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Apostila Gestão do tempo na autoaprendizagem


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NIVELAMENTO DE
GESTÃO DO TEMPO 
NA AUTOAPRENDIZAGEM
ETAPA 2
TÉCNICAS DE GESTÃO DO TEMPO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Nivelamento de Gestão do Tempo na Autoaprendizagem
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Rodrigo Borsatto Sommer da Silva
Autora
Prof.ª Heloisa Rosa
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Harry Wiese
Esta unidade tem por objetivos:
•	 Discutir a importância da gestão no tempo para alcançar objetivos pessoais e 
profissionais.
•	 Apresentar processos que auxiliem na boa gestão do tempo.
•	 Apresentar formas de organização e planejamento para uma boa gestão do tempo.
•	 Demonstrar maneiras de priorização de atividades no campo profissional e 
educacional.
•	 Expor formatos de execução de tarefas, considerando uma boa gestão de atividades.
•	 Apresentar características de ambientes que proporcionam maior produtividade 
profissional e acadêmica.
ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, conforme seguem. No decorrer 
da unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO
TÓPICO 2 – PRIORIZAÇÃO
TÓPICO 3 – GESTÃO DE ATIVIDADES
TÓPICO 4 – AMBIENTES DE PRODUTIVIDADE
2 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO 
1 INTRODUÇÃO
 O tempo pode ser nosso amigo ou inimigo, basta saber como usá-lo ao nosso 
favor. Pare para pensar: o tempo não é estático! Às vezes, 30 minutos podem durar 
uma eternidade. Lembre-se daqueles momentos em que você estava angustiado ou 
esperando por alguma coisa. Nesse momento, o tempo demorou muito para passar, 
não é? E naqueles momentos em que você aproveitou ao máximo a sua vida, seja em 
uma comemoração ou algum momento especial com a sua família. Aí, o tempo passou 
voando, não passou? 
Perceba como o tempo passa na maneira como o encaramos. O tempo é 
insubstituível e não estocável, sendo que temos que usá-lo de forma obrigatória. Cabe 
a nós, escolhermos a melhor forma de utilizá-lo (BERG, 2010). Podemos dizer que o 
tempo é como a nossa vida, “[...] quem perde tempo, perde a vida. Quem domina o 
tempo, domina a vida” (BERG, 2010, p. 25). Apesar de ser tão importante para as nossas 
atividades, é necessário encarar o tempo de maneira leve e sadia. Este não deve ser o 
nosso inimigo que nos force a trabalhar por longas jornadas, mas deve ser aquele que 
é prático e útil, que nos ajuda a alcançar os nossos objetivos se for bem utilizado. A 
qualidade do uso do nosso tempo determinará se seremos produtivos ou improdutivos, 
vencedores ou perdedores (BERG, 2010). 
Em meio a um turbilhão de meios de comunicação e interrupções, cumprir 
as tarefas em um prazo definido não é tão simples como parece, não é? São e-mails, 
telefonemas, mensagens e outros tantos recursos tecnológicos que interferem a nossa 
rotina, que parece que nossas horas ficaram mais curtas. Neste caso, devemos lembrar 
sempre: “quem não utiliza o tempo em atividades diretamente relacionadas aos 
objetivos prioritários, estará fadado ao fracasso” (BERG, 2010, p. 27). Assim, para usar 
com qualidade este recurso tão preciso que é o nosso tempo, é necessário colocar em 
prática a administração do tempo, representada por “uma forma racional e sistemática 
do uso do tempo, cujo o objetivo é aumentar a eficiência e eficácia das pessoas” (BERG, 
2010, p. 28). Só assim é possível que as pessoas usem o tempo com algo útil, rendendo 
frutos. Pois “nada mais fácil do que estar sempre ocupado. Nada mais difícil do que 
ser eficaz” (BERG, 2010, p. 28). 
Usar o tempo de forma eficaz é fundamental para o sucesso das nossas entregas, 
seja na vida pessoal, profissional ou acadêmica, mas, por onde começar? Saiba que 
o primeiro passo está mais próximo do que você imagina. Comece por você, pela 
autodescoberta. Onde você utiliza seu tempo? De que forma você utiliza seu tempo? O 
que você acha que faz certo? E o que faz errado? Estas são questões-chave que ajudarão 
você neste processo de tornar o tempo seu melhor amigo.
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
2 ORGANIZAR É PLANEJAR
Entregar as atividades com qualidade e dentro do prazo não é uma tarefa fácil. 
Para que isso seja possível, devemos seguir um processo que exige disciplina, dedicação 
e, principalmente, organização. Saber organizar bem as atividades e prioridades é a 
primeira etapa para uma boa gestão do tempo, que só é possível quando se olha para 
a frente, listando as atividades e colocando no papel todos os prazos existentes. Tudo 
isso contribui para que o planejamento seja bem feito e as atividades sejam entregues 
dentro do tempo previsto, fazendo assim, você ser mais produtivo em sua vida pessoal, 
acadêmica e profissional.
A maioria dos problemas da gestão do tempo é causada pela falta de organização 
na vida, que resulta em informações perdidas, atrasos e coisas dando errado. Para que 
isso se resolva podemos estabelecer em nossas rotinas diárias sistemas de organização 
conforme necessidades específicas (COVEY, 2002).
a) Organização das coisas: criação de ordem para elementos, como chaves, computadores, 
sistemas de arquivamento, espaços de trabalho e estudo.
b) Organização de tarefas: estabelecer prioridades nas tarefas do dia a dia, por meio de 
ferramentas que podem ser simples listas no papel, planilhas em softwares ou agendas 
diárias.
c) Organização pessoal: definição do que você pode fazer e o que os outros podem fazer, 
delegando as responsabilidades ou as executando.
O agrupamento destas responsabilidades e identificação de prioridades contribui 
para que as atividades sejam planejadas e executadas de forma produtiva, garantindo 
a execução com qualidade e dentro do prazo esperado. Covey (2002) afirma que uma 
das virtudes da organização é a economia de tempo e promoção da eficiência. Por 
exemplo, quando existem problemas em uma organização, ou seja, o caos, é necessário 
reorganizar, reestruturar, para assim poder executar as atividades necessárias. 
Bom, sabemos que saber organizar é fundamental para o sucesso em nossas 
entregas. Mas, como organizar? São tantas prioridades, tantos prazos e tantas urgências, 
não é? 
Para a organização, é fundamental planejar. Berg (2010) nos conta que se alguém 
falha por não planejar o tempo, estará planejando falhar no seu trabalho. “Planejar 
é definir o ponto de chegada no futuro. Não se trata de prever o futuro, mas que 
decisões e medidas devem ser adotadas hoje para que determinados objetivos e metas 
sejam alcançados no futuro” (BERG, 2010, p. 41). Desta forma, o resultado de um bom 
planejamento não é apenas um pedaço de papel com listas de objetivos e metas, mas sim 
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a ação realizada (BERG, 2010). Se o objetivo foi alcançado, significa que o planejamento 
foi um sucesso.
E para fazer um bom planejamento, algumas ferramentas podem ajudar, como 
planilhas por exemplo. Stephen R. Covey (2002) sugere um sistema de organização 
baseado em uma planilha com espaços preestabelecidos, podendo ser adaptado para 
um planejador diário, caderno ou até pedaço de papel, apresentado a seguir. O mais 
importante não é a forma em que você usará esta ferramenta, mas se o conteúdo que 
você incluirá estará alinhado com o que você busca realizar. Lembre-se, você só entregará 
o que precisa se souber para onde está indo.
3 PLANEJAMENTO SEMANAL
Covey (2002) estruturou a ferramenta a seguir, com definição de um planejamento 
semanal, de acordo com papéis, metas, lembretes e diasda semana. O fato de planejar 
suas responsabilidades para a semana e não para o seu dia oferece um contexto amplo 
do que é necessário realizar, não apresentando uma visão limitada de apenas um dia, 
por exemplo (COVEY, 2002). Neste sentido, é possível estabelecer as etapas necessárias 
para as variadas atividades até que cheguem à etapa final: a entrega. 
PAPÉIS METAS SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-
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QUARTA-
FEIRA
QUINTA-
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SEXTA-
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QUADRO 1 - PLANILHA DE ATIVIDADES SEMANAIS
FONTE: Adaptado de Covey (2002)
Para estabelecer este planejamento de forma coerente, você precisa levar em 
consideração seis etapas: conecte sua visão e sua missão, identifique seus papéis, 
selecione as metas, crie uma estrutura de tomadas de decisões para a semana, exercite 
a integridade no momento da escolha, avalie. 
1º Conecte sua visão e sua missão: antes de tudo, você terá que definir qual é a prioridade 
da sua vida, ou seja, qual é a sua missão pessoal? De nada adianta você agendar 
inúmeras atividades se estas não fazem parte da sua missão ou propósito. A partir do 
momento em que você tem uma visão clara dos seus principais objetivos, você terá 
mais clareza para planejar as maneiras de alcançar estes objetivos (COVEY, 2002). 
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Por exemplo, se minha missão é alcançar uma boa média na disciplina que estou 
cursando na faculdade, deverei realizar atividades para que esta missão seja atingida. 
2º Identifique seus papéis: esta etapa diz respeito às responsabilidades que temos em 
nossa vida. Lembre-se de que o atingimento da missão “alcançar uma boa média 
na disciplina” provavelmente dependerá de outros aspectos da sua vida, como 
relacionamentos, trabalho e casa. Ao listar os papéis da sua vida, você poderá conduzir 
as atividades de maneira que haja um equilíbrio entre os papéis, e para que a missão 
seja alcançada. Desta forma, é possível definir as prioridades de cada papel e assim 
não prejudicar a área da vida pessoal, profissional e acadêmica (COVEY, 2002). 
Por exemplo, para que eu alcance uma boa média, exercerei os papéis de “Aluno”, 
“Profissional” e “Social”. Considerando que a missão está relacionada ao ambiente 
acadêmico, o papel “Aluno” exercerá maior prioridade no planejamento semanal.
3º Selecione as metas: a partir dos papéis, é possível definir as metas que estejam de 
acordo com a missão. Neste ponto, você deve fazer a seguinte pergunta: Qual é a 
coisa mais importante que poderia fazer em cada função esta semana a fim de ter o 
maior impacto positivo? (COVEY, 2002). Ou seja, o que poderia provocar mudanças 
significativas em cada papel, sempre levando em consideração a missão? Por exemplo, 
para que seja possível alcançar a minha missão, considerando meus papéis, eu terei 
as seguintes metas:
•	 Aluno: Ler a Unidade 1 do Livro Didático, fazer as autoatividades do Livro Didático, 
realizar as atividades complementares.
•	 Profissional: agendar reuniões para horário do expediente para não fazer hora extra, 
preparar calendário mensal.
•	 Social: encontrar os amigos durante os fins de semana.
Ao listar todas as metas, é possível ter uma visão clara das responsabilidades e 
prioridades para alcançar a missão. 
4º Crie uma estrutura de tomada de decisões para a semana: neste momento, é possível 
criar um plano de ação para as metas, ou seja, estabelecer datas durante a semana 
para atividades que ajudem a alcançar as metas, de acordo com seus papéis e sua 
missão (COVEY, 2002). Como no exemplo a seguir.
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Ao definir os dias da semana, é importante também definir os horários em que 
as atividades possivelmente ocorrerão, de maneira que seja possível alcançar as metas 
dentro da disponibilidade do seu dia.
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5ª Exercite a integridade no momento da escolha: nesta etapa, você já está com tudo 
pronto! Mas, como executar tantas tarefas em meio a um vendaval de acontecimentos 
durante a semana, não é mesmo? Exercitar a integridade significa colocar em prática 
as ações com tranquilidade e segurança (COVEY, 2002), de acordo com o que foi 
planejado. Desta forma, após todo o planejamento, você deve se manter firme para 
que as atividades sejam cumpridas, e assim, alcançar sua missão.
6ª Avalie: após planejar e executar todas as tarefas, cabe a você fazer uma avaliação 
final da sua semana. Esta é a oportunidade de você identificar as falhas do seu 
planejamento e planejar a semana seguinte de uma maneira melhor ainda (COVEY, 
2002). Afinal, as falhas são necessárias para que possamos melhorar, não é mesmo? 
Reveja seu cronograma, se teve dificuldades em executar alguma tarefa no prazo que 
você estipulou, ou inclua uma nova meta se o que você inseriu foi insuficiente. Exclua 
alguma meta se por acaso você incluiu metas demais na sua semana. Lembre-se, este 
é o momento de olhar para trás e pensar naquilo que pode ser melhorado à frente.
A definição contínua deste planejamento semanal contribuirá não somente para 
a criação de uma agenda que poderá ser aplicada, mas também no processo mental 
de organização. Conforme Covey (2002) aponta, o maior valor do processo não está 
na agenda, mas no que faz em sua cabeça. “Quando você começa a pensar mais em 
termos de importância, começa a ver o tempo de um modo diferente. Você se torna 
energizado para colocar as prioridades no devido lugar de uma forma significativa” 
(COVEY, 2002, p. 113). 
Após este hábito de planejamento mensal estabelecido, você não concentrará seu 
tempo para “se organizar”, pois este será um processo natural da sua rotina. Você acabará 
planejando de modo que possa manter essa experiência e rotina semanal (ALLEN, 2006).
4 AUTOATIVIDADES
1) Descreva quais são as atividades que devem ser realizadas em cada etapa do processo 
de planejamento semanal.
2) Desenvolva o seu planejamento semanal de acordo com a sua missão pessoal, 
considerando todas as etapas do planejamento apresentadas neste tópico.
3) Argumente: as suas metas semanais estão de acordo com a sua missão? Por quê?
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TÓPICO 2 – PRIORIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A falta de priorização é um dos problemas mais comuns dos profissionais 
atualmente. Como priorizar um trabalho quando tudo é urgente? Prazos curtos e excesso 
de atividades são questões que, aliadas à ausência da priorização, impactam na “não 
entrega” ou atraso de determinada atividade.
Um dos maiores problemas para se organizar eficientemente resulta do fato de 
muitos itens de baixa prioridade tenderem a fazer pressão (o cachorro tem que 
ser levado a passear agora, o relatório de despesas deve serpreparado hoje à 
noite, essa revista deve ser lida e desenvolvida amanhã), Da mesma forma, as 
coisas importantes da vida com frequência não têm prazo [...]. A saída é enten-
der a diferença entre aquilo que tem valor e aquilo que está gerando pressão, 
de forma que as coisas certas sejam feitas na sequência certa (SCHLENGER; 
ROESCH, 1992, p. 20).
Entender a real importância das coisas faz parte do ato do planejamento. Já 
vimos até aqui que o primeiro passo para a produtividade é planejar a semana, com 
todas as responsabilidades, de acordo com aquilo que representa a sua missão. Sabemos 
que o planejamento está suscetível a mudanças, como inclusão de uma nova tarefa, 
ou redução de algum prazo. Como assim? Bom, você já deve ter vivenciado alguma 
situação em que havia planejado realizar determinada tarefa em um período do seu dia, 
por exemplo, estudar aquela disciplina durante a noite. Aí surge aquele compromisso 
urgente do trabalho ou da vida pessoal. Neste caso, você precisou decidir qual das duas 
responsabilidades era mais importante. Estudar a disciplina ou aquele compromisso 
urgente? Bem, não existe resposta pronta. Tudo depende da prioridade que você define 
para o determinado momento da sua vida. 
Lembra quando falamos da missão da sua vida no tópico anterior? Uma missão 
definida contribui muito para você conseguir tomar as decisões de acordo com as 
prioridades da sua vida. Se sua missão for conseguir uma boa média naquela disciplina, 
a sua prioridade deverá ser a atividade que ajudará você a alcançar este resultado. Isto 
não significa que você deixará outras atividades ou setores da sua vida de lado, mas 
dará uma atenção menor a estes.
Durante o processo de planejar a sua semana e suas entregas você já estará 
priorizando algumas questões, mesmo sem perceber. Por exemplo, quando você deixa 
de incluir alguma responsabilidade na sua agenda semanal, você está, automaticamente, 
definindo que você prefere realizar outra ação em vez daquela excluída (ou não 
incluída), ou seja, você, sem perceber, define critérios daquilo que é mais importante 
fazer, estabelecendo prioridades no seu planejamento (SCHLENGER; ROESCH, 1992). 
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Vamos a um exemplo prático! Imagine que você está em semana de prova final 
e você está planejando as atividades que realizará durante aquela semana. Verificando 
suas responsabilidades com a sua família, com o seu trabalho e com a faculdade, você 
percebeu que “não tem tempo” para ir ao cinema naquela semana. Em resumo, você 
está priorizando outras questões, em vez de ir ao cinema. A resposta aqui não é “não 
ter tempo”, mas sim, não priorizar esta atividade, que não é tão importante para você 
neste momento, e não o ajudará a alcançar a sua missão nesta importante semana. 
 
Entender a priorização considerando uma realidade de duas situações em que 
uma é fundamental para a missão e outra não, é simples, não é? Mas, quando existe um 
turbilhão de coisas aparecendo? Como nos organizamos e definimos estas prioridades? 
Dois formatos de organização podem ajudar nesse processo: Matriz de Gerenciamento 
do Tempo (COVEY, 2005) e as listas Mestra e Diária (SCHLENGER; ROESCH, 1992). 
 
2 MATRIZ DE GERENCIAMENTO DO TEMPO
A matriz criada por Stephen Covey apresenta quatro classificações das atividades 
que impactam no processo de priorização: Urgente e Importante (UI), Não Urgente e 
Importante (NUI), Urgente e Não Importante (UNI) e Não Urgente e Não Importante 
(NUNI). Conhecida também como a Matriz UI NUI UNI NUNI (COVEY, 2005). Para 
Covey (2005), aquilo que é importante está relacionado aos resultados. Se algo é 
importante, é por que contribui com missão, valores e metas prioritárias. Já aquilo que 
é urgente, está relacionado com o que nós reagimos.
Urgente Não Urgente
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QUADRANTE I
ATIVIDADES
Crises 
Problemas urgentes
Projetos com data marcada
QUADRANTE II
ATIVIDADES
Prevenção 
Desenvolvimento de relacionamentos
Identificação de novas oportunidades
Planejamento, recreação
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te QUADRANTE III
ATIVIDADES
Interrupções, telefone
Relatórios e correspondência
Questões urgentes próximas
Atividades populares
QUADRANTE IV
ATIVIDADES
Detalhes, pequenas tarefas
Correspondência
Perda de tempo
Atividades agradáveis
Telefonemas inúteis
QUADRO 3 – MATRIZ DE GERENCIAMENTO DO TEMPO
FONTE: Covey (2005)
O Quadrante I lida com resultados significativos, exigindo atenção imediata, 
sendo classificados, muitas vezes, como “crises” ou “problemas”. Todos temos atividades 
deste quadrante em nossas vidas, que estão diretamente relacionados com estresse, 
esgotamento, administração de crises e necessidade de “apagar incêndios” (COVEY, 
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2005). Neste caso, as atividades acabam nos tornando “gerenciadores de crises, escravos 
dos problemas, capazes de produzir só na última hora” (COVEY, 2005, p. 183).
 
O Quadrante II está no centro do gerenciamento eficaz, pois lida com coisas 
importantes e não urgentes, mas que geralmente deixamos de lado por não serem 
urgentes. As atividades assim classificadas estão relacionadas ao planejamento e 
identificação de oportunidades e são de extrema importância para a eficácia. Os 
resultados alcançados ao executar as atividades deste quadrante são muitos, como 
possibilidade de visão ampla, equilíbrio, disciplina, controle e poucas crises (COVEY, 
2005). 
Os Quadrantes III e IV classificam as atividades “perigosas”. São aquelas 
atividades que não são importantes, e acabam tomando um tempo considerável dos 
indivíduos, que deixam de fazer as atividades efetivamente importantes. Dentre alguns 
resultados da realização de atividades deste quadrante, está o foco no curto prazo, 
administração de crises, falta de controle (COVEY, 2005). 
 
Para uma vida equilibrada, Stephen Covey (2005) argumenta que as pessoas 
devem ficar afastadas dos Quadrantes III e IV, pois não são importantes (mesmo sendo 
urgentes), e devem ficar ao máximo afastadas ao Quadrante I, dedicando mais tempo 
ao Quadrante II, que pode render bons frutos. 
E quais frutos você espera? As atividades que você vem desenvolvendo são 
importantes ou urgentes? Tente analisar e identificar a real importância daquelas 
atividades que vêm comprometendo seu tempo, quando você poderia fazer aquilo que 
realmente está no Quadrante II da sua vida.
3 A LISTA-MESTRA E LISTA DIÁRIA
Tanto a lista diária (responsabilidades do dia), quanto a lista-mestra (tudo que 
você precisa fazer) são fundamentais para o planejamento (SCHLENGER; ROESCH, 
1992). Tais listas são estruturadas considerando quatro divisões necessárias para a 
organização, como: Importante e urgente, Importante e Não urgente, Não importante 
e urgente e, Não importante e não urgente. No momento de categorizar alguma 
atividade em uma das ordens apresentadas, é importante levar em consideração alguns 
questionamentos levantados por Schlenger e Roesch (1992), como:
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FIGURA 1 - DETERMINAÇÕES DE PRIORIZAÇÃO
FONTE: Adaptado de Schlenger e Roesch (1992)
Respondendo a estes questionamentos, você chegará a uma divisão de prioridades 
considerando se a tarefa é urgente ou não e se é importante ou não. Então, o primeiro 
passo é fazer este questionamento. Após feito o questionamento, é possível dividir as 
tarefas de acordo com as respostas obtidas, conforme o exemplo a seguir:
Mês: outubro
IMPORTANTE E 
URGENTE
IMPORTANTE E 
NÃO URGENTE
NÃO IMPORTANTE E 
URGENTE
NÃO IMPORTANTE E 
NÃO URGENTE
ESCOLA: ESCOLA: ESCOLA: ESCOLA:
- Exercícios de 
contabilidade.
- Ler capítulo 5 de 
contabilidade.
- Reescrever trabalho 
de Direito Corporativo.
- Fazer leitura rápida 
para direito.
- Ler o próximo 
capítulo de 
Contabilidade.
- Ler os próximoscapítulos de Direito.
Definir programação para 
o próximo semestre.
Verificar possibilidades 
de trabalhar como 
contratada.
Fazer assinaturas de 
revistas de negócios.
TRABALHO: TRABALHO: TRABALHO: TRABALHO:
- Fazer entrevista para 
artigo sobre joalheria.
- Começar a escrever 
artigo sobre vestuário.
- Enviar relatórios de 
despesas.
- Chamar Bart para 
recusar nomeação.
- Ligar para Stempert.
- Ligar para AT&T 
para verificar situação 
do trabalho.
- Marcar reunião para 
elaboração do livro.
- Devolver livro da 
escola de religião.
- Criticar boletim.
- Ligar para UJC, 
referente a reuniões 
planejadas.
- Fazer acompanhamento 
da história de lacticínios.
- Marcar entrevista na 
loja de roupas.
Começar a trabalhar na 
lista de oportunidades de 
trabalho free-lance
QUADRO 4 - LISTA-MESTRA DE SHLENGER E ROESCH (1992)
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PESSOAL: PESSOAL: PESSOAL: PESSOAL:
- Depositar cheques.
- Levar roupas para 
lavar.
- Acertar canhotos de 
cheques.
- Comprar comida.
- Ir ao clube fazer 
exercícios.
- Comprar presente 
de aniversário do 
irmão.
- Consertar aspirador.
- Arrumar quarto de 
costura.
Mandar consertar 
aquecedor.
Planejar festa do dia das 
bruxas.
FONTE: Schlenger e Roesch (1992)
Com esta lista-mestra, você terá uma visão de todo o quadro, possibilitando uma 
visão geral de todas as suas prioridades e “não prioridades” do mês. Após a classificação 
de todas as suas atividades conforme mostrado no quadro, é possível dar andamento na 
segunda etapa: a criação da Lista Diária, em que você poderá definir quais das atividades 
apresentadas na lista-mestra são prioridades no seu dia (SCHLENGER; ROESCH, 1992).
Na Lista Diária, você pode, por exemplo, listar dez atividades que sejam urgentes 
e importantes para serem realizadas, conforme a definição de prioridades. A seguir é 
possível visualizar em exemplo de lista, sendo um quadro com quatro colunas: coluna 
de prioridades e colunas de ação. As colunas de ação são definidas conforme o tipo de 
ação que precisa ser executada para que a tarefa seja concluída, podendo ser alterada 
conforme o tipo de ação que surgir na sua agenda diária.
PRIORIDADE LIGAR ESCREVER FAZER
1. Entrevistas para o artigo sobre joalheria
2. Ler Capítulo 5 de Contabilidade
3. Comprar comida
4. Marcar entrevista com Stempert
5. Fazer exercícios de Contabilidade
6. Fazer exercício no Clube
7. Enviar relatórios de despesas
8. Levar roupas para lavar
9. Começar e escrever artigo sobre vestuário
10. Apanhar texto de direito para ler
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QUADRO 5 - LISTA DIÁRIA DE SCHLENGER E ROESCH (1992)
FONTE: Schlenger e Roesch (1992)
A partir da definição destas dez tarefas, conforme prioridades na numeração, 
você poderá executá-las de acordo com o que é mais importante, uma a uma. Lembre-
se, as prioridades não são fixas em nossas vidas, elas mudam. Por isso, você pode 
substituí-las conforme as prioridades surgirem. Ainda, é possível separar tais atividades 
em períodos de tempo, realizando, por exemplo, as atividades 1, 2 e 3 no período da 
manhã, e assim por diante.
Assim, é possível perceber que dar prioridade a alguma coisa requer organização 
e visão do todo. Por isso, liste as atividades e classifique-as de maneira que seja possível 
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identificar a real importância e urgência daquela atividade. Desta forma, será possível 
executar as tarefas com qualidade.
4 AUTOATIVIDADES
1) Descreva o que é priorização e sua importância para a gestão do tempo.
2) Descreva os quatro quadrantes da Matriz de Gerenciamento do Tempo e identifique 
o quadrante de maior valor para a realização de tarefas eficazes. 
3) Além da visão ampla e específica, qual é a outra diferença entre a Lista-Mestra e a 
Lista Diária?
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TÓPICO 3 – GESTÃO DE ATIVIDADES
1 INTRODUÇÃO
Você já viu que para fazer uma boa gestão do seu tempo, é necessário haver 
organização e priorização, para assim, poder executar as atividades. Mas, e quando 
não conseguimos realizar as nossas tarefas conforme o planejamento foi feito? Quando 
surgem outras questões importantes que impactam na não realização destas tarefas? 
Ou quando perdemos mais tempo do que o esperado na realização de uma atividade? 
Pois é, executar as atividades não é tão simples quanto parece, pois diversas variáveis 
acabam interferindo neste processo. Assim, para que possamos ter sucesso em nossas 
entregas, também é necessário haver uma boa gestão de atividades. O que isso significa, 
afinal? É simples, é conseguir ter uma visão do todo, realizar o que foi planejado e ter 
clareza nas decisões na hora de escolher entre uma atividade e outra. 
2 ESTRATÉGIAS PARA UMA BOA GESTÃO DE ATIVIDADES
Para uma boa gestão de atividades, por exemplo, você deve se certificar que está 
dando o tempo suficiente para fazer um trabalho decente, seguindo algumas estratégias, 
propostas por Schlenger e Roesch (1992):
1) Divida em etapas um compromisso, imaginando os passos necessários para o seu 
final e estimando o tempo necessário de cada passo:
A partir do momento em que você tem o seu objetivo final da atividade, você 
pode listar quais etapas são necessárias para que você alcance este objetivo. E, além 
disso, quanto tempo você levará em cada etapa para que sejam realizadas? Desta forma, 
você conseguirá chegar ao prazo final para a entrega da tarefa.
Tarefa Tempo estimado Data de início e término
Pesquisar o material 3 dias 1 a 3 de março
Fazer o primeiro rascunho 3 dias 4 a 6 de março
Aprimorar o texto 1 dia 7 de março
QUADRO 6 - TEMPO ESTIMADO DAS ETAPAS
FONTE: Schlenger e Roesch (1992)
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2) Monitore seu tempo enquanto executa a atividade:
Ao monitorar seu tempo você conseguirá estimar se é necessário rever algum 
prazo ou acrescentar algum item a sua lista de atividades diárias. A monitoração ajudará 
você a perceber se está progredindo ou está perdendo muito tempo com determinada 
etapa da sua tarefa. Por exemplo, você calculou que conseguiria ‘Pesquisar o material’ 
em três dias, mas você já está no 3º dia de trabalho e está longe de terminar a atividade. 
Desta maneira, você percebe que precisa de mais tempo para conseguir executar a ação, 
sendo necessário rever as etapas e seus prazos calculados.
3) Reconheça o cumprimento de “minimetas” enquanto prossegue:
A cada término de determinada etapa, como “Pesquisar o material” ou “Fazer o 
primeiro rascunho”, traz reconhecimento a si próprio, afinal, você terminou uma etapa 
da sua meta. Esse reconhecimento trará a você maior motivação para continuar uma 
nova etapa.
4) Revise periodicamente sua lista de tarefas, para assegurar que você não esteja 
deixando de lado itens críticos.
Ao revisar suas tarefas com frequência, você se sentirá seguro para adiar tarefas 
menos significantes, priorizando aquilo que tem mais importância na sua rotina. 
Considerando todas estas responsabilidades, você conseguirá fazer uma boa 
gestão do seu tempo, respeitando o tempo necessário para cada atividade ou tarefa. 
E ainda, não se esqueça de reservar um tempo para recompensar o seu esforço ao 
terminar alguma atividade, pois isso lhe trará mais energia para iniciar novas etapas 
(SCHLENGER; ROESCH, 1992). 
3 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DAS ATIVIDADES
Ao definir as atividades a serem realizadas, você deve considerar alguns elementos-
chave que influenciam no desenvolvimento nas etapas de uma tarefa: contexto, tempo 
disponível, energia disponível, prioridade. Ao fazer isso, você conseguirá tirar o maior 
proveito da dinâmica de cada elemento (ALLEN, 2005).
1) Contexto
Você tem condições de realizar a ação planejada, no local onde está e com asferramentas que possui? Se você não pode realizar a ação porque não está no local ou 
não tem as ferramentas necessárias, não se preocupe com o assunto (ALLEN, 2005). Por 
exemplo, em vez de definir uma agenda no seu ambiente de trabalho, para atividades 
que você realizará no período da noite em casa, faça uma agenda em sua casa, definindo 
o que você conseguirá realizar neste ambiente. 
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2) Tempo disponível
Antes de realizar alguma ação, você precisa ter a clareza de quanto tempo terá 
disponível para realizar tal ação. Por exemplo, você tem um capítulo de um livro para ler 
e atividades para responder, mas tem apenas 30 minutos para estudo naquele dia. Desta 
forma, você deverá levar em consideração a atividade que conseguirá desempenhar 
nestes 30 minutos disponíveis, de maneira que a atividade seja eficiente dentro do tempo 
disponível. Neste caso, ter uma lista de atividades pendentes a serem desempenhadas 
é importante, visto que “janelas de tempo” podem ser aproveitadas de acordo com as 
atividades listadas (ALLEN, 2005). 
3) Energia disponível
Embora você possa ter tempo disponível para realizar determinada tarefa, isso 
não significa que você conseguirá realmente realizá-la (ALLEN, 2005). O fator “energia” 
é fundamental para que você consiga desempenhar seu papel com qualidade, afinal, 
não é toda noite que temos disposição para ler um capítulo inteiro de um livro. Outras 
atividades da nossa rotina, como trabalho, afazeres domésticos e responsabilidades 
familiares, por exemplo, acabam impactando em nossa energia para realizarmos outras 
atividades. Desta forma, é importante você considerar o momento em que poderá 
realizar determinada tarefa e se terá energia suficiente para colocar em prática aquilo 
que planejou. Para ser produtivo, você pode ter sempre à mão uma relação de tarefas 
que exigem pouca energia mental ou criativa. Assim, quando você está em um momento 
de baixa energia, pode aproveitar o tempo para fazer estas tarefas mais simples, porém 
necessárias (ALLEN, 2005). 
4) Prioridade
Neste passo, você já identificou o local adequado para a atividade, dentro de 
um tempo ideal e com a energia que você dispõe. No entanto, você programou duas 
atividades para serem realizadas, sendo uma importante e outra urgente (ALLEN, 
2005). Desta maneira, você deverá levar em consideração a prioridade, que já vimos no 
Tópico 2, avaliando o que deve ser realizado neste momento e não pode ter sua data 
de entrega adiada. 
Considerando todos estes critérios, você conseguirá, em resumo, realizar as 
ações de acordo com o que é mais adequado ao seu local, seu tempo, sua energia e suas 
prioridades, resultando, então, em uma boa gestão das suas atividades. Lembre-se, boa 
gestão não é apenas cumprir prazos, mas sim, aproveitar com qualidade os recursos 
que dispõe para um bom desempenho dos trabalhos e estudos. 
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LEITURA COMPLEMENTAR
Você é multitarefa ou monotarefa?
Existe uma crença no mundo de que algumas pessoas conseguem fazer várias 
coisas ao mesmo tempo. A geração Y se diz “portadora” do gene da multitarefa, as 
mulheres dizem que, diferentemente dos homens, fazem várias coisas ao mesmo tempo 
(talvez isto seja realmente possível, afinal elas conseguem estar grávidas e vivas ao 
mesmo tempo…) e por aí vai. 
Você pode não acreditar, mas a verdade é que ainda não existe um ser humano 
capaz de fazer várias tarefas simultaneamente com extrema qualidade e sem perda 
de tempo. E não sou apenas eu quem está dizendo, esse assunto chama a atenção de 
pesquisadores em todo o mundo. Mais de 14 institutos de pesquisa (incluindo Harvard, 
MIT, Stanford etc.) já provaram de formas diferentes que quem tenta “multitarefar” 
perde até 30% a mais de tempo! 
Uma pesquisa de 2009, realizada pela Universidade de Stanford, na qual os 
pesquisadores estavam procurando descobrir o segredo da multitarefa perfeita, acabou 
chegando à conclusão, depois de muitos testes e estudos, de que existe uma total 
incompetência na execução simultânea de múltiplas tarefas, ou seja, “multitarefar” não 
funciona! O estudo, que foi publicado na Academia Nacional de Ciências dos Estados 
Unidos, conclui que “multitarefeiros” têm dificuldades em focar e não são capazes de 
ignorar informações irrelevantes, ou seja, perdem tempo! 
Em um estudo desenvolvido na Triad, com 2.100 participantes desde 2009, as 
pessoas que eram incumbidas de realizar um exercício em atuação multitarefa tiveram 
um aumento médio de tempo ao realizar atividades simultâneas de 35%, podendo chegar 
a casos extremos de até 78% quando comparados com o tempo gasto para executar o 
mesmo exercício em atuação monotarefa. Apenas 2% das pessoas pesquisadas tiveram 
perdas irrelevantes de performance. 
Se você priorizou, siga a ordem; se surgir algo novo, escreva e reordene conforme 
o nível de importância ou a urgência da atividade. O que não pode é ficar pulando 
entre tarefas, e-mails etc., ou seu dia vai todo por água abaixo! Por isso é fundamental 
aprender a lidar com essas atividades inesperadas e não sair “multitarefando”!
FONTE: BARBOSA, Christian. A tríade do tempo. Elsevier Brasil, 2008.
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4 AUTOATIVIDADES
1) Quais são as estratégias que devem ser consideradas na gestão de atividades? E o 
que deve ser feito em cada estratégia?
2) Descreva, com as suas palavras, os critérios que devem ser considerados na tomada 
de decisão para a realização das atividades: contexto, tempo disponível, energia 
disponível, prioridade.
3) Na sua rotina diária de estudos, qual dos critérios listados você tem maior dificuldade 
de considerar em sua rotina de estudos? E por quê? 
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TÓPICO 4 – AMBIENTES DE PRODUTIVIDADE
1 INTRODUÇÃO
Até aqui você já viu que é importante se organizar, saber priorizar e saber 
colocar em prática as atividades. Nesse caminho, vimos que não são tarefas simples 
e que dependem de muitas variáveis, não é? Agora, imagine que você já planejou sua 
semana, já conseguiu priorizar suas atividades diárias, conseguiu fazer uma boa gestão 
das atividades, mas, na hora de parar para estudar para a disciplina, sua concentração 
fugiu! Pois é, isso aconteceu porque está fazendo tudo certo, só não está estudando 
no local certo! A escolha do espaço de trabalho ou estudo pode ser a última etapa de 
um processo, mas não é a menos importante! Afinal, de que adianta preparar todas as 
etapas e na hora de colocar em prática não conseguir?
As condições em que as nossas atividades são realizadas, sejam elas atividades 
de trabalho ou estudo, contribuem muito para a qualidade do que entregamos. Você 
já deve ter se deparado com alguma situação em que, apenas por mudar de ambiente, 
já conseguiu fazer aquelas atividades da faculdade ou ler algum material com mais 
atenção. Provavelmente o que você fez, neste caso, foi escolher um espaço físico que 
fosse mais adequado aos estudos. Isso não significa, necessariamente, que o espaço 
deva ser quieto e calmo, mas sim, um espaço que se adeque ao que você necessita para 
produzir melhor.
Ao melhorar as condições de trabalho para executar suas tarefas, você contribui 
de diversas maneiras, por exemplo: reduzindo fadiga física, reduzindo o stress gerado 
em um ambiente que não seja adequado, aumentando o bem-estar e a qualidade de 
vida. Desta forma, a escolha do ambiente mais adequado para determinada atividade 
representa um elemento importante do processo de produtividade (ANDRETO, 2005), 
podendo influenciar em diversos aspectos, conforme afirma Abrantes (2001).
Elemento Impacto
Temperatura Interfere no humor, bem-estar.
Qualidade do arInterfere no bem-estar e saúde.
Iluminação Pode causar depressão, cansaço e estresse.
Ruído Pode causar irritabilidade e falta de concentração.
Layout Pode causar depressão e irritabilidade.
QUADRO 7 - IMPACTOS NA PRODUTIVIDADE
FONTE: Abrantes (2001)
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Se estes fatores não são considerados em seu ambiente de trabalho ou estudo, 
certamente suas atividades estão sendo comprometidas. Um ambiente organizado 
influencia diretamente na motivação, produtividade e qualidade da tarefa entregue. Se 
a sua vida está “bagunçada”, sua mente também estará! Lembre-se, o espaço em que 
estamos influencia muito na forma como nosso cérebro encara as nossas atividades 
(BELTRÃO, 2015).
2 ESTRATÉGIAS PARA UM AMBIENTE PRODUTIVO
Para deixar um ambiente de estudo ou trabalho produtivo, algumas estratégias 
podem ser tomadas, como limpeza, uso de arquivos, organização, redução no uso de 
papel e jogar fora o que não é necessário! Beltrão (2015) lista algumas ações que podem 
ser realizadas para que você tenha um ambiente agradável e, assim, possa produzir mais.
1)	Organize seus documentos no momento em que você se depara com eles! Por exemplo, 
você recebeu algum e-mail sobre um trabalho? Direcione para uma pasta sobre este 
trabalho. Não deixe para organizar depois, quando você estará com outros itens novos 
para organizar. 
2)	Limpe tudo após estudar ou trabalhar no local. É muito comum deixarmos nossos 
papéis, canetas, rascunhos em nosso local de estudo após terminarmos nossas tarefas. 
Limpar o local de estudo ajudará na motivação ao começar uma nova tarefa naquele 
mesmo ambiente.
3)	Organize suas gavetas! Manter as gavetas organizadas contribui para que você 
encontre de forma rápida algum elemento que esteja procurando. Não use as gavetas 
para esconder a bagunça, pois, acredite, um dia você precisará de alguma coisa que 
está nesta “bagunça”.
4)	Livre-se do que não precisa. Você já parou para pensar que talvez não precise de tudo 
que está na sua mesa? Excesso de elementos podem comprometer sua produtividade. 
Então, pense se você realmente usa tudo que está próximo a você. Se não usa, descarte.
Considerar essas ações contribui, e muito, para uma boa produção. Outras 
estratégias também podem ser consideradas nas rotinas de trabalho ou estudos. A 
utilização da metodologia japonesa 5S é um exemplo, que se trata de um sistema de 
cinco conceitos que, se aplicados, trazem resultados para a produtividade: Seiri, Seiton, 
Seisou, Seiketsu e Shitsuke (ARENA et al., 2011).
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Nome Significado Vantagens
SEIRI
Organização: Deve-se separar o necessário 
do desnecessário, pois os armazenamentos 
de coisas inúteis impossibilitam o encontro 
de outras com vitais importâncias. É 
essencial separar, classificar e descartar os 
objetos de acordo com sua utilidade dentro 
do ambiente em que ele está inserido.
Facilita a locomoção no ambiente.
Aumenta a produtividade das 
pessoas.
Maior organização.
SEITON
Ordenação: Nesta etapa é definido o local 
correto para cada objeto, identificando-o 
de forma que qualquer pessoa possa 
localizar facilmente. Tudo deve estar sempre 
disponível em um espaço definido.
Facilidade de limpeza no ambiente 
de trabalho.
Melhor disposição dos equipamentos 
e móveis.
Melhor qualidade de vida para o 
indivíduo, com menor cansaço físico 
e mental.
SEISOU
Limpeza: Este senso permite ter um 
ambiente de trabalho limpo (paredes, 
armários, gavetas, pisos etc), evitando a 
sujeira. A ideia principal do SEISO é manter 
a limpeza através do não sujar. Neste “S”, 
a tarefa de limpar deve ser constante na 
rotina.
Aumento da produtividade das 
pessoas.
Ambiente sempre limpo.
SEIKETSU
Padronização: O objetivo do SEIKETSU é de 
conscientizar as pessoas de que o ambiente 
de trabalho deve sempre estar favorável à 
saúde e higiene.
Prevenção de danos à saúde dos que 
convivem no ambiente de trabalho.
Uma imagem positiva tanto interna 
como externa.
Satisfação e motivação pessoal para 
com o trabalho.
SHITSUKE
Autodisciplina: Este “S” busca a disciplina 
pelos envolvidos, fazendo com que todos 
sigam determinadas regras, que contribuam 
para um ambiente saudável e produtivo.
Maior produtividade pela redução 
de perda de tempo procurando 
objeto.
Maior satisfação das pessoas com 
trabalho.
Predisposição ao desenvolvimento 
de trabalho em grupo devido ao 
aumento da responsabilidade.
Estímulo à criatividade.
Quadro 8 - Os 5S
FONTE: Arena et al. (2011)
É importante levar em consideração que tais estratégias não são regras fechadas, 
mas sim alternativas que contribuem para a produtividade. É importante conhecer estas 
alternativas para que seja possível, então, aplicar na rotina de acordo com o estilo de 
vida. Todos devem saber identificar o que contribui, de fato, para a sua produtividade, 
podendo assim, entregar o que foi proposto.
22 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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LEITURA COMPLEMENTAR
Veja como construir um ambiente ideal de estudos
Como estudar com qualidade? A questão é pouco detalhada do ponto de vista 
do ambiente ideal. Ou seja, o lugar em que os estudantes possam absorver a quantidade 
de conteúdos necessária para o ingresso na faculdade ou na preparação para testes e 
avaliações, seja na graduação ou pós. O que é melhor: estudar no quarto ou longe da 
cama? É bom ler no computador ou ficar longe dele? De que forma, televisão, rádio, 
barulho e até a mobília do local podem afetar o esforço de um estudante que se esforça 
para aprimorar seu conhecimento? Há indicativos de que tão importante quanto 
organizar o tempo de estudo, é determinar o melhor local para fazer isso.
"A aprendizagem não é desenvolvida num vácuo. O processo é influenciado 
por contexto pessoal, social e até pelo espaço físico", explica Mauricio Peixoto, líder do 
Grupo de Aprendizagem e Cognição da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). 
Segundo ele, o estudo pode ser favorecido ou até mesmo prejudicado por elementos 
externos, como iluminação, ventilação, ruídos e cores. "Esses são alguns dos fatores 
capazes de colocar em xeque a concentração e, consequentemente, a produtividade do 
processo", aponta ele.
Fernando Becker, professor de psicologia da educação da UFRGS (Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul), partilha da opinião de Peixoto e garante que o simples 
cuidado com a escolha do local de estudo pode influenciar diretamente o rendimento 
das horas investidas nos livros e fazer toda a diferença. "Geralmente os ambientes 
inapropriados – escuros, frios ou barulhentos – causam desconfortos físicos, que geram 
estresse ao organismo humano e não favorecem o funcionamento do cérebro. Minimizam 
ainda o período de produtividade e antecipam o estado de fadiga", diz ele.
Não há regras, no entanto, para a construção de um ambiente ideal. É o que 
enfatiza o pesquisador da UFRJ. "Esse local deve respeitar o estilo pessoal do aprendizado 
do estudante. Enquanto o silêncio pode ser essencial para uns, para outros ele pode 
provocar inquietação. Há alunos que rendem mais se estudam sentados na tradicional 
escrivaninha, outros se concentram melhor na cama ou até mesmo caminhando", 
compara Peixoto, que aposta no processo de flexibilização e personalização.
Renan Soares Mendes Teixeira da Cunha, psicólogo do ProEstudo/UFSCar 
(Programa de Capacitação Discente para o Estudo da Universidade Federal de São 
Carlos), também aposta no autoconhecimento. "Testar as diversas opções é a melhor 
maneira de saber qual delas se encaixa a suas necessidades. Se o silêncio atrapalha, 
que tal ouvir uma música instrumental e leve. Agora, se o barulho é que atrapalha, é 
possível recorrer ao protetor auricular", afirma ele. Ainda que não haja regras, Cunha 
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recomenda lugares frescos, arejados, bem iluminados e razoavelmente silenciosos. 
"Independentemente do local, é fundamental que as distrações sejam mínimas", alerta 
ele.
Entretanto, independentemente do perfil do estudante, é preciso evitar os 
exageros e as situações extremas. "Nada de ambiente excessivamente luminoso ou 
sem luminosidade, muito frio ou quente, com ruídos em excesso, tampouco estudar 
de barriga cheia ou vazia", recomenda Peixoto. "Como dizem os budistas: 'a virtude 
está no meio'. Priorize uma situação de conforto", acrescenta o pesquisador da UFRJ.
Caso não haja um espaço adequado na própria casa do estudante, Alessandra 
Venturi, coordenadora-geral do cursinho da Poli, orienta para a busca de um caminho 
alternativo. "Há algumas escolas e cursos preparatórios que, mesmo no período de 
recesso, mantém espaços de estudos abertos durante o dia. Recorrer a um deles pode 
ser ainda mais produtivo do que ficar em casa e ser interrompido constantemente 
com os problemas domésticos", diz ela, que também sugere o estudo em bibliotecas 
municipais e estaduais.
FONTE: Disponível em: <http://universitario.universia.com.br/provas-exames/provas-
interativas/>. Acesso em: jun. 2017.
3 AUTOATIVIDADES
1) Descreva um ambiente com condições negativas de produtividade e explique quais 
características negativas este ambiente proporciona ao indivíduo.
2) Na sua opinião, o ambiente de estudo deve ser um local silencioso? Por quê?
3) Descreva os elementos do 5S e argumente se você concorda ou não com a aplicação 
destes conceitos nos estudos.
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REFERÊNCIAS
ABRANTES, A. F. Ergonomia no ambiente de escritórios. Artigo Técnico, 2001. 
Disponível em: <http://www.grialog.com.br/ARTIGO175.htm>. Acesso em: 18 maio 2017.
ALLEN, David. A arte de fazer acontecer. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
ALLEN, David. Gerencie sua mente, não o seu tempo: 52 princípios do código da 
produtividade. São Paulo: Landscape, 2006. 
ANDRETO, Luiz F. M. Influência do espaço construído na produtividade: avaliação 
baseada na ergonomia do ambiente construído e na psicologia dos espaços de trabalho. 
Dissertação. Recife: PPGEP-UFPE, 2005.
ARENA, K. de O. et al. Método 5S: uma abordagem introdutória. São Paulo: 2011.
BARBOSA, Christian. A tríade do tempo. São Paulo: Elsevier Brasil, 2008.
BELTRÃO, Giovana. Artigo Técnico. Como organizar seu local de trabalho para 
produzir mais. 2015. Disponível em: <https://curseduca.com/blog/como-organizar-seu-
local-de-trabalho-para-se-manter-motivado/>. Acesso em: 18 maio 2017.
BERG, Ernesto Artur. Quem roubou o meu tempo: os segredos da alta eficácia ao seu 
alcance. Curitiba: Juruá, 2010. 
COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 24. ed. rev. e atual. 
Rio de Janeiro: Best Seller, 2005. 
COVEY, Stephen R; MERRILL, A. Roger; MERRILL, Rebecca R. First things first: como 
definir prioridades num mundo sem tempo. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 
SCHLENGER, Sunny; ROESCH, Roberta. Organize-se: como administrar seu tempo 
e espaço de forma a ser eficiente sem precisar modificar seu estilo pessoal. São Paulo: 
Harbra, 1992. 
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RESPOSTAS DAS AUTOATIVIDADES
TÓPICO 1
1) Descreva quais são as atividades que devem ser realizadas em cada etapa do processo 
de planejamento semanal.
1 - Conecte sua visão e sua missão: Identificação da principal missão pessoal, para o 
desenvolvimento da agenda de acordo com a missão do indivíduo.
2 - Identifique seus papéis: Identificação dos diversos papéis, como papéis profissionais, 
pessoais, sociais. São as variações que temos enquanto indivíduos. 
3 – Selecione as metas: Identificação das metas em cada papel listado, de forma que 
possa contribuir com a missão principal.
4 - Crie uma estrutura de tomada de decisões para a semana: Desenvolvimento de 
cronograma semanal, planejando colocar em prática as metas identificadas durante 
os dias da semana.
5 – Exercite a integridade no momento da escolha: Momento de colocar em prática as 
atividades de acordo com o que foi planejado.
6 – Avalie: Avaliação do planejamento e execução da agenda. Neste momento, deve-
se identificar o que deu certo e o que deu errado, com o intuito de melhorar nos 
planejamentos semanais seguintes. 
2) Desenvolva o seu planejamento semanal de acordo com a sua missão pessoal, 
considerando todas as etapas do planejamento apresentadas neste tópico.
Neste momento, o acadêmico deve simular um planejamento de acordo com a sua 
missão pessoal, seguindo os passos listados na questão anterior.
3) Argumente: as suas metas semanais estão de acordo com a sua missão? Por quê?
Neste momento, o acadêmico deve avaliar se as metas listadas contribuem para alcançar a 
missão e argumentar. Por exemplo, ele deve argumentar se uma meta relacionada à “vida 
social” contribui para a sua missão de “atingir um bom desempenho” na disciplina. Não 
existe resposta certa ou errada, pois cabe ao acadêmico justificar, por exemplo, que ter 
“vida social ativa” contribui para que sua semana seja mais produtiva em seus estudos. 
 
TÓPICO 2
1) Descreva o que é priorização e sua importância para a gestão do tempo.
Priorizar é saber colocar em prática as atividades de acordo com o seu real valor em 
comparação a outras atividades. Saber priorizar é importante para a gestão do tempo, 
pois contribui para que as atividades de maior valor sejam colocadas em prática de 
acordo com a sua real necessidade, considerando importância e urgência. 
2) Descreva os quatro quadrantes da Matriz de Gerenciamento do Tempo e identifique 
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o quadrante de maior valor para a realização de tarefas eficazes. 
A Matriz de Gerenciamento do Tempo apresenta quatro quadrantes: Urgente e 
Importante (UI), Não Urgente e Importante (NUI), Urgente e Não Importante (UNI) 
e Não Urgente e Não Importante (NUNI). O quadrante que apresenta maior valor é 
o 2 (Não urgente e Importante), pois possibilitam visão ampla, equilíbrio, disciplina, 
controle e poucas crises.
3) Além da visão ampla e específica, qual é a outra diferença entre a Lista-Mestra e 
a Lista Diária?
A Lista-Mestra tem foco nas atividades necessárias durante o mês, enquanto a Lista 
Diária extrai as atividades necessárias da Lista-Mestra e as prioriza em um dia. 
TÓPICO 3
1) Quais são as estratégias que devem ser consideradas na gestão de atividades? E o 
que deve ser feito em cada estratégia?
1 – Dividir o compromisso em etapas: listar as atividades necessárias e o tempo para 
cada atividade, até atingir o objetivo final, ou seja, o cumprimento das metas.
2 - Monitorar o tempo, enquanto executa a atividade: acompanhar a realização da 
atividade, considerando tempo estipulado no planejamento. Neste momento, deve-se 
verificar se a atividade será cumprida no tempo determinado ou se será necessário 
mais tempo para a sua conclusão. 
3 – Reconhecimento do cumprimento de “minimetas”: reconhecer o trabalho concluído 
com o intuito de trazer maior motivação para as etapas seguintes. 
4 - Revisar periodicamente sua lista de tarefas: acompanhar o status da semana, dando 
maior segurança para tomar decisões do que é mais importante entre as atividades 
planejadas. 
2) Descreva, com as suas palavras, os critérios que devem ser considerados na tomada 
de decisão para a realização das atividades: contexto, tempo disponível, energia 
disponível, prioridade.
Os critérios são questões importantes que devem ser levadas em consideração para a 
execução das atividades planejadas. O contexto é o primeiro critério, representado pelo 
local ideal em que executamos as atividades, e deve ser considerado no momento de 
planejar. É acompanharas atividades no local em que devem ser realizadas. Por exemplo: 
planejarei as atividades acadêmicas e só acompanharei seu andamento durante às noites, 
em casa, pois neste contexto eu conseguirei dar andamento às atividades. Diferente do 
local de trabalho, por exemplo. 
O segundo critério é o tempo disponível. Neste critério se deve considerar o tempo que 
temos para realizar determinada atividade que foi planejada. Por exemplo, na noite 
de hoje tenho 30 minutos para estudar, porém, preciso ler um capítulo inteiro do meu 
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
livro (que exige uma hora). Desta forma, não conseguirem dar andamento, pois não 
tenho tempo disponível. 
O terceiro critério é energia disponível, que caracteriza a energia física e mental que 
temos para dar andamento em determinada atividade. Por exemplo, verifiquei na minha 
agenda que terça-feira será um dia cansativo de trabalho, em que não terei energia 
suficiente para estudar a disciplina. Assim, planejarei estudar o conteúdo na quarta-
feira, dia em que terei mais energia. 
O quarto critério é a priorização, em que se deve levar em consideração as atividades 
de maior valor considerando urgência e importância. 
3) Na sua rotina diária de estudos, qual dos critérios listados você tem maior 
dificuldade de considerar em sua rotina de estudos? E por quê? 
Nesta questão, o acadêmico deverá compartilhar qual dos critérios listados na questão 
anterior ele tem maior dificuldade e argumentar o porquê. Esta reflexão ajudará a 
identificar dificuldades e o que pode ser melhorado para que ele consiga planejar seu 
tempo de maneira mais efetiva.
TÓPICO 4
1) Descreva um ambiente com condições negativas de produtividade e explique quais 
características negativas este ambiente proporciona no indivíduo.
Um ambiente com condições negativas pode apresentar temperaturas muito altas ou 
muito baixas, com qualidade do ar precária, baixa iluminação, muitos ruídos e layout 
pouco acessível. Estas características podem gerar interferência no humor, depressão, 
cansaço, estresse, irritabilidade e falta de concentração.
2) Na sua opinião, o ambiente de estudo deve ser um local silencioso? Por quê?
O local não deve ser necessariamente silencioso, pois depende da aceitação de cada 
indivíduo. Ruídos afetam sim a produtividade, mas o formato de estudo depende 
de cada estudante, podendo estudar ouvindo música, por exemplo, ou em um local 
extremamente silencioso. 
3) Descreva os elementos do 5S e argumente se você concorda ou não com a aplicação 
destes conceitos nos estudos.
Os cinco elementos do 5S (SEIRI, SEITON, SEISOU, SEIKETSU e SHITSUKE) dizem 
respeito à organização, ordenação, limpeza, padronização e disciplina, respectivamente. 
A respeito dos argumentos sobre concordar ou não com a aplicação nos estudos, não 
existe resposta correta. O acadêmico deverá argumentar sobre sua posição. Dentre as 
opiniões emitidas pelo acadêmico: ele pode concordar, alegando que o ambiente que 
segue estas premissas pode ser mais produtivo, mas também pode descordar, alegando 
que o cumprimento destas cinco premissas caracteriza um ambiente controlador, sem 
liberdade e estímulo à criatividade. 
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