Buscar

UKIYOE a Magia da Gravura Japonesa -Caixa Cultural Recife

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Capap Final.indd 1 14/07/2017 21:04:27
2
3
apresenta | presents
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
Coleção Museus Castro Maya IBRAM MinC
Curadoria Anna Paola Baptista
UKIYOE
A MAGIA DA GRAVURA JAPONESA
Kitagawa Utamaro (1753-1806)
Xilogravura em cores | 38,98 x 25,2 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
A CAIXA é uma empresa pública brasileira que prima pelo 
respeito à diversidade, e mantém comitês internos atuantes para 
promover, entre os seus empregados, campanhas, programas 
e ações voltadas para disseminar ideias, conhecimentos e 
atitudes de respeito e tolerância à diversidade de gênero, 
raça, sexualidade e todos os aspectos que caracterizam a 
sociedade.
A CAIXA também é uma das principais patrocinadoras da 
cultura brasileira, e destina, anualmente, mais de R$ 60 
milhões de seu orçamento para patrocínio a projetos culturais 
em espaços próprios e espaços de terceiros, com ênfase em 
exposições de artes visuais, peças de teatro, espetáculos de 
dança, shows musicais, mostras de filmes, festivais de teatro 
e dança e artesanato brasileiro, em todo o território nacional.
Os projetos patrocinados são selecionados via edital público, 
uma opção da CAIXA para tornar mais democrática e 
acessível a participação de produtores e artistas de todas as 
unidades da federação, e mais transparente para a sociedade 
o investimento dos recursos da empresa em patrocínio.
A exposição Ukiyoe – a magia da gravura japonesa apresenta 
um panorama da arte produzida no Japão nos séculos XVII 
a XIX. A mostra exibe um conjunto de cerca de 200 obras 
que revelam as paisagens e as gentes do Japão e lançam 
luz sobre aspectos de sua história, cultura e costumes. As 
gravuras japonesas ficaram conhecidas no Ocidente no final 
do século XIX, em especial a partir das paisagens de Hokusai 
e Hiroshige, que influenciaram de forma marcante artistas 
como Edgar Degas, Édouard Manet, Claude Monet, Vicent 
Van Gogh e Henri de Toulouse-Lautrec. 
Desta maneira, a CAIXA contribui para promover e difundir a 
cultura nacional e retribui à sociedade brasileira a confiança 
e o apoio recebidos ao longo de seus 156 anos de atuação 
no país, e de efetiva parceira no desenvolvimento das nossas 
cidades. Para a CAIXA, a vida pede mais que um banco. Pede 
investimento e participação efetiva no presente, compromisso 
com o futuro do país, e criatividade para conquistar os 
melhores resultados para o povo brasileiro.
 Caixa Econômica Federal
CAIXA is a Brazilian public enterprise that distinguishes 
itself by its respect to diversity by promoting campaigns, 
programs and actions among its employees, focused 
on disseminating ideas, knowledge and respect to the 
diversity of gender, race, sexuality, and all characteristics 
of our society.
CAIXA is also one of the major supporters of Brazilian 
culture, appropriating annually over R$60 million from 
its budget for the sponsorship of cultural projects in its 
own exhibition halls and other galleries, emphasizing 
visual art exhibitions, theatrical productions, dance 
performances, musical shows, and theatrical and 
dance festivals throughout the country, as well as 
Brazilian handicrafts.
The sponsored projects are selected via public 
notices, a CAIXA option to provide more accessibility 
to producers and artists all over the country, making 
the investments of the company’s resources more 
transparent to society.
The exhibition highlighting the magic of Japanese 
woodblock prints and entitled Ukiyo-e - a magia da 
gravura japonesa offers a broad-ranging overview 
of Japanese art produced between the XVII and 
XIX centuries through some 200 items portraying 
the landscapes and people of Japan, while also 
exploring its history, culture and customs. Japanese 
prints became known to the Western world during 
the late XIX century, particularly through landscapes 
by Hokusai and Hiroshige that strongly influenced 
artists such as Edgar Degas, Édouard Manet, Claude 
Monet, Vincent Van Gogh and Henri de Toulouse-
Lautrec. 
In this way, CAIXA contributes toward the promotion 
and diffusion of national culture, reciprocating 
to society the trust and support received over its 
156 years of activities in the country and effective 
partnership in the development of our cities. To 
CAIXA, life requires more than a bank. It requires 
investment and effective participation in the present, 
commitment to the future and creativity to achieve 
the best results for the Brazilian people.
Caixa Econômica Federal 
6
Katsushika Hokusai (1760-1849)
Xilogravura em cores | 27 x 41 cm 
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
7
A exposição “Ukiyo-e: a magia da gravura japonesa” se oferece 
como um cartão de visitas, uma pequena apresentação da 
cultura tradicional nipônica. Embora, em termos das obras 
em exibição, permaneça circunscrita a estampas e máscaras, 
a mostra ilumina também, por seu conteúdo, aspectos do 
teatro, da dança, das religiões, dos costumes e da paisagem 
do Japão.
As peças vêm de duas importantes coleções brasileiras – João 
Maurício de Araújo Pinho e Museus Raymundo Ottoni de 
Castro Maya –, formadas ao sabor da inspiração advinda de 
um conceito de “moderno” que não se restringe a um olhar 
para as vanguardas, mas é inspirado pela mirada a um outro 
de si mesmo e emula manifestações culturais diferentes, de 
origem popular ou antropologicamente distintas.
Nisso elas ecoam a própria arte moderna ocidental que 
reverenciou a gravura dos mestres japoneses. Quando as 
fronteiras do Japão se abriram para a Europa e para os 
Estados Unidos em meados dos anos 1850, as obras de 
Hokusai, Hiroshige e outros caíram nas mãos de artistas como 
Monet, Degas e Van Gogh, que rapidamente abraçaram 
sua influência, sentida em elementos da plástica moderna, 
principalmente o enquadramento anticonvencional e a cor 
não realista. A valoração das estampas ukiyo-e foi ainda um 
importante fator que contribuiu para a elevação do status da 
gravura no panorama geral das artes. 
Estampas
Na história da arte no Japão o capítulo dedicado à gravura 
desempenha um papel de contraposição aos movimentos 
que permaneciam estritamente ligados às elites aristocráticas, 
como o teatro Nô e a pintura. Arte que se firma no período Edo 
(1614–1868), voltada para camadas da população que haviam 
ascendido social e economicamente, tinha como conceito 
íntimo a representação do cotidiano, daí o nome pela qual é 
conhecida, ukiyo-e (a arte do mundo flutuante ou efêmero). 
The exhibition highlighting the magic of Japanese 
woodblock prints and entitled Ukiyo-e: a magia 
da gravura japonesa is a visiting card that offers a 
brief introduction to traditional Japanese culture. 
Although featuring only prints and masks, its 
content spotlights many aspects of life in Japan, 
ranging from theater, dance and costumes to 
religion and landscapes.
These items come from two major Brazilian 
collections owned by João Maurício de Araújo 
Pinho and the Raymundo Ottoni de Castro Maya 
Museums, steered by a concept of ‘modern’ that 
is not limited to avant-garde works but rather 
inspired by gazing at others and seeking out 
expressions of different cultures at the grassroots 
level or that are anthropologically distinct.
Here they reflect Western Modern Art, which 
revered the prints of Japanese masters. When 
Japan opened its gates to Europe and the 
USA during the mid-1850s, works by Hokusai, 
Hiroshige and others were discovered by artists 
such as Monet, Degas and Van Gogh, who 
rapidly absorbed their influence, clearly apparent 
in aspects of modern art, particularly and 
conventional structures and unrealistic colors. 
Appreciation of ukiyo-e woodblock prints was 
also an important factor boosting the status of 
prints and engravings within the arts in general. 
Prints
In the history of art in Japan, the role played 
by prints and engravings is a counterpart to 
movements – such as Nô plays and painting – that 
remained closely linked to aristocratic elites. The 
core conceptof art that developed during the 
Edo period (1614–1868) for upwardly-mobile 
segments of the population spotlighted portrayals 
of daily life giving rise to its name: ukiyo-e – the art 
of the floating or ephemeral world. 
8
As escolas tradicionais da arte japonesa estiveram a serviço 
apenas dos mosteiros budistas, dos grandes senhores e 
da aristocracia. A pintura, elitista, tinha como conceito a 
profundidade plástica buscando a representação de motivos 
elevados. A xilogravura ukiyo-e se desenvolveu no contrapé 
da ascendência aristocrática das castas dos xoguns e samurais, 
voltada para um público de uma classe média emergente que 
surgia, e dos “tchonins”, formada por comerciantes, artistas, 
fabricantes e obreiros. 
A arte ukiyo-e germinou da ilustração de livros tornando-
se estampa apenas quando ganhou independência dos 
volumes. Certamente foi tributária do nascimento do teatro 
Kabuki também no período Edo. Popular, ao contrário do 
aristocrático teatro Nô, o Kabuki inspirou os pintores com 
seu visual deslumbrante e dinâmico e tornou-se uma de suas 
primeiras e mais importantes temáticas.
A técnica da xilogravura propriamente dita antecede em muito 
o boom da gravura japonesa do período Edo. Na verdade, sua 
origem vem da China, no período da dinastia Tang (620–918), 
quando a impressão de textos budistas começou a ser feita 
a partir de gravuras em madeira. No século XIV já existiam 
impressões em duas cores e no final da dinastia Ming (1368–
1644) a impressão de gravuras podia ser feita com cinco 
tintas e chapas diferentes, apesar dessa arte permanecer com 
disseminação bastante restrita. 
Tais ilustrações, bem como a técnica de obtê-las, encontraram 
o caminho do Japão quando lá chegaram os refugiados 
do governo Ming, recém-deposto pelos manchus. Assim, 
no século XVII, a gravura no Japão foi beneficiada pela 
migração de elementos culturais chineses e pela unificação 
política, efetuada pelo xogunato Tokugawa, que resultava 
em um ambiente mais favorável à melhoria da qualidade da 
educação e maior circulação de livros. Nesse momento, o 
aperfeiçoamento dos ofícios de gravador e de impressor no 
Japão foi considerável, chegando-se a atingir a capacidade 
técnica para copiar a gradação de tons das antigas gravuras 
chinesas.
Traditional schools of art in Japan served only 
Buddhist monasteries, the aristocracy and lords. 
An elitist art, painting was underpinned by the 
concept of spiritual profundity, striving to portray 
elevated themes. However, the woodblock prints 
ukiyo-e artists developed in counterpart to the 
rise of the shogun and samurai castes, targeting 
an emerging – and rapidly expanding – middle-
class of urban chonin: mainly merchants, but also 
artists, craftsmen and laborers.
It was only when Ukiyo-e book illustrations 
developed into prints that this art form cast off 
its bindings, certainly spurred by the appearance 
of the Kabuki theater during the Edo period. 
Appealing to ordinary people, in contrast to the 
more aristocratic Nô plays, Kabuki inspired artists 
with its dazzling visuals and dynamic action, 
becoming one of the earliest and most important 
subjects. 
Woodcut techniques long preceded the boom in 
Japanese prints during the Edo period. In fact, 
they originated in China under the Tang Dynasty 
(620–918), when Buddhist texts were replicated 
through woodcuts. By the XIV century they were 
produced in two colors, and by the end of the 
Ming Dynasty (1368–1644), prints could be made 
with five different inks and plates, although this art 
was not widely disseminated. 
These illustrations and the techniques for 
producing them arrived in Japan with refugees 
from the Ming regime, recently deposed by 
the Manchus. As a result, Japanese prints and 
engravings were enriched throughout the 
XVII century by inflows of immigrants bearing 
elements of Chinese culture, in parallel to political 
unification under the Tokugawa shogunate 
that led to a society that prized education and 
encouraged the circulation of books. At that 
time, engraving and printing skills improved 
considerably in Japan, even attaining the 
technical ability to replicate the graduated tones 
of old Chinese prints.
9
Apesar disso, a impressão em policromia só foi desenvolvida 
plenamente em 1765, quando Suzuki Harunobu (1725–1770), 
aproveitando-se das facilidades de utilização de materiais 
caros que lhe proporcionavam seus mecenas influentes, tornou 
obsoleto o antigo método de apenas duas ou três cores. O 
desenvolvimento técnico e o trabalho artístico alcançaram o 
apogeu no fim do século XVIII quando se chegava a utilizar 
até dezoito chapas para uma estampa em cor, e diferentes 
materiais como o ouro, a prata e a mica trouxeram uma nova 
gama de possibilidades para essa arte.
No gênero ukiyo-e o artista, o gravador e o impressor 
colaboravam intimamente e eram todos responsáveis 
pelo resultado da obra. O aperfeiçoamento do papel, o 
desenvolvimento de um processo de marcar atingindo a 
perfeição do registro, a descoberta de como produzir o 
relevo no papel foram algumas de muitas das inovações que 
trouxeram a primazia técnica para a xilogravura, contudo o 
processo criativo não havia se transformado tanto. Desde os 
primórdios, o procedimento empregado pode ser descrito tal 
como o fez Kazuya Sakai:
em primeiro lugar o artista pinta o motivo sobre uma 
folha de papel, com um pincel delgado e molhado em 
tinta. Realizada a pintura, impregna-se o papel com 
um azeite especial de modo a fazê-lo transparente, 
colando-o a seguir invertido, em um pedaço ou 
prancha de madeira de cerejeira ou buxo. O gravador 
recorta este desenho com ferramentas especiais, 
tirando a madeira como se tratasse de uma talha, 
deixando somente as linhas realizadas pelo pintor. Uma 
vez terminada a tarefa do gravador, a madeira passa às 
mãos do impressor, que aplica as cores selecionadas 
às pranchas e logo coloca o papel umedecido sobre 
ela. Com uma escova ou com a palma da mão, o 
impressor realiza a impressão com absoluta limpeza e 
precisão [...]. Quando a estampa tem mais de uma cor, 
os desenhos ou fundos são vários, sendo que, então, as 
pranchas de madeira e a impressão têm que se ajustar 
However, polychrome printing reached its full 
potential only in 1765, when Suzuki Harunobu 
(1725–1770) made good use of the expensive 
materials he could buy, thanks to his wealthy 
patrons, superseding the previous method with 
only two or three colors. Technical developments 
and artistic efforts peaked during the late XVIII 
century, when up to eighteen plates were used 
for a single color print, with gold, silver and mica 
opening up a new range of possibilities for this art.
 For ukiyo-e works, the artist, the engraver and the 
printer work closely together, all of them jointly 
responsible for the outcome. Improved papers, 
the development of a marking process that 
allowed flawless engraving and the discovery of 
how to work with high and low reliefs on paper 
were just some of the many innovations that fine-
tuned woodblock printing, although the creative 
process remained largely unchanged. Since its 
earliest days, the procedure has been largely that 
described by Kazuya Sakai:
Initially, the artist paints a motif on a sheet 
of paper with a thin brush dipped in paint 
or ink. With the painting complete, the 
paper is dipped in a special oil that leaves it 
transparent, then inverting and gluing it to a 
cherrywood or boxwood block. The engraver 
cuts the design away from the wood with 
special tools, leaving only the lines drawn by 
the painter. Once the engraver completes 
this task, the wood then goes to the printer, 
who applies the colors to the blocks and 
then lays moistened paper on them. Using 
a brush or the palm of his hand, the printer 
produces a print with absolute clarity and 
precision[…]. When a print has more than 
one color, with different backgrounds or 
designs, several woodblocks must be used, 
printing each color separately. [Estampasjaponesas ukiyo-e. Brazil-Japan Culture 
Center, 1956, page 11]. 
10
Utagawa Hiroshige (1797-1858)
Nanquim | 35,5 x 25 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
Utagawa Hiroshige (1797-1858)
Xilogravura em cores | 35,5 x 25 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
11
a cada tom. [Estampas japonesas ukiyo-e. Centro 
Cultural Brasil-Japão, 1956, p. 11]. 
Na exposição é apresentado o estudo preparatório feito com 
tinta sumi lado a lado com a estampa de uma das obras de 
Hiroshige, Oito províncias na rota San’yô ou Circuito das 
montanhas ensolaradas. Esses esboços, na verdade, são obras 
raras já que destinavam a ser colados na chapa de madeira.
A cronologia da gravura ukiyo-e é evidenciada por marcos 
de desenvolvimento técnico e também por seus mestres. Um 
período primitivo, das impressões em preto, já contava com a 
cor adicionada posteriormente à mão. Depois, alguns métodos 
como o uso da laca preta no cabelo das figuras (urushi-e) ou 
um tipo de impressão em duas ou três cores (benizuri-e) se 
popularizaram nesses primórdios da xilogravura ukiyo-e 
que se estendeu até 1765, quando Harunobu deu início ao 
método das múltiplas cores sobrepostas (nishiki-e).
Hishikawa Maronobu (1618–1694) foi o primeiro grande 
mestre do ukiyo-e. Ele trabalhou não apenas no campo da 
ilustração de livros, mas produziu estampas em páginas 
separadas que usualmente coloria à mão. Posteriormente, até 
o fim dessa era inicial, vigorou o domínio dos gravadores da 
família Torii, fundada por Kiyomoto e Kiyonobu, especializada 
nas estampas baseadas no teatro Kabuki.
Harunobu não foi o único artista que marcou o período 
seguinte – dos grandes mestres do século XVIII –, dividindo 
com Torii Kiyonaga (1762–1815), com a escola Katsukawa, 
fundada por Shunsho (c. 1726–1793) e, especialmente, com 
Kitagawa Utamaro (1753–1806) essa proeminência. 
O desenvolvimento pleno do ukiyo-e se deu no século XIX, 
marcado pela obra dos dois maiores gênios da gravura 
japonesa: Katsushika Hokusai (1760–1849) e Ando Hiroshige 
(1797–1858). Com o desaparecimento desses mestres 
do apogeu iniciava-se o declínio do ukiyo-e que teve em 
Tsukioka Yoshitoshi (1839–1892) a última figura de ponta. A 
This exhibition features a preparatory study using 
Sumi ink, side-by-side with a print from a work by 
Hiroshige: Eight Provinces  of the San’yô Circuit 
or Sunlit Mountains Circuit. These sketches are 
actually rare works that were to be glued on 
wooden boards.
The timeline for ukiyo-e woodblock prints is 
shown by technical development milestones 
and also its masters. After a primitive period 
printed in black with an additional color added 
by hand, methods appeared such as the use of 
black lacquer for the hair of the figures (urushi-e) 
or a printing technique using two or three colors 
(benizuri-e) that ensured the popularity of these 
early ukiyo-e prints, extending through to 1765, 
when Harunobu introduced the multiple color 
overlay method (nishiki-e).
The first great master of ukiyo-e, Hishikawa 
Maronobu (1618–1694) illustrated books and 
produced prints on individual pages that he 
usually colored by hand. Subsequently, engravers 
and printmakers from the Torii family – founded 
by Kiyomoto and Kiyonobu and specializing in 
Kabuki theater prints – were dominant through to 
the end of this early era. 
Harunobu was not the only outstanding artist 
during the subsequent period, which he 
shared with the great XVIII century masters: 
Torii Kiyonaga (1762–1815), the Katsukawa 
School founded by Shunsho (ca. 1726–1793) 
and especially the amazing Kitagawa Utamaro 
(1753–1806). 
However, it was only during the XIX century 
that ukiyo-e art reached its peak through the 
works of two of Japan’s greatest engraving 
virtuosi: Katsushika Hokusai (1760–1849) and 
Ando Hiroshige (1797–1858). After these two 
masters, ukiyo-e art began to decline, with 
its last significant exponent being Tsukioka 
Yoshitoshi (1839–1892). The Westernization of 
12
ocidentalização do Japão que se seguiu à Restauração Meiji 
de 1868 contribuiu ainda em grande parte para o rápido 
declínio do gênero. 
Os artistas do ukiyo-e agrupavam-se em famílias, não 
necessariamente baseadas em critério de hereditariedade 
pura. Embora por vezes filhos, genros ou outros aparentados 
pudessem se suceder no comando de uma casa, nem sempre 
esse era o padrão. As escolas lideradas por mestres eram 
celeiros de novos artistas. Os alunos começavam como 
aprendizes utilizando-se de um estilo próximo ao de seu 
tutor até se estabelecerem como artistas independentes, 
muitos vindo a desenvolver estilos singulares e inovadores. 
Na exposição há diversos volumes de livros impressos por 
Hokusai, compostos como um catálogo de padrões, destinados 
ao estudo e à cópia por parte de artistas aprendizes. 
Entretanto, as principais escolas como a Utagawa (da qual 
fizeram parte Hiroshige, Toyokuni, Kunisada, Yoshitoshi), 
por exemplo, foram ainda empreendimentos comerciais de 
imenso sucesso, produzindo gênios criativos e gravuristas 
que, conforme a demanda, faziam um produto extremamente 
popular. 
Os artistas, em geral, tomavam o nome de seus professores 
e podiam alternar várias assinaturas. Alguns, como Hokusai, 
chegaram a assumir 30 nomes ao longo da carreira. Além da 
assinatura do autor, as estampas podiam ter anotados ainda 
o título da obra e/ou série, o nome do local ou personagem 
retratado, os carimbos da data e do censor e a identificação 
do editor.
O controle do Estado sobre as obras ukiyo-e foi constante, 
mas variou de intensidade ao longo do tempo. A obrigação 
de portar o selo do censor vigorou de 1790 a 1876. A partir de 
1799 até mesmo os desenhos preparatórios tinham de passar 
pelo crivo da censura. No início dos anos 1800, Utamaro 
chegou a ser preso por identificar algumas figuras históricas 
em suas gravuras, já que a representação dos guerreiros 
samurais, de seus nomes e de seus brasões estava proibida 
nessa época. As Reformas Tenpo (1841–1843) tentaram aliviar 
Japan that followed the Meiji Restoration in 1868 
contributed largely to the rapid decline of this art 
form. 
The ukiyo-e clustered into families, not necessarily 
based on blood ties. Although sons, sons-in-law 
or other relatives might inherit the leadership of 
a group, this was not invariably the case. Schools 
headed by masters were hatcheries for new 
talents, where pupils signed up as apprentices 
working with styles close to those of their tutors, 
and till they could establish themselves as 
independent artists, many of whom developed 
innovative and individualistic styles. This 
exhibition includes several books printed by 
Hokusai as pattern catalogues to be studied and 
copied by apprentices. 
However, major schools such as Utagawa 
(which included Hiroshige, Toyokuni, Kunisada 
and Yoshitoshi) for example, were also highly 
successful businesses producing creative minds 
and skilled engravers who produced extremely 
popular products in response to eager demands. 
The artists generally adopted the names of 
their teachers, and switched through a variety 
of signatures. Some of them – such as Hokusai 
– used thirty different names in the course of his 
career. In addition to the artist’s signature, prints 
might also display the title of the work and/or the 
series and the location or person portrayed, as 
well as date and censor stamps and identification 
of the publisher. 
The State maintained constant control over 
ukiyo-e artworks, although its intensity varied 
over time. The requirement of displaying a 
censor stamp remained in place from 1790 to 
1876. From 1799 onwards, even preparatory 
sketches had to be approved by the censor. 
During the early 1800s, Utamaro was even 
arrested for identifying some historical figures 
in his works, as the portrayal of samurai warriors, 
together with their names and coats of arms, 
13
a crise econômica e uma das medidas implementadas foi o 
controle da ostentação do luxo e da fortuna. A ilustraçãodas cortesãs e dos atores foi banida das gravuras naquele 
momento. Os artistas enfrentaram as restrições impostas de 
variadas formas, por vezes tentando burlá-las, como no caso 
de Kuniyoshi, por exemplo, com uma produção de caricaturas 
e estampas cômicas que disfarçavam atores e cortesãs 
contemporâneos. Em outras instâncias, a censura funcionou 
como um incentivo para a difusão de outros gêneros 
temáticos de gravura como o das estampas de paisagem ou 
de elementos da flora e fauna. A gravura ukiyo-e expandiu-se 
assim de um estilo de retrato de gueixas e atores populares 
das cidades japonesas do período Edo para uma arte mais 
abrangente focada na paisagem e natureza.
O mundo terrestre, efêmero, contemporâneo, elegante 
e popular foi o cerne da gravura ukiyo-e. A paixão pelo 
drama, as emoções humanas, as ocupações diárias e as 
paisagens dominaram seu elenco de imagens que se 
dividiram entre alguns principais gêneros: mulheres bonitas 
(bijin-ga), celebridades do momento, especialmente a vida 
das cortesãs elegantes de Yoshiwara, ou bairro do amor; 
atores do Kabuki, representados em retratos e cenas teatrais 
(yakusha-e); paisagem e lugares famosos do país; pássaros e 
flores (kacho-e); ilustrações de histórias e lendas; arte erótica 
(shunga).
Nesse repertório, a gravura de paisagem teve um papel 
especial. Foi, na realidade, o gênero que mais contribuiu para 
exercer grande influência sobre a arte ocidental moderna, em 
especial por meio das celebradas séries de Hiroshige – As 53 
estações da Tokaido, estrada que liga Tóquio a Kioto (1831–
1834); Os 100 lugares célebres de Tóquio (1856–1858) e As 
vistas das 60 províncias (1853-1856) – e de Hokusai – 36 vistas 
do Monte Fuji (1832), que contém a mais icônica das estampas 
ukiyo-e: A grande onda de Kanagawa.
É possível que a onda maior que a da famosa estampa de 
Hokusai tenha sido a de interesse pelo Japão (japonismo), 
was forbidden at that time. Attempting to ease 
an economic crisis, one of the steps introduced 
by the Tenpo Reforms (1841–1843) curbed 
ostentatious displays of luxury and wealth, 
banning illustrations of courtesans and actors. 
Artists coped with these restrictions in many 
different ways, sometimes attempting to bypass 
them – like Kuniyoshi for example, who produced 
comic prints and caricatures disguising 
contemporary actors and courtesans. At other 
times, censorship spurred the dissemination 
of other themes and subjects, such as prints 
featuring landscapes, flowers and wildlife. As a 
result, ukiyo-e woodblock print work expanded 
from a way of portraying popular actors and 
geishas in Japanese towns during the Edo 
period to a broader-ranging art form focused on 
landscapes and nature. 
Ephemeral and elegant, the contemporary world 
of ordinary people is the cornerstone of ukiyo-e 
prints. A passion for drama, humor, emotions, 
daily tasks and landscapes dominates its range 
of images, divided into a few main genres: 
beautiful women (bijin-ga), celebrities of the day, 
especially the lives of the elegant courtesans of 
the Yoshiwara red-light district; Kabuki actors 
shown in portraits and on stage (yakusha-e); 
landscapes and landmarks; birds and flowers 
(kacho-e); illustrations of lore and legends; and 
erotic art (shunga).
Landscape prints play a special role in this 
repertoire. In fact, this was the category with the 
strongest influence on modern art in the West, 
especially through famous series such as the Fifty-
Three Stations of the Tōkaidō Road between Tokyo 
and Kyoto (1831–1834), One Hundred Views of 
Famous Places in Tokyo (1856–1858) and Views of 
the Sixty Provinces (1853-1856), all by Hiroshige; 
as well as Thirty Six Views of Mount Fuji (1832) by 
Hokusai, which includes the most iconic of the 
ukiyo-e prints: The Great Wave of Kanagawa.
14
que varreu a Europa e os Estados Unidos em meados do 
século XIX. 
O Japão permanecera fechado ao Ocidente desde a expulsão 
dos portugueses em 1640, mantendo contato apenas com a 
Europa através da permissão de comércio com a Holanda. 
Contudo, a chegada da esquadra americana chefiada pelo 
comodoro Mathew Perry à baía de Tóquio em 1853 levou, 
no ano seguinte à abertura forçada dos portos japoneses, 
retomando-se os laços comerciais com o exterior. Seguiu-se 
a revolução política interna que deu início à Era Meiji (1868–
1912) de restauração imperial. A cultura seguiu o processo 
sofrido pela economia de reabertura para o Ocidente e a arte 
japonesa pode ser apreciada nas Exposições Internacionais 
de Londres (1862) e Paris (1867 e 1878) e em mostras de 
artistas japoneses na Europa, organizadas a partir dos anos 
1880, causando grande impacto para a pintura do Ocidente. 
Art nouveau, impressionismo, pós-impressionismo, Jugendstil 
e outros movimentos sofreram a influência de artistas como 
Utamaro, Hokusai e Hiroshige que pode ser sentida em 
maior ou menor escala no uso de características típicas 
como as cores planas, enquadramentos inusitados, ausência 
de profundidade, contorno preto, etc. Artistas como Monet, 
Degas, Gauguin, Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Mary Cassat, 
Whistler e tantos outros não só colecionaram estampas 
ukiyo-e como estudaram suas composições, por vezes 
pintando cópias de obras. Provavelmente, um dos exemplos 
mais célebres seja a versão realizada por Van Gogh da 
obra Chuva na ponte Ohashi, de Hiroshige (presente nesta 
exposição).
Máscaras
Uma verdadeira constelação de elementos da cultura japonesa 
se acha representada nas origens e nos usos das máscaras. 
As máscaras derivam principalmente de três tradições: a 
dança dramática, os rituais e procissões religiosas e o teatro. 
Possibly even greater than the wave in the famous 
print by Hokusai was the upsurge of interest in 
Japan (Japonism) that swept across Europe and 
the USA in the mid-XIX century. 
Shuttered to the West since Portuguese 
merchants were expelled in 1640, Japan 
remained in contact with only Europe through a 
trade pact with the Netherlands. However, the 
1853 arrival in Tokyo Bay of the US fleet headed 
by Commodore Matthew Perry forced Japanese 
ports open the following year, restoring trade 
links with the rest of the world. This was followed 
by political upheavals that ushered in the Meiji 
Era (1868–1912), with the restoration of the 
Japanese Imperial Court. Culture followed the 
West-bound footsteps of trade, with Japanese 
art featured at International Exhibitions in 
London (1862) and Paris (1867 and 1878), in 
parallel to exhibitions by Japanese artists in 
Europe from the 1880s onwards, with marked 
impacts on Western painting. Impressionism, 
Post-Impressionism, Art Nouveau, Jugendstil 
and other movements were all influenced by 
artists such as Utamaro, Hokusai and Hiroshige, 
apparent to a greater or lesser extent in the use 
of typical characteristics such as flat planes of 
color, unusual frameworks, lack of depth, black 
outlines etc. Artists such as Monet, Degas, 
Gauguin, van Gogh, Toulouse-Lautrec, Mary 
Cassatt, Whistler and many others not only 
collected ukiyo-e prints, but also studied their 
compositions and sometimes even painted 
copies of these works. One of the most famous 
examples of this trend is probably van Gogh’s 
interpretation of Sudden Shower Over Shin-
Ohashi Bridge by Hiroshige, which is featured 
in this exhibition. 
Masks
An entire constellation of elements of Japanese 
culture is represented in the origins and uses 
15
of masks, deriving mainly from three traditions: 
dramatic dances; religious rituals and processions; 
and the theater. Like the ukiyo-e prints, they reflect 
inflows of influences into Japan from south-east 
China during the VI century. 
One of the earliest customs to put down roots 
was dramatic stage dance known as Gigaku, 
with performers wearing costumes and masks. 
Subsequently, Gigaku grew so important that 
it became the dance of the Japanese Imperial 
Court, in its more austere Bugaku form. During 
the Heian period (782–1184) in the XI century,Bugaku dances were systematically arranged by 
style, depending on the places where they were 
collected. They were then divided into dances 
of the left from China, known as Samai, and the 
right, from Korea, Manchuria and Japan, called 
Umai. Specific masks were assigned to these two 
different dance trends. 
The oldest masks are Gigaku, with facial 
characteristics that are more Asian than Japanese. 
The mask of the demon Konron – a traditional 
character in Gigaku performances that is on 
display in this exhibition – possibly dates back to 
the Muromachi period (1392–1573).
In contrast, Bugaku artefacts were more stylized 
and dramatic, usually smaller and lighter, covering 
only the face and sides of the head, thus allowing 
freer movements and more lively dancing. Some 
had movable parts (such as a jointed jawbone) 
used to perform dances of the left. For example, 
the Ryo-o mask displayed in this exhibition has 
the classic traits of this character: pop-eyed with 
a big nose and wrinkles everywhere. This is the 
head of the crouching dragon king that controls 
rain and storms, guardian of the East.
Another early source for masks was Buddhist 
ceremonies. Rooted in Tang court rituals during 
the Nara period (710–794) that developed 
into Gyodo processions mourning the dead or 
Assim como as gravuras elas são reminiscentes da penetração 
no Japão da cultura do sudeste chinês no século VI.
Um dos primeiros costumes a se aclimatar relaciona-se 
ao Gigaku, a dança teatral dramática, cuja performance 
era realizada com atores caracterizados com vestimentas 
e máscaras. O Gigaku ganharia posteriormente grande 
importância tornando-se a dança da corte imperial japonesa 
sob a forma mais austera do Bugaku. No século XI, durante 
o período Heian (782–1184), as danças Bugaku foram 
sistematizadas por estilos segundo a localização de onde 
haviam sido coletadas. Elas passaram a se dividir em danças 
da esquerda (China) – Samai – e da direita (Coreia, Manchúria 
e Japão) – Umai. Máscaras específicas eram destinadas às 
duas diferentes correntes de danças.
As máscaras Gigaku, as mais antigas encontradas, possuíam 
características faciais mais asiáticas do que japonesas. A 
máscara de Konron (um demônio, personagem tradicional 
da performance Gigaku), presente na exposição (máscara 1, 
p. 78), é um exemplar possivelmente do período Muromachi 
(1392–1573).
Os artefatos Bugaku, por outro lado, eram mais estilizados e 
dramáticos e costumavam ser menores, mais leves, cobrindo 
apenas o rosto e lados da cabeça, permitindo maior liberdade 
de movimento para uma dança mais animada e vigorosa. 
Algumas tinham partes móveis, tal como as de mandíbula 
destacada, utilizadas para as performances relacionadas às 
danças da esquerda. Assim é, por exemplo, a máscara de 
Ryo-o, apresentada nesta exposição (máscara 3, p. 78), com 
as características clássicas do personagem: uma fera de nariz 
pronunciado, olhos esbugalhados e rugas por toda a face. 
Na cabeça o dragão-rei agachado, controlador da chuva e 
tempestade, guardião da direção leste.
Outra vertente da qual se originaram as máscaras foi a das 
cerimônias budistas. Iniciados nas práticas da corte Tang 
durante o período Nara (710–794), os rituais se consolidaram 
no que ficou conhecido por procissões Gyodo. Por ocasião 
de um memorial para os mortos ou apresentação pública de 
16
Máscara Nô de Kurohige, século XVII
Madeira, gesso e pêlo de cavalo
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
17
uma imagem sagrada ou relíquia, o Gyodo era executado por 
sacerdotes ricamente trajados cantando as escrituras sagradas 
escoltados por assistentes usando máscaras dos protetores 
da fé budista.
A tradição das máscaras relacionadas ao teatro Nô (drama) e 
Kyogen (comédia), por outro lado, encontrava-se já plenamente 
desenvolvida durante o século XIV. Ambas derivaram das 
formas anteriores de Dengaku (um tipo de performance 
religiosa ligada a rituais da agricultura) e Sarugaku (uma forma 
de arte animada chinesa com malabarismos e acrobacias) que 
utilizavam máscaras. 
As peças cômicas Kyogen eram apresentadas nos intervalos das 
peças dramáticas Nô. Ao contrário das máscaras utilizadas no 
teatro Nô, com expressões mais ou menos neutras, as Kyogen 
ostentam emoções abertamente. Extravagantes e bizarras, 
em geral, expressam risada, confusão, paralisia, malícia, etc. O 
exemplar de máscara Kyogen aqui exposto (máscara 4, p. 78) 
sustenta uma expressão comicamente pesarosa. Em termos 
formais é interessante notar que ela é esculpida na madeira 
de um jeito mais informal do que as máscaras cerimoniais ou 
do Nô. 
No teatro dramático (Nô), uma arte de elite, o personagem 
principal da peça, chamado shite utiliza as máscaras para 
expressar o conceito de yugen que inclui graça, escuridão 
e mistério. Sua atuação é acentuada pelo uso de ricas 
vestimentas e perucas. Essas máscaras, chamadas omote 
(aparência), são esculpidas em uma peça única de madeira 
podendo receber pintura e, algumas vezes, pelos de animal 
no lugar de cabelo e barba.
Entre as máscaras tradicionais, a mais significativa é a da 
mulher jovem – Ko-Omote (na exposição com exemplares do 
século XVIII e do XX, máscaras 6 e 9, p. 78-79) –, cuja expressão 
é de total ambiguidade. Um espírito além-túmulo que assume 
a aparência de uma princesa com leve sorriso, seu rosto 
exprime de acordo com o talento do ator tanto a sedução 
persuasiva quanto o sofrimento que consome.
honoring holy images or relics, Gyodo rites were 
performed by richly-garbed priests intoning holy 
chants, escorted by acolytes wearing the masks of 
protectors of the Buddhist faith. 
The tradition of masks in the theater – Nô 
(tragedy) and Kyogen (comedy) – developed fully 
during the XIV century. They derived from earlier 
forms of Dengaku agricultural ceremonies and 
Sarugaku juggling and acrobatic performances, 
both of which used masks. 
Comic sketches (Kyogen) were performed in 
the intervals of dramatic Nô plays. In contrast 
to the masks used in the Nô theater with fairly 
bland expressions, more extravagant and bizarre 
Kyogen masks clearly expressed emotions 
ranging from laughter to confusion, paralysis, 
malice and many others. The Kyogen in this 
exhibition has a comically rueful expression. In 
more technical terms, it is interesting to note that 
it is carved out of wood more roughly than the 
ceremonial or Nô masks. 
In dramatic Nô plays designed for the elite, the 
leading character (known as shite) wears masks 
expressing the concept of yugen, which includes 
grace, darkness and mystery. His performances 
are highlighted by w earing rich garments and 
wigs. Known as omote (appearance), these wigs 
are carved out of a single piece of wood and may 
be painted, sometimes with animal pelts glued on 
indicate hair and beard.
The most important of the traditional masks is 
that of the young woman (Ko-Omote), with two 
examples in the exhibition dating back to the XVIII 
and XX centuries, with a completely ambiguous 
expression. A spirit from beyond the grave 
materializes as a princess with a timid smile, her 
face expressing either persuasive seduction or 
the suffering that consumes her, depending on 
the talent of the actor.
18
A máscara de Hannya, um demônio ciumento e vingativo, 
com chifres pontudos e dentes carnívoros, era usada durante 
a transformação de um personagem feminino ao revelar sua 
raiva ou pesar. A exposição conta com um exemplar dos 
séculos VXIII-XIX (máscara 8, p. 79).
Entre as máscaras Nô masculinas apresentadas na mostra 
está a de Kurohige, que literalmente significa barba negra, 
representando um deus dragão do mar, cujo principal poder 
é o de trazer a chuva. O exemplar é do início do século XVII. 
Bem posterior, de fins do século XVIII é a máscara de Akobujo, 
digno e triste, personagem de um deus quando assume a 
forma de um homem velho.
A exposição celebra aspectos das artes aristocrática e 
popular japonesas. Enquanto as máscaras testemunham 
valores relacionadoscom expressões culturais voltadas para 
a expressão de conceitos elevados, as estampas ukiyo-e 
celebram a realidade do mundo do dia a dia.
As máscaras em exibição provêm de tradições que foram 
patrimônio das classes altas como as danças dramáticas, as 
procissões religiosas e o teatro Nô e representam personagens 
mitológicos clássicos como gênios e dragões ou expressam 
conceitos como graça, mistério ou loucura demoníaca. 
No conjunto de estampas apresentado, por sua vez, 
encontram-se algumas das principais características da gravura 
japonesa da época: a extraordinária virtuosidade no desenho 
de traços delicados e sinuosos, a enorme expressividade e a 
temática marcada pela observação e o comentário da vida do 
povo japonês. 
Anna Paola Baptista
Curadora
A jealous and vengeful demon with pointed horns 
and sharp teeth, the mask of Hannya was used 
during the transformation of a female character in 
order to disclose her anger or grief. The example 
in this exhibition dates back to the XVIII or XIX 
centuries.
The male Nô masks on display include that of 
Kurohige (literally: Blackbeard) representing a 
seadragon god whose main power is to bring rain. 
This exhibition features an example dating back 
to the early XVII century. A far later artefact from 
the end of the XVIII century is the sad but dignified 
mask of Akobujo, a god who turns into an old man.
This exhibition celebrates aspects of Japanese art 
that are both aristocratic and common. While the 
masks bear witness to values related to cultural 
expressions reflecting lofty concepts, the ukiyo-e 
prints honor the worldly reality of day-to-day life. 
The masks in this exhibition come from traditions 
that are an upper-class legacy, including dramatic 
dance dances, religious processions and Nô plays, 
featuring mythological and classical characters such 
as genies and dragons, or expressing concepts such 
as grace, mystery or devilish madness. 
This collection of prints highlights some of the main 
characteristics of Japanese art at that time, through 
the extraordinary and expressive virtuosity of these 
delicate drawings with their sinuous lines portraying 
closely-observed subjects that offer a running 
commentary on the lives of the Japanese people. 
Anna Paola Baptista
Curator 
19
Torii Kiyonobu (1664-1729)
Sem título, Japão, Século XVII-XVIII
Xilogravura em cores | 30,7 x 15 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
20
Autor desconhecido
Sem título, Japão, s.d.
Xilogravura em cores | 17,6 x 14,8 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
21
Suzuki Harunobu (ca.1724-1770)
Xilogravura em cores | 15,4 x 32,5 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
22
Isoda Koryusai (ativo 1760-1780)
Xilogravura em cores | 19,3 x 27 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
23
Nishimura Shigenobu (ativo 1720-1740)
Xilogravura em cores | 51 x 39,7 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
Nishimura Shigenobu (ativo 1720-1740)
Xilogravura em cores | 30 x 15,8 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
24
Katsukawa Shunsho (1725-1792)
Xilogravura em cores | 32,7 x 14,9 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
25
Katsukawa Shuntei (1770-1820)
Xilogravura em cores | 38,5 x 25,7 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
26
Katsukawa Shunko (c.1770-1790)
Sem título, Japão, século XVIII-XIX 
Xilogravura em cores | 23 x 34,4 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
27
Katsukawa Shunko (c.1770-1790)
Sem título, Japão, Século XVIII/XIX
Xilogravura em cores | 22,5 x 34 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
28
Katsukawa Shuntei (1770-1820)
Sem título, Japão, Século XVIII/XIX
Xilogravura em cores | 26,3 x 37,5 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
29
Utagawa Toyokuni (1769-1823)
Xilogravura em cores | 33 x 45 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
30
Utagawa Toyokuni (1769-1825)
Xilogravura em cores | 38,1 x 24,7 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
31
Utagawa Toyokuni II (1777-1835)
Xilogravura em cores | 24,3 x 35,4 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
32
Utagawa Kunisada (Toyokuni III) (1786-1865)
Xilogravura em cores | tríptico 
36,6 x 26 cm | 36,6 x 26 cm | 36,4 x 25,8 cm 
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
33
34
Ichiryusai Hiroshige (1797-1858)
Xilogravura em cores | 34,4 x 22,8 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
35
Toyokama-Bashi
A Ponte do Rio Toya, Japão, 1850
Xilogravura em cores | 18,1 x 24 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
36
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Tokaido Gojusan Tsugi, Nihon Bashi, Japão, 1850
Xilogravura em cores | 18 x 24,7 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
37
Ando Hiroshige (1797-1858)
Chuiryu, Shuka Uma-Schi (A feira estival de cavalos), Japão, 1850 c.
Xilogravura em cores | 18,2 x 24,7 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
38
Ando Hiroshige (1797-1858)
Fukuroi, Japão, 1850 c.
Xilogravura em cores | 17,7 x 24,3 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
39
Ando Hiroshige (1797-1858)
Shono, Japão, 1850 c.
Xilogravura em cores | 17,1 x 23,8 cm 
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
40
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Musho Edo Hyakkei - Omaya (100 lugares 
célebres de Edo, Às margens do Omaya), Japão, 1857
Xilogravura em cores | 35,2 x 24,1 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
41
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Musho Edo Hyakkei (100 lugares célebres de Edo, Onagi-Gawa, 
Gohon-Matsu, Os cinco pinheiros do rio Konagi), Japão, 1856
Xilogravura em cores | 35,1 x 22,9 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
42
Ichiryusai Hiroshige (1797-1858)
Xilogravura em cores | 27 x 41 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
43
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Musho Edo Hyakkei -100 lugares célebres de Edo - Shoheibashi, Seido, 
Kanda-Kavao (Santuário Seido e o rio Kanda, vista da ponte Shohei), 1857
Xilogravura em cores | 35,9 x 24,5 cm 
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
44
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Roku-Ju-Yo Shio-Meisho Dzu-Ye (Vista das 60 províncias, 
Mima Saka, Vale Yamabushi), Japão, 1853
Xilogravura em cores | 41 x 27 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
45
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Roku-Ju-Yo Shio-Meisho Dzu-Ye (Vista das 60 províncias, 
Mima Saka, Vale Yamabushi), Japão, 1853
Xilogravura em cores | 40 x 27 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
46
Ando Hiroshige (1797-1858)
Série Roku-Ju-Yo Shio-Meisho Dzu-Ye (Vista das 60 províncias, 
Mima Saka, Vale Yamabushi), Japão, 1853
Xilogravura em cores | 35,1x23,5
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
47
Ichiyûsai Kuniyoshi (1797-1861)
Vinte e quatro paradigmas da piedade filial da nossa terra 
Honchô nijûshikô; editor: Mura-Tetsu 1843-46 
Xilogravuras em cores | 25 x 18 cm cada
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
48
49
50
51
52
53
Utagawa Kunitora (1850-??)
Xilogravura em cores | 33 x 22,7 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
54
Katsuchika Hokusai (1760-1849)
Sem título, Japão, Século XVIII/XIX
Xilogravura em cores | 23,4 x 17,9 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
55
Katsushika Hokusai (1760-1849)
Série Tesouro da Lealdade, o livro escrito em fonograma
Xilogravura em cores | 25 x 37 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
56
 Katsushika Hokusai (1760-1849)
Hyakunin isshu ubaga etoki (Cem poemas explicados pela velha ama)
Xilogravura em cores | 25,2 x 35,7 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
57
Toyota Hokkei (1780-1850)
Jusan, Japão, 1801-1900 
Xilogravura em cores | 21,3 x 18,3 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
58
Toyota Hokkei (1780-1850)
Jusan, Japão, 1801-1900 
Xilogravura em cores | 20,6 x 18,4 cm
Acervo Museus Castro Maya IBRAM/MinC
59
Kitao Shigemasa (1739-1820)
Xilogravura em cores | 37,1 x 23,6 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
60
Kunichika (1850-1860)
Xilogravura em cores | 36 x 25 cm 
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
61
Autor desconhecido
Xilogravura em cores | Tríptico | 34,5 x 73,3 cm 
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
62
Autor desconhecido
Xilogravura em cores | Díptico | 35 x 47,3 cm
ColeçãoJoão Maurício de Araújo Pinho
63
Toyokuni II (1835-1840)
Xilogravura em cores | 37,5 x 25 cm 
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
64
Tsukioka Yoshitoshi (1839-1892)
Xilogravura em cores | 36 x 24 cm 
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
65
Tsukioka Yoshitoshi (1839-1892)
Xilogravura em cores | 36 x 24 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
66
Keisai Eisen (1790-1848)
Xilogravura em cores | 73,5 x 25 cm
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
67
BIOGRAFIAS 
Ando Hiroshige (1797-1858). Da escola Utagawa. Filho de 
um bombeiro, sucedeu-o no cargo, mas em 1811 passou ao 
aprendizado no estúdio de Utagawa Toyohiro. No início da 
década de 1830, influenciado pelo trabalho desenvolvido 
por Hokusai, lançou-se na produção das séries de gravuras de 
paisagem, gênero pelo qual se celebrizou, em especial com a 
tradição do meisho-e, ou seja, figuras de lugares famosos. Ele 
é o mais famoso dos artistas do ukiyo-e e, junto com Hokusai, 
representa o apogeu da gravura japonesa. Convidado para 
se juntar a uma procissão oficial pela estrada de Tokaido 
que unia as duas capitais, Hiroshige aproveitou para realizar 
diversos esboços, utilizados em sua volta para compor a Série 
“53 Estações de Tokaido” que contém algumas de sua obras 
primas. Hiroshige trouxe novos aspectos para a tradição da 
pintura de paisagem dominante até então imprimindo uma 
escala de cotidianidade ao mostrar viajantes experienciando 
as atrações do caminho em todas as estações do ano. Em 1856 
ele lançou uma edição luxuosa utilizando as mais sofisticadas 
técnicas de impressão. Foi ainda pioneiro no formato vertical 
de pintura de paisagem na Séria “Vistas Famosas das 60 
Províncias”. Seu estilo pessoal incluiu também o uso de pontos 
de vista pouco usuais, cores impressionantes e referências às 
estações e fenômenos naturais.
Isoda Koryūsai (1735–1790?). Da escola Harunobu. Atuante 
entre 1769 e 1790. Começou sua carreira como gravurista 
enquanto ainda era um samurai a serviço do clã Tsuchiya. 
Seu aprendizado está intimamente relacionado a Harunobu 
a quem imitou até firmar um estilo próprio. Nesse tempo 
desenvolveu tonalidades próximas da pintura e uma linha 
caligráfica. 
Katsuchika Hokusai (1760-1849). Fundador da escola Hokusai. 
Considerado por muitos o maior artista do ukiyo-e, é autor 
de sua imagem mais icônica, “A Grande Onda”, de c. 1830-
32. Embora inicialmente destinado a suceder um tio na 
carreira de polidor de espelhos, entrou para o aprendizado 
da gravura com Katsukawa Shunsho aos 19 anos. Após a 
morte de Shunsho foi expulso da escola Katsukawa pelo 
BiograPhiEs
Ando Hiroshige (1797–1858). A member of the 
Utagawa School and the son of a fire warden, 
he initially followed in his father’s footsteps, but, 
signed on as an apprentice with the Utagawa 
Toyohiro studio in 1811. Influenced by the work 
of Hokusai, during the early 1830s he began to 
produce series of landscape woodblock prints – 
a genre for which he became famous, especially 
in the meisho-e tradition of portraying famous 
places. The most famous of the ukiyo-e artists, he 
and Hokusai represented the apogee of Japanese 
woodblock printwork. During an official procession 
along the Tokaido highway between the two capital 
cities, Hiroshige completed many sketches which 
were subsequently used for the Fifty-three Stations 
of the Tōkaidō series that contained some of his 
masterpieces. He introduced new aspects to the 
landscape painting tradition that had reigned until 
then through adding touches of daily life, with 
travelers enjoying wayside attractions throughout 
the year. In 1856, he published a deluxe edition 
using sophisticated printing techniques. He 
also pioneered vertical landscape paintings 
in the Famous Views of Sixty Provinces series. 
His personal style included the use of unusual 
viewpoints, striking colors and references to natural 
phenomena and the seasons of the year. 
Isoda Koryūsai (1735–1790?). A member of the 
Harunobu School, working between 1769 and 
1790, he began his career as a print designer while 
still a samurai bound to the Tsuchiya clan. His 
apprenticeship was closely linked to Harunobu, 
who he imitated until firming up his own style. 
During this time, he developed ink tonalities close 
to painting and a calligraphic line. 
Katsuchika Hokusai (1760–1849). The founder 
of the Hokusai School, he is considered by 
many as the greatest of the ukiyo-e woodblock 
printmakers, signing its most iconic image: Is a 
Great Wave (ca. 1830 –1832). Although initially 
tipped to follow an uncle into a career as a mirror-
polisher, he instead began to study woodblock 
printing with Katsukawa Shunshō at nineteen years 
of age. After the death of Shunshō, his successor 
68
Shunkō expelled him from the Katsukawa School. 
However, he viewed this event as freeing up his 
personal style. A real eccentric, Hokusai moved 
house constantly (93 times during his lifetime) 
and also changed his name often, using thirty 
different signatures. During his lengthy career, 
he produced 30,000 works, many of which were 
lost when his studio burned down in 1839. Not 
limited to woodblock prints, he also decorated 
board games, lanterns, dioramas and paper toys, 
in addition to illustrating volumes of fiction and 
poetry, while also writing books for apprentice 
artists with drawings he prepared for his pupils 
to copy. Pressured by financial woes, at seventy 
years of age he began what was to become his 
masterwork: Thirty Six Views of Mount Fuji (which 
includes The Great Wave).
 Katsukawa Shunkō (1743–1812). A member of the 
Katsukawa School who studied under Shunshō, he 
is believed to have created the first large head-
and-torso portraits of actors. He had to cease 
working with woodblock prints at 45 years of age, 
when his right hand became paralyzed.
Katsukawa Shunshō (c. 1726–1793). The founder 
of the Katsukawa School who initially followed 
the Torii line, his art subsequently entered a new 
and innovative stage. His best-known subjects 
were Kabuki actors, revitalizing this type of 
theater during the 1760s after the decline of the 
Torii School and endowing these highly realistic 
portraits with great individuality. His depictions 
of beautiful women (bijin-ga) and sumo wrestlers 
were also well-known. His studio was where 
Hokusai began his career.
Katsukawa Shuntei (1770–1820). A member of the 
Katsukawa School.
Keisai Eisen (1790–1848). The founder of the 
Keisai Eisen School, he was apprenticed to Kano 
Hakkeisai and then studied with Kikugawa Eizan. 
His bijin-ga prints of beautiful women are rated 
as masterworks of the decadent Bunsei Era 
(1818–1830). Real fashion plates of their times, 
they depict women in highly sensual ways. He 
also produced erotic works and landscape prints, 
sucessor Shunko, contudo ele interpretou este evento como 
libertador de seu estilo pessoal. De personalidade excêntrica, 
Hokusai mudava constantemente de casa (93 vezes na vida) 
e de nome, tendo assumido 30 diferentes assinaturas. Na 
sua longeva carreira produziu 30.000 obras, embora muitas 
tenham se perdido no incêndio de seus estúdio em 1839. 
Além de estampas também decorou jogos de tabuleiro, 
lanternas, dioramas e brinquedos de papel. Ilustrou livros de 
ficção e poesia e criou manuais para artistas aprendizes com 
desenhos que fazia para seus alunos copiarem. Aos 70 anos, 
pressionado por problemas financeiros, começou o que viria 
a se tornar sua obra prima: a Série “36 Vistas do Monte Fuji” 
(que inclui “A Grande Onda”). 
Katsukawa Shunkō (1743-1812). Da escola Katsukawa, pupilo 
de Shunsho. Acredita-se que ele criou os primeiros grandes 
bustos de atores. Aos 45 anos teve uma paralisia na mão 
direita que o obrigou a deixar de criar xilogravuras.
Katsukawa Shunshō (c. 1726–1793). Fundador da escola 
Katsukawa. Nos primórdios seguia a linha dos Torii, mas 
posteriormente inovou iniciando uma nova etapa em sua arte. 
Seu tema mais notório foi o dos retratos de atoresdo Kabuki 
que ele revitalizou na década de 1760 após o declínio da 
escola Torii, neles injetando grande realismo e individualidade. 
Contudo seus trabalhos em bijin-ga (beldades da época) e 
lutadores de sumô também se notabilizaram. Hokusai iniciou 
a carreira em seu estúdio.
Katsukawa Shuntei (1770-1820). Da escola Katsukawa.
Keisai Eisen (1790-1848). Fundador da escola Keisai Eisen. Foi 
aprendiz de Kano Hakkeisai e depois estudou com Kikugawa 
Eizan. Suas estampas de beldades (bijin-ga) são consideradas 
obras primas da decadente Era Bunsei (1818-1830). Trata-
se de verdadeiros estudos da moda do período e retrata as 
mulheres de forma de foram mais sensual. Produziu também 
gravuras eróticas e de paisagem, incluído a Série “69 estações 
do Kiso Kaido”, completada por Hiroshige. Foi ainda escritor 
tendo deixado um volume que documenta as vidas dos 
artistas do ukiyo-e.
69
including the Sixty-nine Stations of the Kiso Kaidō 
series that was completed by Hiroshige. Also a 
writer, he left a volume documenting the lives of 
the ukiyo-e woodblock printmakers.
Kitagawa Utamaro (1753–1806). The founder of the 
Kitagawa or Utamaro School and viewed as one of the 
grand masters of ukiyo-e woodblock printwork, he 
published a series of books magnificently illustrated 
with nature scenes, especially insects, although his 
main fame came mainly from his head-and-torso 
portraits of beautiful women in the Yoshiwara district 
during the 1790s, with elegantly willowy bodies. In 
1804 he was arrested for identifying historical figures 
by name in his prints, which was forbidden. In his 
time, Utamaro was very famous, with many imitators, 
some of whom even used his signature, prompting 
him to sign some works as ‘the real Utamaro’.
 Kitao Shigemasa (1739–1820). The founder of the 
Kitao School, he was self-taught until becoming a 
pupil of Nishimura Shigenaga. One of the main 
woodblock printers of his time, but later outshone 
by Torii Kiyonaga, he specialized in pictures of 
beautiful women (bijin-ga). 
Nishimura Shigenobu (active: 1729–1739). 
Probably a pupil of Nishimura Shigenaga, he 
was famous for his portrayals of Kabuki actors 
and courtesans, with other subjects including 
landscapes, mythological animals and samurai 
battles. His warrior prints are highly original, 
featuring ghosts, dreams and superhuman 
elements. At times, his work hints at aspects of 
Western art, such as his landscape prints with 
perspective and shadow. A witness to the opening 
of the port of Yokohama to the rest of the world, he 
produced two works showing Westerners in this 
city. His New Designs of Young Models (1776–81) 
was produced in 140 copies – at that time, the 
longest print run for a ukiyo-e series featuring 
women and fashion. 
Suzuki Harunobu  (c. 1725–1770). A member of 
the Nishimura or Shigenaga School and founder 
of the Harunobu School, he probably came from 
a samurai family. With influential patrons allowing 
him to work with expensive materials, he was the 
Kitagawa Utamaro (1753-1806). Fundador da escola Kitagawa 
ou Utamaro. Considerado um dos grandes mestres do 
ukiyo-e. Publicou uma série de magníficos livros ilustrados 
com estudos de natureza, especialmente sobre insetos, 
porém ficou conhecido, principalmente, pelos bustos grandes 
de beldades do bairro de Yoshiwara dos anos 1790 com 
formas exageradamente alongadas. Em 1804 foi preso por 
identificar nominalmente nas gravuras figuras históricas, o 
que era proibido. Utamaro alcançou grande fama em seu 
tempo e teve muitos imitadores, alguns inclusive utilizando 
sua assinatura o que o levou a assinar alguns trabalhos como 
“o genuíno Utamaro”.
Kitao Shigemasa (1739–1820). Fundador da escola Kitao. Foi 
autodidata antes de tornar-se aluno de Nishimura Shigenaga. 
Um dos principais gravuristas de seu tempo depois ofuscado 
por Torii Kiyonaga, especializou-se nas pinturas de figuras 
bonitas (bijin-ga). 
Nishimura Shigenobu (ativo 1729-1739). Provavelmente pupilo 
de Nishimura Shigenaga. Notabilizou-se por representações 
de atores do Kabuki e cortesãs. Seus temas incluíram vários 
gêneros: paisagem, atores do Kabuki, mulheres bonitas, 
animais mitológicos, batalhas de samurais. Suas estampas de 
guerreiros são originais ao incorporar fantasmas, sonhos e 
elementos sobre-humanos. Seu trabalho por vezes congregava 
aspectos da plástica ocidental como, por exemplo, no caso das 
estampas de paisagem em que ele se utilizou da perspectiva 
e sombra. Kuniyoshi foi testemunha da abertura do porto 
de Yokohama aos estrangeiros e produziu duas obras em 
que mostra ocidentais na cidade. Sua "Modelos para Moda" 
(Hinagata wakana no hatsumoyō, 1776–81) foi produzida em 
140 cópias, a maior impressão de séries de figuras femininas e 
moda em ukiyo-e a ser executada na época. 
Suzuki Harunobu (c. 1725–1770). Da escola Nishimura ou 
Shigenaga. Fundador da escola Harunobu. Proveniente 
de uma família samurai, possuía mecenas influentes que 
possibilitavam ao artista trabalhar com materiais caros. 
Foi inovador, o primeiro a produzir gravuras em policromia 
em 1765, tornando obsoleto o método anterior de 2 ou 3 
70
first to produce innovative polychrome works in 
1765, superseding the previous method using only 
two or three colors. Known as brocade paintings 
(nishiki-e), these prints juxtaposed colors over the 
entire surface of the picture, featuring subjects 
that varied from classical poetry to the beautiful 
women of his times, and even erotic images 
(shunga). His style was widely copied, including 
by Hiroshige. Harunobu was also famed for 
portraying daily life in Edo, not only the activities 
of actors, sumo wrestlers or courtesans, but also 
ordinary people in the streets.
Torii Kiyonobu,  also known as Shōbei  (1664–
1729). The founder of the Torii School, he began 
to paint with his father Kiyomoto, who was also 
an actor. When his family moved to Edo, Torii 
became a poster painter for the Kabuki theater. In 
1695, he produced his first print featuring actors, 
giving rise to the Torii School, which is among 
the most famous and long-lasting groups. He 
also illustrated books in the ukiyo-e manner and 
portrayed the beautiful women of his times (bijin-
ga) in a realistic but charming style. 
Totoya Hokkei (1780–1850). A member of the 
Hokusai School, he was one of the first and best-
known pupils of Hokusai. Working in a variety of 
fields, he produced a large number of prints and 
illustrated books at the peak of his career during 
the 1820s.
Toyohara Kunichika (1835–1900). The founder of the 
Toyohara School. He became a pupil of Chikanobu 
at around twelve years of age, joining the Kunisada 
studio as an apprentice about a year later and 
adopting a name that honored his two masters. 
A free spirit, his contemporaries said that his life 
revolved around print design, the Kabuki theater 
and alcohol. Although best known for his portraits 
of actors, he also addressed historical subjects and 
portrayed beautiful women, always in bright colors. 
Tsukioka or Taiso Yoshitoshi (1839–1892). A 
member of the Utagawa School, he signed on 
with Kuniyoshi as an eleven year old apprentice. 
Although not viewed as his true successor, he is 
acknowledged as his most important disciple 
cores. Essas estampas (nishiki-e, ou pintura em brocado) 
justapunham as cores na superfície íntegra da gravura. Seus 
temas variaram de poemas clássicos a mulheres bonitas 
contemporâneas além de imagens eróticas (shunga). Seu estilo 
foi amplamente copiado inclusive por Hiroshige. Harunobu 
também se tornou conhecido por representar a vida cotidiana 
em Edo, não somente àquela ligada aos atores, lutadores de 
sumô ou cortesãs mas incorporando ainda personagens do 
dia a dia das ruas.
Torii Kiyonobu, também chamado Shōbei (1664-1729). 
Fundador da escola Torii. Iniciou-se na pintura com seu pai, 
Kiyomoto, que foi pintor e também ator. Torii tornou-se um 
pintor de cartazes para o teatro Kabuki quando a família 
mudoupara Edo. Em 1695 imprimiu sua primeira estampa de 
atores dando origem à escola Torii, uma das mais renomadas 
e longevas. Ele ainda ilustrou livros no estilo ukiyo-e. Também 
realizou retratos das beldades de seu tempo (bijin-ga) num 
estilo realista porém gracioso.
Totoya Hokkei (1780–1850). Da escola Hokusai. Foi um 
dos primeiros e mais conhecidos alunos de Hokusai tendo 
composto em uma variedade de gêneros. Durante o apogeu 
de sua carreira entre 1820-30 ele produziu um grande número 
de estampas e livros ilustrados.
Toyohara Kunichika (1835-1900). Fundador da escola Toyohara. 
Por volta dos 12 anos tornou-se aluno de Chikanobu e um ano 
depois entrou para o estúdio de Kunisada como aprendiz, 
recebendo o nome que era a junção dos de seus dois mestres. 
De temperamento boêmio, seus contemporâneos afirmavam 
que o design de estampas, o teatro Kabuki e o álcool eram 
tudo em sua vida. É mais conhecido pelos retratos de atores, 
mas também trabalhou sobre os temas históricos e as mulheres 
bonitas, sempre em cores fortes.
Tsukioka ou Taiso Yoshitoshi (1839-1892). Da escola Utagawa. 
Aos 11 anos iniciou o aprendizado com Kuniyoshi. Embora 
não seja visto como successor de Kuniyoshi, é reconhecido 
como seu mais importante discípulo e o ultimo dos grandes 
mestres do ukiyo-e. Foi um grande inovador e, ao mesmo 
71
and the last of the great ukiyo-e woodblock print 
masters. A major innovator, while at the same 
time concerned with preserving this age-old art 
against more modern notions that appeared in 
Japan after the Meiji Restoration, he stressed the 
use of traditional methods, opposing new means 
of mass reproduction – such as photography and 
lithography – arriving from the West. Most of his 
prints from the 1890s feature disturbing images of 
violence such as deaths by decapitation and other 
bloody scenes. 
Utagawa Kunisada (1786–1865). A member of the 
Utagawa School and also known as Toyokuni III, 
he joined Toyokuni as an apprentice around 1800. 
Less than ten years later he was already considered 
a star of the Utagawa School. Always attuned to 
public tastes, he was the most popular, prolific 
and financially successful ukiyo-e woodblock print 
designer of the XIX century, in his day outstripping 
the reputations of even Hokusai, Hiroshige and 
Kuniyoshi.
Utagawa Kunitora (active: 1804–1850). A member 
of the Utagawa School. 
Utagawa Kuniyoshi (1798–1861). A member of 
the Utagawa School and apprenticed to Toyokuni 
between 1811 and 1814, becoming one of the last 
great ukiyo-e woodblock print masters.
Utagawa Toyokuni (1769–1825). A member of the 
Utagawa School and the first head of the house 
of Utagawa funded by Toyoharu, he was not 
particularly innovative, but rather a keen emulator 
of earlier great masters such as Utamaro, only later 
developing his own style. His Kabuki pictures 
did not merely freeze actors in static poses, but 
rather showed them in action, making him very 
popular. His main pupils were Kunisada (Toyokuni 
III) and Kuniyoshi. After his death, his son-in-law 
Toyoshige worked under the name of Toyokuni II. 
Utagawa Toyokuni II (1777–1835). A member 
of the Utagawa School and the son-in-law of 
Utagawa Toyokuni, his real name was Toyoshige. 
Clashing with Kunisada over the name of the 
master and leadership of the School, he returned 
to his previous signature once defeated. 
tempo, extremamente preocupado com a preservação 
dessa arte tradicional frente às inovações que surgiam no 
Japão após a Restauração Meiji. Insistiu nos uso dos meios 
tradicionais, lutando contra os novos meios de reprodução 
em massa (fotografia, litografia) que chegavam do ocidente. A 
maioria de suas estampas dos anos 1860 representa imagens 
perturbadoras de violência tais como mortes por decapitação 
e outros meios sangrentos. 
Utagawa Kunisada (1786-1865). Da escola Utagawa. Também 
conhecido como Toyokuni III, entrou como aprendiz de 
Toyokuni por volta de 1800 e menos de dez anos depois já 
era considerado uma estrela da escola Utagawa. Sempre 
afinado com o gosto do público, foi o mais popular, prolífico 
e financeiramente bem sucedido designer de xilogravura 
ukiyo-e no século XIX, superando em sua época a reputação 
de Hokusai, Hiroshige e Kuniyoshi.
Utagawa Kunitora (ativo 1804-50). Da escola Utagawa. 
Utagawa Kuniyoshi (1798–1861). Da escola Utagawa. Realizou 
seu aprendizado com Toyokuni entre 1811-14 e tornou-se um 
dos últimos grandes mestres da gravura ukiyo-e.
Utagawa Toyokuni (1769-1825). Da escola Utagawa e primeiro 
chefe da casa Utagawa, fundada por Toyoharu. Mais do que 
inovador foi um grande emulador dos grandes mestres 
anteriores como Utamaro, mas posteriormente sintetizou 
um estilo próprio. Suas representações do Kabuki não se 
limitavam à pose estática dos atores, mas mostrava-os agindo, 
o que o tornou extremamente popular. Seus principais alunos 
foram Kunisada (Toyokuni III) e Kuniyoshi. Após sua morte, seu 
genro passou a usar o nome de Toyokuni II. 
Utagawa Toyokuni II (1777–1835). Da escola Utagawa. 
Chamava-se Toyoshige e era genro de Toyokuni. Disputou 
com Kunisada o uso do nome do mestre e a liderança da 
escola e acabou derrotado, voltando à antiga assinatura.
72
Adachi Ginko 
(1870-1900)
Autor não identificado 
(1860)
Toyohara Chikanobu 
(1838-1912)
Fukuyama Yoshitoyo
 (1830-1866)
Ogata Gekko (1859-1920)
Hirano Hakuho 
(1879-1957)
Hotei Gosei 
(ativo 1804-1835)
73
Ichikage 
(1875-1880)
Ichiryusai Hiroshige 
(1797-1858)
Kagetoshi 
(década de 1930)
Katsukawa Shunko 
(1743-1812)
Kesai Eisen 
(1790-1848)
Kikao Masayoshi 
(1764-1824)
Kikugawa Eizan 
(1787-1857)
Kitagawa Tsukimabo 
(ativo 1800-1820)
74
Kitagawa Utamaro 
(1735-1806)
Kobayashi Kiyochika 
(1847-1915)
Unichika 
(1850-1860)
Kunimasa 
(1875)
Utagawa Kunisada II 
(1823-1880)
Kunishige 
(ativo 1821-1849)
Kuniyasu, Kunichika e Kunisada
Utagawa Kuniyoshi 
(1797-1861)
75
Autor desconhecido
76
Autor desconhecido
Manga – pássaros
Nishimura Nantei (1775-1834)
Nantei Gafu Kohen – álbum de desenhos de Nantei
77
Utagawa Sadakage 
(1820-1830)
Shibata Zeshin 
(1807-1891)
Shinsai Ryurykyo 
(1764-1820)
Sukioka Yoshitoshi 
(1839-1892)
Torii Kiyomasa 
(1735-1785)
Tsukioka Yoshitoshi 
(1839-1892)
78
Tsukioka Yoshitoshi (1839-1892)
Série “As Cem Fases da Lua”
79
Utagawa Hiroshige II 
(1829-1869)
Utagawa Sadahide 
(1807-1873)
Utagawa Toyokuni 
(1835)
Utagawa Yoshiyoki
(c.1848-1864)
Yanagawa Shigenobu 
(1787-1832)
Yoshitaki 
(ativo 1850-1860)
80
1 2 3
4 5 6
81
1 Máscara Gigaku de Konron, séculos XIV-XVI
 Madeira e laca
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
2 Máscara Nô de Kurohige, século XVII
 Madeira, gesso e pêlo de cavalo
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho 
3 Máscara Bugaku de Ryo-o, século XIX
 Madeira e laca
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
4 Máscara Kyogen, séculos XVII-XIX
 Madeira 
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
5 Máscara Bugaku, século XVII
 Madeira 
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
6 Máscara Nô de Ko-Omote, século XVIII
 Madeira
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
7 Máscara Nô de Akobujo, século XVIII
 Madeira, gesso e pêlo de cavalo
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
8 Máscara Nô de Hannya, séculos XVIII-XIX
 Madeira, gesso e pelo de cavalo.
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
9 Máscara Nô de Ko-Omote, século XX
 Madeira
 Coleção João Maurício de Araújo Pinho
7 8 9
82
EXPosiÇÃo | EXhiBiTioN
Curadoria | Curatorship 
Anna Paola Baptista
Coordenação Geral | General Coordination
Raquel Silva
Produção | Production
Izabel Ferreira
Programação Visual | Art Direction
Mauro Campello
Design de Montagem | Exhibition Design
Anderson Eleotério
Sketchup | Sketchup
Felipe Paladini 
Produção Local | Local Production
Gabriela Izidoro 
Assessoria de Imprensa | Press Office
Vanessa Angeiras 
Museologia | Museology
Coleção Museus Castro Maya IBRAM MinC - 
Denise Batista
Coleção João Maurício de Araújo Pinho - 
Elenora Machado 
Laudos Técnicos| Technical Reports
Thereza Beatriz Kuhnert
Iluminação | Lighting
Francisco Antonio da Silva 
Sinalização | Signposting
Uzisign
Montagem | Art Mounting
GS Montagens
Cenotécnica | Scenographic Technology
José Francisco dos Santos e equipe
Molduras | Frames
Metara Arte Molduras
Marcelo Peregrino
Revisão de texto | Text Revision
Rosalina Gouveia
Versão para inglês | English version
Carolyn Brissett
Assistente de produção | Production assistant
Magda Nunes
Oficinas de Origami e Kussudama | Origami 
and Kussudama workshops
Helena Makiyama 
Eric Hayato Makiyama
Monitoria | Monitoring
Polliany Luna Ribeiro 
Silvio Ribeiro da Silva Sales
Seguro | Insurance
Pro Affinite – Chubb Seguros Brasil
Transporte | Transportation
ArtQuality Chenue do Brasil
CaTÁLogo | CaTaLog
Organização | Organization
Izabel Ferreira
Produção Editorial | Editorial Production
Raquel Silva
Texto | Text
Anna Paola Baptista
Design Gráfico | Graphic Design
Mauro Campello
Fotos | Photos
Acervo Museus Castro Maya IBRAM MinC: 
Jaime Accioli 
Acervo João Maurício de Araújo Pinho: 
Raquel Silva
Revisão de texto | Text Revision
Rosalina Gouveia
Versão para inglês | English version
Carolyn Brissett
Impressão e pré-impressão | Printing
Gráfica Santa Marta
agraDECiMENTos | aCKNoWLEDgMENTs
João Maurício de Araújo Pinho
Vera de Alencar
Cláudia Ferreira
Daniel Barros
Deneir de Souza Martins
Denise Mattar
Gabriel Mattar
Giselle Simão da Silva 
Graziele Simão da Silva
Iam Cantarino
Karolina de Oliveira
Lucca Campello
Marcos Bretas
Rafaela Lisboa
Suzy Cantarino
Taissa Campello
Vivian Horta
UKiYoE - a magia da gravura japonesa
Coleção João Maurício de Araújo Pinho
Coleção Museus Castro Maya IBRAM MinC
Curadoria Anna Paola Baptista
CaiXa Cultural recife - galeria 2
18 de julho a 17 de setembro de 2017 
Av. Alfredo Lisboa, 505 - Recife Antigo 
Recife - PE CEP. 50.030-150
Tel.: (81) 3425-1915
V
A
M
O
S 
P
R
E
SE
R
V
A
R
 O
 M
E
IO
 A
M
B
IE
N
TE
 |
 D
IS
TR
IB
U
IÇ
Ã
O
 G
R
A
TU
IT
A
 | 
V
E
N
D
A
 P
R
O
IB
ID
A
.
UKIYOE - a magia da gravura japonesa / [organização Izabel Ferreira; texto, 
Anna Paola Baptista; versão inglês, Carolyn Brissett]. – Rio de Janeiro 
:Memória Visual Ltda, 2017 
80 p. : il. color. ; 20 x 20 cm
 
Catálogo de exposição realizada na Caixa Cultural Recife, Galeria 2, de 18 de 
julho a 17 de setembro de 2017. 
 Curadoria: Anna Paola Baptista. 
 Textos em português e inglês.
1. Gravura japonesa - Séculos XVII, XVIII e XIX - Exposições. 2. Arte japonesa – 
Séculos XVII, XVIII e XIX - Exposições. 3. Gravura japonesa (Arte) - Exposições. 
I. Baptista, Anna Paola. II. Ferreira, Izabel . III. Caixa Cultural (Recife, PE).
83
84
Capap Final.indd 1 14/07/2017 21:04:27

Continue navegando