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S3 Medicina Alina Villela Antitussígenos, mucolíticos e broncodilatadores Antitussígenos → Possuem estabilidade no mercado; → Tosse: mecanismo protetor caracterizado por contração sinérgica e convulsiva dos músculos torácicos e abdominais; mecanismo protetor das vias aéreas. Produtiva ou não produtiva/seca (infecção/ medicamentos (ex; IECAS -> aumento de bradicininas). → Atuam no centro da tosse: ▪ Derivados opioides: codeína, hidrocodona, noscopina... ▪ Não opioide → Atuam de forma sistêmica: ▪ mucoliticos/ expectorantes. Inibição da tosse: tais agentes (principalmente opioides) irão atuar em receptores acoplatos a proteína G, isso diminuirá a adenilil ciclase (efetor enzimático), irá atuar em canais iônicos: aumenta o efluxo de K+ E diminui o influxo de Ca++ -> diminui a liberação de neurotransmissores. Depressão respiratória: os opioides podem produzir DR por inibirem mecanismos respiratórios no tronco cerebral. Codeína: ▪ alcaloide natural do ópio; ▪ Efeito: analgésico e antitussígeno ▪ Miose (pupilas puntiformes) → Farmacocinética: ▪ Absorção: VO ▪ Atravessa a BHE, placentária, distribui no leite materno. ▪ Metabolização hepática e eliminação renal ▪ Efeitos colaterais: constipação, sonolência, depressão respiratória, espessamento da secreção bronquial (efeito 2°), tolerância. Dextrometarfano: ▪ Não atua nos receptores opioides ▪ Atua no centro da tosse ▪ Não possui propriedades: analgésicas, sedativas, DR. → Farmacocinética: ▪ Absorção rápida pelo TGI (15-30 min) ▪ Metabolização hepática e eliminação renal ▪ Usos: tosse crônica não produtiva ▪ Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia. ▪ Doses elevadas: euforia, torpor, incoordenação de marcha. CUIDADO: Pacientes pediátricos!!!! Devido a baixa eficiência metabólica -> acumulo. Mucolíticos/ Expectorantes Distúrbios associados à obstrução do fluxo aéreo: Muco é produzido pelas células caliciforme + células mucosas, o qual quando produzido em excesso gera a tosse e o aumento da atividade ciliar com o objetivo de expulsão desse excesso. Contudo, em situações patológicas ocorre uma hipersecreção brônquica + aumento da viscosidade do muco + atividade ciliar reduzida, deve-se (é permitido) utilizar os mucolíticos/ expectorantes. S3 Medicina Alina Villela Expectorante: estimula os mecanismos de depuração do muco (reduzir as forças de coesão intermoleculares-> diminuindo a viscosidade); aumenta o volume hídrico, favorecendo a expulsão. Para eliminar muco: hidratação adequada e inalação de vapor. Mucolíticos: modifica as características físico- químicas do muco. Atuam de maneira conjunta!! Mucolíticos Classificação: ▪ Agentes tensoativos: propilenoglico, tyloxapol... ▪ Derivados de aminoácidos: N- acetilcisteina, carboximetilcisteina ▪ Derivados sintéticos: bromexina, ambroxol Mucoliticos sintéticos: → N-acetilcisteína: mais popular (1960); ▪ Mecanismo de ação: grupos sulfidrilas rompem pontes dissulfeto das mucoproteínas -> diminuir a viscosidade. ▪ Não atravessa a BHE, placenta, excretada pelo leite (baixa concentração). ▪ Não é recomendada para o tratamento da DPOC. ▪ Vias de administração: VO, inalátora (irritação com broncoespasmo) e injetável. ▪ Efeito antioxidante ▪ Maior efeito em meio alcalino → S-carboximetil-L-cisteina: possui características semelhantes a N- acetilcisteina; Há relatos de distúrbios gástricos, cefaleias e erupções cutâneas. → Bromexina/ Ambroxol: ▪ Mecanismo de ação: liberação de enzimas lisossômicas que degradam os mucopolissacarídeos. ▪ Ativa o epitélio ciliado ▪ Vias de administração: VO, inalatória e parenteral. ▪ Biodisponibilidade de 20% ▪ Metabolização hepática e eliminação renal ▪ São bem tolerados ▪ Efeitos colaterais: intolerâncias digestivas em pacientes pediátricos, elevação transitória de transaminases (uso prolongado = monitoramento hepático). Expectorantes → Guaifenesina: ▪ Possui efeito mucolítico ▪ Aumenta a expectoração e o volume secretório ▪ Diminui a viscosidade do muco ▪ Farmacocinética: ▪ Absorção: VO ▪ Boa distribuição pulmonar ▪ Parte atravessa a BHE, placenta, possui certa eliminação no leite materno. ▪ Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, dor abdominal, urticaria, diarreia. ▪ Pacientes pediatrcos!!!! O uso isolado de mucolíticos/ expectorantes não é tão interessante, deve-se associar uma adequada hidratação + fisioterapia + reversão das obstruções e infecções. S3 Medicina Alina Villela Broncodilatadores Anticolenerico-> efeito adrenérgico-> efeito simpático EX: Um indivíduo quando faz uso de agonista beta-2, como salbutamol, além do efeito broncodilatador o paciente pode notar tremores, devido aos efeitos sistêmicos onde essa molécula se liga a receptores da musculatura esquelética levando a uma contração. B2 (simpatomiméticos) localizado nos pulmões, quando estimulado por agentes agonistas gera efeito de broncodilatação. Visto que o acoplamento das moléculas através da proteína G, ativa a adelil ciclase aumentando os níveis de AMPc -> favorecendo a broncodilatação. Brometo de ipatrópio (antimuscarinico) tende a bloquear as ações colinérgicas (acetilcolina=bronconstricção) causando broncodilatação. Teofilina (metilxantina) tende a bloquear a adenosina (que gera bronconstricção). Metilxantinas ▪ Representantes: teofilina, teobromina, cafeína, aminofilina, bamifilina, Acebrofilina. ▪ Não são utilizados por via inalatória (irritantes da mucosa brônquica) ▪ Metabolização hepática ▪ Aminofilina: complexo teofilina- etilenodiamina ▪ Menos usadas no controle da asma aguda ▪ Pouco utilizadas comparados aos demais, devido aos diversos efeitos colaterais!! Mecanismos de ação: ▪ Inibidores de fosfodiesterase: aumenta AMPc intracelular; estimulação cardíaca (crono e inotropismo +); relaxamento da musculatura lisa. ▪ Inibidores de receptores de adenosina: broncodilatação; inibição da liberação de histamina. ▪ Efeito anti-inflamatório ▪ Aumento da liberação de Ca intracelular; aumento da liberação de catecolaminas; melhora na contratilidade diafragmática. ▪ Efeitos adversos: SNC: aumento do estado de alerta e diminuição da fadiga; nervosismo, insônia, tremores, convulsões. Cardiovascular: cronotropismo e inotropismo +; vasodilatação (exceto cerebral); aumento da RVP. TGI: aumento da secreção acida e enzimática Renal: diuréticos fracos (ex: teofilina) Musculatura lisa: broncodilatação Musculatura esquelética: aumento da força contrátil e diminuição da fadiga (diafragmática) ▪ Usos clínicos: broncoespasmo agudo; asma noturna e induzida por exercícios; DPOS; apneia da S3 Medicina Alina Villela prematuridade (sensibilidade do centro respiratório-> toxicidade). ▪ Farmacodinâmica: metabolismo hepático (variação individual e por faixa etária); dosagem serica (5-20mg/L); Anorexia, náuseas, vomito, cefaleia, ansiedade ocorrem em [ ] maiores que 15-20mg/L; Arritmias e convulsões ocorrem em [ ] maiores que 40mg/L (OBS: viagra, nitrovasodilatadores: aumentam AMPc). ▪ Interações medicamentosas: Agentes simpatomiméticos: B2-adrenérgico: Albuterol, terbutalina, fenoterol... Drogas mais usadas para crise asmática Inalação: efeito local maior, menor toxicidade Inalador: efeito em 30 min, persiste por 3-4h Aerossol: apenas para quem não usa inalador → B2-adrenérgicos inalados de longa duração: Salmeterol e fermoterol-> associação com corticosteroides no controle da asma crônica. → B2-adrenergicos sistêmicos: VO-> tremor, nervosismo, fraqueza; terbutalina: SC e EV → Indacaterol: meia vida longa (24 hrs); utilizado na DPOC (150 mcg); não indicado no tratamento da asma; efeito inicialem 5 min; efeitos adversos: cefaleia, broncoespasmo paradoxal Broncodilatação: Epinefrina, efedrina (descongestionante nasal), isoproterenol; Inibição da desgranulação dos mastócitos (inibem a liberação de histamina) Diminui a permeabilidade capilar Aumenta do crearence mucociliar v(favorecendo a expectoração) Estimulo da adenilato ciclase ▪ Toxicidade: tolerância; perda do efeito broncoprotetos; arritmias cardíacas-> B1; toxicidade miocárdica dos propelentes. S3 Medicina Alina Villela Antimuscarínicos → Brometo de ipratrópio; tiotrópio Mecanismo de ação: broncodilador (inibe parassimpático); diminui a secreção de muco Variação individual da eficácia Usos clínicos: broncoespasmo agudo (efeito em 1h- dura 5h); DPOC; intolerância aos B2- adrenérgicos Brometo de tiotrópio: anticolinérgico de longa duração; inicio de ação em 30 min; pico de resposta 1,5-3 h; duração do efeito=24h; uso inalatório; metabolismo hepático; meia vida de eliminação=5-6 dias; Mecanismo de ação: liga-se a receptores muscarínicos; 10x mais potente que o ipatrópio; maior afinidade por M1 e M3 Precauções: glaucoma ângulo fechado, hiperplasia prostática, retenção urinaria Contra-indicações: hipersensibilidade; menores de 18 anos, gravidas, lactantes... Reações adversas: boca seca, dispepsia, constipação, visão turva... Antagonistas dos leucotrienos Os leucotrienos cisteínicos são potentes broncoconstritores. Tratamento da asma Metabolização hepática 1) Inibidores da 5-lipoxigenase (enzima que atua na formação dos leucotrieno) -> zileutona 2) Bloqueadores do receptor cisteinil- leucotrieno-> montelucaste (1/2 vida plasmática de 4-5h; efeitos perduram mais; 1x dia); zarfirlucaste (1/2 vida plasmática de 10h mas deve ser administrado de 12/12h) Cromonas: impedem a degranulação de mastócitos; utilizados na prevenção de crise asmática; raríssimos efeitos colaterais.
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