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Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 Embriologia-Sistema Reprodutivo Feminino A primeira etapa do ciclo biológico é a formação dos gametas que irão produzir um novo embrião via fecundação e embriogênese. Por isso, é necessário revisar aspectos anatômicos e funcionais dos órgãos que compõe o sistema reprodutivo feminino. As principais estruturas do sistema reprodutivo feminino que estão envolvidas com a fecundação e desenvolvimento embrionário são: Vulva; Órgão externo Vagina; Útero; Tubas uterinas; Ovários. Órgãos internos A vulva é composta pelas seguintes estruturas: clitóris, abertura da vagina, grandes lábios e pequenos lábios. FUNÇÃO: suas principais funções estão relacionadas com a micção, comportamento sexual, menstruação e parto (local por onde o bebe sai do útero materno). CLITÓRIS: área altamente inervada que está relacionada ao prazer sexual, homóloga a glande do pênis do homem. Além disso, a vulva ainda possui: GLÂNDULA DE SKENE: produzem e expelem um líquido incolor ou esbranquiçado e viscoso pela uretra durante o contato íntimo quando as glândulas são estimuladas, dando origem à ejaculação feminina além de produzir moléculas antimicrobianas; GLÂNDULA DE BARTHOLIN: glândulas redondas e muito pequenas localizadas na vulva em cada lado da abertura da vagina. Essas glândulas podem ajudar a fornecer líquidos para lubrificação durante relações sexuais. Órgão muscular que praticamente não possui inervações sensoriais nas suas paredes. Possui de 6 a 8 cm; Forrada por um tecido epitelial estratificado pavimentoso recoberto por muco; CAVIDADE VIRTUAL: seu tamanho se adapta a cópula e ao nascimento da criança; ASPECTOS ANATÔMICOS Clitóris VULVA VAGINA Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 BIOTA VAGINAL: bactérias vaginais metabolizam glicogênio e produzem ácido lático (que torna o PH vaginal ácido) com ação protetora contra patógenos. É o órgão no qual o óvulo fertilizado se implanta e se desenvolve durante a gravidez. É histologicamente composto por três camadas teciduais: Tecido conjuntivo fino: externo, delimita o órgão; Miométrio: camada muscular lisa espessa importante principalmente para as contrações que ocorrem na hora do parto; Endométrio: camada mais interna constituída por um epitélio com glândulas e um tecido conjuntivo subjacente. A espessura e as características fisiológicas do endométrio são variáveis ao longo do ciclo menstrual. A descamação do endométrio que leva a ruptura de capilares sanguíneos deste tecido é conhecida como menstruação. O COLO DO ÚTERO ou CÉRVIX é a parte inicial do útero que está em contato com a vagina, e possui características especiais: Constituído por cerca de 85% por tecido conjuntivo denso; A porção mais externa da cérvix cria uma saliência na cavidade (vaginal que é revestida por epitélio pavimentoso estratificado); Rico em glândulas mucosas cervicais, que se ramificam intensamente. Esse muco produzido forma um tampão que evita a entrada de microrganismos e até mesmo de espermatozoides para a cavidade abdominal da mulher. Apenas no período da ovulação, por ação hormonal este muco se liquefaz permitindo assim a entrada dos espermatozoides; Por ser altamente inervado, está diretamente relacionado com o orgasmo feminino. Estas estruturas medem de 20 a 25 cm e têm um diâmetro semelhante ao de um canudinho de bebidas. As tubas são formadas por duas camadas de tecido muscular liso; Internamente, é preenchida por tecido epitelial ciliado (colunas simples + caliciformes + cílios); É onde ocorre a fecundação; Divide-se em 4 regiões: Parte Uterina, Istmo, Ampola e Infundíbulo. 1) Parte Uterina: porção intramural, isto é, constitui o segmento do tubo que se situa na parede do útero; 2) Istmo: porção menos calibrosa, situada junto ao útero; 3) Ampola: local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo pelo espermatozoide; 4) Infundíbulo: porção mais distal da tuba que pode ser comparado a um funil cuja boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando o aspecto de franjas (fímbrias). Região de grande motilidade: movimentos peristálticos levam os óvulos a se fixarem no útero; Alterações que prejudicam a motilidades tubária: Processos infecciosos prévios, cirurgias abdominais, entre outros, podem impedir a passagem do óvulo para a implantação no útero; Isso que pode levar a problemas fatais a saúde do feto, como a gravidez ectópica, que é quando a gestação ocorre fora da cavidade uterina. ÚTERO TUBA UTERINA Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 São os órgãos responsáveis pela formação dos gametas e produção de hormônios relacionados a manutenção das características sexuais secundárias da mulher. Divididos na parte medular (mais interna) e cortical; Na medula ovariana encontra se uma grande concentração de capilares sanguíneos enquanto na parte cortical encontram se as células que darão origem aos gametas femininos e as células do estroma que produzem hormônios; Produzem estrogênio e progesterona; Revestido por um epitélio cúbico simples apoiado em um tecido conjuntivo denso (túnica albugínea). Todas as ovogônias até ovócito I são produzidos ainda no período gestacional; Na adolescência passa a ser produzido o ovócito II; O óvulo só vai existir se houver fecundação. A ovulação é caracterizada pela expulsão do ovócito secundário do útero, o qual é imediatamente sugado pelas tubas uterinas. Este fenômeno é coordenado pela liberação de hormônios específicos relacionados com os ciclos ovariano ou estral e ciclo menstrual. Quando os ciclos femininos começam, um único folículo primário irá amadurecer formando o folículo maduro; Por mecanismos ainda não totalmente explicados apenas um folículo costuma amadurecer até o final; Os demais folículos se degeneram através de um fenômeno conhecido como atresia folicular. Logo após o ovócito secundário ser expulso do ovário, no local onde estava o folículo as células que permaneceram começam a se proliferar rapidamente formando um órgão endócrino temporário denominado corpo lúteo; A mulher possui dois ciclos concomitantes o ciclo uterino e o ovariano. Os dois ciclos estão sob controle dos seguintes hormônios: OVÁRIO OVULAÇÃO Corpo lúteo - Órgão endócrino (secreta progesterona e estrogênio); - Mantém atividade por 12 dias; - Estimula aumento produção das glândulas endometriais; - Degenera se não houver fecundação; - Se fecundar: funcional até 4° mês de gestação (luteólise) CICLO OVARIANO Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 1) Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH): produzido pelo hipotálamo 2) Hormônio luteinizante (LH) e Folículo Estimulante (FSH): produzidos pela adenohipófise 3) Estrogênio, Progesterona e Inibina: produzidos pelo ovário. No ciclo ovariano as principais fases são: (1) FASE FOLICULAR: ocorre crescimento dos folículos secundários. Aumento de estrogênio que antecede a ovulação; (2) FASE DA OVULAÇÃO: ocorre a liberação do ovócito secundário a partir do ovário. Aumento intenso dos hormônios LH, FSH e inibina; (3) FASE LÚTEA: as células foliculares do ovócito liberado que permaneceram no ovário começam a secretar hormônios. Uma vez que elas aumentam de tamanho e passam a conter grande quantidade de gordura passam a ser conhecidas como corpo lúteo. Aumenta os níveis de progesterona. (1) Fase menstrual (menstruação): caracterizada pela descamação do endométrio com perda de sangue. Dura aproximadamente 3 5 dias e finaliza em torno do sétimo dia; (2) Fase proliferativa:onde o endométrio volta a crescer. Em torno do 14 º dia (coincidente a ovulação) o endométrio está histofisiologicamente pronto para receber o embrião; (3) Fase secretora: as glândulas endometriais, sob a influência da progesterona, continuam aumentando o seu enrolamento e seu preparo para a gestação. A progesterona também: deixa o muco do colo uterino mais espesso para proteção do embrião em formação e também aumenta a temperatura corporal da mulher na hora de acordar de 34 ºC para 36 ºC. O mais popular é o anticoncepcional oral, ou pílula anticoncepcional que é um fármaco que combina hormônios sintéticos (geralmente estrogênio e progesterona) que interrompem o ciclo normal da ovulação impedindo assim a liberação do ovócito secundário. O anticoncepcional hormonal combinado oral (estrogênio e progesterona) é considerado o medicamento mais eficaz na prevenção da gravidez, com uma falha estimada de apenas 0 1 Ou seja existe 99 de chance de a mulher não engravidar quando utiliza este método de modo adequado. Existem outros métodos anticoncepcionais como o dispositivo intrauterino (DIU), diafragma e pomadas espermicidas. Entretanto, nenhum deles é mais eficiente que a pílula. Atualmente, tratamento similar a pílula pode ser feita via injetável ou com adesivos. CICLO MESNTRUAL ESQUEMA GERAL DO CICLOS MÉTODOS CONTRACPTIVOS
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