	FRA	cederiam	
novamente.	Mas	não	aconteceu	isso	(em	termos***).	
(SET/1939)	Ataque	ALE	à	POL:	ING	e	FRA	declaram	guerra	a	ALE.	ITA	ainda	não	
entra	na	guerra.	
***em	termos:	a	declaração	de	guerra	 foi	apenas	 formal.	FRA	estava	preparada	
defensivamente	 (Linha	 Maginot...)	 e	 ING	 tinha	 preparada	 somente	 a	 sua	
Marinha...ou	seja,	ambos	não	tinham	um	Exército	preparado,	de	modo	a,	de	fato,	
proteger	 a	 Polônia.	 Em	 3	 semanas,	 a	 ALE	 já	 tinha	 destruído	 e	 ocupado	 toda	 a	
Polônia,	ou	seja,	foi	uma	guerra	relâmpago.	
Obs.:	1ª	vez	que	se	falou	em	Blietzkrieg.	Mudavam-se	os	rumos	de	se	fazer	guerra	
de	fato...não	mais	seria	estática	como	a	WWI	,	que	era	basicamente	uma	guerra	de	
artilharia.	
Ações	importantes	de	Hitler	para	culminarem	na	guerra	
	 	 (MAR)	ÁUSTRIA	
38	
	 	 (OUT)	SUDETOS	–	Conferência	de	Munique	(Apaziguamento)	
	 	
	
	 	 (MAR)	Protetorado	da	Boêmia-Morávia	(1º	semestre)	->	final		
39	 	 política	do	apaziguamento,	que	teve	ápice	em	Munique	
	
	 	 (AGO)	Pacto	Ribentrop-Molotov	
	
	 	 (SET)	ALE	invade	POL	
	
Assim,	em	1939,	tínhamos	somente	ING	+	FRA	x	ALE.	Ou	seja,	ainda	não	era	uma	
guerra	mundial....	
E	agora	a	situação	estava	diferente	da	1ªGM:	a	ING	faz	bloqueio	naval	contra	a	ALE	
como	resposta	à	invasão	a	POL,	masisso	praticamente	não	gera	efeitos	(Surtiria	
efeito	se	tivessem	mandado	um	exército	para	apoiar	a	ALE,	mas	a	ING	não	tinha	
Exército	relevante	e	a	FRA	decidiu	manter	seu	Exército	no	país,	para	protege-la	
usando	as	fortificações	da	Linha	Maginot).	Ademais,	agora	ALE	e	URSS	possuíam	
um	acordo	de	não	agressão,	o	que	ao	menos	na	teoria	os	aproximam.	
	
Daí,	nos	6/8	meses	seguintes	(de	SET/39	a	MAI/40),	a	guerra	vira	uma	
Guerra	 Falsa.	 Enquanto	 isso,	 RUS	 invade	 Finlândia	 (membro	 da	 Liga	 das	
Nações)	 e	 é	 expulsa	da	Liga	das	Nações	 (acabando	praticamente	de	 vez	 com	a	
Liga...),	e	ALE	se	prepara	ofensivamente	para	a	guerra.	
Obs.:	Nesse	ponto,	em	1940,	estudos	militares	indicam	que	a	coligação	ING	e	FRA	
era	 superior	 em	 todos	 os	 aspectos	 contra	 a	 ALE.	 Contudo,	 a	 ALE	 possuía	
estratégias	muito	boas,	como	era	o	caso	da	BlietzKrieg.	
	 Assim,	em	meados	de	1940,	ALE	toma	FRA	em	6	semanas	(praticamente	
imitando	o	Plano	Schieffen),	e	chega	a	Paris.	Ou	seja,	havia	praticamente	uma	Nova	
Ordem.	
	 Aqui,	a	ING	tem	noção	de	que	não	tem	como	reverter	esse	cenário	sozinha.	
Por	 outro	 lado,	 tem	 noção	 de	 que	 ainda	 há	 duas	 potências	 que	 estão	 fora	 do	
contexto:	EUA	e	URSS.	Então,	 continuaram	resistindo	 (inclusive	exaltando	suas	
“mínimas”	vitórias,	como	a	retirada	em	Dunkirk,	que	foi	uma	ação	defensiva,	de	
modo	a	promover	a	 seua	causa.	Obs.:	 em	1940,	após	 tomar	a	FRA,	ALE	propôs	
acordo	de	rendição	da	FRA,	mas	ING	negou!	
	 Após,	 em	SET/40	Tratado	Tripartite:	ALE	+	 ITA	e	 JAP	 (que	estava	em	
guerra	com	a	CHN	desde	1937).	Tal	tratado	afirmava:	se	algum	outro	ator	estatal	
se	colocar	entre	os	países	já	em	guerra	(ING	+	FRA	x	ALE	e	JAP	x	CHN),	que	os	três	
iriam	auxiliar	aquele	que	ficasse	em	desvantagem	com	essa	entrada,	mas	com	a	
observação	de	que	a	URSS	ficaria	fora	disso.	Ou	seja,	esse	Tratado	era	basicamente	
contra	os	EUA.	
	 Para	finalizar	as	intenções	de	Hitler,	intenções	de	um	domínio	alemão	na	
Europa,	só	faltava	que	eles	dominassem	mais	um	ator:	URSS.	Assim,	Hitler	tentaria	
dominá-la	para	posteriormente	forçar	um	acordo	de	rendição.	
Assim,	 no	 verão	 de	 1941,	 ALE	 invade	 RUS	 (ocupam	 os	 Bálcãs)	 na	
Operação	Barbarossa	(talvez	a	Operação	militar	mais	importante	dessa	guerra).	
Do	 ponto	 de	 vista	 ideológico	 (alemães	 são	 mais	 fortes,	 vamos	 derrubar	 os	
comunistas....),	Hitler	estava	concretizando	as	 reais	e	necessárias	 intenções	aos	
interesses	 alemães,	 e	 seus	 militares	 estavam,	 nesse	 ponto,	 com	 considerável	
arrogância	 imaginando	 que	 destruiriam	 o	 Exército	 Vermelho	 de	 forma	 muita	
rápida	mesmo	sendo	este	muito	maior	do	que	o	alemão.	
Obs.:	Em	que	pese	o	Tratado	Tripartido,	JAP	não	declara	guerra	a	ALE	quando	ela	
invadiu	 a	URSS.	Na	verdade,	URSS	e	 JAP	assinam	acordo	de	não	 agressão.	Mas	
Hitler	 agora	 pouco	 se	 importava	 com	 isso,	 pois	 poderia	 terminar	 isso	 tudo	
sozinho...	
	 Contudo,	as	intenções	de	Hitler	de	tomar	Moscou	em	pouco	tempo	não	se	
concretizam:	em	que	pese	tenham	derrubado	3	milhões	de	soldados	do	Exército	
Vermelho,	 a	 URSS	 continuava	 resistindo:	 Hitler	 subestimara	 o	 tamanho	 do	
Exército	Vermelho.	Ademais,	a	URSS	tinha	profundidade	estratégica	(despovoou	
os	 territórios	 da	 sua	 frente	 ocidental	 e	 transferiu	 as	 fábricas	 e	 indústrias	 que	
tinham	ali	(região	mais	rica	da	URSS)	para	o	interior).	
Obs.:	 O	 argumento	 de	 que	 a	 ALE	 perdeu	 a	 guerra	 contra	 a	 URSS	 devido	 às	
condições	climáticas	seria	uma	maneira	de	desmerecer	essa	resistência	russa.	
	 Assim,	em	DEZ/1941,	já	com	seu	Exército	com	o	ímpeto	menor	devido	à	
extensão	(em	tempo	e	espaço)	do	combate,	os	alemães	pela	1ª	vez	não	vencem	
uma	 batalha	 em	 uma	 única	 campanha.	 Perceberam	 que	 essa	 guerra	 oriental	
duraria	 mais	 (seria	 o	 equivalente	 ao	 front	 ocidental	 da	 1ªGM,	 porque	 seria	
decisivo).	
	
Caso	Japão	
Concomitantemente	aos	EUA	e	ALE,	o	JAP	também	emergira	como	grande	
potência:	 já	 era	 uma	 potência	 inclusive	 no	 campo	militar	 (possuía	 os	maiores	
encouraçados	da	época	da	guerra,	por	exemplo).	
		 Desde	o	final	do	Sec	XIX,	já	possuía	uma	política	expansionista	semelhante	
à	 europeia	 (Final	 Sec	XIX:	 vários	 territórios	 em	 seu	 redor,	 1910:	 Coreia,	 1931:	
Manchúria...).	Ademais,	na	WWI	se	aliou	com	o	lado	vencedor	e	ao	final	da	guerra,	
anexou	algumas	ilhas,	que	eram	alemãs,	ao	seu	sul.	Nesse	sentido,	observa-se	que	
a	maioria	dos	territórios	(ilhas)	ao	seu	redor	pertenciam	à	potências	ocidentais	
(EUA,	ING,	FRA...).	Ou	seja,	seus	interesses	expansionistas	iam	contra	os	interesses	
desses	 países,	 aproximando-o,	 ao	 menos	 teórico-estrategicamente	 (mas	 não	
ideologicamente)	ao	Eixo.	
	 Nesse	contexto,	em	1937	atacou	a	CHN	(seria	o	início	da	WWII	de	fato?),	
inclusive	invadindo	a	Indochina,	que	era	francesa,	como	meio	para	um	ataque	ao	
território	chinês.	
	 	
Caso	EUA	
	 Em	MAR/1941,	 Rossevelt	 consegue	 aprovar	 o	Lend-Lease	 Act	 (Lei	 de	
empréstimos	e	arrendamentos:	autoriza	o	presidente	a	emprestar,	dar,	vender,	
alugar	matérias-primas	que	o	presidente	 julgasse	necessário	aos	 interesses	dos	
EUA).	Nesse	 ponto,	 ainda	 não	 havia	 ocorrido	 a	 invasão	 alemã	 à	URSS,	mas	 ela	
própria	receberá	investimentos	após	isso.	
Obs.:	 Ressalta-se	 que	 os	 EUA	 estavam,	 desde	 1940,	 se	 preparando	 para	 uma	
possível	 guerra	 (Ex.:	 Carta	 do	 Atlântico(1941):	 estabelecia	 ações	 para	 o	 pós-
guerra)	
	 Nesse	ponto,	os	EUA	chegam	ao	consenso	de	que	haveria	guerra,	só	não	
sabiam	 se	 seria	 no	 Pacífico	 ou	 no	Atlântico.	 Ademais,	 os	 EUA	necessitavam	de	
alguma	motivação	para	entrarem	em	guerra.	
	 Assim,	 os	 EUA	 declaram	 embargos	 econômicos	 ao	 JAP	 (que	 necessitava	
demais	dos	insumos	dos	EUA,	que	eram	seu	principal	fornecedor...colocando	como	
contrapartida	que	o	JAP	parasse	sua	investida	na	CHN,	que	ocorria	desde	1937.	
	 	
Caso	EUA	e	JAP	
Nesse	ponto,	causou-se	um	impasse	no	JAP,	que	ou	entrava	em	guerra	com	
os	EUA,	ou	arranjava	novos	fornecedores	de	matéria-prima.	Assim,	decidiu-se	que	
a	Indonésia	conseguia	suprir	isso.	Dessa	maneira,	o	JAP	decide	atacar	ilhas	ao	Sul	
(Lembra-se	que	além	de	tomar	a	Indonésia,	acabariam	com	a	maior	base	inglesa	
no	 oriente).Contudo,	 se	 ele	 atacasse	 a	 IND,	 os	 EUA	 (que	 possuem	 domínio	
próximo,	 nas	 Filipinas)	 ficariam	de	braços	 cruzados?	Então	 é	melhor	 atacar	 as	
Filipinas	também?	Não!		Não	há	necessidade,	já	que	os	EUA	entrarão	na	guerra	de	
qualquer	modo.	 Assim,	 é	melhor	 começar	 a	 guerra	 com	um	 ataque	 surpresa	 à	
Marinha	americana.	Assim,	em	DEZ/41,	JAP	ataca	Pearl	Harbour.	
	
Situação	em	1941	(DEZ)	
	
	
	
	 	 	 X	
	
	
	 	
Comparações:	
ECONOMIA	 	 	 3X	 	 	 	 	 	 X	
BASES	DE	PODER	 	 Mais	longe	 	 	 	 Mais	próximo	
POTENCIAL	MILITAR	 Mais	forte	
FORÇA		 	 	 Se	tornando	mais	forte	a	medida	que	a	guerra	avç.	
	 	
A	superioridade	material	era	evidente:	EUA	ao	final	da	guerra	possuía	20	porta-
aviões	e	o	JAP	somente	1.	
ING	
URSS	
EUA	
ALE	
ITA	
JAP	
	
No	campo	europeu:	
1942-1943:	Batalha	de	Stalingrado,	pela	1ª	vez	os	alemães	se	rendem	(teria	sido,	
aqui,	o	início	do	revés	da	guerra).	Após,	as	ofensivas	dos	aliados	se	intensificam	
até	que	Berlim	é	tomada	e	a	ALE	se	rende	(MAI/1945).	Em	SET/1945	o	JAP	se	
rende,	após	ter	sofrido	ataque	da	URSS	e	dos	EUA	(bombas	atômicas).	
Esse	ano	foi	um	marco	muito	importante	nas	RI!!!!!	
Mas	porque	foi	tão	importante?	
	
1º	 2ªGM	 guerra	 terminou	 de	 forma	 diferente	 da	 1ªGM.	 Esta	 acabou	 com	 um	
Tratado	(Versalhes),	aquela	não,	mas	sim	terminou	com	uma	aliança	“estranha”.	
2º	A	Aliança	EUA	+	ING	+	URSS	era	estranha,	mas	era	“melhor	a	URSS	com	metade	
da	Europa	do	que	a	ALE	com	ela	toda”.	
3º	 EUA	 assumem,	 de	 fato,	 o	 protagonismo	 no	 cenário	 mundial,	 buscando	
abandonar	 o	 antigo	 isolacionismo	 por	 meio	 de	 uma	 ordem	 global	 sob	 sua	
liderança	(possuíam	50%	do	PIB	do	mundo!!!).	Inclusive,	apoiam	a	criação	da	ONU	
e	colocam	sua	sede	em	Nova	Iorque.	
	
As	duas	guerras	foram,	do	ponto	de	vista	das	RI,	a	transição	de	uma	ordem	
europeia	para	uma	ordem	global!!!!	
Fim	2ªGM.	
Assim,	iniciou-se	um	equilíbrio	de	poder	com	EUA	x	URSS.	Tal	relação	de	
poder	já	começara	desigual,	pois	a	URSS	sofreu	o	maior	número	de	baixas	(cerca	
de	2/3	das	baixas	aliadas	/	½	dos	mortos	da	guerra)	da	2ªGM	e,	do	lado	vitorioso,	
a	ING	certamente	apoiaria	os	EUA,	em	caso	de	uma	bipolaridade.	
	 Nesse	 contexto,	 os	 países	 do	 leste	 ganharam	 novamente	 suas	
independências,	mas	 teriam	 que	 se	 ligar	 a	 URSS	 (Stalin:	 “Ora,	 se	 eu,	 com	meu	
esforço	 acuei	 os	 nazistas	 nessa	 região,	 logo,	 esses	 países	 só	 tiveram	 sua	
independência	 devido	 o	 meu	 esforço,	 logo	 devem	 ficar	 subordinados	 a	 minha	
influência.	Ademais,	uma	parte	da	Polônia	será	território	meu!).	
Assim,	a	URSS	termina	a	2ªGM	de	forma	“inversa”	como	terminou	a	1ªGM:	
Nesta,	“engoliram”	um	Cordão	Sanitário,	naquela,	fariam	uma	Cortina	de	
Ferro	(exatamente	para	se	protegerem	e	não	dar	a	besteira	que	deu	na	
2ªGM).	
GUERRA	FRIA	
	 Dessa	 forma,	 começa	 um	 novo	 período.	 Alguns	 estudiosos	 afirmam	que	
EUA	e	URSS	não	teriam,	no	longo	prazo,	intenções	agressivas	um	contra	o	outro,	
mas	buscaram	se	proteger	o	tempo	todo.	Contudo,	essa	“proteção”	foi,	em	grande	
parte	ofensiva,	com	aumentos	exponenciais	de	seus	poderios	bélicos.	Isso,	criou	
um	sistema	de	tensões	que,	no	final,	poderiam	até	chegar	a	um	fim	pior	do	que	um	
conflito	propriamente	dito.		
Nas	RI,	isso	se	chama	DILEMA	DE	SEGURANÇA	
	 Assim,	teve	início	uma	disputa	ideológica	entre	EUA	e	URSS,	culminando	na	
Guerra	 Fria.	 Essa	 guerra	 se	 inicia	 com	 os	 EUA	 implantando	 uma	 política	 de	
contenção	territorial	contra	o		comunismo	da	URSS.	(“Ora	se	a	isolarmos,	no	longo	
prazo	o	capitalismo	vencerá”).	Essa	teoria	da	Contenção	(	De	manter	as	nações	
mais	 ricas	 sob	 influência	 capitalista	+	 conter	 comunismo	 foi	 criação	de	George	
Kenan)	
	
Datas	importantes	
1945	–	Fim	da	Guerra	
1947	–	Política	(EUA)	de	contenção		
1948	–	Crise	em	Berlim	
1989	–	Queda	do	Muro	de	Berlim	
1991	–	Dissolução	da	URSS	
	
	
	 Dessa	 forma,	 além	 da	 ONU,	 outros	 organismos	 internacionais	 foram	
criados	(FMI,	Banco	Mundial,	OTAN...).	Ademais,	os	EUA	criam	o	Plano	Marshall:	
políticas	de	investimento	na	Europa,	que	se	recuperará	rapidamente.	
	
Assim,	pode-se	analisar	a	Política	de	Contenção	tinha	dois	vetores:	
	
	 	 	 	 Econômico	(Plano	Marshall)	
Política	de	Contenção	
Político/Militar	 (OTAN)à	 1ª	 Aliança	 Militar	
permanente	 em	 tempos	 de	 paz	 em	 que	 os	 EUA	
entram.	
	
Situação	inicial	EUA	x	URSS	
EUA:	saíram	da	2ª	GM	com	bases	no	mundo	todo,	com	a	maior	Marinha,	com	a	
Maior	Força	Aérea	e	com	o	monopólio	da	Bomba	Atômica	e	de	seu	Vetor.	Além	
disso,	não	sofreram	ao	seu	território	interior.	
URSS:	do	ponto	de	vista	militar	saem	da	guerra	com	o	maior	Exército	do	mundo,	
mas	 tendo	 sofrido	 milhões	 de	 baixas.	 Contudo,	 do	 ponto	 de	 vista	 de	 uma	
mensagem	ao	mundo	 colonizado,	 ela	 estava	 contra	o	país	 que	 estava	 aliado	às	
nações	colonizadoras	do	Sec	XIX.	Ou	seja,	era	mais	fácil	convencer	esses	menores	
atores	a	virem	para	o	seu	lado	ao	invés	dos	EUA.	
	
Importante	ressaltar	que	o	acordo	de	paz	entre	EUA	e	URSS,	de	várias	formas,	foi	
fragilizado	 por	 esses	 interesses	 antagônicos	 entre	 eles.	 Até	 o	momento	 que	 se	
desenha	o	cenário	vivido	em	Berlim	durante	a	segunda	metade	do	Sec	XX:	
	
1º	EUA,	URSS	e	FRA,	por	pressão	da	ING,	dividem	a	ALE	(P/	ING,	era	bizu	ter	mais	
um	 europeu	 forte	 e	 deixo	 um	 aliado	 ali...finalmente,	 aumentaria	 a	 presença	
europeia	no	foco	internacional).	Berlim,	que	fora	tomada	pela	URSS	na	guerra,	fica	
do	lado	soviético.	
2º	EUA,	RUS	e	FRA	dividem	Berlim	também	(Ou	seja,	dividiram	Berlim	no	meio	de	
um	território	sob	domínio	soviético).	
3º	Crise	de	Berlim:	Conflitos	ideológicos	entre	EUA	e	URSS	chegam	a	tal	ponto	que	
Stalin	 inclusive	 chega	 a	 proibir	 que	 tropas	 norte-americanas	 de	 adentrarem	
Berlim	por	terra,	e	os	EUA	passam	a	ter	que	fazer	ponte	aérea	até	chegar	Berlim.	
4ª	Crise	chegou	a	tal	ponto	que	reconhece-se	a	República	Democrática	Alemã,	mas	
com	presença	ainda	de	tropas	dos	EUA	e	da	URSS.	Ou	seja,	havia,	ao	mesmo	tempo,	
ALE	Oriental,	ALE	ocidental	e	ALE	como	uma	só.		
Por	fim,	ALE	voltaria	a	emergir	economicamente,	mas	sem	importância	política	no	
cenário	internacional.	
	
18/02/2020	–	Aula	2	
	
Guerra	Fria	(1945	–	1991)	
	
Importante	lembrar	o	seguinte	(pra	vida):	
Sistema	Internacional	é	anárquico,	mas	é	Oligárquico.	Existe	anarquia,	mas	existe	
ordem	 devido	 ao	 Poder	 Relativo.	 Por	 isso,	 foca-se	 no	 estudo	 dos	 poderes	 das	
grandes	potências	para	entenderem	as	evoluções	ocorridas	nesse	sistema.	Além	
de	ser	anárquico	é	caótico	(Lembrar	do	Estado	de	natureza,	de	Thomas	Hobbes	
que	dizia	que	o	Estado	de	natureza	era	marcado	pela	desconfiança,	que	por	sua	
vez	geraria	tensões,	que	por	sua	vez	geraria	conflitos).	Contudo,	cabe	ressaltar	que	
o	Sistema	 Internacional	não	é	exatamente	um	Estado	de	Natureza	Hobbesiano,	
pois	as	disputas	de	poder	entre	Estados	são	diferentes	de	disputas	entre	homens	
em	seu	estado	primitivo,	em	seu	estado	de	natureza.	
Obs.:	 Um	 sistema	 se	 forma	 quando	 um	 ator	 age	 observando	 as	 consequências	
acarretadas	em	outros	atores.	Ou	seja,	quando	se	considera	os	outros	para	agir.	
	 	
O	 embrião	 de	 um	 sistema	 global,	 por	 conseguinte	 de	 politização	 global,	
iniciou-se	nas	Grandes	Navegações.	Posteriormente,	a	Europa	continuou	a	ser	o	
centro	do	Sistema	Internacional	vigente,	que	ainda	não	era	global	de	fato,	mas	que	
estava	se	planetarizando,	sempre	com	a	Europa	no	foco.	Até	que	se	chegou	a	1ªGM	
e,	ao	seu	final,	o	que	se	viu	foi	de	fato	um	Sistema	Internacional	planetarizado,	mas	
com	um	grande	ator	fora	da	Europa:	os	EUA.	
	
Assim,	
1492	–	1914	Sistema	Internacional	“planetário”	com	foco	na	Europa	
1914	–	1945	Sistema	Internacional	quase	planetário	com	um	ator	fora	da	Europa	
1945	–	1991	Sistema	Internacional	planetário	de	fato,	pois	seus	principais	atores	
estavam	fora	da	Europa	(EUA	e	URSS).	Marcado	pela	Bipolaridade.	
1991	–	2020	Multipolaridade	
	
	
	
	
	
	 	 	 	 IDEOLÓGICO	
Bipolaridade	
Na	Guerra	Fria	
	 	 	 	 MILITAR	
	
	
1ª	Fase	da	Guerra	Fria:	1945-1955	
	 Na	1ª

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