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Livro Texto - Unidade I

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Angélica L. Carlini
Colaboradoras: Profa. Elizabeth Cavalcante
Profa. Maria Francisca S. Vignoli
Direito Constitucional
Professora conteudista: Angélica L. Carlini
Natural de Araraquara, estado de São Paulo, é graduada em Direito na Pontifícia Universidade Católica de São 
Paulo e advogada atuante nas áreas de Direito do Seguro, Responsabilidade Civil e Relações de Consumo.
É doutora em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 2012; Doutora em 
Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 2006; Mestre em Direito Civil pela Universidade 
Paulista – UNIP, em 2002; e, Mestre em História Contemporânea pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 
em 1995. Possui pós-doutorado em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 
em 2015, sob orientação do Prof. Dr. Ingo Wolfgang Sarlet.
Professora do curso de Direito da Universidade Paulista – UNIP desde 1998 e membro da Comissão de Qualificação 
e Avaliação – CQA, desde 2009. Ministra as disciplinas de Direito Empresarial, Direito do Consumidor, Filosofia do 
Direito, História do Direito, Direitos Humanos e Ciência Política. Escreve material didático para os cursos de Educação 
à Distância da UNIP e ministra aulas no curso de Gestão de Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C282d Carlini, Angélica.
Direito Constitucional / Angélica Carlini. – São Paulo: Editora 
Sol, 2018.
104 p. il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXIV, n. 2-074/18, ISSN 1517-9230.
1. Constituição. 2. Princípios fundamentais. 3. Organização 
político-administrativa. I. Título.
CDU 341.2
U503.07 – 19
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Alessandro de Paula
 Amanda Casale
 Elaine Pires
Sumário
Direito Constitucional
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – UM POUCO DE HISTÓRIA ...............................................................9
2 TEORIA DO ESTADO, TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E PODER CONSTITUINTE ...............................11
Unidade II
3 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS 
NORMAS CONSTITUCIONAIS .......................................................................................................................... 21
4 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...................................................................................................................... 28
Unidade III
5 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS .............................................................................................. 37
6 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................................................... 50
Unidade IV
7 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO ..................................... 57
7.1 A intervenção do governo federal nos estados e Distrito Federal ................................... 64
8 ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DA FUNÇÃO ESSENCIAL DA JUSTIÇA .................................... 68
8.1 Da ordem econômica e financeira ................................................................................................ 81
8.2 Da Ordem Social ................................................................................................................................... 85
8.3 Serviços notariais e de registro ....................................................................................................... 95
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DIREITO CONSTITUCIONAL
APRESENTAÇÃO
Os objetivos didáticos pretendidos são contextualizar historicamente a Constituição brasileira de 
1988, apresentar aos alunos os aspectos teóricos que fundamentam a organização política na forma de 
Estado e que fazem da Constituição sua lei de maior importância. O objetivo deste trabalho é estudar os 
direitos e garantias constitucionais fundamentais do país, que fornecem os elementos essenciais para a 
caracterização do Estado Democrático de Direito.
Os objetivos de aprendizagem contemplam aspectos fundamentais para a formação do profissional 
de serviço social, em relação à forma de organização do Estado e dos poderes da República Federativa 
do Brasil, à organização das ordens econômica, financeira e social, áreas que dialogam constantemente 
com o serviço social no Brasil.
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal é a lei mais importante que o Brasil possui. Nela estão contidos os principais 
aspectos que organizam a vida do povo brasileiro, no âmbito social, político, econômico e cultural. É na 
Constituição Federal que vamos encontrar os valores e os objetivos do Estado brasileiro, assim como os 
direitos e deveres individuais e coletivos de seu povo.
Toda a organização do Estado e dos poderes que nele atuam, Legislativo, Executivo e Judiciário, 
estão na Constituição Federal brasileira. Isso também confere a ela uma especial importância, porque 
são esses poderes que garantirão na prática o exercício dos direitos que os brasileiros possuem e punirão 
aqueles que não exercerem corretamente seus deveres.
A Constituição da República Federativa do Brasil não é um texto para advogados, juízes e profissionais 
da área jurídica. É um texto essencial para ser conhecido por toda a população do País, por todos aqueles 
que quiserem conhecer seus direitos e deveres como cidadãos brasileiros.
Ela é um instrumento fundamental para que todos os brasileiros possam compreender quais 
são os objetivos e projetos brasileiros, em especial nas áreas que garantem o bem-estar, como 
saúde, educação, segurança pública, assistência social, previdência social, economia, acesso à 
moradia, entre tantas outras.
Como documento político que é, a Constituição Federal brasileira tem enorme importância para 
todos os brasileiros e estrangeiros residentes aqui, por isso deve ser conhecida, divulgada, debatida e 
compreendida, para que todos possam opinar com segurança e conhecimento e para que a cidadania 
seja exercida com confiança.
Conhecer com profundidade a Constituição Federal brasileira é primordial para a formaçãoprofissional dos gestores da área de Gestão de Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro.
Nesse texto legal se encontram aspectos essenciais para que o gestor dessa área compreenda a 
relevância do trabalho realizado por magistrados, desembargadores, advogados, promotores de justiça, 
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Unidade I
tabeliães, escrivães de serviços de registro, ministros dos tribunais superiores, delegados, escreventes e 
tantos outros que se encontram em uma das carreiras jurídicas.
Os direitos fundamentais e sociais estipulados na Constituição Federal, a organização dos poderes, o 
sistema de criação de leis, esses e tantos outros temas que são essenciais para o trabalho jurídico, estão 
no texto constitucional e esse conhecimento será essencial para a prática da atividade de Gestão de 
Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro.
Com esses aspectos estudados de forma sistematizada, o profissional da área de Gestão de Serviços 
Jurídicos, Notariais e de Registro estará capacitado para atuar em área pública ou privada, em dimensão 
federal, estadual ou municipal quando se tratar de área pública, porque terá a compreensão do texto 
fundamental do sistema legislativo brasileiro, aquele que comumente é denominado de Carta Magna, 
dado a sua relevância para a organização e desenvolvimento do Estado brasileiro. 
Bom estudo!
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DIREITO CONSTITUCIONAL
1 A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – UM POUCO DE HISTÓRIA
A Constituição brasileira atualmente em vigor foi promulgada em 5 de outubro de 1988, em sessão 
solene da Assembleia Nacional Constituinte, reunida no Congresso Nacional, em Brasília. 
Promulgar uma lei é o mesmo que torná-la pública, que levá-la ao conhecimento de todos. A partir 
da promulgação, a lei entra em vigor, salvo se ela própria determinar um prazo a partir da promulgação 
para que se dê sua entrada em vigor. Deve constar nela uma indicação como a seguinte: “esta lei entrará 
em vigor no prazo de 90 dias de sua promulgação”. 
Essa Assembleia Nacional Constituinte havia sido eleita por voto popular em 1986, instalada em 
1º de fevereiro de 1987 e era composta por deputados dos vários estados brasileiros. Eles elaboraram 
o texto constitucional que, depois, foi submetido à votação e aprovado. O presidente da Assembleia 
Nacional Constituinte foi o deputado federal eleito pelo Estado de São Paulo, Ulysses Guimarães, que 
era muito respeitado e conhecido por sua luta em prol do fim da ditadura militar. 
Essa Constituição Federal tem especial importância para a história política brasileira, porque marca 
simbolicamente o fim de um longo período de ditadura militar instalado em 31 de março de 1964. Com 
a promulgação da Constituição Federal de 1988, o país voltou a ser um Estado democrático de direito, 
ou seja, um lugar onde há o império da lei e da justiça e, em consequência, não há espaço para o arbítrio 
e para o exercício da força por parte do Estado. 
É importante lembrar que, para a elaboração desta Constituição brasileira, foram 
apresentadas inúmeras emendas populares, ou seja, propostas que foram elaboradas por 
diversos segmentos sociais organizados, como movimentos de mulheres, movimentos negros, 
organizações de bairro, sindicatos, entre outros, com milhares de assinaturas de brasileiros de 
todas as regiões do país e que foram levadas para serem analisadas pelos deputados federais 
e incorporadas ao texto constitucional. 
O Brasil viveu naquele momento um período de intensa participação popular na vida política e 
social, que teve início no movimento pelas Diretas Já e uniu em todo o país milhares de participantes de 
movimentos sociais, com brasileiros empenhados em conseguir a volta do país à democracia. 
A Constituição brasileira de 1988 foi chamada, por Ulysses Guimarães, de “constituição 
cidadã”, exatamente por ter sido promulgada no momento histórico que marca o retorno do país 
à democracia, e por conter ampla garantia de direitos fundamentais para todos os brasileiros, 
além do restabelecimento da ordem política e social que, até então, estava sob o arbítrio dos 
governantes militares. 
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Unidade I
A Constituição Federal de um país sempre é o texto político, social e econômico fundamental, por 
ser a lei mais importante do país, mas esta Constituição brasileira, em especial, é ainda mais significativa 
em razão do período histórico em que é concebida e promulgada. 
Por isso é que podemos afirmar que a Constituição Federal brasileira é um projeto político e social 
que o país tem que implementar integralmente para poder realizar o objetivo fundamental que está 
previsto no artigo 3º, inciso I: construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
Figura 1 – O então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, e também deputado federal, Ulysses Guimarães. 
Figura 2 – A promulgação da Constituição Federal de 1988. 
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DIREITO CONSTITUCIONAL
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre o período de ditadura militar instaurado a 
partir de 31 de março de 1964, veja os filmes: 
Batismo de sangue (2006, Brasil, 110 min.)
Direção e produção: Helvécio Ratton
Zuzu Angel (2006, Brasil, 118 min.)
Direção: Sergio Rezende 
2 TEORIA DO ESTADO, TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E PODER CONSTITUINTE
Estado é um processo histórico construído ao longo de muitos anos por diferentes povos e 
culturas, que sofreu incontáveis modificações e, até hoje, continua se modificando para atender 
às necessidades dos homens, visto que essas necessidades são diferentes em cada época histórica 
vivida pela humanidade.
Podemos definir Estado como pessoa jurídica de direito público, com soberania em relação aos demais 
estados estrangeiros. É uma forma de organização política e jurídica que determina direitos e deveres 
para todos os que residem em um determinado território. O cumprimento dos deveres é obrigatório sob 
pena de serem aplicadas sanções e, os direitos devem ser garantidos para todos, independentemente de 
raça, cor, credo, opinião política, ou qualquer outro traço de individualidade.
O Estado brasileiro está organizado como uma República Federal que se forma pela união indissolúvel 
dos estados, municípios e do Distrito Federal. Os estados federativos brasileiros se unem para aceitar 
a Constituição Federal como lei maior que todos deverão cumprir, mas também está previsto na 
Constituição que os estados terão relativa autonomia político-administrativa, em especial para poderem 
gerir os recursos arrecadados dos tributos e que deverão, obrigatoriamente, garantir a prestação dos 
serviços sociais.
Regulados pela Constituição Federal e por leis próprias que, no entanto, não poderão ferir os 
princípios constitucionais, os estados federativos poderão realizar tudo o que a Constituição Federal 
não vede expressamente.A Constituição Federal deixa claro, ainda, que o Brasil é um Estado que adota o regime político 
democrático, ou seja, as decisões políticas são tomadas de acordo com a vontade do popular, ou seja, é 
o governo do povo, pelo povo e para o povo.
No Brasil, a democracia é exercida de forma direta e indireta. De forma indireta, é exercida por 
representação, ou seja, quando o povo escolhe seus representantes na Câmara e no Senado, para que 
eles adotem as leis que vão garantir a todos a plenitude de seus direitos e o exercício dos deveres. E a 
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Unidade I
democracia direta acontece quando o próprio povo é chamado para decidir questões relevantes para a 
vida de todos, o que ocorre nos plebiscitos e nos referendos.
A Constituição Federal brasileira se classifica como constituição formal, ou seja, é representada por 
um documento formal e solene, instituído por um poder constituinte que foi eleito especialmente para 
elaborá-la. É também uma constituição escrita, porque está consubstanciada em um único documento 
que contém as normas consideradas essenciais para a formação e a realização dos objetivos do Estado. 
Por fim, ela é classificada como constituição rígida porque limite as possibilidades de mudança, que só 
poderão ser feitas se forem atendidas as regras fixadas por ela própria.
Existem aspectos da Constituição Federal que não podem ser objeto de mudança. São as chamadas 
cláusulas pétreas, previstas no artigo 60, parágrafo 4º da Constituição Federal, que somente poderão 
ser modificadas quando for organizada outra Assembleia Nacional Constituinte para elaborar uma nova 
constituição federal.
As cláusulas pétreas ou, simplesmente, cláusulas imutáveis são:
• a forma federativa do Estado;
• o voto direto, secreto, universal e periódico;
• a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;
• os direitos e as garantias individuais;
• a República.
Se em algum momento da vida política deste país um governante pretender modificar esses 
aspectos da Constituição Federal, não poderá fazê-lo salvo se convocar eleições para a realização de 
outra Assembleia Nacional Constituinte, com o intuito de elaborar uma nova Constituição Federal. E 
convocar uma nova constituinte não será um procedimento fácil de ser realizado, porque é preciso que 
existam elementos muito sólidos para que isso seja feito.
Em outros aspectos a Constituição Federal poderá ser modificada, sempre para garantir que seja 
atualizada e aprimorada em benefício de todos os que residem neste país.
A Constituição brasileira exerce o papel de norma superior a qual todas as demais normas do país 
devem obediência, ou seja, devem estar compatíveis com a Constituição. 
É uma estrutura que, em Direito, é simbolizada por uma pirâmide (no topo da qual se encontra a 
Constituição Federal). É por isso que ela é chamada de norma fundamental, porque todas as demais leis 
do país devem ser compatíveis com seus princípios e determinações, caso contrário, serão classificadas 
como inconstitucionais e não poderão vigorar.
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É a isso que se dá o nome de supremacia constitucional, para significar que toda a ordem jurídica do Brasil 
está prevista na Constituição Federal e deve ser integralmente respeitada. Nenhuma lei do país, mesmo que seja 
federal e criada pelo governo eleito democraticamente pelo povo, poderá ser contrária à Constituição Federal. Lei 
que contrariar a Constituição será classificada como inconstitucional e não poderá vigorar no Brasil. 
Poder constituinte é a manifestação de vontade soberana e independente do povo. Ele elege 
representantes que vão elaborar uma Constituição, ou seja, a norma mais importante para reger a vida 
daquelas pessoas. 
O povo é o titular do poder constituinte que, no entanto, pela via de representação, será exercido por 
deputados que irão compor a Assembleia Nacional Constituinte. 
O poder constituinte é chamado de originário quando tem autonomia para elaborar a lei 
constitucional, podendo prever qualquer assunto e da forma como parecer mais adequada àqueles 
representantes do povo. 
Além de originário, o poder constituinte também é inicial, porque cria uma nova ordem jurídica; é 
juridicamente ilimitado, porque não está obrigado a respeitar limites do direito anterior; é incondicionado, 
porque não precisa se sujeitar a nenhuma regra de forma; e, é autônomo, porque a Constituição a ser 
elaborada estará de acordo apenas com a vontade daqueles que exercem o poder constituinte. 
O poder constituinte é chamado de derivado quando é exercido a partir de normas constitucionais 
expressas e implícitas, que controlam a atividade dos parlamentares na elaboração de normas que 
modificarão a Constituição já existente ou, introduzirão novos aspectos. 
No Brasil, o Congresso Nacional, composto pelas duas casas legislativas federais, o Senado Federal e 
a Câmara Federal, podem propor mudanças na Constituição Federal em vigor porque exercem o papel 
de poder constituinte derivado. 
A atuação do poder constituinte derivado nunca será tão ampla quando a do poder constituinte 
originário. A Constituição Federal elaborada pelo poder constituinte originário se incumbe de determinar 
os limites de atuação do poder constituinte derivado. 
Assim, no Brasil, esse poder é limitado por circunstâncias, pela matéria, pela forma e pelo tempo. 
Todos esses limites foram fixados pela própria Constituição no momento em que foi elaborada pelo poder 
constituinte originário e tem por objetivo preservar sua integridade e seus aspectos fundamentais. 
No Brasil, os limites circunstanciais são definidos como situações de crise política durante as 
quais não é permitido alterar a Constituição Federal, exatamente para não correr o risco de desprezar 
princípios fundamentais ou cometer equívocos resultantes de uma análise feita em momentos de forte 
comoção política ou social. 
Assim, o artigo 60, parágrafo 1º, determina que em tempos de intervenção federal ou de estado de 
defesa ou de sítio, não serão permitidas alterações na Constituição Federal. 
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Intervenção federal ocorre nos casos expressamente previstos no artigo 34 da Constituição Federal, 
que são:
• Manter a integridade nacional. 
• Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra. 
• Por fim a grave comprometimento da ordem pública; garantir o livre exercício de qualquer dos 
poderes nas unidades da Federação. 
• Reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; deixar de entregar aos municípios 
receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos prazos estabelecidos por lei. 
• Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial. 
• Assegurar a observância dos princípios constitucionais da forma republicana, sistema 
representativo e regime democrático; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; 
prestação de contas da administração pública direta e indireta; aplicaçãodo mínimo exigido 
da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
O estado de defesa e o estado de sítio são outras duas situações que impedem que sejam realizadas 
modificações na Constituição Federal. 
O estado de defesa está previsto no artigo 136 da Constituição Federal e poderá ser decretado pelo 
Presidente da República após serem ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
ainda que não necessite de prévia autorização do Congresso Nacional. 
Ainda que não dependa de prévia autorização do Congresso Nacional, o decreto que instituir 
o estado de defesa será encaminhado para que o Congresso se manifeste sobre as razões que 
determinaram a adoção da medida, exercendo, assim, o controle político que lhe cabe por força da 
própria Constituição. 
O estado de defesa só pode ser decretado em situações específicas, previstas na própria Constituição, 
que são preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem 
pública ou a paz social ameaçadas por greve e iminente instabilidade institucional ou atingidas 
por calamidades de grandes proporções da natureza. 
Durante o período de duração do estado de defesa, que não poderá ser superior a 30 dias – podendo, 
no entanto ser prorrogado uma única vez, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação –, 
alguns direitos serão restringidos, como:
• Direito de reunião, ainda que no seio das associações. 
• Sigilo de correspondência. 
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• Sigilo de comunicação telegráfica ou telefônica. 
No período do estado de defesa decretado em razão de calamidade pública, a União poderá ocupar 
e utilizar temporariamente bens e serviços públicos, respondendo pelos danos e custos decorrentes. 
Por sua vez, o estado de sítio está previsto no artigo 137 da Constituição Federal e pode ser decretado 
pelo Presidente da República, sendo ouvidos previamente o Conselho da República e o Conselho de 
Defesa Nacional e mediante pedido de autorização para o Congresso Nacional. 
Somente poderá ser decretado em duas hipóteses que são taxativas:
• Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovam a ineficácia da 
medida tomada durante o estado de defesa. 
ou
• Declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira. 
O estado de sítio não poderá ser decretado por período superior a 30 dias, nem prorrogado por prazo 
superior. No caso de estado de guerra, poderá ser decretado por todo o tempo que durar a guerra ou a 
agressão armada estrangeira. 
Ao solicitar autorização para o Congresso Nacional para decretar o estado de sítio ou para 
prorrogá-lo, o Presidente da República relatará os motivos determinantes do pedido. O decreto 
que determinar o estado de sítio indicará o período de sua duração, as normas necessárias à sua 
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas durante o período em que perdurar 
o estado de sítio. 
Depois de publicado o decreto, o Presidente designará o executor das medidas específicas e as 
áreas abrangidas. 
Durante o período em que vigorar o estado de sítio, apenas as seguintes medidas poderão ser tomadas:
• Obrigação de permanência em localidade determinada. 
• Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns. 
• Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, sigilo das comunicações, prestação 
de informações e liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei. 
• Suspensão da liberdade de reunião. 
• Busca e apreensão em domicílio. 
• Intervenção nas empresas de serviços públicos. 
• Requisição de bens. 
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Unidade I
Como se pode perceber, nos momentos em que é preciso decretar estado de defesa ou estado de sítio, 
o país não está em sua mais perfeita normalidade, mesmo que essa situação esteja ocorrendo apenas em 
parte do território. Se não há normalidade, também não há tranquilidade e equilíbrio necessários para 
promover mudanças na Constituição Federal. É correto, portanto, que a própria Constituição preveja 
que, nessas circunstâncias, o poder constituinte derivado ficará impedido de realizar mudanças no texto 
da Constituição Federal brasileira. 
Também existe previsão para limites materiais, ou seja, assuntos que, dada a sua extrema 
importância para a sociedade, não poderão ser modificados por emenda constitucional, que são como 
vimos os assuntos tratados no artigo 60, parágrafo 4º, também denominados de cláusulas pétreas, 
cláusulas imutáveis pelo poder constituinte derivado. 
Como vimos, são imutáveis no Brasil pelo poder constituinte derivado:
• A forma federativa do Estado. 
• O voto direto, secreto, universal e periódico. 
• A separação de poderes. 
• Os direitos e garantias individuais. 
• A República. 
Qualquer modificação nesses aspectos somente poderá ser feita se for convocada uma nova 
Assembleia Nacional Constituinte, por escolha do povo por meio do voto direto e que terá poder, então, 
para organizar uma nova Constituição e, nela, se necessário, rever os aspectos que eram imutáveis na 
Constituição que será substituída. 
O poder constituinte derivado enfrenta ainda limitações formais ou procedimentais, ou 
seja, quem pode propor e como pode ser feita a proposta de mudança à Constituição Federal. 
A iniciativa poderá ser do Presidente da República, da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal e das assembleias legislativas dos estados da Federação, com números mínimos de 
votos exigidos para a Câmara, Senado e assembleias, sem os quais a proposta de modificação 
não será encaminhada. 
Por fim, o poder constituinte derivado recebeu uma limitação temporal já esgotada, que previa que 
a Constituição Federal não poderia ser modificada nos primeiros três anos após sua entrada em vigor. 
Existe ainda previsão para a existência do poder constituinte decorrente, que é o poder que os 
estados federativos têm de elaborar suas próprias constituições estaduais, obedecidos os limites fixados 
pela Constituição Federal. 
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DIREITO CONSTITUCIONAL
 Lembrete
 
Cláusulas Pétreas é o nome que se dá aos artigos da Constituição Federal 
que somente poderão ser alterados se for convocada uma nova Assembleia 
Nacional Constituinte.
 Resumo
Nesta unidade, estudamos um pouco da história da Constituição Federal 
brasileira de 1988 e sua importância para a reconstrução do atual Estado 
Democrático de Direito, marcando o fim do período da ditadura militar.
Também compreendemos o papel da Assembleia Nacional Constituinte 
no debate e na construção da Constituição Federal, vimos que cláusula 
pétrea é o nome que se dá aos artigos da Constituição Federal que só podem 
ser alterados se convocada uma nova Assembleia Nacional Constituinte e 
estudamos o papel e os limites do Estado no Brasil. 
Pudemos verificar que, nos momentos em que é preciso decretar estado 
de defesa ou estadode sítio, o país não está em sua mais perfeita normalidade, 
mesmo que essa situação esteja ocorrendo apenas em parte do território. 
Se não há normalidade, também não há tranquilidade e equilíbrio, elementos 
fundamentais para considerar que mudanças sejam promovidas na Constituição 
Federal. É correto, portanto, que a própria Constituição preveja que, nessas 
circunstâncias, o poder constituinte derivado fique impedido de realizar 
mudanças no texto da Constituição Federal brasileira.
 Exercícios
Questão 1. Podemos afirmar que a Constituição Federal brasileira de 1988 foi chamada de 
“Constituição Cidadã” porque:
A) Foi feita por cidadãos comuns que a redigiram nas praças e ruas do país e apresentaram ao 
Congresso Nacional para revisão e aprovação.
B) Foi promulgada no momento histórico que marcou o retorno do país à democracia e por conter 
ampla garantia de direitos fundamentais para todos os brasileiros, além do restabelecimento da 
ordem política e social que, até então, estava sob o arbítrio dos governantes militares. 
C) Em toda a história constitucional brasileira não haviam sido protegidos direitos fundamentais 
do cidadão.
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Unidade I
D) A Constituição Federal de 1988 se dedica com exclusividade às questões de cidadania e de direitos 
fundamentais das pessoas, deixando os demais temas para serem tratados em leis ordinárias, 
como o Código de Defesa do Consumidor.
E) Foi promulgada por cidadãos brasileiros e, por isso, recebeu esse nome que faz referência a eles.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a Constituição Federal foi elaborada por deputados federais eleitos para a Assembleia 
Nacional Constituinte que coordenou os trabalhos de elaboração. Recebeu sugestões oriundas de 
manifestações populares, porém, a elaboração, a redação e a promulgação foram feitas por deputados 
constituintes eleitos exatamente para cumprir essa finalidade. 
B) Alternativa correta.
Justificativa: a Constituição Federal foi aprovada após um período de 21 anos de ditadura militar, 
durante o qual muitos direitos fundamentais foram desrespeitados e até mesmo suspensos, como o 
direito de livre manifestação, o direito de livre organização, o direito de habeas corpus, entre outros. Foi 
um período de muita violência e desrespeito à cidadania brasileira, razão pela qual a nova Constituição, 
que resgatou integralmente os direitos dos cidadãos, ganhou o apelido carinhoso “Constituição Cidadã”, 
criado pelo Deputado Federal Ulysses Guimarães.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: todas as constituições federais no Brasil, em maior ou menor grau, elencaram direitos 
fundamentais a serem respeitados por todos os cidadãos. Mas, durante o período das ditaduras civis e 
militares, esses direitos não são respeitados, e o cidadão fica privado de exercer os seus direitos. 
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: a Constituição Federal brasileira de 1988 regula os direitos fundamentais, individuais 
e coletivos, assim como muitos outros temas de interesse da nação, em especial a organização política, 
administrativa, tributária e econômica. 
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: foi, de fato, promulgada por deputados federais que compuseram a assembleia nacional 
constituinte e que eram cidadãos brasileiros, porém não recebeu esse tratamento em razão disso. 
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Questão 2. Algumas vezes a imprensa noticia a intenção de alguns brasileiros de separar o Estado 
do Rio Grande do Sul do Brasil a fim de constituir um país independente, uma república diferente 
da República Federativa brasileira ou um país independente, composto por três estados brasileiros, 
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo notícia publicada no dia 5 de outubro de 2016 
no portal G1:
Consulta sobre separação do Sul do resto do país tem 95% de ‘sim’
Votação feita por grupo separatista teve 95,74% de resposta afirmativa. De 
acordo com a organização, foram 616.917 votantes nos três estados.
O “sim” obteve a maioria dos votos na consulta popular informal sobre a 
separação dos três estados da Região Sul do restante do Brasil. A votação, 
organizada pelo movimento “O Sul é meu País”, aconteceu no último sábado 
(1º), entre 8h e 20h, na véspera das eleições municipais.
O resultado da apuração foi divulgado na noite de terça-feira (4) pela 
Comissão Central Organizadora (CCO). De acordo com a organização, foram 
616.917 votantes em mais de 500 municípios dos três estados. Foi abaixo 
da meta estipulada pelos coordenadores, que era de coletar em torno de 1 
milhão de votos, ou seja, 5% dos eleitores dos três estados.
A votação foi convocada pela internet, através do site do Plebisul, assim 
como a divulgação dos mapas dos locais de votação. Urnas foram espalhadas 
pelas cidades e o processo ocorreu com cédulas de papel. Era como uma 
pesquisa de opinião, sem qualquer validade legal. A condição para participar 
era ser maior de 16 anos e eleitor de um dos três estados.
Destes, 95,74% responderam “sim” à pergunta: “Você quer que o Paraná, 
Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?” Apenas 
4,26% dos votantes recusaram a ideia. (Disponível em: <http://g1.globo.
com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/10/consulta-sobre-separacao-do-
sul-do-resto-do-pais-tem-95-de-sim.html>. Acesso em: 24 de abr. 2018).
Leia as afirmativas a seguir:
I – Esse novo estado não poderia ser reconhecido pela comunidade internacional porque a 
Constituição Federal prevê em cláusula pétrea a forma federativa como imutável
e
II – O novo estado seria uma ruptura com a ordem constitucional e, ao mesmo tempo, inauguraria 
um novo desenho para a América Latina, que passaria a ter um novo país.
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Unidade I
Assinale a alternativa correta:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II.
D) I e II, e a afirmativa II é justificativa da I.
E) I e II estão incorretas.
Resolução desta questão na plataforma.

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