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Caso Concreto 03 Pratica Simulada I

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FACULDADE ESTACIO DE SÁ 
DOCENTE – ANDRÉ RICARDO FERREIRA MELO 
DISCENTE – LOURIVAL SELLES SILVA LIMA 
 Matrícula 201808128061 
 
PRATICA SIMULADA I 
Título 
Caso Concreto 03 
 
Descrição 
CASO CONCRETO: 
 
Gerson , brasileiro, solteiro , medico, residente em Vitoria/ES, é credor de 
Bernardo, viúvo, residente em Salvador/BA, conforme nota promissória no 
valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), já vencida em 10/10/2016. 
Ocorre que, Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento 
da mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado em na cidade 
de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no 
valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente 
em Macaé/RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício em seu 
favor do próprio Bernardo, além da cláusula de incomunicabilidade, 
conforme Certidão de Ônus Reais. 
Cumpre salientar que as dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 
400.000,00, sendo certo que o imóvel doado para sua filha está alugado para 
terceiros. 
Diante de tal situação, Gerson contrata seu serviço advocatício, para 
defesa de seus interesses, com o fim de anular a doação dos imóveis 
realizada pelo devedor Bernardo. 
Elabore a peça processual cabível. 
 
 
 
 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA xxx VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ/RJ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GERSON sobrenome XXX, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº 
XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX, endereço eletrônico XXX, 
residente e domiciliado na cidade de Vitória/ES, por seu advogado, XXX, inscrito na OAB sob 
o nº XXX, constituído conforme instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional 
XXX, para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor 
 
AÇÃO PAULIANA / FRAUDE CONTRA CREDORES 
 
Pelo procedimento comum, em face de BERNADO sobrenome XXX, brasileiro, viúvo, 
profissão XXX, portador da carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no 
CPF sob o nº XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na cidade de 
Salvador/BA e JANAINA sobrenome XXX, solteira, menor impúbere, portadora da carteira 
de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, endereço eletrônico 
XXX, domiciliada na cidade de Macaé/RJ, representada por sua genitora, Nome da Genitora 
XXX, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portadora da carteira de 
identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, endereço eletrônico 
XXX, domiciliada na cidade de XXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. 
 
I - GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
A parte AUTORA não possui condições de arcar com as custas e honorários, sem prejuízo 
próprio e de sua família. O artigo 99 do novo CPC permite que o pedido seja feito a qualquer 
momento do processo, seja na petição inicial, na contestação, na petição de ingresso de terceiro 
ou mesmo no recurso. 
Vale-se o Reclamante da legislação referida para requerer-lhe sejam concedidos os benefícios 
da justiça gratuita uma vez que não reúne qualquer condição de custear as mínimas despesas 
decorrentes do processo. 
O artigo 4º da Lei 1.060/50, bem como o art. 4º da Lei 7.510/86, disciplinam que: “A parte 
gozará dos benefícios da Assistência Judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição 
inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de 
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família”. 
Nossos Tribunais têm-se manifestado acerca do assunto com carreada de julgados; a saber: 
“Justiça Gratuita. Requerimento feito por advogado. Validade. Inteligência do art. 
42 da Lei 1.060 de 1.950. A Lei não obsta a que o requerimento do benefício de 
assistência judiciária que faz por patrono da parte, regularmente constituído, 
pouco importando que o beneficiário não tenha formulado ou assinado o pedido. 
Importa, sim, o exato entendimento do art. 4º da Lei 1060 de 1950, a demonstração 
clara de pobreza no sentido legal.”(AC. 1ª Cam. do TAMG, Com. de Belo 
Horizonte, de 10.09.1975, cf. ADCOAS 1976 Nº 43456, pág. 501). 
“Assistência Judiciária. Não se pode exigir aliene aparte o único bem que possui, 
do qual aufere a sua subsistência, para atender às despesas do processo. Benefício 
mantido.” (RJTJRS, 107/296, 1984, ano XIX.) 
“Para a concessão do benefício da justiça gratuita à pessoa física, basta a simples 
afirmação da parte de sua pobreza, até prova em contrário” (STJ – 1ª Turma, REsp 
386.684-MG, rel. Min. José Delgado, j. 26.2.02, deram provimento, v.u., DJU 
25.3.02, p. 211). Neste sentido: STF-RT 755/182, STF-Bol. AASP 2.071/697j, RSTJ 
7/414, STJ-RF 329/236...). 
 
Desta forma, requer o Reclamante lhe sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, pelos 
motivos já descritos e, ainda, por ser a única forma de lhe proporcionar o mais amplo acesso ao 
poder judiciário, garantia essa que a Constituição Federal elegeu no inciso LXXIV, do artigo 
5º. 
 
I - AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
A PARTE AUTORA tem interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação. 
 
II - FATOS JURÍDICOS 
O LITIGANTE é credor da PRIMEIRA PARTE RÉ, conforme nota promissória anexada aos 
autos título vencido desde o dia 10 de outubro de 2016. 
Em momento ligeiramente posterior ao vencimento da referida do referido título, a PRIMEIRA 
PARTE RÉ, de forma premeditada, doou os seus dois imóveis para a SEGUNDA PARTE RÉ, 
ambos imóveis localizados no estado do Espírito Santo um na cidade de Aracruz e o outro na 
cidade de Linhares, juntos com avaliados em R$ 300.000,00. 
Conforme a certidão de ônus reais dos imóveis, emitido pelos registros de imóveis, anexado 
aos autos, onde os registros da referida doação foram registrados como cláusula de usufruto 
vitalício em favor da PRIMEIRA PARTE RÉ, além de cláusula de incomunicabilidade. 
Os imóveis, em questão encontram-se alugados a terceiros. 
 
III - FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
O negócio jurídico celebrado entre a PRIMEIRA e a SEGUNDA PARTE RÉ é 
incontestavelmente anulável, em razão de a transmissão gratuita dos bens só ter ocorrido com 
o intuito de lesar os interesses da PARTE AUTORA, que é credor da PRIMEIRA PARTE RÉ, 
com dívida já vencida, eivando o negócio de defeito, conforme previsão contida no artigo 158 
do Código Civil, “Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os 
praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, 
poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.” 
A PRIMEIRA PARTE RÉ possui dívidas que totalizam o montante de R$ 400,000,00, sendo 
certo que o negócio gratuito por ele efetivado com a SEGUNDA PARTE RÉ, 
incontestavelmente, o reduziu a insolvência, sem recursos, financeiros ou patrimoniais, para 
saldar as obrigações contraídas; inadimplida. 
Com base no exposto, a PARTE AUTORA, como credora da PRIMEIRA PARTE RÉ, tem a 
plena faculdade de pleitear a anulação do negócio jurídico em questão, amparada pela previsão 
expressa no mencionado dispositivo legal. 
Segundo os (Stolze e Pamplona, 2013, pág. 423) “Com amparo na doutrina 
tradicional, costuma-se afirmar que a anulação do ato praticado em fraude contra 
credores dá-se por meio de uma ação revocatória, denominada “ação pauliana”: 
 
Já existe julgado procedente ao pedido 
o 
http://www4.tjrj.jus.br/EJURIS/ImpressaoConsJuris.aspx?CodDoc=1269429&PageSeq=1
0128919-58.2007.8.19.0001 - APELAÇÃO 
1ª Ementa 
Des(a). NORMA SUELY FONSECA QUINTES - Julgamento: 11/10/2011 - 
OITAVA CÂMARA CÍVEL 
APELAÇÃO CÍVEL.EMBARGOS DE TERCEIRO. LEVANTAMENTO 
DE PENHORA DE IMÓVEL ADQUIRIDO PELA 
EMBARGANTE.IMPROCEDÊNCIA DOS EMBARGOS.RECURSO DE 
AMBAS AS PARTES. ENQUANTO A EMBARGANTE PUGNA PELO 
ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS, OS EMBARGADOS REQUEREM A 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA.INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO. 
TRANSFERÊNCIA FRAUDULENTAOCORRIDA EM 
09/01/91. AÇÃO PAULIANA PROPOSTA EM 21/05/1993, MUITO ANTES, 
INCLUSIVE, DA AQUISIÇÃO DO IMÓVEL PELA EMBARGANTE, QUE 
SE CONCRETIZOU EM 25/01/2001. TRANSFERÊNCIA DA 
PROPRIEDADE DO IMÓVEL MEDIANTE FRAUDE CONTRA 
CREDORES. ILÍCITO PROVADO EM AÇÃO PAULIANA PROMOVIDA 
ANTES DA TRANSFERÊNCIA DA TITULARIDADE DO IMÓVEL 
ADQUIRIDO PELA EMBARGANTE, CUJA DECISÃO TRANSITOU EM 
JULGADO.INVALIDADE DA TRANSAÇÃO REALIZADA ENTRE O 
EXECUTADO E A ADQUIRENTE ORIGINAL E, 
CONSEQUENTEMENTE, DAS TRANSFERÊNCIAS QUE SE SEGUIRAM 
ATÉ À AQUISIÇÃO DO IMÓVEL PELA EMBARGANTE.DESCABIDA 
QUALQUER RETENSÃO POR BENFEITORIAS. RESTA, POIS, À 
EMBARGANTE PLEITEAR PERDAS E DANOS EM FACE DA 
ALIENANTE.GRATUIDADE DE JUSTIÇA QUE SE CONCEDE AOS 
EMBARGADOS/EXEQUENTES.DESPROVIMENTO DO PRIMEIRO 
RECURSO E PROVIMENTO DO SEGUNDO. 
 
Portando, não há dúvida quanto ao direito da PARTE AUTORA, fazendo-se jus ao acolhimento 
do pedido de declaração do negócio jurídico realizado entre a PRIMEIRA e a SEGUNDA 
PARTE RÉ. 
 
IV - PEDIDO 
Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: 
A- Gratuidade de justiça; 
B- Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu 
comparecimento; 
C- Citação do réu para integrar a relação processual 
D- Que seja julgado procedente o pedido para declarar a anulação do negócio jurídico; 
E- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu nas custas processuais e nos 
honorários advocatícios. 
 
V - PROVAS 
Requer a produção das provas documentais, depoimento pessoal, testemunhal e daquelas que 
se fizerem necessárias no curso da instrução processual. 
 
VI - VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
Pede deferimento. 
 
XXX, XX de XXX de XXX. 
 
Nome do Advogado XXX 
OAB/ XXX/XXX 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVIL DA COMARCA DE 
MACAÉ/RJ 
 
Gerson, brasileiro, solteiro, médico, inscrito no CPF xxxxxxxxxxxxxx, endereço eletrônico, 
residente e domiciliado: Vitória/ES. Representado pelo seu Advogado,xxxxx OAB/RJ 
xxxxxxxxxxxx, domiciliado xxxxx, endereço eletrônico, para fins do artigo 319, II e art. 77, V do 
CPC. Vem a presença de V.Exª. propor a presente demanda. 
 
Ação Pauliana ou Ação revocatória. 
Procedimento: 
Ação comum, em face do réu: Bernardo, Viúvo, profissão, CPF xxxxxxxxxxxxx, endereço 
eletrônico, residente e domiciliado: Salvador/BA. de acordo com o art. 319, II CPC. 
 
Mediação (quando tem vinculo Ex: parentes) / conciliação (não conhece): 
 
Procedimento a inclusão de mediação e conciliação segundo o art 319, VII, CPC. 
 
Fatos: 
O Autor Gerson declara e comprova uma dívida em nota promissória no valor de 80,000,00 
(oitenta mil reais), já vencida em 10 de outubro de 2016, em face do Réu Bernardo. Dias após o 
vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, o Réu efetuou uma doação de seus 
imóveis localizados na cidade de Aracruz e outro localizado em Linhares ambos no Espirito 
Santo, no valor de 300,000,00 (trezentos mil reais), para sua filha Janaina, menor Impúbere, 
residente em Macaé/RJ com sua genitora. 
No contrato de doação inseriu uma cláusula de usufruto em favor do próprio Réu Bernardo, além 
da cláusula de incomunicabilidade, conforme consta na certidão de ônus reais. Cumpre-se 
salientar que as dívidas do réu, ultrapassam a soma de 400,000,00 (quatrocentos mil reais), 
sendo certo que o imóvel doado para sua filha impúbere está alugado para terceiros. 
 
Fundamentos: 
Diante dos fatos exposto, sendo de má-fé (art 104, I, II, cc) do réu em esvaziar o patrimônio para 
tentar defraudar, para o não pagamento da dívida com o autor, (art 159 CC) sendo assim peço a 
anulação do negócio jurídico (doação), art 171, I, II CC, pela violação do vício da boa-fé objetiva 
(art 113, cc), visando de má-fé enganar a parte autora (art 161, cc). 
 
Pedido: 
Diante dos fatos expostos, peço requerimento a Vossa Excelência, a designação de audiência 
de mediação e conciliação. 
A citação da parte ré, para integralizar a presente demanda. 
Seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico celebrado entre as partes ré 
Bernardo e sua filha. 
 
A condenação do ônus da sucumbência. 
Requerimento: 
Art. 369, CPC. 
Reter folhas de prova admitidas e documento testemunhal e pessoal. 
Valor da causa: (art. 292, II, CPC) - Dá-se a causa r$ 300,000,00 (trezentos mil reais). 
 
	PRATICA SIMULADA I
	CASO CONCRETO:

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