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INTRODUÇÃO À HISTÓRIA Professor Wicthor Cruz 4M Civilizações Primitivas 4 milhões a.C - 4 mil a.C Civilizações Antigas 4 mil a.C - 476 d.C Civilizações Medievais 476 - 1453 Civilizações Modernas 1453 - 1789 HISTÓRIA GERAL 17894 mil 476 1453 Civilizações Contemporâneas 1789 - ATUALMENTE Hoje ▪ I. ORIGEM E CONTEXTO INICIAL DA HISTÓRIA ▪ II. OBJETO E CARACTERIZAÇÕES DO ESTUDO HISTÓRICO ▪ III. AS FONTES E AS INTERPRETAÇÕES HISTÓRICAS ▪ IV. OS SUJEITOS HISTÓRICOS E SUAS RELAÇÕES COM OUTROS PROFISSIONAIS ▪ V. CORRENTES HISTÓRICAS ▪ V.I. CORRENTE POSITIVISTA ▪ V.II. CORRENTE MARXISTA ▪ V.III. ESCOLA DOS ANNALES ▪ V.IV. NOVA HISTÓRIA CULTURAL TÓPICOS DA AULA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA A palavra ‘História’ surgiu na Grécia. Atribui-se a Heródoto a criação do entendimento, por ter sido o primeiro a empregar no sentido de investigação do passado. Antes mesmo de Heródoto, os fatos destacáveis que aconteciam acabavam sendo esquecidos, pois não havia registro, tampouco noção da importância da oralidade. Percebeu-se então, a necessidade e a importância de se fazer o registro dos fatos históricos, para que os mesmos, quando reunidos, possibilitassem a estruturação e a narração dos modos de vivência de um povo. ORIGEM E CONTEXTO INICIAL Ao iniciarmos o estudo de uma nova disciplina - como no caso da História - devemos buscar compreender o seu significado. Portanto, a primeira pergunta que devemos fazer é: o que é História? Em linhas gerais, História é a ciência que estuda as ações dos seres humanos no tempo e no espaço. Os historiadores estudam o passado das pessoas, povos e nações, buscando entender melhor as decorrências e desdobramentos, que resultam no momento presente. Em História, o estudo do passado é feito a partir de um olhar do presente. Neste sentido, a partir de um olhar atual, buscamos compreender as mudanças que ocorreram desde os primórdios da civilização. A História permite entender a forma como as sociedades se organizavam, seus costumes, cotidiano, produção de riquezas e mentalidades. OBJETO E CARACTERIZAÇÕES DO ESTUDO HISTÓRICO Ainda no estudo da História, podemos fazer analogias correspondentes a múltiplos períodos históricos, onde descaracterizamos o contexto original de um personagem ou situação, e o alocamos num período diferente do seu, de modo a fazer comparações sobre os conceitos e ideias de diferentes épocas. O anacronismo é importante ao historiador, pois é mais uma ferramenta estratégica de verificação e compreensão de permanências ou ressignificações de fatos históricos. Entretanto, deve ser sempre utilizado com cautela, evitando assim, a confusão de entendimentos. Quando ainda, fazemos essas comparações de fatos históricos, é comum aos historiadores, se referenciarem nas principais manifestações, que ocorreram no passado. Tendo como primícia tais pressupostos, na prática, temos o costume de estudar maciçamente os períodos históricos definidos através da sociedade europeia. Na ação histórica, isto deve-se ao etnocentrismo (etno = etnia (grupo, povo)), que trata-se de uma visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais. Os historiadores escrevem sobre o passado (historiografia) utilizando fatos históricos e sociais e fontes, ou seja, tudo o que traz informações que servem para construção do conhecimento histórico. Para estudar o passado e compreender melhor presente, precisamos ter contato com as fontes históricas, ou seja, tudo aquilo que nos traz informações sobre o passado. As fontes auxiliam na construção do conhecimento histórico, e podem ser classificadas em vários tipos, como fontes escritas, visuais, materiais e sonoras. AS FONTES HISTÓRICAS TIPO DE FONTE EXEMPLIFICAÇÃO DA FONTE ESCRITA jornais, diários, livros, letras de música VISUAL histórias em quadrinhos, pinturas, fotografias, filmes, mapas MATERIAL objetos, esculturas, vestimentas, armas, moedas, vasos, joias SONORA gravações, músicas, relatos orais A análise e a interpretação das fontes históricas exigem do historiador muita habilidade e cuidado. Uma mesma fonte pode ser interpretada de diversas maneiras. Dependendo do contexto que está localizado, de sua concepção, métodos e fontes que dispõe, o historiador pode dar ênfase, por exemplo, a aspectos econômicos, políticos ou culturais. A ênfase em um ou mais desses aspectos possibilita ao historiador construir sua própria interpretação histórica a partir do enfoque escolhido por ele. Portanto, se cada historiador faz a sua própria interpretação dos acontecimentos históricos, podemos dizer que não há uma verdade única e absoluta no estudo da História. Entretanto, cabe a assinalar que, mesmo com a variabilidade de conceitos existentes numa realidade a ser estudada, nem todas as visões postuladas são válidas. AS INTERPRETAÇÕES HISTÓRICAS Por muito tempo, foram considerados sujeitos históricos somente pessoas consideradas importantes, como reis, generais e políticos. Acreditava-se que somente esses personagens de destaque determinavam os rumos da história. Porém, nas últimas décadas, os historiadores mudaram essa concepção e passaram a ampliar o conceito de sujeito histórico. Sendo assim, sujeito histórico é toda a pessoa que, individualmente ou em grupo, participa do processo histórico. OS SUJEITOS HISTÓRICOS E SUAS RELAÇÕES COM OUTROS PROFISSIONAIS ABORDAGEM POSITIVISTA ▪ Surge em meados do séc. XIX. ▪ Sujeitos históricos são os grandes heróis. ▪ Fontes escritas são as únicas válidas. ABORDAGEM MARXISTA ▪ Surge entre os séculos XIX e XX. ▪ Sujeitos históricos são os oprimidos. ▪ Ênfase na luta de classes e economia. ESCOLA DOS ANNALES ▪ Surge em 1929, através de Marc Bloch. ▪ Revista “Anais de História”. ▪ Sujeitos históricos são pessoas comuns. ▪ As fontes históricas vão além das escritas. NOVA HISTÓRIA CULTURAL ▪ Surge na dec. 1970, com Peter Burke. ▪ Sujeitos históricos são pessoas comuns. ▪ Tudo pode ser considerado fonte histórica. CORRENTES HISTÓRICAS Essa corrente visava explicar a História através do estudo dos fatos (história factual), datas e personagens históricos considerados importantes durante o período considerado. O marxismo tenta explicar as mudanças históricas através das condições materiais, modos de produção ou disputa entre classes sociais existentes. Para essa corrente historiográfica, o estudo da História é o estudo estrutural do cotidiano (das mentalidades) de um povo, do modo como viviam, se organizavam, produziam ou se relacionavam política e socialmente. Frequentemente combina abordagens da antropologia e da história ao estudar as tradições da cultura popular (material e imaterial), em dado período e lugar. Ela não se dedica diretamente à história política ou à história oficial de países ou regiões, bem como que a cronologia não é tão relevante quanto na historiografia política. Para realizar seu trabalho na construção do conhecimento histórico, os historiadores precisam da ajuda de profissionais de outras áreas do conhecimento, como arqueólogos, sociólogos, antropólogos e geógrafos. Os arqueólogos estudam o modo de vida dos povos do passado por meio da análise de vestígios materiais por eles produzidos. Muito o que se sabe sobre as civilizações primitivas e antigas, deve-se a esses profissionais. Os sociólogos estudam as sociedades humanas e as relações que se estabelecem entre os indivíduos e os diversos grupos sociais, como a família, a escola e as associações profissionais. Os antropólogos estudam o ser humano em seus aspectos físicos e culturais, desde a sua evolução biológica até sua formação cultural, mitos, costumes e linguagem. Os geógrafos estudam as transformações que ocorrem no espaço geográfico, tanto aquelas causadas por fenômenos naturais, quanto aquelas realizadas por seres humanos. A HISTÓRIA INTERDISCIPLINAR C1: Compreender os elementos culturais que constituemas identidades. HISTÓRIA E CULTURA - CONHECENDO A COMPETÊNCIA 01 DAS CIÊNCIAS HUMANAS DO ENEM H1: Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. H2: Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H3: Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos. H4: Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura. H5: Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
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