ARTES_3

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APOSTILA DE ARTE 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Instituição Educacional: Centro Educacional Brasil Central 
Nível: Educação básica 
Etapa: Ensino Médio 
Modalidade: Educação de Jovens e Adultos a Distância 
Regime: Modular 
Módulo: III 
Componente curricular: Artes 
Carga Horária: 20 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APRESENTAÇÃO 
 
 Seja bem-vindo! Caro estudante, 
 A arte está presente no nosso cotidiano desde que nos entendemos como seres 
humanos e não se resume somente a museus e obras de arte... 
 Quando escutamos uma música, por exemplo, estamos apreciando uma forma de 
arte que se faz presente desde os nossos antepassados e irá influenciar a nossa 
cultura no futuro. 
 Nessa edição da apostila, gostaríamos de levar até você a arte de maneira 
totalmente ligada ao cotidiano, pois sabemos a importância de suas vivências e seus 
aprendizados. Além disso, abrimos espaço para a reflexão e o desenvolvimento do 
espírito crítico e de valores voltados para a cidadania. 
 Esperamos que ao estudar essa matéria tão diversificada que é a arte, você possa 
amar cada vez mais as suas representações. 
 Durante os seus estudos, conte sempre com a equipe do Brasil Central para 
orientar, esclarecer dúvidas e principalmente socializar sobre os temas propostos. 
 
 Bons Estudos! 
 Equipe Técnica Pedagógica 
 Brasil Central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
GRÉCIA E ROMA – FUNDAMENTOS DA ARTE OCIDENTAL ................................................................................ 6 
IDADE MÉDIA – SOB O DOMÍNIO DO CRISTIANISMO ..................................................................................... 11 
RENASCIMENTO – HOMEM COMO O CENTRO DO UNIVERSO ............................ 13 
A DIVERSIDADE DA MANIFESTAÇÃO ARTISTICA .............................................................................................. 14 
A VANGUARDA ARTÍSTICA ................................................................................................................................ 16 
CUBISMO – PREDOMÍNIO DA RAZÃO............................................................................................................... 16 
FAUVISMO – INSTINTO DA CRIAÇÃO ............................................................................................................... 18 
EXPRESSIONISMO - EMOÇÃO E ESPIRITUALIDADE .......................................................................................... 19 
O RADICALISMO FUTURISTA ............................................................................................................................. 21 
Referências: ........................................................................................................................................................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
MÓDULO III 
DURANTE ESSE MÓDULO VEREMOS JUNTOS: 
• A ARTE COM O PASSAR DO TEMPO 
• DIVERSIDADE CULTURAL 
• MOVIMENTOS ARTISTICOS 
ESTA PREPARADO(A) ?! VAMOS LÁ! 
 
 
 
 
 
 
 GRÉCIA E ROMA – FUNDAMENTOS DA ARTE OCIDENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 A dança nasceu associada às práticas do homem. Com o desenvolvimento da 
civilização, o rito separou-se da dança, configurando-se assim um campo mais 
específico para essa manifestação cultural. 
 O homem primitivo pintava as paredes das grutas, cavernas e galerias, 
pareciam acreditar ser possíveis, pela representação pictória, alcançar determinados 
objetivos, como abater um animal, o mesmo também criava rituais com um fundo 
mágico, nos quais, por meio da imitação desses animais, de caça ou de luta, 
procurava estabelecer uma ligação misteriosa com as forças da natureza e sobre 
elas adquirir domínio. 
 Os primeiros registros desses ritos datam do paleolítico superior. Não há 
indicações de que cultuassem alguma divindade ou acreditassem na vida após a 
morte, nem que possuíam um pensamento mágico rudimentar. 
 Já no neolítico, o homem adorava os espíritos, cultuavam e enterravam os 
mortos. Nas cerimônias, os cultos de dança tinham um importante papel, sendo a 
arte dominante do período, sua execução estava a cargo dos homens, principalmente 
dos magos e sacerdotes, a princípio os mesmos deveriam dançar nus. 
 Quando a dança se tornou um elemento ritual e sua execução quase que só um 
privilégio de sacerdote, eles se cobriam de amuletos e tinta, na presunção talvez de 
que assim teriam mais forças para entrada dos poderes sobrenaturais e da própria 
natureza. 
UNIDADE I 
SEÇÃO 01 
 
7 
 
COM QUAIS FINALIDADES A 
DANÇA PODE SER USADA NA 
ATUALIDADE? 
 
 
 
 Imagem Ilustrativa das Danças Ancestrais 
 À arte e a dança é também profundamente simbólica, capaz de sugerir 
ilimitadamente imagens e associações, cheias de riquezas e de vitalidade. 
 A Dança é uma sequência de movimentos corporais executados de maneira 
ritmada, em geral ao som da música, ela expressa movimentos e gestos, mas os 
mesmos só obteriam um efeito mágico ou encantatório, se executados dentro de 
certas regras/medidas, não necessariamente regulares ou aparentes, mas que os 
tornasse um conjunto homogêneo 
e fluente no tempo. 
 
 
 
 
 
 
 Ritmo é uma sequência de durações de sons e silêncios, isto é, um 
agrupamento, uma organização, uma combinação ou junção de durações sonoras. 
 Dentro da linguagem musical existem diversas maneiras de utilizar o som para 
que o compositor possa criar a sua obra. É através do ritmo proposto pelo compositor 
que sentimos vontade de bater o pé, ou palmas, procurando fazer o 
acompanhamento de determinada música. 
 
8 
 
 Na dança o ritmo pode ser apresentado de duas maneiras, origem externa e 
interna: 
 - Origem Externa: Provem da música ou de sons que chegam até o dançarino. 
 - Origem Interna: É aquele que provem do mundo interior (psíquico e biológico) 
do dançarino. Acompanhar os batimentos cardíacos pode ser um exemplo desse tipo 
de ritmo. 
 Na Grécia a dança originou-se de rituais religiosos, acreditava-se os gregos no 
poder mágico da dança. Em Roma a dança nunca foi para privilegiados, na verdade 
em Roma, a dança entra em total decadência. Só no renascimento ela recupera suas 
qualidades e sua importância. 
 
 Imagem Ilustrativa Dança em Roma Imagem Ilustrativa Dança na Grécia 
 No Renascimento a dança torna-se mais complexa e “passa a ser executada 
também por pessoas ou grupos organizados, com estudos específicos, em palcos ou 
em outros espaços adequados, sendo então conhecidas como balé. 
 Até o Renascimento a dança permanecera como uma atividade lúdica 
executada por pares ou grupos entre nobres aldeões e plebeus, se até essa época a 
dança era algo improvisado a partir desse momento da história, tal divertimento 
adquire uma forma mais disciplinada. 
 Estava enfim aberta as portas para o desenvolvimento e crescimento da dança 
em qualidade. No século XVI, o Balleto era a grande moda na Itália e, a seguir, na 
França. 
 Nessa época, durante a comemoração do casamento de uma irmã da rainha 
Catarina, as damas da corte até então excluídas das danças, tomavam parte, 
constituindo o que pode ser considerado como o primeiro corpo de baile. 
 Nessa época, também, Beaujoyesusc (omais importante homem de balé da 
corte de Carlos IX) une os elementos tradicionais de espetáculos italianos com 
elementos teatrais, criando um gênero novo em que se incluem a dança, a mímica, a 
declamação, o canto, a cenografia e a cenotécnica, a que chamou de Ballet Comique 
de La Reine. 
 
 
 
9 
 
VOCÊ SABE O QUE É CENOGRAFIA NO BALÉ? 
 
 
 
 Imagem Ilustrativa dos Quatro Elementos do Ballet Cornique de La Reine 
 O século XVII é considerado o grande século do balé. O balé sai dos salões dos 
castelos e transfere-se para os palcos. No século XVIII, a dança readquire todo o seu 
esplendor, sendo executada nos palcos dos teatros por verdadeiros profissionais de 
ambos os sexos e uma verdadeira revolução acontece. 
 
 
 
 
 
 É a arte de compor bailados, ou seja, anotar, sobre o papel os passos e as 
regras pertencentes ao bailado. 
 O uso da pantomima (representação com um dançarino solista) no balé veio 
trazer o que faltava a ele: um sentido ao enredo, torna-lo dramático, além da beleza 
dos cenários e dos figurinos. 
 A revolução do balé só se completaria no final do século XVIII, com o 
surgimento do Romantismo, durante esse período a prioridade era recuperar a 
harmonia entre o homem e o mundo, nessa época, também que se começam a usar 
as sapatilhas. 
 A decadência do balé romântico acentua-se no começo da segunda metade do 
século XIX, quando então, uma mulher iria novamente revolucionar toda a dança. 
 Essa mulher foi Isadora Ducan, a seguir uma de suas fotografias. 
 
 
10 
 
 
 
 
 Fotografia Isadora Ducan 
 No início do século XX o grande revolucionário da dança foi o russo, Serge 
Pavlovitch Diagljilev, que mesmo não vendo um dançarino, criou as condições 
míticas, como Ninjinski. Nos estados unidos, na década de cinqüenta, Martha Grahan 
cria uma nova maneira de dançar; uma forma de dançar independentemente da 
música. 
 
 Fotografia Serge Pavlovich Diaglijilev 
 
 Assim, com o tempo a dança foi se revolucionando através de outros artistas 
importantes, trazendo a sua herança cultural, onde cada lugar possui as suas 
particularidades e seus ritmos diferentes, tanto na forma de dançar como também no 
estilo musical. 
 
11 
 
VOCÊ JÁ FOI AO CINEMA? COMO FOI A 
SUA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA? CONSEGUE 
SE LEMBRAR? 
 
 
 
 
 
 IDADE MÉDIA – SOB O DOMÍNIO DO CRISTIANISMO 
 Agora iremos falar um pouco sobre o cinema.... Em uma noite de inverno em 
Paris, mais precisamente o Natal já ficou para trás, e faltam ainda alguns dias para o 
ano terminar, estamos no dia 28 de dezembro de 1895, é uma noite de sábado e as 
ruas estão repletas de pessoas, as comemorações das festas de fim de ano criam 
um clima festivo e apesar do frio da noite invernal, em meio às músicas, luzes e a 
alegria inusitada, quase que com um tom misterioso, uma coisa aconteceu... 
 Em uma sala escura, um pequeno grupo de pessoas olha hipnotizado para uma 
grande tela branca, na verdade, a tela aos poucos deixa de ser branca, pois nela 
surgem imagens de pessoas saindo de uma fábrica, logo depois outra cena cria um 
verdadeiro alvoroço na sala: um trem avançando em direção à platéia. Nessa noite, e 
com esse “susto”, nascia o 
cinema, e daí em diante 
faria nascer um novo 
mundo. 
 
 
 
 
 
 
 O homem inventou o cinema e consequentemente também inventou o mocinho, 
a mocinha e o bandido, até hoje são criados novos mundos, no fundo dos mares, em 
desertos e até mesmo nas estrelas. 
 A sétima arte nascia, a arte que viria representar soberbamente o século XX e 
que só nele poderia ter acontecido, pois para que ele (o cinema) fosse possível, a 
humanidade já deveria encontrar-se inserida em um sistema industrial com suas 
incríveis invenções, como a eletricidade, a fotografia, a perspectiva retiniana. 
 Na rua 14 dos Capucinos em Paris, uma inscrição eterniza aquela noite. “Aqui, 
em 28 de dezembro de 1985, tiveram lugar as primeiras projeções públicas de 
SEÇÃO 02 
 
12 
 
fotografia animada com auxílio de cinematografo, aparelho inventado pelos irmãos 
Lumière. 
 
 
 
 
 
 Imagem Ilustrativa de um Cinematografo 
 Século XVIII, reinado de Lois XIV, o mundo tem notícia do embrião do cinema: A 
lanterna mágica, que também foi um aparelho diferenciado para a reprodução de 
imagens. 
 . 
 Imagem Ilustrativa de um Cinematografo 
 Outro grande passo importante para a história do cinema foi a invenção do 
fenacistoscópio, um aparelho constituído de dois discos de papelão, em um deles 
estão desenhadas as diferentes fazes de um mesmo movimento, o outro tem fendas 
distribuídas de maneira tão regular que quanto as imagens se distribuem, fazem girar 
os dois discos, tem-se a impressão de ver o movimento acontecer e repetir-se. 
 
13 
 
 
 Imagem Ilustrativa do Fenacistoscópio 
 O que diferenciou o Teatro Óptico de todas as invenções anteriores foi a sua 
aproximação do cinema, onde a eletricidade e a fotografia foram acontecimentos de 
grande marco para esse período, facilitadoras da criação do cinematographe 
(cinematografo) aparelho capaz de projetar numa tela imagens em movimento, por 
meio de uma sequência de fotografias. 
 Após aquela sessão, as outras apresentações permaneceram cheias e 
consequentemente com um grande aumento do público. Os irmãos Lumière levaram 
sua invenção para toda a França. 
 No século XX, o cinema espalhou-se por todos os países: novas tecnologias 
surgiram e a qualidade dos filmes cresceu espantosamente. Esse é só o início de um 
estilo de arte que perduraria até os dias de hoje, com suas modificações, mas ainda 
muito utilizado no Brasil e no mundo. 
 
 
 RENASCIMENTO – HOMEM COMO O CENTRO 
 DO UNIVERSO 
 O dicionário Aurélio define a palavra “filme” como uma sequência de imagens 
e/ou de cenas, em movimento ou não, registradas em filme por uma câmera 
cinematográfica, para projeção posterior em tela, depois de revelada a película. 
 Essa definição de filme poderia ser uma história contada por meio de imagens 
em movimento, elaboradas para serem projetadas em uma tela, porem um filme nem 
sempre é uma história contada, alguns não contam histórias, mas mostram aos 
espectadores um determinado acontecimento, uma certa região geográfica, para 
tanto, não precisa de filme, damos o nome de documentário. 
 O filme utiliza uma espécie de linguagem que é o uso da palavra articulada ou 
escrita como meio de expressão/ comunicação entre duas ou mais pessoas, ou seja, 
linguagem no cinema significa o uso de imagens apresentadas em sequências numa 
SEÇÃO 03 
 
14 
 
VOCÊ SABE COMO É PRODUZIDO UM 
ROTEIRO? QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA 
QUE O MESMO SEJA ELABORADO? 
 
tela branca, com o objetivo de comunicar, expressar, contar algo para aquele que a 
observa. 
 Para que aconteça essa comunicação de forma clara, uma ferramenta bastante 
utilizada pelos cineastas é o roteiro, pois é a melhor forma até então de uma história 
ser bem contada, evitando que ocorra redundância e que o contador se perca com o 
conteúdo que está externando. Toda mensagem transmitida deve ter início, meio e 
fim bem delineados e através do roteiro isso fica mais possível. 
 
 
 
 
 
 A seguir um exemplo de como seria uma parte de um roteiro para um hipotético 
filme: 
 Em uma rua de Paris durante a noite, luzese enfeites natalinos indicam a época 
em que transcorre a cena, com a presença de músicas e risos de pessoas. Nesse 
mesmo ambiente em uma vitrine, um calendário indica que é dia 28 de dezembro de 
1895. A câmera “caminha” entre as transeuntes imagens de veículos puxados por 
cavalos, vitrines iluminadas, restaurantes, as pessoas bebem, cantam e riem... 
 Aparece uma placa identificando um restaurante, a câmera passa por entre 
mesas, pelo balcão, desce uma escada e entra numa sala semi-iluminada, no interior 
dessa sala em penumbra, os rostos estão suavemente iluminados. Os 
telespectadores olham com expressão de espanto para uma tela onde aparecem 
pessoas saindo de uma fábrica, outros rostos também aparecem, é possível verificar 
as expressões e gestos ansiosos nas pessoas. Por fim aparece na tela a imagem de 
um trem aproximando-se. 
 
 
 
A DIVERSIDADE DA MANIFESTAÇÃO ARTISTICA 
 Dissemos que o teatro se originou na Grécia, devemos agora, entretanto, 
salientar que quando falamos isso, estamos falando do teatro ocidental e não 
incluindo as manifestações teatrais da cultural oriental. 
 O século XX proporcionou as mais variadas possibilidades de explicações ou 
resoluções da vida, enfim, o que o teatro procura dar, sempre foi essa tentativa 
SEÇÃO 04 
 
15 
 
SURGEM OS 
QUESTINONAMENTOS... 
• PARA QUE TUDO ISSO? 
• POR QUE FAZEM TEATRO? 
 
primeira da manifestação teatral, explicar ou tentar explicar o significado ou a razão 
do viver. 
 No fim do século XX que um novo teórico de teatro, Bertold Brecht, refez a 
maneira tradicional do “fazer teatro”. O que se pedia ou exigia do ator era que ele 
fosse o máximo possível do personagem que vivia. 
 Com Brecht, tudo se modifica – o ator já não é um personagem, que quer dizer 
algo ou explicar, mostrando alguma coisa, fato ou situação. E com isso, provoca um 
certo distanciamento. A história e a platéia não se confundem, não se envolvem 
emocionalmente, mas analisam o que vêem. É quase como uma aula, o professor 
conta uma história e os alunos a analisam. Dá-se a isso o nome de teatro didático. 
 Com isso, não se quer impedir a emoção, na verdade, a mesma acontece pela 
momentânea descoberta da realidade. 
 O palco é qualquer lugar possível de uma atuação teatral de um ator, o texto já 
não precisa contar uma história com começo, meio e fim, já o teatro no mundo, como 
todas as artes, abre espaço do exército do rei, após vencer a batalha fundamental de 
uma guerra, parte do campo de batalha, antes do rei no caminho encontra três 
feiticeiras que lhe dizem que ele, MacBeth será o rei. 
 No teatro moderno isso já não é necessário. O ator pode simplesmente falar de 
si mesmo, de suas experiências de um personagem por ele “autobiografado”, entre 
outros. 
 
 
 
 
 
 As pessoas envolvidas com o teatro e o psicodrama afirmam que nós somos os 
atores e os autores de nossas vidas. Aprendendo teatro, segundo o que vimos acima 
apreendemos a vida e aprendemos a viver melhor; pois aprendendo a viver um 
número maior de papéis, aprendemos a vivenciar maior número de situações. 
 Se você é o tempo todo um “paizão”, vai procurar ajudar sempre todo mundo. 
No momento em que você precisar ser ajudado, não saberá como fazê-lo; pois não 
sabe como pedir ajuda. Você vai ser um ator e na história a ser vivida, você é um 
filho rebelde – e você é realmente um filho rebelde. 
 
 
 
16 
 
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR SOBRE A 
VANGUARDA ARTISTICA? 
QUAIS AS SUAS PRINCIPAIS 
CARACTERISTICAS? 
 
 
 
 
 
 A VANGUARDA ARTÍSTICA 
 O termo vanguarda veio de origem militar, onde era usado como alusão as 
primeiras fileiras de combatentes presentes na guerra, com essa referência, para a 
arte, foi empregado em relação aos primeiros grupos de artistas a romperem 
definitivamente com os padrões acadêmicos, esse era o momento onde se 
destacavam os artistas que outrora eram incompreendidos e não aceitos pela 
sociedade, porem esse reconhecimento só se deu de forma tardia. 
 Os artistas tinham principal característica trazer o instinto e a emoção para suas 
obras, despertando outros sentimentos e sensações além da visão e principalmente 
questionando o que de 
fato era a arte. 
 
 
 
 
 
 A vanguarda se ramificou em duas fases: 
 - Cubismo, Fauvismo e Expressionismo eram vertentes essencialmente 
estéticas, permitindo que a compreensão de suas obras fosse feita por meio de 
correspondências, transmitindo a visão particular do artista sobre a sua obra e qual o 
seu principal objetivo em executa-la. 
 - Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo, onde além de obterem propostas 
estéticas também acompanharam manifestos de cunho político e ideológico. 
 
 
 
 CUBISMO – PREDOMÍNIO DA RAZÃO 
SEÇÃO 01 
UNIDADE II 
SEÇÃO 02 
 
17 
 
 Durante esse período a razão era a força motriz para a produção das obras, o 
mesmo se desenvolveu entre 1907 e 1914 trazendo a busca pela geometria e a 
representação da visão por vários ângulos, porem simultaneamente. 
 
 O resultado dessas produções foram o alto grau de fragmentação onde o 
perceptivo e intelectual se fundia, algo que em outros movimentos o intelectual não 
tinha sua representação dentro da arte com propriedade. 
 Dentro do cubismo podemos observar outras duas variações de técnicas: 
 - Analítica: Técnica que possui como característica principal o predomínio 
monocromático, ou seja, a presença de variação de tons da mesma cor e também a 
fragmentação intensa das formas, chegando até mesmo ser uma forma abstrata. A 
seguir ilustração representativa da forma analítica. 
 
 Garrafas e Pescados – Braque 
 - Sintética: Técnica onde as formas ainda são reconhecíveis e possuem vários 
tipos de colorações, mantendo-se reduzida aos seus elementos básicos. Segue 
representação da forma sintética. 
 
 
18 
 
 
 Natureza Morta – Picasso 
 
 
 As propostas cubistas foram consideradas umas das mais influentes da arte 
moderna, atingindo diversos ramos da arte, como arquitetura, design moderno 
(formas racionais), cinema (gravação de filmagens e vários ângulos), literatura 
(quebra da linearidade narrativa) e as artes plásticas (surgimento do abstracionismo). 
 Dois artistas de bastante reconhecimento desse período e que são considerados 
lideres do cubismo são Pablo Picasso e Braque. 
 
 
 
 FAUVISMO – INSTINTO DA CRIAÇÃO 
 Durante esse movimento as obras eram caracterizadas pelo impulso instintivo e 
espiritual, resultando em imagens sintéticas, com traços simples, cores muito fortes e 
saturadas, similar a arte primitivista. 
 Um artista importante e que deu seguimento a esse período foi Henri Matisse, 
trazendo o intelecto, instinto, inspiração e liberdade para suas obras. Na tela A Dança 
o artista faz referência a celebração do primitivismo, dançando de forma festiva como 
acontecia na antiguidade, destacando a realidade material, espiritualidade e fantasia. 
SEÇÃO 03 
 
19 
 
VOCÊ SABE O QUE É UMA COLAGEM? DESENVOLVA 
UMA PESQUISA SIMPLES ACERCA DO TEMA. 
QUAL A IMPORTÂNCIA DA RELIGIÃO NA 
SOCIEDADE ATUAL? VOCÊ ACREDITA QUE ELA 
PODE SER SUBSTITUIDA? 
 
 A Dança – Matisse 
 Mesmo durante os últimos anos desse artista o mesmo não deixou de se 
expressar através da arte, já incapaz de controlar os pinceis com as mãos, Matisse 
começou a trabalhar com alguns tipos de colagens, sempre deixando evidente a sua 
maior característica 
que é fazer parte 
desse movimento 
chamado Fauvismo.EXPRESSIONISMO - EMOÇÃO E ESPIRITUALIDADE 
 O Expressionismo não foi uma oposição a outras correntes, onde agora de fato 
a espiritualidade fica ainda mais ressaltada nas obras, os artistas acreditavam que 
essa temática espiritual poderia até mesmo substituir a religião, sendo também 
associada ao 
cotidiano. 
 
 
 
 
SEÇÃO 04 
 
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 O movimento se desenvolveu de maneira mais presente na Alemanha sendo 
divididos em dois grupos: 
 - Die Brucke (A Ponte): Pertenceram a esse grupo artistas ligados ao 
primitivismo, gravuras religiosas e a filosofia, focando-se na perspectiva de mudar o 
homem e o mundo em que viviam. As características principais das suas obras são 
exploração de cores e linhas intensas, distorções do ambiente e traços totalmente 
expressivos. O nome A Ponte faz referência em prevalecer a liberdade e o impulso 
de inspiração, quebrando todas as relações das tradições antes abordadas. 
 Ernst Kirchner é um representante do expressionismo e costuma trazer na 
temática de suas obras a vida artificial, superficialidade das cidades e influencias 
descontentes com a situação da vida social, resumida ao materialismo e 
individualidade. 
 
 Ruas de Berlim – Ernst Kirchner 
 
 - Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul): Esse segmento fazia mais referências a 
espiritualidade, trazendo à tona que o homem deveria encontrar um sentido divino em 
meio a sociedade, que se apresentava de forma assustadora, opressora e 
predominante a inversão de valores. O nome do grupo é uma homenagem aos dois 
artistas que deram início ao movimento: Marc que era apaixonado por cavalos e 
Kandinsky que preferencialmente usava a cor azul em suas telas, iniciou-se um 
caminho para a abstração, predominância de cores, linhas e luzes, sempre retratando 
o desapego as formas e do mundo material. 
 
21 
 
 
 Torre dos Cavalos – Franz Marc 
 
 
 O RADICALISMO FUTURISTA 
 Os grupos que se formaram a partir do segundo período da vanguarda são 
caracterizados pela proposta estética inovadora provindas de experiências do 
cotidiano, assim aconteceu no Futurismo. 
 Esse movimento artístico é automaticamente relacionado a polemicas junto ao 
público da época, pois exibia propostas referentes a política, arte e mobilização 
nacional, essas características são marcantes pois, quando esse movimento foi 
desenvolvido o país estava passando por um momento delicado referente a 
unificação da Itália, marcada por desigualdades sociais, e promessas não cumpridas 
vindas dos antigos governantes. 
 As propostas futuristas podem ser simplificadas nos seguintes tópicos: 
 - Desprezo ao passado e valorização do futuro. 
 - Enaltecimento da velocidade, ciência e tecnologia. 
 - A razão que norteia o desenvolvimento humano. 
 
 
 - Negação as tradições religiosas. 
 - Uso de sons provindos de construções e motores, simbolizando o progresso. 
 - Negação ao feminismo e ao sexo feminino por pensar que os sentimentos 
despertado pelas relações enfraqueciam o ser. 
SEÇÃO 05 
 
22 
 
 A arte futurista não estava apegada a forma, como por exemplo o corpo e sim a 
questão do movimento e instabilidade das obras, o corpo é representado somente 
como objeto de estudo. A seguir a representação de uma obra futurista. 
 
 Mulher Descendo Escadas - Muybridge 
 
 
 
 A DESILUSÃO DADAÍSTA 
 O Dadaísmo surgiu através do grupo de jovens na maioria alemães e franceses 
que estavam fugindo de seus países de origem para não participarem da guerra, já 
que se passava em meados dos anos 1916. 
 Esse movimento veio proveniente da decepção em relação a progresso da 
ciência e o absurdo da invalidez da vida, onde durante a guerra várias pessoas foram 
mortas pelas maquinas que a tanto eram valorizadas. 
 Durante esse período foi claramente observado o Niilismo, ou seja, a descrença 
no homem, seus discursos, valores e até mesmo que através da arte o homem 
poderia melhorar a sua vida e consequentemente o mundo. 
 Muitas vezes as manifestações dadaístas provocavam reações de violência, 
pois eram realizadas várias manifestações conta a igreja e consequentemente as 
formas de governo, em busca de uma nova ideia de consciência humana. 
 As características principais das obras presentes no dadaísmo é a 
irracionalidade, destruição dos moldes estéticos e presença da desconstrução do 
objeto, onde na maioria das vezes as obras que eram feitas eram destruídas na 
mesma exposição, visando demonstrar a ineficiência da arte. 
 Nesse proposito, podemos ver um dos artistas mais influentes da época, Marcel 
Duchamp, tendo em vista a negação dos valores tradicionais que eram evidenciados 
SEÇÃO 06 
 
23 
 
SE VOCÊ FOSSE UM ARTISTA DADAÍSTA, 
COMO PODERIA FAZER UMA CRÍTICA AOS 
PADRÕES SOCIAIS? 
principalmente pelos burgueses, o artista causou muita polêmica ao apresentar a sua 
obra Monalisa com Bigodes, em forma de repudio a todas as formas de padrões e 
convenções estéticas acadêmicas. 
 
 Monalisa com Bigodes – Duchamp 
 
 
 
 
 
 
 
 INVESTIGAÇÕES SURREALISTAS 
 O Surrealismo desenvolveu-se caracterizado pela proposta de libertação 
individual e também coletiva, a forma individual é através do autoconhecimento, já a 
forma coletiva vem dos princípios Marxistas onde todos devem ser tratados com 
igualdade em relação aos seus direitos e deveres. 
 Entre as propostas e características do Surrealismo podem ser destacados os 
seguintes tópicos: 
 
 - Criação Automática: Os estudos surrealistas foram desenvolvidos pelo 
momento em que mesmo acordados somos tomados por instintos que nos levam a 
tomar algumas atitudes, isso também pode ser chamado de automatismo psíquico. 
SEÇÃO 07 
 
24 
 
Essa criação automática não foi retratada através da pintura ou escultura, pois o 
simples fato de segurar um pincel já está exigindo o controle da consciência. 
 - Representação dos Sonhos: No Surrealismo os sonhos são responsáveis por 
revelar o nosso universo inconsciente onde vários elementos se misturam, como 
amor, medo, desejo e instinto. O sonho foi um tema recorrente para vários artistas 
desse período, um deles é Salvador Dali. 
 - A Inconsistência da Realidade: Os artistas procuram questionar o público 
sobre o que é de fato realidade ou ilusão, tornando-se obras enigmáticas e cheias de 
elementos pessoas que dificultam a explicação racional. Um dos artistas que tem a 
característica desse movimento é René Magritte, pois posiciona o observador de 
forma que suas obras possam ter diversas interpretações. 
 A seguir o primeiro quadro retratando a inconsistência da realidade por René 
Magritte e o segundo quadro fazendo referência a representações dos sonhos por 
Salvador Dalí. 
 
 
 A Traição das Imagens – Rene Magritte O Sono – Salvador Dalí 
 
 Com isso, finalizamos o conteúdo referente ao terceiro módulo de artes do 
ensino médio, esperamos que tenha aprendido muito! 
 Nos vemos em breve! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 Referências: 
 
Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-
professores/intervencao-artistica-urbana/ 
 
Disponível em: https://gvcult.blogosfera.uol.com.br/2017/06/29/tunga-galeria-
true-rouge/ 
 
Disponível em:https://educalingo.com/pt/dic-pt/videoarte 
 
Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2015/09/10-grafiteiros-
brasileiros-que-fazem-sucesso-na-gringa/ 
 
Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/artes/grafite.htm 
 
Disponível em: http://ideiaclara.com/a-importancia-do-roteiro/ 
 
 
 
 
 
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/intervencao-artistica-urbana/
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/intervencao-artistica-urbana/
https://gvcult.blogosfera.uol.com.br/2017/06/29/tunga-galeria-true-rouge/
https://gvcult.blogosfera.uol.com.br/2017/06/29/tunga-galeria-true-rouge/
https://educalingo.com/pt/dic-pt/videoarte
https://www.hypeness.com.br/2015/09/10-grafiteiros-brasileiros-que-fazem-sucesso-na-gringa/
https://www.hypeness.com.br/2015/09/10-grafiteiros-brasileiros-que-fazem-sucesso-na-gringa/
https://brasilescola.uol.com.br/artes/grafite.htm
http://ideiaclara.com/a-importancia-do-roteiro/