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ARQUITETURA TARDO E PÓS MODERNA Livro: Modernidade Líquida Capítulo: Tempo/ Espaço (páginas 107 a 122) Autor: Zygmunt Bauman Guilherme Rodrigues Juliana Patricio Natalia Nascimento Zygmunt Bauman Nasceu na Polônia, em 19 de novembro de 1925, em uma família de judeus; Em 1939, foge com os pais para a União Soviética, escapando do cerco nazista; Bauman lutou no Exército Vermelho durante a II Guerra Mundial e foi condecorado com uma medalha ao valor militar; Estudou filosofia e sociologia em Varsóvia, na Polônia, mas foi afastado devido à leitura de livros e artigos censurados; Crítico do autoritarismo soviético, mudou-se para a Inglaterra, onde se tornou professor da Universidade de Leeds; Recebeu os prêmios Amalfi (1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (1998, pelo conjunto de sua obra); Morreu em janeiro de 2017, aos 91 anos. A modernidade imediata é "leve", "líquida", "fluida" e infinitamente mais dinâmica que a modernidade "sólida" que suplantou. A passagem de uma à outra acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana. TEMPO/ ESPAÇO George Hazeldon Arquiteto inglês; Estabelecido na África do Sul; Projeta a “cidade perfeita”: Heritage Park; Baseia-se em sua infância em Londres; Cidade utópica: lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos (descrição imaginativa de uma sociedade ideal) Há diversas discussões acerca de seus aspectos positivos e negativos; OFERCE: Alegria; Divertimento; Harmonia; Segurança; Cerceamento; Vigilância; Completa; Espirito de comunidade. Por outro lado... Cerceamento: impede a livre circulação- segregação; Harmonia: quem não segue as regras, quem não se encaixa, é expulso; Completa: não sai da “bolha”; Vigilância: muitos gastos públicos Segurança: obsessão (pena de morte, prender todo mundo, privatizar e militarizar o espaço público) Privatizar: + seguro – livre; Público: - seguro = gera medo = afasta as pessoas dos espaços públicos COMPRAR PROTEÇÃO ELIMINAR A POBREZA X Institucionalização dos medos urbanos; Crescimento da indústria de segurança privada Igualdade; Paz; Sem medos. COMUNIDADE DEFINIDA POR SEGURANÇA E NÃO POR CONTEÚDO TEMPO/ ESPAÇO: Quando estranhos se encontram “Cidade é um assentamento humano em que estranhos tem a chance de se encontrar” Richard Sennet; Encontro de estranhos não tem passado (sem recordações) e sem futuro (sem história pra continuar)- não há espaço para tentativa, erro, aprendizado ou outra oportunidade TEMPO/ ESPAÇO: Quando estranhos se encontram Civilidade protege as pessoas durante a vida urbana- ser pessoa pública e não individuo; É como usar uma mascara- proteção para que os outros não sejam sobrecarregados pelo nosso peso e vice-e-versa TEMPO/ ESPAÇO: Quando estranhos se encontram A Praça La Dégfense em Paris é um espaço público que se afasta de espaço civil (não da espaço a interação social), porque: A falta de hospitalidade (ausência de áreas arborizadas e de bancos) desencoraja a permanência; Os grandes edifícios do entorno parecem não fazer parte da praça, parecem ser inacessíveis. É só um ponto de ligação para as pessoas que trabalham na área e utilizam-se do metrô (por isso tem um propósito no tempo e no espaço, mesmo sendo algo vazio e superficial) TEMPO/ ESPAÇO: Quando estranhos se encontram Espaços de consumo são locais público que se afastam de espaço civil (não da espaço a interação social), porque: encorajam a ação e não a interação (encontros interferem no proposito de comprar). É um passatempo individual, livre de pessoas indesejadas e seguro. TEMPO/ ESPAÇO: Lugares êmicos, lugares fágicos, não lugares, espaços vazios Na organização dos espaços e das dinâmicas urbanas há lugares êmicos, lugares fágicos, não-lugares, espaços vazios. A organização dos espaços permite o encontro de estranhos sem estranhamentos, sem interação e sem conflito. Lugares êmicos: marginalizam os outros para lidar com a alteridade de forma a aniquilar o outro ou sua interação com o meio social (separação espacial, guetos urbanos, acesso seletivo a espaços); Lugares fágicos: lugares de uniformização do sujeito, de forma a lidar com o outro aniquilando a alteridade (instrumentos e lugares de alienação cultural, venda de estereótipos para a uniformização do sujeito, o shopping, lugares de consumo etc); O não lugar: espaço intersticial, residual ou ao qual não se atribui significado, é o lugar que não se faz ver, ou se faz ver como vazio Tempo e espaço como categorias modernas. TEMPO/ ESPAÇO: Lugares êmicos, lugares fágicos, não lugares, espaços vazios Bauman criou esses conceitos com base nos estudos de Claude Lévi Strauss (antropólogo cultural, professor e filósofo belga): Necessidade de enfrentar a alteridade dos outros surgiu: Era antropoêmica: impedir a existência de pessoas diferentes; Era antropofágica: impedir a existência de pessoas com costumes, calendários e cultos diferentes. TEMPO/ ESPAÇO: Lugares êmicos, lugares fágicos, não lugares, espaços vazios Carnaval Lapso no tempo que retorna ciclicamente; Intervalo de tempo na qual a cidade se transforma antes de voltar a rotina: Mostra que a realidade não é tão dura quanto parece Mostra que a realidade pode ser transformada (diferente dos templos de consumo que não revelam nada da natureza da realidade cotidiana- lugar sem lugar, só existe por si mesmo) TEMPO/ ESPAÇO: Lugares êmicos, lugares fágicos, não lugares, espaços vazios Templos de consumo Equilíbrio entre liberdade, divertimento e segurança (auto cercado); Variedade de sensações em oferta; A poluição e a confusão são amenizadas e higienizadas; Sensação de fazer parte de uma comunidade; Todos tem o mesmo proposito, foram seduzidas pelas mesmas coisas, são guiados e movidos pelos mesmos motivos: CONSUMIR
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