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Adequação do meio bucal

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Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
Aula 04.03 – Adequação do meio bucal 
Pré-clínica I 
 
◌ Adequação do meio bucal: “Conjunto de 
medidas para a recuperação do equilíbrio 
biológico perdido, baseado na fisiologia atual de 
Promoção de Saúde. Compreendendo medidas 
de prevenção e controle direcionado às doenças 
cáries e doença periodontal, a fim de reintegrar 
a cavidade oral as condições de normalidade e 
reduzir a possibilidade de novas enfermidades”. 
 
Caso clínico: 
- Padrão de higiene ruim; 
- Consumo frequente de biscoitos chocolates e 
refrigerantes 
- Biofilme 
- Sangramento gengival 
- Raízes residuais 
- Lesões de cárie (manchas brancas e 
cavitações) 
 
▪ Transição do processo saúde-doença que se 
inicia por conta desse acúmulo de biofilme: 
Mudança de composição (biofilme) → 
Metabolismo das bactérias → Desequilíbrio do 
processo DES-RE → Incidência da carie → 
Doença periodontal 
▪ A lesão pode ser observada mesmo sem 
secagem; 
▪ Se observa superfície com micro cavidades e 
porosidades aumentadas com a lesão de 
subsuperfície mais pronunciada que a superfície 
externa; 
▪ Evidências clinicas de perda de superfície. Os 
espaços intercristalinos estão alongados (com 
maior porosidade). 
▪ Inflamação pulpar e esclerose dentinária 
(hipermineralização, forma de proteção do 
organismo) 
Para estabelecer um diagnóstico correto é 
necessário: plano de tratamento abrangente + 
princípios de promoção de saúde e medidas 
preventivas. 
 
 
◌ O que fazer? 
• Conscientização da doença cárie 
• Controle de fatores etiológicos 
(atividade cariogênica): escovação, 
frequência, hábitos de alimentação 
• Reversão do quadro de risco, 
eliminando os fatores retentivos de 
placa 
• Criar condições para o paciente 
controlar a higiene bucal 
• Reeducação do paciente previamente 
ao tratamento restaurador 
• Promoção de saúde (orientação, 
instrução) 
• Proservação (acompanhamento do 
paciente, rotina controlada de maneira 
planejada e caso haja aparecimento de 
cárie, o CD conseguir interferir cedo) 
 
◌ O que está envolvido na adequação do meio 
bucal? 
✓ Raspagem supragengival 
✓ Profilaxia Profissional 
✓ Escavação em massa 
✓ Extração dos restos radiculares 
 
 Raspagem supragengival 
▪ Superfície lisa e polida 
▪ Facilita remoção de placa 
▪ Reduz quantidade de bactérias 
▪ Remoção a estrutura porosa (biofilme 
calcificado), que é um dos maiores fatores 
acumuladores de biofilme. 
▪ Instrumental utilizados: curetas tipo Gracey; 
foices; ultrassom (cálculo muito remineralizado, 
de difícil remoção) 
▪ Estabelecimento da saúde periodontal, facilita 
os procedimentos restauradores e fornece mais 
previsibilidade da odontologia restauradora. 
Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
▪ Nenhum material restaurador tem boa adesão 
se tiver pontos de sangue (o que ocorre em uma 
boca não saudável) 
 
 Profilaxia Profissional 
▪ Material utilizado: caneta de baixa rotação e 
contra-ângulo 
Escovas de Robson: superfícies oclusais 
Taça de borracha: superfícies lisas (é 
menos agressiva no tecido periodontal) 
▪ Pedra-Pomes: antes de procedimento 
restaurador (mais abrasivo) 
▪ Pasta Profilática: utilizada antes de exames 
(diagnóstico) e após raspagem supragengival; 
(possui componente gorduroso, que pode 
interferir na adesão de materiais). 
▪ Fio dental: desorganiza e remove a placa 
interproximal 
▪ Escova interdental: pacientes com doença 
periodontal avançada/moderadas, com espaços 
interdentais aumentados e superfície radicular 
exposta 
▪ Escova unitufo: indicado para locais de difícil 
acesso 
▪ Massa bacteriana: deposição continua sobre a 
superfície dental 
 
 
 
Fase adequação: diagnóstico de cárie, raspagem 
supragengival, profilaxia, IHO 
 
 Escavação em massa 
▪ Reduzir infecção cariogênica e o número de 
colônias presentes na cavidade bucal 
▪ Realizada quando o paciente possui inúmeras 
cavidades abertas – condição de saúde bucal 
muito carente, cárie ativa em vários elementos 
dentários 
▪ Quando fechar? Todas as cavidades abertas 
devem ser restauradoras provisoriamente na 1ª 
sessão, após remoção da maior quantidade 
possível de tecido cariado através da escavação 
em massa. O material restaurador não é 
definitivo, pois o foco é remover os focos de 
cárie, para “ganhar” tempo de modo que o 
paciente não perca os dentes 
▪ Uso de material provisório porque é mais 
rápido; diferente da resina composta 
(necessário isolamento) 
▪ Na escavação em massa, as lesões cariosas 
devem ser fechadas com materiais provisórios, 
evitando a progressão da lesão e a sensibilidade 
dolorosa até o momento de confeccionar a 
restauração. 
- Manchas brancas: fluorterapia 
- Lesões de carie: escavação em massa 
◌ Escavação em massa: remoção da cárie com 
cureta de dentina (também chamada colher de 
dentina); brocas de aço Carbide (baixa rotação) 
 
Não se usa ponta diamantada e alta rotação 
para remoção de cárie. 
Ponta – desgasta; broca – corta. 
▪ Remoção de cárie: você tem que cortar, então 
usa broca em baixa rotação! 
▪ Ponta: polimento, bisel. 
▪ A broca é compatível com o tamanho da 
cavidade; Ex.: CA4 – cavidade pequena; 
CA6/CA8 (cavidades maiores) 
 
Materiais utilizados para restaurações 
provisórias: 
1. CIV (CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO 
CONVENCIONAIS) 
 
Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
Vantagens: adesividade a estrutura, liberação 
de flúor; biocompatibilidade, coeficiente de 
expansão térmica similar ao dente 
Desvantagens: baixa resistência ao desgaste; 
estética inferior/opacidade; baixa resistência à 
compressão/tração 
▪ É um material provisório: entre 45-60 dias 
Como o CIV tem alta adesividade com o dente, 
com o passar do tempo ele não vai 
“desgrudar/cair”, porém vai quebrar (não tem 
resistência) 
▪ Tempo de presa: 24-48h 
▪ Isolamento campo operatório (sangue ou 
saliva – impedirá forte adesão; estética 
interferida) → No caso da escavação em massa 
não precisa fazer o isolamento! 
 
2. CIMENTOS À BASE DE OXIDO DE ZINCO E 
EUGENOL (IRM) 
▪ É compatível com o amalgama; e não é 
compatível com a resina composta (que é 
principal material restaurador definitivo, então 
é necessário fazer a sua remoção em casos que 
opte por resina) – devido a odontologia 
conservadora, está entrando em desuso. 
▪ Fácil manipulação e baixo custo 
▪ É antibactericida, em casos de sintomatologia 
dolorosa é indicado em casos de urgência 
 
 Fluoretação 
▪ Controle compensatório do ciclo DES-RE 
▪ Diminui a velocidade de perda e estimula a 
reposição mineral 
▪ Flúor: pH crítico no esmalte 4,5
 
 Recontorno e repolimento das 
restaurações 
Quando o paciente possui restaurações em 
excesso/rugosa, que se torna um fator retentivo de 
cárie 
▪ Retenção dos ninchos retentivos da placa 
▪ Remoção dos excessos 
▪ Facilitar a inspeção visual das margens 
 
 
PLANO DE TRATAMENTO 
◌ O plano de tratamento é uma lista ordenada 
dos procedimentos visando atender as 
necessidades e exigências do paciente. A meta é 
erradicar a doença, restaurar a função e 
prevenir o surgimento da doença. 
Existe um plano ideal para cada paciente: 
• Baixo risco de desenvolver (sem atividade 
da doença); 
• Baixo risco de desenvolver (com atividade 
da doença); 
• Alto risco de desenvolver (sem atividade da 
doença); 
• Alto risco de desenvolver (com atividade da 
doença)* - paciente mais crítico! 
 
Risco de surgimento de novas lesões; 
Evitar a progressão da doença; 
Facilitar a higienização; 
Aumentar a autoestima e melhorar a estética. 
Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
◌ Fazer diagnóstico correto das lesões: resto 
radicular, cavidade aberta, placa bacteriana, 
escavação em massa 
 
 
EAPCED Or Pro 
A partir dessa ordem que é criado o plano de 
tratamento do paciente: 
▪ E = emergência/urgência (dor) 
▪ A = adequação do meio bucal (retenção dos 
fatores retentivos de biofilme: profilaxia, 
raspagem supragengival, escavação em massa, 
remoção de restos radicular) 
▪ P = periodontia(raspagem subgengival) 
▪ C = cirurgia 
▪ E = endodontia 
▪ D = dentistica (cavidade aberta é adequação) 
▪ Or = orto 
▪ Pro = prótese

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