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MEMÓRIA E HISTÓRIA ORAL

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A história oral pode ser compreendida como um campo da historiografia caracterizado por um tipo específico de pesquisa que, por meio de uma metodologia própria, “fabrica” suas fontes e reflete sobre o resultado a partir de um arcabouço conceitual e teórico específico. Sobre esse processo de “fabricação” das fontes, são feitas as seguintes afirmações:
I – Se fala em “fabricação” porque existe a construção de uma fonte histórica, que será posteriormente problematizada pelo historiador.
II – Os historiadores “fabricam” suas fontes quando não possuem nenhum outro documento para pesquisar os temas que escolheram investigar.
III – A “fabricação” das fontes pressupõe uma interação entre o pesquisador e o entrevistador, em uma relação que é construída.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
A história oral se configurou como campo historiográfico na Europa e nos Estados Unidos na metade do século XX. Já no Brasil consolidou-se a partir dos anos 1990. O desenvolvimento de pesquisas levou a problematizações metodológicas. Sobre a metodologia da história oral, assinale a alternativa correta:​​​​​​​
a) A história oral prescinde de método, pois não há como prever o conteúdo que será abordado em uma entrevista.
b) A história oral prescinde de método, pois o estabelecimento de um roteiro de perguntas engessa o pesquisador no momento da entrevista.
c) O método é fundamental para a história oral, como orientação para os pesquisadores das etapas e procedimentos de sua pesquisa, diminuindo os imprevistos.
d) O método é fundamental para a história oral, porque permite que o pesquisador realize intervenções na fala do entrevistado, identificando as falsificações e mentiras.
e) O método é fundamental para a história oral, bastando uma boa entrevista para estabelecer o fim dos procedimentos metodológicos.
A utilização das fontes orais no campo historiográfico se deu a partir da superação de determinados paradigmas, mas também pelas possibilidades de expansão de temas e desenvolvimento de novas abordagens. Sobre esse processo, são feitas as seguintes afirmações.
I – A expansão temática promovida pela história oral restringiu-se ao campo da memória e da história das emoções, sem estimular outros temas de pesquisa.
II – Com a história oral, foi possível valorizar a experiência e os sujeitos que, historicamente, eram marginalizados na historiografia, contribuindo com a perspectiva de uma “história vista de baixo”.
III – Com a expansão de temas e a realização de novas abordagens, a história oral foi compreendida como uma forma de democratização da escrita da história.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
A utilização de fontes orais pelos historiadores não foi aceita imediatamente pelo campo. Muitos acreditavam que as memórias e as percepções dos sujeitos não eram dignas de crédito como fonte histórica, em função de sua possibilidade de alteração. Porém esses antigos óbices encontram-se superados, e o campo da história oral foi legitimado na historiografia.
Sobre essas peculiaridades, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas.
(  ) A peculiaridade da fonte oral está no aspecto subjetivo dos dados apresentados, os sentidos e significados de determinados eventos, mais do que os dados sobre o evento em si.
(  ) Para invalidar a fonte oral, muitos historiadores afirmavam que, diferentemente dos documentos escritos, ela apresentava imprecisões, incongruências e erros deliberados.
(  ) Mesmo com uma maior aceitação em relação às fontes orais, seus praticantes não conseguem apresentar respostas convincentes sobre a ausência de compromisso com a verdade.
(  ) Sendo a memória o principal “material” de uma fonte oral, é preciso que o historiador saiba que essa leitura suplanta toda e qualquer interpretação historiográfica a ser desenvolvida posteriormente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
a) V – F – V – F.
b) V – V – F – F.
c) F – V – F – V.
d) F – F – V – V.
e) F – V – V – F.
Quando ocorre uma entrevista com a finalidade de construir uma fonte oral para uma pesquisa, o entrevistado, com o auxílio dos questionamentos elaborados pelo entrevistador, reflete sobre sua vida e sobre sua trajetória. Determinados aspectos dessa “avaliação retrospectiva” podem ser utilizados ou não pelo pesquisador, dependendo muito do tipo de entrevista a ser desenvolvida. Utilize a chave abaixo para assinalar se uma afirmação corresponde à “história oral de vida” ou à “história oral temática”.
I – História oral de vida
II – História oral temática
(  ) Pode ser utilizada como forma de confrontar as versões de diferentes pessoas sobre um mesmo evento.
(  ) Aborda a trajetória de vida de uma pessoa a fim de compreender suas relações e sua visão de mundo.
(  ) Concentra-se em um determinado aspecto das biografias, salientando um aspecto temático em detrimento dos demais.
(  ) Geralmente, exige maior tempo e dedicação do entrevistado e do entrevistador a fim de abordar o que considera mais significativo de sua existência.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) II – I – II – I.
b) II – II – I – I.
c) II – I – I – I.
d) I – II – I – II.
e) I – I – II – II.
Ao definir uma tipologia da consciência histórica, Jörn Rüsen organizou-a em quatro tipos distintos: tradicional, exemplar, crítica e genética. De acordo com seu pensamento, é a partir delas que o ser humano irá desenvolver argumentações para sua vida prática. 
Considerando os pressupostos teóricos, assinale a alternativa abaixo que corresponde à teoria de Rüssen sobre a consciência histórica e sua compreensão acerca da experiência do tempo e do raciocínio moral.
a) A Consciência Tradicional, em relação à experiência do tempo, não admite uma origem e repetição de um modelo cultural e de vida obrigatório. Já em relação ao raciocínio moral, a razão subjacente aos valores é um suposto efetivo que não permite o consenso sobre questões morais.
b) A Consciência Exemplar, em relação à experiência do tempo, percebe uma variedade de casos representativos, mas que não servem de regras gerais de conduta ou sistemas de valores. Já em relação ao raciocínio moral, a moralidade não é a generalidade da obrigação dos valores e sistemas de valores.
c) A Consciência Crítica, em relação à experiência do tempo, admite poucos desvios problematizadores dos modelos religiosos e de vida atuais. Já em relação ao raciocínio moral, existe uma critica aos valores dominantes, mas que não se dirige à idelogia, como estratégia do discurso moral.
d) A Consciência Tradicional, em relação à experiência do tempo, admite uma origem e repetição de um modelo social e de vida relativo. Já em relação ao raciocínio moral, a razão subjacente aos valores é um suposto efetivo que  permite o consenso sobre questões morais.
e) A Consciência Genética, em relação à experiência do tempo, admite transformações dos modelos culturais e de vida alheios em outros próprios e aceitáveis. Já em relação com o raciocínio moral, a mudança temporal  se converte em um elemento decisivo para a validade dos valores morais.
A noção de patrimônio pode ser percebida como uma forma de compreender como as sociedades relacionam-se com o seu passado, sendo possível entender esses aspectos por meio da sua preservação ou destruição.
Atualmente, o conceito de patrimônio engloba desde a preservação de bens materiais até os patrimônios intangíveis. Entretanto, sua concepção foi cunhada dentro de um contexto específico.
Em relação à conjuntura sociopolítica em que esse termo surgiu, podemos afirmar que:
a) A noção de patrimônio desenvolvida durante a Revolução Francesa, em 1789, restringiu-se apenas à concepção dos bens materiais, os quais eram de suma importância para a manutenção do governo na época e carregavam um simbolismo próprio do Antigo Regime.
b) O surgimento de um modeloburguês de Estado-Nação após a Revolução Francesa, além de provocar transformações políticas e sociais, contribuiu também para a ampliação do entendimento do “patrimônio", trazendo para a discussão a necessidade de preservação do bem público.
c) O conceito de patrimônio foi criado para atender apenas aos ensejos políticos da época, associando-se à ideia de que o “bem público” pertence exclusivamente aos governantes e, portanto, cabe a esses a sua organização e preservação.
d) A destruição patrimonial, material e simbólica provocada no período da Revolução Francesa, e seus desdobramentos posteriores, foi entendida como algo natural ao decurso momentâneo, em nada contribuindo para as discussões em torno da ideia de patrimônio.
e) A noção de patrimônio restringe-se aos elementos materiais, como prédios históricos, que devem ser resguardados e protegidos pela Secretaria de Arquitetura e órgãos responsáveis dos municípios. Outros modelos, embora também devam ser protegidos, não podem ser considerados patrimônio. 
A educação patrimonial e suas manifestações no espaço escolar podem refletir os embates e debates na sociedade em relação ao passado, perpassando elementos que articulam o saber histórico, o saber histórico escolar e a cultura histórica de uma sociedade.
​​​​​​​Nesse sentido, a discussão em torno da questão patrimonial no Brasil se deu por volta da primeira metade do século XX.
Sobre os fatores que contribuíram para acentuar esses debates, pode-se inferir que:
a) O movimento modernista propôs a criação de vários projetos em relação ao patrimônio e influenciou o novo modelo de política nacional proposto pelo Estado Novo, durante o governo do presidente Getúlio Vargas.
b) O surgimento do IPHAN, em 1937, foi o grande marco para ampliar os debates em torno do patrimônio imaterial, levantando questões como a preservação das comunidades tradicionais no Brasil.
c) As missões de pesquisas folclóricas, idealizadas por Mário de Andrade, contribuíram para a discussão em torno do patrimônio material brasileiro, uma vez que teve como objetivo catalogar os monumentos históricos do Brasil.
d) A criação do IPHAN, o movimento modernista e as missões folclóricas foram eventos que atenderam exclusivamente às necessidades eminentes do Estado Novo, que visavam à preservação do patrimônio brasileiro.
e) A noção de patrimônio, e sua necessidade de preservação, surge no Brasil no início da Primeira República, iniciada pelo presidente Campos Sales, utilizando o modelo da reforma e modernização de Paris.
O revisionismo histórico é uma ferramente utilizada para (re)escrever e alterar visões consideradas consagradas pela historiografia e pela memória coletiva. Seu uso faz parte do ofício do historiador, tornando-se necessário quando o aparato teórico e metodológico é revisto pelos historiadores. Entretanto, seu uso é amplamente debatido e criticado no meio acadêmico quando é associado a formas de expressão do negacionismo histórico.
Qual alternativa abaixo reflete o debate e problemáticas atuais desse contexto?
a) O conhecimento histórico é um saber produzido e acabado, não sendo necessário "reescrever" a História, uma vez que visões consagradas pela historiografia sustentam-se por contra própria.
b) O conhecimento sobre o passado reflete os anseios e visões da sociedade no presente, mostrando as forças contraditórias que tornam possível a interpretação anacrônica do passado.
c) É impossível obter um conhecimento verídico sobre o passado, uma vez que as fontes primárias estão repletas de preconceito dos autores que a produziram, sendo impossível qualquer forma de conhecimento histórico.
d) A História não se preocupa em demonstrar ou entender o passado, uma vez que o conhecimento de eventos passados é uma prática comum a todos os povos, não sendo necessária a organização de um campo específico para tanto.
e) O revisionismo é aliado do negacionismo, correndo risco de silenciar e falsificar o conhecimento sobre o passado, servindo a propósitos políticos e ideológicos que geralmente refletem o posicionamento de grupos dominantes.
O espaço escolar é um local privilegiado para o contato de grupos sociais com interesses distintos, organizados por meio de uma prática inclusiva e democrática. O saber histórico escolar revela as relações de forças presentes nessa sociedade e materializa as disputas de memórias.​​​​​​
Dessa forma, como o conhecimento histórico relaciona-se com essa questão?
a) O conhecimento histórico, produzido no âmbito acadêmico e apropriado pelo conhecimento histórico escolar, deve demonstrar as formas de consciência histórica na qual os indivíduos estão inseridos e refletir a representatividade dos grupos sociais e políticos.
b) A cultura dominante de uma sociedade deve ser o modelo padrão ensinado, pois a maioria deve se curvar à minoria, refletindo uma lógica matemática que ordena a sociedade e reforça os papéis sociais desempenhados pelos indivíduos e seus respectivos grupos.
c) Historicamente a formação do Brasil foi ancorada em três segmentos étnicos: o europeu-português, o africano-negro e o indígena-americano. Por isso, o saber histórico escolar deve refletir, exclusivamente, as contribuições de cada segmento para o processo de colonização brasileira.
d) No final do século XIX e início do século XX, uma nova dinâmica étnica e social foi inserida na sociedade brasileira, com a presença de imigrantes europeus, árabes e asiáticos. Entretanto, com respeito à colonização brasileira, a contribuição desses povos deve ser relativizada e amenizada.
e) A colonização brasileira organizou três grupos antagônicos que se relacionaram pacificamente por meio da habilidade nata do português em colonizar. O ensino de História do Brasil deve reforçar o caráter benéfico da colonização portuguesa e refletir a organização pacífica da nossa sociedade.
Segundo Japiassú e Marcondes (2006, p. 183-184), "memória pode ser entendida como a capacidade de relacionar um evento atual com um evento passado do mesmo tipo, portanto com uma capacidade de evocar o passado através do presente”. Que fator ou fatores relevantes apresentam-se nessa afirmação?
a) A partir do século XX, a história passou a considerar a memória como um evento de pesquisa.
b) A memória é considerada uma fonte histórica subjetiva e passível de transformações constantes.
c) Evidências históricas são produzidas na confluência entre História e Antropologia.
d) A história e a memória são mediadas por alguns elementos, como o tempo e o contexto.
e) É necessário aplicar elementos científicos para usar a memória como possibilidades de fontes históricas.
A memória, dentro da história, é o ato de lembrar, uma vez que abriga o passado e serve de abrigadouro para o presente. Assinale a alternativa correta quanto ao conceito de memória.
a) A memória, ao ser utilizada como fonte histórica, está associada à ideia de “comprovação”.
b) Os historiadores utilizam-se de fontes históricas, como a memória registrada em documentos oficiais.
c) A memória mantém o passado, uma vez que o presentifica e o ressignifica a partir das vivências da atualidade.
d) A memória pode tornar-se um documento histórico associado à historiografia da nova história.
e) As memórias históricas são fabricadas e não dadas, porque são frutos das lembranças dos seres humanos.
História e memória passaram a se revelar cada vez mais complexas. Lembrar o passado e escrever sobre ele não se apresenta como atividade inocente, como julgávamos até bem pouco tempo atrás. Por que tanto as histórias quanto as memórias são consideradas subjetivas?
a) Porque as histórias e as memórias passam por um processo de seleção, interpretação e distorção imparciais.
b) Porque as memórias são contadas por indivíduos que são subjetivos. Dessa forma, a história seleciona, analisa e considera todos os elementos que possam interferir no fato histórico.
c) Porque as memórias são obras de sujeitos isolados.
d) Porque, embora sejam os indivíduos que lembram, no sentido literal da expressão, são os grupos sociais que determinam o que é“memorável”.
e) Porque os indivíduos se identificam com os acontecimentos públicos relevantes para o seu grupo.
O esquecimento é o que marca a vulnerabilidade de nossa condição histórica. Há esquecimento onde houve marca, por isso que esquecimento relaciona com a memória e a fidelidade ao passado, sendo seu polo oposto. O esquecido não é só o inimigo da memória e da história, há uma figura positiva do esquecido, o “esquecido de reserva”, que constitui um recurso irredutível e “reversível” a qualquer balanço de fiabilidade com o passado, por meio da memória ou da história. Qual é a função da história diante do esquecimento?
a) A memória não é imparcial e até o esquecido deve ser analisado para discutir a sua intencionalidade.
b) A história deve respeitar a hermenêutica da condição de que seres humanos são relacionados à memória e ao esquecimento.
c) Historiadores do tempo presente não podem negligenciar o potencial da memória registrada.
d) A história deve dedicar-se à seleção de fontes primárias e secundárias.
e) O historiador torna-se responsável pela análise e dissociação da memória documentada.
A memória no contexto da história é voltada à representatividade de fatos passados aos quais são atribuídos significados pela sociedade. Por isso, a memória poderá ser utilizada como possibilidade de pesquisa. Por que a história é a forma científica que assume a memória?
a) A memória corresponde muito habitualmente a um processo parcial e limitado de lembrar fatos passados.
b) A memória, um tanto ambiguamente, seria ao mesmo tempo estática e imprecisa, parcial e distorcida, passiva e não criadora.
c) A memória é uma incerteza subjetiva marcada de lembranças questionáveis.
d) A memória é a vida, sempre carregada por grupos vivos, e, nesse sentido, ela está em permanente evolução.
e) A história faz a seleção, compara, analisa e documenta os fatos, representados em fragmentos de algo que seja considerado como simbólico por indivíduos que são parte de uma determinada sociedade.
.
Leia atentamente:
“História oral é um conjunto de procedimentos que se inicia com a elaboração de um projeto e que continua com o estabelecimento de um grupo de pessoas a serem entrevistadas. O projeto prevê: planejamento da condução das gravações com definição de locais, tempo de duração e demais fatores ambientais; transcrição e estabelecimento de textos; conferência do produto escrito; autorização para o uso; arquivamento e, sempre que possível, a publicação dos resultados que devem, em primeiro lugar, voltar ao grupo que gerou as entrevistas”. (MEIHY; HOLANDA, 2007, p.15).
Mediante o exposto, identifique uma das principais características da história oral apresentada no trecho de forma implícita.
a) A história oral pode ser traduzida como um recurso moderno, passível de ser usado para a elaboração de documentos, e é sempre uma história do tempo passado, também reconhecida como história viva.
b) Em essência, a história oral ocorre por meio de conversas com pessoas sobre a experiência e a memória coletiva e ainda por meio do impacto que estas tiveram na vida de cada um. 
c) A história oral é a designação dada ao conjunto de técnicas utilizadas para a fonte oral e a utilização de memórias gravadas para servirem de fonte primária a historiadores e cientistas sociais.
d) Entendida como metodologia, a história oral remete a uma dimensão técnica e a uma dimensão teórica. Esta última evidentemente a transcende e concerne à disciplina histórica como um todo.
e) A história oral é uma metodologia de pesquisa e de constituição de fontes para o estudo da história contemporânea surgida em meados do século XX, após a invenção do gravador de fita, podendo ser sintetizada como sinônimo de fonte oral.
Os manuais que tratam de métodos de pesquisa trazem funções e sequências de procedimentos para que a pesquisa auxilie o pesquisador na conquista de seus objetivos. Nesse sentido, a história oral é “(...) um procedimento metodológico que busca, pela construção de fontes e documentos, registrar, através de narrativas induzidas e estimuladas, testemunhos, versões e interpretações” (DELGADO, 2006, p.15, apud ALMEIDA, 2012).
Considerando esse excerto, qual deve ser a premissa norteadora da pesquisa historiográfica?
a) As fontes diferenciadas observadas por perspectivas distintas, visto oferecerem possibilidades para focar as controvérsias, inevitáveis num processo de pesquisa.
b) O debate epistemológico, visto como uma necessidade para empreender atividades de pesquisa, como, por exemplo, coletar e analisar as informações pertinentes, para transformá-las em conhecimentos e saberes históricos.
c) A estratégia metodológica, pois dá base à produção de fontes oriundas de depoimentos. A ideia é tratar reuniões formais ou informais como alternativas à entrevista de história oral.
d) A necessidade de uma visão empírica e o reconhecimento de que nenhum método é perfeito, ainda que reconhecido pelos meios acadêmicos.
e) O conceito de história, o qual compreende tudo aquilo que faz com que um período se distinga dos outros.
A história oral, ao longo tempo, recebeu várias críticas. De acordo com Santhiago (2008, p. 36), "entre as questões levantadas, criticava-se principalmente: 1) o fato de um depoimento pessoal jamais ser representativo de uma época ou grupo e trabalhar com uma seletividade não fundada em bases científicas; 2) a falta de confiança em dados transmitidos pela oralidade – que seria, por natureza, falível e subjetiva; 3) a falta do distanciamento necessário à objetividade da pesquisa".
Como os teóricos defensores da história oral argumentam sobre essa questão?
a) Os teóricos defendem que é possível comprovar a confiabilidade de cada depoimento por meio técnicas de coletas de dados quantitativos que demonstrem e provam a veracidade das informações conforme o objeto de estudo.
b) Os teóricos defendem que há maneiras de se comprovar a confiabilidade de cada depoimento e que todas as experiências individuais são históricas. Assim, a história oral prestigia o sujeito dentro de seu grupo, como agente histórico. 
c) Os teóricos defendem que a história deve fazer-se por meio dos documentos escritos, com tudo o que o engenho do historiador pode permitir-lhe usar para fabricar o seu documento. Na falta de depoimentos, deve-se buscar o registro da história oficial.
d) Os teóricos defendem que são sinônimas as expressões “história oral” e “fontes orais”, vistas como possibilidade acessória de complementação e de preenchimento de lacunas acerca de fatos desconhecidos.
e) Os teóricos defendem que a criação da fonte oral é apenas uma das etapas da história oral e, paralelamente, que, se utilizada como subsidiária em outro tipo de trabalho, é apenas fonte, e não história.
Na perspectiva da história oral, a fonte oral pode acrescentar uma dimensão viva, trazendo novas perspectivas à historiografia, pois o historiador, muitas vezes, necessita de documentos variados, não apenas os escritos. Esse processo é perceptível na evolução de uma prática importante que compõe parte da historiografia contemporânea.
Nesse contexto, que elemento torna-se centro de estudo da fonte oral para responder a dimensão viva da história contemporânea? ​​​​​​​
a) A história oral centra-se na memória humana e sua capacidade de rememorar o passado enquanto testemunha do vivido. Pode-se entender a memória como a presença do passado com fragmentos representativos desse mesmo passado.
b) A história oral pode dar grande contribuição para o resgate da memória nacional, mostrando-se um método bastante promissor para a realização de pesquisa em diferentes áreas, principalmente para a área da história.
c) A história oral apenas pode ser empregada em pesquisas sobre temas contemporâneos, ocorridos em um passado não muito remoto, pois o entrevistado precisa lembrar-se dos fatos para relatar.
d) A história oral centra-se na entrevista do indivíduo inserido em um contexto familiar ou social, de tal forma que suas palavras verídicas são permeadas por inferências coletivas ou moralizantes.
e) Para a históriaoral, toda memória é coletiva e, como tal, ela constitui um elemento essencial da identidade, da percepção de si e dos outros contextualizada na sociedade que produziu essa memória do passado e rememorizada no presente. 
A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado. Porque é afetiva e mágica, a memória não se acomoda a detalhes que a confortam: ela se alimenta de lembranças vagas, telescópicas, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censuras ou projeções. A história, porque operação intelectual e laicizante, demanda análise e discursos críticos. A memória instala a lembrança no sagrado, a história a liberta e a torna sempre prosaica (...)" (NORA, 1993, p. 9).
Nesse sentido, como a história oral se posiciona quanto ao uso da fonte centralizada na memória?
a) A memória, apesar de sempre atual, apresenta precisão, pois está constantemente ajustada às crenças e ao imaginário do indivíduo, algumas vezes, até documentada oficialmente.
b) A fonte oral ​​​​​​​deve ser confrontada com outros tipos de documentação e analisada apenas como uma complementação do documento escrito nos estudos históricos.
c) No uso da fonte centralizada na memória, é necessário trabalhar com dois registros históricos de forma complementar, um pode ser o documento oficial e o outro a entrevista documentada, para que um comprove o outro quanto à veracidade dos fatos históricos.
d) A pesquisa oral permite que dados nunca registrados em documentos escritos sejam conhecidos notoriamente.
e) A memória é o objeto principal no trabalho com as fontes orais, pois o estudo é recuperado por intermédio da memória das testemunhas, e sistematizado pelo pesquisador para construção do conhecimento e novos saberes.
Qual é a contribuição intrínseca na afirmação a seguir?
“Os lugares de memória nascem como meio de lembrar incessantemente a sociedade daquilo que ela tem medo de esquecer − ou daquilo que determinado grupo não quer que se esqueça.”
a) A partir do século XX, a História passou a considerar os lugares de memória como espaços de pesquisa científica.
b) Os lugares de memória são considerados uma fonte histórica subjetiva, passível de transformações constantes.
c) Evidências históricas são produzidas na confluência entre a História e a Antropologia.
d) Os lugares de memória são essenciais para o enquadramento de uma memória oficial e para a construção da identidade de uma nação.
e) É necessário aplicar elementos científicos para usar os lugares de memória como possibilidades de fontes históricas e antropológicas.
Os lugares de memória, enquanto jogo da memória e da História, nas transformações para além da cristalização de um passado, poderão abarcar a preocupação de projetarem, também, o futuro, uma vez que os lugares de memória só vivem da sua aptidão para a metamorfose, no incessante ressaltar de seus significados e no silvado imprevisível de suas ramificações” (NORA, 1993).
Por que os lugares de memória não são lugares estáticos fechados em si, mas lugares em constante transformação?
a) Os lugares de memória estão sendo utilizados como fonte histórica, aliada ao poder de uma classe dominante.
b) Os lugares de memória são uma aparelhagem institucional com o propósito de instrumentalizar a memória a favor do poder político.
c) Os lugares de memória são lugares de transição, predispostos a uma constante transformação por conta do caráter vivo que a memória apresenta.
d) A cristalização do passado tem como mais-valia fornecer referências para que os lugares de memória sejam usados como fonte de pesquisa.
e) Os lugares de memória são espaços criados pelo indivíduo contemporâneo diante da crise dos paradigmas modernos que desafiam o homem tecnológico e digital a preservar a História.
Assim como na esfera religiosa, em que santuários e altares representam espaços que asseguram ao indivíduo o contato entre uma realidade terrena (factual) e uma realidade divina (intangível), também os lugares de memória têm essa função. 
Por que os lugares de memória apresentam essa característica?
a) Nos dois casos, são o processo de distorção da realidade vivida por um povo que pratica a sua religiosidade.
b) Estes tempos diferenciados são o presente (factual), e o passado (que também poderá ser factual quando reconstruído).
c) Porque o pensamento religioso advém da necessidade humana pelo transcendental, a necessidade de estabelecer uma relação com o sobrenatural.
d) Embora sejam comparações possíveis, no sentido literal da expressão, são situações totalmente diversas.
e) As duas situações apresentam um caráter constantemente aberto sobre a extensão de suas significações, sendo passíveis de novas mudanças.
Por que monumentos, arquivos, museus, festas, calendários e aniversários ocupam uma posição epistêmica alinhada ao princípio dos lugares de memória, tanto com relação a sítios materiais como a práticas imateriais?
a) Todos eles são marcados pela vontade de memória, ou seja, por transformarem em algo fundamental o processo de rememoração.
b) Os lugares de memória não apresentariam um valor heurístico, mas unicamente um foco de problematização dos laços de memória no contexto histórico.
c) O lugar de memória surgiu cooptado pela vontade de memória da nação, estipulado por vontade e por intencionalidade do poder político.
d) Não há necessidade de fazer a diferenciação entre os tipos de lugares de memória, os quais podem ser materiais, simbólicos e funcionais.
e) Para compreender a heurística dos lugares é preciso observar o contexto historiográfico da época em que o lugar foi construído.
São imensas as possibilidades de adjetivação e ramificação da palavra patrimônio; ele pode ser histórico, rural, arqueológico, natural, etnográfico, religioso, cultural, industrial ou imaterial, e esta abrangência marca, também, a sensibilidade e as conquistas dos defensores do patrimônio ao longo do tempo, confirmando-se assim a evolução e a consolidação do conceito de patrimônio, idealizado por quem os construiu.
Por que os lugares de memória alcançam um protagonismo imenso ao serem impulsionados pelo impacto das políticas de conservação e se tornam um recurso na gestão identitária?
a) Habitualmente, os lugares de memória correspondem a um processo parcial e limitado de lembrar rituais do passado, como bens imateriais.
b) Os lugares de memória, um tanto ambíguos, seriam ao mesmo tempo estáticos e imprecisos, parciais e distorcidos, criadores e não-criadores de identidades.
c) Os lugares de memórias são uma incerteza subjetiva marcada por lembranças questionáveis que podem ser aceitas ou refutadas.
d) Os lugares de memória estão em constante transformação, sendo sempre carregados por grupos vivos e, portanto, em permanente evolução.
e) Há a valorização da importância de saber quem o construiu e com qual intenção, fortalecendo o seu papel na construção de uma identidade nacional.
Na leitura de um texto de natureza autobiográfica, um pacto se estabelece entre o autor e o leitor, o pacto autobiográfico.
Ele é caracterizado:
a) Pela verossimilhança.
b) Pelo fato de o leitor fingir que acredita no que lê.
c) Pela identificação entre autor, narrador e personagem.
d) Pela narrativa em 1ª pessoa do narrador-personagem.
e) Pela ambiguidade entre veracidade e invenção.
O discurso histórico se pretende verdadeiro, enquanto o discurso ficcional trabalha com a ilusão do real (verossimilhança).
Mas, na contemporaneidade, muito se discute essas fronteiras porque:
a) Tanto a História quanto a Literatura são ciências e exigem pesquisas.
b) A literatura pode ser usada como fonte documental para a prática historiográfica.
c) Os dois discursos questionam e revisam os fatos históricos do passado.
d) Os dois discursos se articulam em torno do rigor metodológico no manejo dos fatos.
e) Ambos são narrativas e envolvem seleção, ênfase, apagamento e relação entre os fatos.
Os diversos gêneros literários são construídos a partir de convenções e efeitos que pretendem provocara partir de sua leitura. Os chamados textos confessionais admitem diversos gêneros, como memórias, narrativas epistolares, autobiografias, romances autobiográficos, diários íntimos, diários ficcionais e autoficção. Em relação a esses gêneros, examine as afirmativas e escolha a opção correta:
I- O pacto autobiográfico e o pacto ficcional operam nas autobiografias e nos romances autobiográficos, respectivamente.
II - A autoficcção se diferencia da autobiografia, pois a primeira narra passagens da vida do autor no tempo presente e deve ser lida como romance, enquanto a segunda narra a sua história em retrospectiva, desde as origens, e se pretende verídica.
III - Narrativas epistolares e memórias narram a história individual e personalidade do autor.
IV - Diários íntimos e diários ficcionais são exemplos de textos que se relacionam com o passado histórico.
a) I e II estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) I e IV estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) II e IV estão corretas.
O romance histórico clássico, que associa história e ficção no desenvolvimento do enredo, surgiu no século XIX com o escocês Sir Walter Scott, e tem como característica:
a) Questionar as supostas verdades históricas.
b) Usar como protagonistas personagens reais da história.
c) Representar personagens históricos e deixar os anônimos conduzirem a ação.
d) Evidenciar o caráter de construto da história.
e) Basear a narrativa na percepção individual dos fatos históricos.
A representação se apoia no conceito de contrato de veridicção, que apresenta a relação entre escritor e mundo ou, em outros termos, sujeito e objeto. Dependendo da época e sua estética dominante, esse contrato varia.
No caso do naturalismo, o contrato de veridicção pode ser entendido como:
a) Subjetivante.
b) Objetizante.
c) Semiótico.
d) Metalinguístico.
e) Idealizado.
Como qualquer outra criação humana, o patrimônio histórico-cultural tem a sua própria historicidade, transformando-se ao longo do tempo. A concepção do que é e do que não é patrimônio em determinada sociedade sempre estará ligada aos valores, às ideias e às crenças que existem nessa mesma sociedade. Afinal, são estas que determinarão os recortes temáticos que estão na base da escolha dos símbolos culturais de um povo. Entretanto, muitas vezes, essas escolhas são arbitrárias no que tange à totalidade dos grupos sociais, com o patrimônio podendo representar as aspirações de apenas um grupo social, em geral dominante.
Qual interesse pode servir à elaboração de patrimônios históricos e culturais?​​​​​​​
a) Legitimação da ordem estabelecida.
b) Preservação da totalidade histórica.
c) Formação de um patrimônio genético.
d) Criação de modelos arquitetônicos.
e) Separação entre patrimônio material e imaterial.
O conceito de patrimônio é bastante abrangente, mas pode ser dividido em duas categorias principais que englobam outras subdivisões: patrimônio material e patrimônio imaterial. O primeiro é mais fácil de definir, sendo “voltado para os testemunhos físicos do passado” (DE PAOLI, 2012, p. 151), ou seja, bens culturais tangíveis, como edificações e monumentos. Já o patrimônio imaterial é de definição mais difícil, podendo ser verdadeiramente apreendido somente quando apreciados seus registros ou seus produtos. Assim, enquanto “no patrimônio material, o mais importante são as coisas, no patrimônio imaterial, o principal são as pessoas” (CABRAL, 2018, p. 10).
Considerando essas distinções entre patrimônio material e imaterial, quais são as categorias principais do último?​​​​​​​
a) Edificações, monumentos e documentos.
b) Genético, histórico e mnemônico.
c) Representações, expressões e práticas.
d) Monumental, arquitetônico e prático.
e) Bens culturais, históricos e sociais.
Atualmente, a noção de patrimônio engloba as categorias de histórico, cultural, material, imaterial e genético. A última é a mais recente, ganhando relevância nos estudos acadêmicos nos últimos anos. Trata-se basicamente da ideia de que um país também tem como patrimônio a sua própria natureza e os seus conhecimentos tradicionais.
Tendo em vista esses dois elementos básicos para a compreensão do que é patrimônio genético, protegido por lei no Brasil, quais são os seus objetos específicos de preservação?​​​​​​​
a) Recursos genéticos.
b) História e memória.
c) Microrganismos e bioma.
d) Formas de vida vegetal.
e) Biodiversidade e povos indígenas.
A memória é um dos aspectos centrais na questão do patrimônio, tanto a de caráter individual quanto coletivo. Nessa perspectiva, emerge o conceito de “lugar de memória”, conforme utilizado pelo historiador francês Pierre Nora. O “lugar de memória” pode ser material (p. ex., arquivos), funcional (p. ex., uma associação de ex-combatentes) ou simbólico (p. ex., um minuto de silêncio). No entanto, mesmo sendo elementos tão diferentes entre si, todos podem servir como patrimônios privilegiados para a evocação de memórias.
Considerando os três lugares de memória mencionados, os quais devem ser revestidos de significados especiais para “funcionarem”, quais são os três elementos apontados por Nora que articulam memória e patrimônio?​​​​​​​
a) Tempo, lembrança e história.
b) Bens culturais, bens tangíveis e bens intangíveis.
c) Material, simbólico e funcional.
d) Imaginação, simbólico e ritual.
e) Práticas, saberes e rememoração.
O patrimônio histórico sempre está ligado a processos educativos. Por meio dos lugares de memória, museus, memoriais, monumentos ou outros espaços de cultura, o encontro com o patrimônio é o encontro com uma fonte primária que nos informa sobre determinados aspectos do passado. Por sua reelaboração no presente, o estudante tem a oportunidade de se apropriar do passado e efetuar a sua interpretação crítica. Assim, opera a chamada educação patrimonial, que educa dando sentido à passagem do tempo por meio dos legados herdados do passado.
Considerando que nem todo vestígio do passado se torna patrimônio, sendo este um recorte e uma construção intelectual, qual nome se dá ao processo que atribui sentidos a determinados objetos do passado?​​​​​​​
a) Imaginação.
b) Patrimonialização.
c) Rememoração.
d) Apropriação.
e) Culturalização.
A história, como ciência particular, apresenta importantes desafios tanto para aqueles que produzem conhecimento histórico quanto para os professores que ensinam a disciplina na educação básica. Na verdade, de acordo com a Didática da História, essa distinção não deveria ocorrer com a história enquanto ciência, devendo se aproximar da história como disciplina escolar. Tendo em vista o exposto, qual é a principal razão para a aproximação da história acadêmica da história escolar?
a) Tanto a história acadêmica quanto a história ensinada já têm um alto grau de complementaridade.
b) O processo de formação de sentido que, contudo, não torna o passado presente e proveitoso à vida.
c) A necessidade de professores compreenderem que o seu objeto de análise é o passado.
d) A busca da superação da história do tipo "historia magistra vitae".
e) A história, ao ser ensinada, tem em vista produzir conhecimento histórico que responda questões cotidianas em busca de orientações para a vida e para ações visando ao futuro.
De acordo com Rüsen (2014), a experiência do passado, ao ser interpretada e atualizada como história, faz com que venha a existir no ser humano a formação histórica de sentido. Portanto, ao adquirir essa competência interpretativa do passado, o ser humano se torna historicamente consciente, tornando-se capaz de, a partir da experiência do passado, orientar-se e motivar-se em relação ao presente e ao futuro, resultantes do aprendizado histórico. Sabendo que a consciência histórica humana pode ser construída no seio das instituições culturais, para em seguida interpretar e elaborar o passado e, finalmente, emergir no aprendizado atualizado como história, quais são os três modos de atuação da consciência histórica humana?
a) Escolar, acadêmico e reflexivo.
b) Funcional, acadêmico e pragmático.
c) Funcional, reflexivo e pragmático.
d) Acadêmico,escolar e funcional.
e) História, memória e funcional.
A consciência histórica é um fenômeno que apresenta relação direta com a identidade, pois sem ela não poderíamos perceber quem somos de fato no tempo e no espaço. Portanto, essa dimensão identitária vai emergir justamente no âmbito das memórias partilhadas historicamente. Assim, surge o sentimento de identidade, que tem a ver também com as relações de alteridade, isto é, na confrontação com o outro, a identidade se torna mais visível, mais bem definida. Desta maneira, não somente o indivíduo expressa a sua própria identidade, mas expressa, igualmente, uma identidade social, sendo ambas fruto de longos processos históricos e sociais.
A partir disso, qual é a relação entre identidade e função social da história?​​​​​​​
a) É na junção de aprendizado histórico e identidade que se pode chegar à cidadania.
b) É a partir da conexão de ambas que a sociedade pode evoluir tecnologicamente.
c) Não existe uma relação entre ambas que demonstre isso, mas sim entre identidade e tolerância.
d) A partir do aprendizado histórico da sua própria sociedade, sem contaminações externas.
e) Dentro do âmbito de história em memória com a utilização de fontes orais.
A memória pode se apresentar em duas formas principais. A primeira delas diz respeito a um fenômeno psicológico e individual, significando o ato de reter informações ou, então, da rememoração de fatos ocorridos há pouco ou há muito tempo. A memória também pode ser social, significando, com isto, as memórias partilhadas por uma determinada formação social no espaço e no tempo. Na história, a memória tem um papel importante, que é o de ajudar na criação de identidade e consciência histórica. Nesse sentido, Pierre Nora (1993) salienta o conceito de "lugares de memória", que é fundamental para entendermos essas relações.
Quais são os aspectos coexistentes de lugares de memória aos quais o autor se refere?​​​​​​​
a) Símbolos, monumentos e materiais.
b) Simbólico, funcional e imaterial.
c) Material, imaterial e simbólico.
d) Material, simbólico e funcional.
e) Imaterial, concreto e funcional.
O aprendizado histórico surge como uma das expressões da consciência histórica, sendo um dos processos essenciais da sociabilidade e individualidade humana. Ao ser experienciado e interpretado, o passado determina de que forma o presente será compreendido e a partir daí as formas às quais a antecipação do futuro poderá assumir. Eis aí a grande importância que ganha o ensino de história, havendo a necessidade de formação sólida dos professores, de modo que eles possam estabelecer pontes entre os seus alunos e as suas identidades.
Como ocorre esse processo?​​​​​​​
a) A consciência histórica é desenvolvida individualmente e apresenta, assim, a capacidade de explicar o presente.
b) A partir da experiência do passado, este é interpretado, tornando o presente inteligível e conferindo-lhe expectativas para o futuro.
c) Ao se deparar com a experiência do passado atualizada com a informação no presente, o indivíduo se torna autossuficiente.
d) As memórias só podem existir em sociedades que têm escrita, de forma que existam escolas para a promoção da consciência histórica.
e) Dentre as novas tecnologias da informação, a capacidade de memória é um dos maiores destaques na preservação da história.
Os museus históricos podem ter diferentes funções nas sociedades: local de invenção de tradições, de conformação de identidades, de elaboração de narrativas históricas e memoriais, etc. Para muitos, seria uma instituição obsoleta em relação ao nosso tempo. Quanto a essa “obsolescência”, assinale a alternativa correta:​​​​​​​
a) Ela se relaciona com a ausência de exploração das novas tecnologias nos espaços museais, com a relutância na digitalização ou virtualização das coleções e exposições, o que é considerado o futuro dos museus. 
b) Ela se relaciona com as novas narrativas museais que, ao promover a diversidade e a pluralidade, fizeram com que o museu perdesse sua função como local difusor de uma unidade e de um discurso homogeneizador.
c) Ela se relacionaria com a nossa vivência temporal e com o interesse pelo novo, mas não implicaria na extinção dos museus, pois as narrativas sobre o passado seguem cumprindo funções importantes em nossas sociedades.
d) Ela se relaciona com a falência da possibilidade de compreender os museus como um espaço de ensino e de aprendizagem, já que as pessoas que frequentam esses espaços não estão interessadas em sua função pedagógica.
e) Ela se relaciona com a crítica da noção de preservação que busca “congelar” um determinado passado, considerada ultrapassada nas áreas das humanidades, que defendem a ausência de preservação patrimonial.
Diferentes pesquisadores das mais diversas áreas das humanidades exploram a história dos museus a partir do viés antropológico, histórico, museológico ou sociológico dessas instituições. Sobre a história dos museus, analise as seguintes afirmações:
I- Os museus na contemporaneidade mantêm o aspecto de museum da antiguidade grega, congregando no mesmo espaço todas as artes.
II- Com a modernidade, as funções dos museus foram alteradas, buscando a preservação das coleções privadas em detrimento da ampliação do espaço público.
III- É a partir dos séculos XVIII e XIX que os museus assumem a função de preservação frente à experiência de aceleração temporal e de construção de uma identidade com a formação dos Estados-nação.
Assinale a alternativa correta:
a) I
b) II.
c) III.
d) I e II.
 
Ainda que a ideia de museu como um prédio antigo, lotado de coleções e com exposições permanentes possa predominar no imaginário da população, hoje em dia os museus se caracterizam por uma diversidade bastante grande. Sobre a tipologia dos museus, classifique as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
(  ) Os museus se diferem apenas pelos objetos que constituem suas coleções, já que devem estar preservados e resguardados em prédios específicos.
(  ) Os museus históricos tinham como objetivo despertar sentimentos de pertencimento e transmitir certa história, identidade e memória para as novas gerações.
(  ) As diferenças existentes entre os museus nos dias de hoje demonstram que as definições de museu e de patrimônio se alteram ao longo do tempo e guardam relações com outras transformações ocorridas nas sociedades
(  ) Existem museus que não se localizam em uma construção arquitetônica específica, como os espaços musealizados, tais como determinadas cidades ou paisagens naturais.
Assinale a ordem correta:
a) F, V, V, V.
b) F, V, F, V.
c) F, V, V, F.
d) V, F, V, F.
e) V, V, F, V.
Atualmente, existem quase 4 mil museus no Brasil, de muitos tipos diferentes. Esses museus estabelecem uma relação bastante específica com o patrimônio cultural e os bens materiais e imateriais brasileiros. Sobre essa relação, analise as afirmações a seguir:
I- A diversidade tipológica de museus explicita uma ampliação na definição de patrimônio e a compreensão da necessidade de preservar e transmitir certas dimensões da cultura anteriormente não valorizadas.
II- A diversificação dos museus também atende a dimensões econômicas, com a possibilidade de sua exploração para o desenvolvimento regional por meio do turismo cultural.
III- Mesmo com o surgimento de diferentes tipos de museus, não houve uma alteração na narrativa homogeneizante que se busca com essas instituições.
Assinale a alternativa correta:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
No preâmbulo do documento da Unesco intitulado Recomendação referente à proteção e promoção dos museus e coleções, sua diversidade e seu papel na sociedade, de 2015, encontramos o seguinte trecho:
“Afirmando que a preservação, estudo e transmissão do patrimônio cultural e natural, tangível e intangível, em condições móveis e imóveis, são de grande importância para as sociedades, para o diálogo intercultural entre os povos, para a coesão social, e para o desenvolvimento sustentável”.
Nesse sentido, podemos afirmar que:
a) os museus seriam instituições que poderiampromover as ações explicitadas no trecho, pois coadunam com suas funções pedagógicas e sociais.
b) os museus seriam instituições que poderiam promover as ações explicitadas no trecho, pois suas funções limitam-se à conservação e ao colecionismo.
c) os museus seriam instituições que poderiam promover as ações explicitadas no trecho, pois não diferem em nada das escolas enquanto espaços educativos.
d) os museus não seriam instituições que poderiam promover as ações explicitadas no trecho, pois somente as escolas podem desempenhar as funções cidadãs e pedagógicas.
e) os museus não seriam instituições que poderiam promover as ações explicitadas no trecho, pois suas funções limitam-se à conservação e ao colecionismo.
"Uma alusão às teorias pitagóricas ajuda a auscultar o sentido vitruviano da proporção, da comensurabilidade, do módulo. Aliás, os antecedentes gregos estão sempre patentes em toda a obra, revelando uma preocupação constante em ter diante dos olhos as formas helênicas na procura de novas soluções no contexto romano. Daí sua constante referência aos gregos e aos antigos. Ao discorrer sobre o foro, o teatro, a palestra e os pórticos das termas, distingue-se sempre o que é e o que não é da consuetudo italica. O texto trai muitas vezes essa admiração pelas construções gregas, especificamente quando se descreve o teatro grego e a palestra" (VITRÚVIO, 2007, p. 42).
A partir da interpretação do texto, é possível dizer que a arquitetura romana:
a) adaptou o estilo grego com o desenvolvimento tecnológico baseado, também, nos interesses políticos.
b) se desvencilhou do estilo grego por procurar alternativas à arquitetura sacra e enfatizar a urbanização.
c) se manteve contrária às manifestações artísticas, como teatro e arenas, por procurar projetar edifícios proporcionais.
d) se manteve distante da influência grega devido às diferenças temporais entre as épocas.
e) adaptou o estilo bizantino, que amalgamava o grego com a cultura persa, tornando-se exemplo arquitetônico durante muito tempo.
"Sabe-se que o período colonial foi o momento escolhido a partir de finais da década de 1920 para marcar a gênese da arquitetura nacional. Além disso, apresentou-se para a crítica modernista como o impulso necessário para a evolução das tipologias edilícias brasileiras, processo que se encerraria com a eclosão do “espírito” moderno: a partir da experiência luso-brasileira, a arquitetura se desenvolveria coerentemente durante séculos, até a consolidação das concepções racionalistas na década de 30 – com apenas um lapso de tempo (supostamente sem qualquer significância para a história da arquitetura) balizado pelo período eclético" (BAETA, 2003, p. 36).
A partir da análise do texto e do seu conhecimento sobre a história da arquitetura brasileira, assinale a alternativa correta.
a) O estilo eclético foi considerado uma manifestação artística que condensa características tidas como identitárias.
b) A arquitetura modernista surgiu atrelada ao estilo eclético devido ao desenvolvimento tecnológico que o conecta.
c) Uma das características do período modernista foi a crítica ao estilo eclético e tudo o que ele representa para a arte brasileira.
d) O modernismo foi um movimento pluriartístico que se entendia como único na história brasileira, além de ser genuinamente nacional.
e) O neocolonial foi o estilo criticado pelos modernistas devido aos ornamentos frívolos e desnecessários das edificações.
"Concluindo, a interpretação funcionalista, em seu duplo significado utilitário e tecnicista, é fruto de uma inibição mental que, nascida da polêmica contra 'a arte pela arte', insígnia da não arte tradicionalista, na apologia do mundo industrial moderno e dos fins imanentes e sociais da arquitetura, não fez mais do que escolher o outro termo desse binômio – arte e técnica – em que se quis desintegrar, desde os mais antigos tratadistas, a produção arquitetônica" (ZEVI, 1996, p. 152).
Assinale a alternativa correta.
a) A arquitetura tem a sua definição pautada no utilitarismo, significado primeiro de qualquer edificação.
b) A definição de arquitetura é complexa, pois engloba diversas manifestações artísticas e científicas.
c) A produção arquitetônica apresenta características fixas que são ecoadas ao longo do tempo.
d) O funcionalismo da arquitetura é uma interpretação contemporânea, haja vista que as análises priorizavam as atividades humanas.
e) Um exemplo da arquitetura funcionalista é o estilo moderno brasileiro, que despe o edifício de adornos e produções artísticas.
"Primeiramente, definiu-se o traçado urbano. São Paulo talvez seja, com duas ou três outras cidades do vale do Tietê, um dos raros centros urbanos a ter sua planta decorrente do sistema estrutural único de suas construções. Como sabemos, a taipa é altamente erodível e daí a necessidade das casas estarem em terraplenos livres das enxurradas. E daí, também, as ruas planas, traçadas, por conveniência, ao longo das curvas de nível. A capital paulista, antigamente, era uma cidade sem ladeiras construídas" (LEMOS, 1989, p. 44).
Sobre o partido arquitetônico, não faz parte dos elementos constitutivos:
a) o clima.
b) a topografia.
c) a legislação.
d) a técnica construtiva.
e) o plano arquitetônico. 
 "Consoante o argumento central da Carta de Atenas (1933) — cujo eixo fundamentava-se na manutenção da qualidade de vida dos habitantes da cidade —, os arquitetos também aconselhavam que a conservação de velhos bairros pitorescos não prescindisse às regras de justiça social nem as de salubridade da moradia da qual julgavam depender o bem-estar e a saúde moral do indivíduo. Assim, sugeriam enfaticamente que não fossem empregados estilos do passado (sob pretextos estéticos) nas novas construções erigidas nas zonas históricas e indicavam a destruição de cortiços ao redor dos monumentos e subsequente criação de áreas verdes nos seus entornos" (PELEGRINI, 2006, p. 57).
​​​​​​​Assinale a alternativa correta.
a) Levando em consideração a Carta de Atenas, o Sphan definiu a política de preservação e restauração dos edifícios coloniais.
b) A Carta de Atenas foi a base argumentativa de Luís Saia para iniciar o processo de intervenção nos edifícios coloniais.
c) A Carta de Atenas discorre sobre a conservação e a preservação dos monumentos históricos e defende a não intervenção.
d) A reforma urbana do Rio de Janeiro, ao derrubar os cortiços e os prédios coloniais, obedeceu aos preceitos da Carta de Atenas.
e) A Carta de Atenas enfatizou as políticas preservacionistas de centros históricos europeus, que sofriam com o crescimento urbano.
Em 1906, François Simiand sistematizou em seu livro Método histórico e ciência social várias críticas à História que já vinham desde fins do século XIX. Basicamente, eram uma crítica ao personalismo (preocupação com grandes nomes) e à busca pelas origens dentro dos trabalhos produzidos pelos historiadores da época. Como a proposta de História Total de Febvre e Bloch servia como resposta a essas críticas? 
a) Estabelecendo uma História vista de baixo, analisando o perfil e a ideias das classes subalternas, travando fortes diálogos com a antropologia, a sociologia e outras ciências sociais, e também adaptando as metodologias dessas ciências à abordagem da História.
b) Preocupando-se, por exemplo, com grandes estruturas de crença e fazendo uma História que privilegiava mais o funcionamento da sociedade do que se preocupava com biografias ou grandes fatos, tentando fazer uma espécie de Psicologia Social.
c) Buscando uma abordagem que privilegiasse análises de grande duração e um diálogo com a geografia, a economia e a estatística, em uma concepção de tempo quase imóvel, tentando adaptar uma análise estrutural à pesquisa histórica como forma de identificar estruturas atemporais.
d) Uma abordagem tentando analisar pequenos casos e as suas relações com contextos maiores, em uma abordagem que privilegiasse o diálogo com a literatura e a antropologia, tentando, assim, estabelecer uma relação entre contextos macro e micro.
e) Uma abordagem que resgatasse o caráterde narrativa/literatura da História, mas sem perder o rigor científico, estabelecendo diálogos com a semiótica e a antropologia, porém admitindo os limites da História em construir uma narrativa científica de acordo com a documentação da época disponível.
Uma abordagem que resgatasse o caráter de narrativa/literatura da História, mas sem perder o rigor científico, estabelecendo diálogos com a semiótica e a antropologia, porém admitindo os limites da História em construir uma narrativa científica de acordo com a documentação da época disponível.
a) que a História era prisioneira de três ídolos: a origem, a biografia e a nação, e por isso as suas análises eram limitadas e pouco científicas.
b) que a sua análise não dava conta de compreender as classes subalternas da sociedade.
c) que ela não dava conta de grandes estruturas de crença e valores, que serviam como elemento de organização da sociedade.
d) que suas análises só serviam para educar as classes dominantes e propagandear sentimentos nacionalistas.
e) que a História era "prisioneira do acontecimento", sendo, por isso, impossível de se conhecer grandes leis que explicassem o funcionamento da sociedade.
As manifestações de maio de 1968 representaram um grande impacto na História e nas ciências sociais. A união entre universitários e trabalhadores na França e as diversas manifestações no planeta sinalizaram uma virada de paradigma para a História. Esses acontecimentos demonstraram uma necessidade de: 
a) uma história narrativa acrítica, de caráter mais literário e que seja voltada para exaltar os grandes mitos da nação e os grandes fatos históricos, pensando na mobilização dos cidadãos do país.
b) os historiadores se apropriarem da antropologia e outras ciências sociais para compreender como funcionava a perspectiva e os valores das classes subalternas.
c) uma História voltada para a análise de grandes períodos de tempo, focada na estatística e geografia, tentando estabelecer grandes leis que expliquem o funcionamento da sociedade.
d) uma História que desse conta de criar um sentimento de nacionalidade em países divididos, mas que tivesse uma abordagem científica valorizando o documento e prezando pelo rigor metodológico, vasculhando os arquivos.
e) uma História politicamente engajada que buscasse dar conta das diversas estratégias de luta das classes subalternas ao longo do tempo e dar protagonismo a esses grupos.
A década de 1960 também foi famosa em revelar para o mundo os pensadores da New Left Review. Formada por importantes intelectuais de esquerda da Inglaterra e com uma proposta de também ter um olhar diferenciado para as classes populares, a New Left Review nasceu de um acontecimento traumático quando esses intelectuais se desligaram do Partido Comunista inglês e se uniram para criar a revista. Qual foi esse acontecimento? 
a) O bombardeio nazista na cidade de Londres.
b) A ocupação da França durante a Segunda Guerra e o governo colaboracionista de Vichy.
c) A invasão de Praga pela URSS.
d) Os protestos de maio de 1968.
e) A eleição da liberal Margaret Thatcher para o cargo de primeira ministra.
Apesar de o tocante à questão do engajamento político e da influência da teoria marxista serem diametralmente diferentes, a historiografia da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História da Terceira Geração dos Annalestinha uma importância. Além de cronologicamente contemporâneas, as duas correntes eram:
a) a busca da compreensão das classes subalternas, ainda que por meio e razões diferentes.
b) a busca por uma História nacionalista e científica que buscasse valorizar os documentos escritos, grandes fatos históricos e grandes nomes da História.
c) a busca por uma história de longa duração tentando dar conta de descobrir grandes estruturas que funcionam por eras.
d) a busca por uma História que resgata o papel de narrativa/literatura da História, mas sem perder o rigor científico.
e) a busca por uma História que relacione realidades "micro" (pequenas aldeias, vilarejos) com estruturas "macro" (Estado, Igreja, festas, etc.), tentando entender como funciona toda uma teia de valores e crenças. 
O século XIX foi definidor para a formação do mundo contemporâneo e das ciências sociais. Diversos acontecimentos mudaram a face do planeta e moldaram o mundo para uma nova realidade até então impensada.
Diante disso, pode-se afirmar que os elementos redefinidores característicos dessa época foram:
a) a consolidação da Sociologia e da Antropologia como ciências sociais e a Queda da Bastilha.
b) a publicação da revista Revue Historique e a Guerra de Independência dos Estados Unidos.
c) a Guerra Franco-Prussiana e a publicação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
d) a unificação da Alemanha e da Itália e a Guerra Franco-Prussiana.
e) a unificação da Alemanha e da Itália e o assasinato do arquiduque Francisco Ferdinando.
A noção de ciência positiva, de Auguste Comte, foi crucial para a consolidação da História como conhecimento científico. Também chamada de Positivismo, essa vertente foi extremamente importante para a sistematização das ciências sociais, como a Sociologia e a Antropologia.
Nesse sentido, tal vertente afirmava que:
a) a ciência deveria ser, acima de tudo, a investigação do real, feita a partir de observação, experimentação, comparação e classificação como métodos, buscando estudar as leis.
b) a ciência deveria ser, acima de tudo, a investigação do real, feita a partir de observação, experimentação, comparação e classificação como métodos, buscando estudar as causas.
c) a ciência deveria ser apenas mais uma entre várias outras narrativas e saberes que buscavam explicar a realidade e aceitar que o discurso desses saberes é tão válido quanto o dela.
d) a ciência deveria, acima de tudo, buscar encontrar soluções para os diversos problemas da sociedade, mais do que pura e simplesmente tentar explicá-la.
e) não importava quais fossem todos os fenômenos, sejam eles sociais, naturais ou de qualquer outra origem, estes provêm somente de um único princípio, o qual é sua explicação.
Além do Positivismo de Comte, a Escola Metódica Francesa teve muita influência do historicismo alemão. Essa corrente científica teve Leopold Von Ranke como seu principal expoente, e o periódico Historische Zeitschriftcomo principal veículo, valorizando princípios como veracidade, autenticidade e formas de análise da informação.
Nesse cenário, pode-se afirmar que os principais motivos da influência alemã na historiografia francesa foram:
a) o avanço dos problemas decorrentes da industrialização e o reconhecimento de novas metodologias aprendidas na Universidade de Berlim.
b) o reconhecimento de um modelo de história total que se preocupasse com todos os aspectos da sociedade e o avanço dos problemas decorrentes da industrialização.
c) o avanço dos problemas decorrentes da industrialização e o desejo de buscar uma história que desse conta da trajetória dos povos vencidos.
d) a derrota da França na Guerra Franco-Prussiana e o desejo de buscar um modelo historiográfico que desse conta de trabalhar com fontes materiais.
e) a derrota da França na Guerra Franco-Prussiana e o desejo de aperfeiçoar as ciências e demais saberes no país, por meio do aprendizado com os alemães.
A principal busca da Escola Metódica era fazer uma história científica, em oposição à história romântica – modelo até então vigente na época –, que estava mais ligada à literatura do que à ciência.
É correto afirmar que essa busca por modelos científicos de análise histórica resultou em um modelo historiográfico que:
a) privilegiava as fontes primárias de diversas origens (materiais, orais, escritas) como matéria-prima do trabalho do historiador, buscando fazer uma história que tentasse entender o ponto de vista de grupos marginalizados na sociedade.
b) privilegiava as fontes primárias como matéria-prima do trabalho do historiador, buscando fazer uma história com uma narrativa objetiva e neutra, privilegiando o documento e os métodos de análise como forma de comprovação.
c) privilegiava as fontes primáriascomo matéria-prima do trabalho do historiador, buscando fazer uma história total e politicamente engajada e cobrir todos os aspectos do período tratado.
d) privilegiava as fontes primárias como matéria-prima do trabalho do historiador, buscando fazer uma história com uma narrativa marxista e dar um novo tratamento para a cultura, tentando entender a luta da classe trabalhadora nos diversos períodos de tempo.
e) privilegiava as fontes primárias orais como matéria-prima do trabalho do historiador, buscando fazer história com a reprodução escrita de relatos de testemunhas oculares.
Tanto no final do século XIX quanto após a Primeira Guerra Mundial, começaram a surgir críticas à Escola Metódica, que eram provenientes de diferentes áreas do conhecimento, como cientistas sociais, que viam falhas no modelo científico da história metódica desde o início do século XX, e novos historiadores, que vinham com um novo modelo, a partir da década de 1920.
Tais críticas acusavam o modelo analítico, afirmando que:
a) seu caráter político e o modelo nacionalista foram corresponsáveis por toda a tragédia da Primeira Guerra Mundial.
b) seu caráter factual o tornava prisioneiro do acontecimento e incapaz de determinar aspectos estruturantes, o que prejudicava sua cientificidade. 
c) seu caráter excessivamente relativista acabava por negar a cientificidade da História e poderia dar magens a revisionismos perigosos.
d) seu caráter político e economicista deixava pouco espaço para abordagens de ótica cultural e dava pouca margem de ação para o livre-arbítrio humano.
e) seu caráter idealista, voltado para uma finalidade da História como "Mestra da Vida", era algo pouco científico e ultrapassado.

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