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BIOSSEGURANÇA APLICADA À MEDICINA VETERINÁRIA EPI’s, EPC’s e BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS EPI: uso individual e utilizado pelo trabalhador com riscos suscetíveis de ameaçar sua segurança. Empresa deve fornecer gratuitamente. Deve ser aprovado e registrado o fornecimento aos trabalhadores. O trabalhador deve ser orientado: Deve estar ciente; deve saber dos riscos ou danos possíveis pelo não uso dos EPI’s; conhecer sua finalidade e o seu modo de uso e deve ser informado à respeito de sua limpeza e conservação. LUVAS: proteção mecânica, térmica e química. CALÇADOS, BOTAS E BOTINAS: proteção mecânica e contra animais peçonhentos. ÓCULOS: proteção contra partículas, luz, radiação. AVENTAIS, CAPAS, CALÇAS E BLUSAS: proteção contra o calor, frio e produtos. CAPACETES: proteção do crânio contra impactos e choques mecânicos. GORRO, CAPUZ: proteção do cabelo contra respingos. PROTETOR AUDITIVO MÁSCARAS E RESPIRADORES: proteção contra gases, vapores e névoas. AVENTAL OU JALECO: proteção contra microorganismos, animais, produtos químicos. Cuidar lavagem, estocagem e esterilização de materiais. EPC: primeiro método de proteção. Auxilia na segurança do trabalhador. Devem estar localizados em áreas de fácil acesso e bem visíveis. Fazem a sinalização de segurança com placas, cones, sons, fitas e correntes. PLACA PARA EXTINTORES: A = água e tecidos B e C = pós químicos, líquidos inflamáveis e eletricidade. C e B = gás carbônico e eletricidade. CHUVEIRO E LAVA-OLHOS: deve estar de fácil acesso. CABINES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA: sistema de filtração. CLASSE I: protege o manipulador e ambiente e não a amostra. CLASSE II: protege o manipulador, o ambiente e a amostra. CLASSE III: proteção absoluta, barreira física entre manipulador e amostra; pressão negativa dentro da cabine e utilização de luvas para a manipulação. CABINE DE SEGURANÇA QUÍMICA: capela de exaustão para proteção contra gases e vapores. BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS: Conjunto de ações que diminuem os riscos nas atividades do ambiente de trabalho. Seguem as normas de procedimentos POP (Procedimento operacional padrão) para a padronização das operações. Deve haver cuidados pessoais como cabelo preso, unhas limpas, sem uso de anéis e acessórios e lentes de contato. Roupas compridas e sapatos fechados. Organização no local de trabalho: deve ter armazenamento, pasta com fichas e seguir os protocolos. IMUNIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE: PASSIVA: transferência de anticorpos, organismo, colostro, soro. ATIVA: contato com microorganismo por infecção ou vacinação. NR32: deve ser vacinado contra tétano, difteria e hepatite B. ACIDENTES NO TRABALHO E MAPAS DE RISCO Lei 8213 de 1991, Art. 19: Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho do segurado, provocando lesão. ACIDENTE TÍPICO: decorrente das características da atividade da profissão que o indivíduo exerce. ACIDENTE DE TRAJETO: trajeto entre a residência e o local de trabalho. DOENÇA PROFISSIONAL OU DO TRABALHO: exercício de determinada função, característica de um emprego específico. BIOSSEGURANÇA EM CLÍNICAS VETERINÁRIAS E AMBIENTES DE HOSPITAIS VETERINÁRIOS *choque elétrico = risco de acidente Legislação da biossegurança na veterinária é muito fraca; se baseia na legislação trabalhista exisente. Monetarização do risco = vendendo parte de sua saúde ao agir com imprudência. RISCOS PRINCIPAIS NO HVU: Respostas de hipersensibilidade; mordidas e arranhaduras, coices e chifradas; doenças infecciosas. RISCOS FÍSICOS: RUÍDOS: conseqüências; exaustão do ouvido, reação de alarme ou susto, reação vegetativa. Considerar prevenção com susceptibilidade individual, característica dos sons e modos de exposição. RADIAÇÃO IONIZANTE: noções básicas sobre proteção radiológica: permanecer menor tempo possível próximo da fonte, maior distância possível e utilização de blindagens adequadas. AMENIZAÇÃO DOS RISCOS: utilizar aparelho com potência recomendada, aterramento do aparelho, aparelho equipado com localizador luminoso e deve ter indicação da distância adequada, utilizar a grade de bucky que melhora a imagem e evita a dispersão, sala revestida por barita e as portas devem ter uma placa de chumbo, acima da porta deve ter uma luz indicativa, e na porta deve ter o símbolo internacional de radiação ionizante. Todas as salas devem ter EPI’s: aventais plumbíficos, luvas, óculos com vidro plumbífero e protetores de tireóide de boas condições de uso e quantidade suficiente para todos os operadores, biombo com vidro plumbífero. É importante fazer a contenção física ou química ao invés de expor ajudantes para conter os animais. RISCOS QUÍMICOS: Agentes antineoplásicos, gases anestésicos, pesticidas, drogas antimicrobianas, desinfetantes e antissépticos (álcool irrita e resseca pele e gluteraldeido). Animais afetados com zoonoses, exames clínicos e laboratoriais ou necropsias, intensa circulação de pessoas e animais. RESOLUÇÃO 670/2000: Conceitua estabelecimento veterinário: hospitais, clínicas, consultórios e ambulatórios. SETORES: SETOR DE ATENDIMENTO, CIRÚRGICO, INTERNAMENTO, SUSTENTAÇÃO OU LAVANDERIA, AUXILIAR DE DIAGNÓSTICO (LABORATÓRIOS), DE EQUIPAMENTOS INDISPENSÁVEIS (ARMAZENAMENTO). RECEPÇÃO: riscos por agentes físicos como ruídos de latidos. Agentes químicos nos produtos de limpeza usados. Agentes biológicos com contato de secreções de animais e insetos ou fluidos orgânicos dos animais. Riscos ergonômicos com postura e movimento repetitivo (animais pesados). Acidentes com mordidas e arranhaduras, objetos perfurocortantes. SALA ANTI-SEPCIA: LIMPEZA: remoção das sujidades e matérias estranhas. DESINFECÇÃO: ESTERILIZAÇÃO: processo físico ou químico. DESCONTAMINAÇÃO: processo de desinfecção terminal de objetos inanimados com álcool e clorexidine. ANTI-SEPCIA: processo que destrói microorganismos sobre tecidos vivos. *Agulha possui duas superfícies: uma interna e uma externa; a interna é a mais perigosa, pois fica as secreções dos animais dentro e você se contamina. A agulha de sutura possui só a face externa. BIOSSEGURANÇA EM BIOTÉRIOS: Criação e manutenção de animais para experimentação. CTNBio: comissão técnica nacional de biossegurança; normas OGM’S. BIOTÉRIO: produz e mantém espécies animais e servem como reagentes biológicos em ensaios controlados para pesquisa, ensino, produção e controle de qualidade nas áreas biomédica, ciências humanas e tecnológicas. Deve ser aprovado pela CEUA: comissão de ética no uso de animais. Deve ser da CIUCA (cadastro das instituições de uso científico de animais). PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO: Responsável pela saúde e bem-estar dos animais no biotério. Faz atendimentos e serviços veterinários como clínica, emergência e medicina veterinária preventiva. Diagnóstico, tratamento e controle de epizootias (epidemias) e enzootias (atinge localidades com muita frequência em todos os animais da região). Deve conhecer leis e as normas e é o único que pode ser RESPONSÁVEL TÉCNICO (RT). CLASSIFICAÇÃO DOS BIOTÉRIOS: BIOTÉRIO DE CRIAÇÃO: instalação de produção e manutenção das matrizes das linhagens. Controle rigoroso da saúde dos animais e sistema de acasalamento para manutenção das características genéticas. Área isolada e distante dos centros urbanos. BIOTÉRIO DE PRODUÇÃO OU MANUTENÇÃO: recebem animais dos biotérios de criação ou de produção; ficam alojados durante determinado período experimental. Construção próxima ao laboratório de pesquisa, instalação de barreiras sanitárias de produção para trabalhador e meio ambiente. ESPÉCIES: ratos chinchilas, cobaios, camundongos, cães, gatos,aves, coelhos, ovelhas, cabras, suínos, bovinos, eqüinos, chimpanzés, macacos, serpentes, lagartos e sapos. Modelos de pesquisa Produção de anticorpos e teste de vacinas recombinadas Preferência por roedores devido: tamanho e custo reduzidos, ciclo reprodutivo curto e prole numerosa, gerações de curta geração, fácil manejo, fisiológica conhecida, adaptação a vários ambientes, linhagens geneticamente definidas. PADRONIZAÇÃO DOS ANIMAIS GENÉTICA → OUTBRED: animais heterozigotos para muitos pares de alelos e são resultado de reprodução ao acaso. ➔ INBRED: linhagem homozigotas aos pares de alelos e são mais semelhantes possíveis (irmãos), máximo de 20 gerações. NUTRICIONAL: potencializar, genética, reprodução, longevidade, respostas a estímulos. Níveis de biossegurança: NB1 envolve agentes infecciosos bem caracterizados que comprovadamente não causam riscos de doenças em humanos ou animais de laboratório sadios. Informação de EPI e possíveis riscos; material utilizado como cama deve ser manejado de forma que minimiza a dispersão de aerossóis; limpeza sem recomendação específica e roupas apropriadas em cada local. NB2 envolve agentes infecciosos que ocasionam riscos de doenças humanas (MO2); exigências da 1+ requerimentos especiais, avisos, gaiolas para autoclave. Sistema de ar com exaustão e ventilação negativa. NB3 envolve procedimentos para trabalhador e animais infectados por (MO3) que transmissão aerógena causa doenças letais. Exigência da 1+2+ descontaminação de todos os animais, acidentes imediatamente relatados e acompanha-se evolução, troca de roupa após saída da área de risco, banho obrigatório na saída e sala vedada com pressão negativa. NB4 procedimentos para trabalhadores e animais infectados com microorganismos de alto risco de ocasionar doenças letais, transmissíveis por aerossóis ou relacionadas com agentes de risco de transmissão desconhecido. CLASSIFICAÇÃO SANITARIAMENTE DE ACORDO COM A MICROBIOTA DOS ANIMAIS QUE NÃO SÃO CRIADOS EM SUAS INSTALAÇÕES: MICROBIOTA é o conjunto de organismos vinculados aos animais como bactérias, fungos, vírus e parasitas. AMBIENTE é a complexidade e eficiência das barreiras sanitárias na manutenção de condições propícias para alojamento de espécies animais. STATUS SANITÁRIO DOS ANIMAIS (ORIGEM) GNOTOBIÓTICOS: possuem microbiota associada conhecida. - Germ free: isentos de germes - Axênicos: oriundos do germ free e possuem um único microorganismo conhecido inoculado. SPF: isentos de agentes patogênicos específicos. Barreiras sanitárias rigorosas, sensíveis a infecções. ANIMAIS CONVENCIONAIS: microbiota indefinida e sem barreiras; só exaustores. Mecanismos físicos, químicos e biológicos: dificultam ou minimizam os efeitos. homem-animal. DEVE HAVER: controle do acesso, EPI, EPC, luvas específicas, não comer, não usar celular, não deve ter plantas, aventais não podem ser guardados junto a objetos pessoais; Quarentena: ambientalização Biotérios têm todos os riscos. RISCOS PARA FUNCIONÁRIOS: manejo, microorganismos, fezes, urina, saliva, zoonoses, mordeduras e arranhaduras, alergias, contaminação química, cortes pelas gaiolas, tampas, etc. quedas e torções. RISCOS PARA ANIMAIS: estresse na manutenção e procedimentos, ferimentos por brigas, contaminação por agentes patogênicos, evitar colocar fêmeas e machos juntos. RISCOS PARA AMBIENTE: descarte de resíduos infectantes (maravalha, fezes, urina, perfurocortantes), escape de animais (OGM’s), descarte de carcaças. Controle sanitário: redução do número de animais utilizados e de repetições de experimentos e obtenção de resultados reproduzíveis e confiáveis. INSTALAÇÕES devem ser seguras para os usuários e animais: áreas isoladas, específicas, de procedimentos, corredores para materiais contaminados e descontaminados, depósitos, administração, vestiários. MACROAMBIENTE: equipamentos, temperatura, umidade relativa do ar, luminosidade, ventilação, ar e ruídos. Instalação com temperatura de 21°C mais ou menos 1. Foto período controlado por temporizador ciclo claro- escuro de 12h. Renovação total de ar em torno de 15 a 20 trocas de ar por hora. Gradiente de pressão no interior das salas de animais menor do que o das outras áreas. MICROAMBIENTE: cama, água, ração, controle de odores (tudo que vai na gaiola). DESCARTE DE RESÍDUOS: GRUPO A: resíduos infectantes: saco plástico branco com sinal de risco biológico; incinerado ou autoclavado até o momento. GRUPO D: acondicionados, saco preto, identificados e incinerados; ração úmida, restos de cama não contaminados. GRUPO E: perfurocortantes.
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