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Ortopedia Veterinária Exame Ortopédico Exame ortopédico Informações obtidas pelo proprietário + Anamnese + Exame direto do animal para interpretar os sinais clínicos apresentados. Identificação do Paciente: Peso e Raça. História Clínica e Queixa Principal: Perguntar sobre: · O início e a duração da alteração e a existência de fatores predisponentes. · Se houver algum acidente anterior. · Se a manifestação apresentada ocorre apenas ocasionalmente. Claudicação aguda: acidentes recentes. Claudicações intermitentes e crônicas: luxações e displasias. Claudicações que evoluem para impotência funcional: doenças degenerativas ou neoplasias. Deve-se investigar a ocorrência de outras enfermidades concomitantes ou de qualquer sinal anormal, pois é possível que doenças sistêmicas causem manifestações ortopédicas. Da mesma forma que sinais sistêmicos como febre, letargia, inapetência e outros possam indicar problemas ortopédicos, como em condições articulares inflamatórias. Em cães de grande porte e em fase de crescimento rápido, a oferta de alimentação rica em calorias, proteínas e cálcio, predispõem o surgimento de anormalidades do desenvolvimento das articulações. A dieta é um fator que deve ser considerado – influencia muito na displasia coxofemoral e ostercondrose. A obesidade resulta em sobrecarga para articulações lesionadas ou congenitamente deformadas, favorecendo o desenvolvimento de afecções osteoartríticas. Exame físico ortopédico Dividido em 3 etapas. 1. Inspeção visual e exame de marcha A postura adotada pelo animal revela sua tentativa de poupar a região dolorida. A ausência de pelos sobre as articulações podem indicar lambedura e mastigação, o que indica dor ou parestesia. Animais atropelados geralmente não conseguem sustentar o peso. A simetria musculoesquelética também pode ser um indicativo. A mobilidade ou a posição anormal de parte de um membro pode indicar a ruptura de um tendão ou ligamento ou uma fratura óssea instável. Úlcera na ponta dos dígitos pode demonstrar perda da propriocepção. Inclinação do dorso e posicionamento da cauda podem refletir dor lombar ou prostática. Observação do animal em movimento antes da palpação Avaliar marcha e claudicação. Determinar qual membro/osso/articulação foi afetado. O animal deve ser avaliado em passos lentos, até que fique evidente a alteração. Caso os passos lentos não funcionem, o indicado é o trote. O intercruzamento dos membros sugere alteração neurológica (ataxia). 2. Palpação superficial e em decúbito Palpação de todos os componentes individuais do sistema musculoesquelético. Não se deve usar anestésicos nem sedativos, apenas para exames radiográficos. Recomenda-se averiguar os espaços interdigitais em busca de algum fator que possa está causando a claudicação. Deve-se avaliar primeiro o membro saudável, e a avaliação deve ser com o animal em decúbito. A palpação superficial tem como objetivo observar flutuação (modificação), tensão, tumefação (inchaço), flacidez ou aumento da temperatura local. Já a palpação profunda busca detectar dor óssea. 3. Palpação específica das articulações Com o animal em decúbito lateral, deve-se avaliar as principais articulações. · Articulação coxofemoral: Avaliar todos os seus movimentos. Teste de Hiperextensão – Pode revelar luxação coxofemoral, fraturas de colo de fêmur ou fraturas de pelve. (Puxa as 2 pernas do animal para trás com ele deitado de barriga para baixo). Para notar alguma assimetria nos membros. Teste de Ortolani – Deixa os membros traseiros paralelos e realiza-se compressão dorsal contra o acetábulo, ao mesmo tempo se faz o movimento de abdução. Animais displásicos produzem um ruído “pop” durante o movimento. · Articulação femurotibiopatelar - A avaliação é realizada com o animal em decúbito lateral. A extensão e flexão permitem identificar dor e crepitação (estadilo que fazem as partes de um osso fraturado sob estímulo de alguns movimentos). A luxação espontânea da patela é facilmente detectada. Teste de Gaveta – Avalia a integridade dos ligamentos cruzados cranial e caudal com o animal em decúbito lateral. Estabilidade Patelar – Diagnóstico de luxações de patela. Com o membro semiflexionado, individualiza-se a patela e aplica-se pressão lateral e medial alternadamente. Caso haja deslocamento, avalie a profundidade do sulco patelar. · Articulação escapuloumeral: Avaliar todos os seus movimentos. Em casos de ostecondrite dissecante, o paciente exibe muita dor nos movimentos de rotação. · Articulação umeroradioulnar: · Em casos de não união, se ouve e sente crepitações e dor. Os movimentos de extensão e flexão objetivam avaliar a ocorrência de luxação. Movimento de translação cranial da tíbia, ela se move para frente e para trás. Com o animal em decúbito lateral, coloque o indicador no espaço de ossos do joelho, na tíbia, com a outra mão segure o pé do animal e flexione pra cima e para baixo. Caso seu dedo indicador se mova com a crista da tíbia para frente e para trás, há uma ruptura de ligamento cruzado cranial. Rotação Interna da Tíbia, rotaciono a perna do animal de fora para dentro, seguro com uma mão na coxa e a outra na perna, com o animal em decúbito lateral. Esses movimentos mais o teste de gaveta servem para diagnosticar ruptura de ligamento cruzado cranial. Exames complementares: RX e Ultrassonografia.
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