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Doenças vesiculares

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Doenças vesiculares
Júnior Mário Baltazar de Oliveira
Definição
Conjunto de enfermidades 
transmissíveis 
caracterizadas, 
principalmente, por febre, 
síndrome de claudicação e 
sialorreia, decorrente de 
lesões vesiculares nas 
regiões da boca, focinho ou 
patas, podendo também 
ser encontradas na região 
do úbere (MAPA, 2007). 
Importância
• Econômica
• Social
Doenças vesiculares
FEBRE AFTOSA
ESTOMATITE 
VESICULAR
FEBRE 
CATARRAL 
MALIGNA
DOENÇAS DAS 
MUCOSAS
LINGUA AZUL
RINOTRAQUITE 
INFECCIOSA 
BOVINA - IBR
Febre Aftosa
Último surto de 
febre aftosa em
2005
Febre aftosa
Etiologia
• Família Picornaviridae
• Gênero Aphthovirus
• Vírus da Febre Aftosa (VFA)
• Capsídeo icosaédrico não envelopado 
circundando um RNA de fita simples 
polaridade positiva
• Sensível a variações de pH (<6,8).
• Sorotipos*: A, O, C, ASIA1, SAT1, SAT2 e 
SAT3
*Um sorotipo não confere imunidade contra os demais devido a características antigênicas diferentes
Febre aftosa
Epidemiologia
• 1° doença a ter lista oficial de notificação 
pela OIE
• Normas oficiais no Brasil ➔ 1950
• Enzoótica em diferentes partes do mundo
• Último surto no Brasil➔ 2005
• Elevada transmissibilidade, infectividade 
e patogenicidade
• Potencial zoonótico*
* Humanos geralmente não apresentam manifestações clínicas da infecção.
Febre aftosa
Epidemiologia
• Via de eliminação do VFA ➔ Todas as 
secreções e excreções de animais 
infectados;
• Transmissão ➔ Contato direto 
(aerossóis)* e indireto (água, alimentos e 
fômites)
• Porta de entrada**➔Mucosas
• Suínos são considerados amplificadores 
do vírus.
* Bovinos e ovinos são particularmente susceptíveis
** 24 horas após a infecção iniciam-se os primeiros sinais clínicos
Febre aftosa
Epidemiologia
• Alta morbidade e baixa mortalidade
• VFA pode infectar animais num raio de 10 
Km do foco inicial*
• Período de incubação ➔ variar de acordo 
com o sorotipo, dose infectante, via de 
infecção e o status imunológico
- Bov. - 2 a 14 dias
- Peq. Rum - 3 a 8 dias
- Sui. – 1 a 9 dias
*VFA viável por dias e semanas no ambiente
Febre aftosa
Infecção pelo VFA
1° replicação (mucosa e tecido 
linfoide do trato respiratório 
superior)Corrente sanguínea 
livre ou associados às 
células mononucleares
Disseminação para o 
corpo
2° etapa da replicação viral (palato 
duro, língua, gengiva, espaço 
interdigital e tetos)
Lesões
Patogenia
Sinais clínicos da FA
Sinais clínicos da FA
Sinais clínicos da FA
Diagnóstico da FA
Prevenção da FA
Controle da FA
• Interdição de propriedades
• Abate sanitário
• Destino de carcaças
• Desinfecção
• Monitoramento
• Animais sentinelas
Estomatite Vesicular
Importância
• Semelhança clínica com a FA
• Barreiras sanitárias
• Quarentena impostas
• Intercâmbio comercial de animais 
e seus subprodutos
Estomatite Vesicular
Etiologia
• Família Rhabdoviridae
• Gênero Vesiculovirus
• Vírus da Estomatite Vesicular (VEV).
• Formato de projétil, RNA fita simples 
polaridade negativa, nucleocapsídeo helicoidal 
circulado por uma camada lipoproteica*
• Sorotipos:
- New Jersey (VEVNJ)
- Indiana (VEVI) ➔ três espécies distintas (VEVI 
1 – clássica, VEVI 2 – Cocal e VEVI 3 – Alagoas)
* Inativados pela luz ultra violeta, calor (56°/30m), hipoclorito de sódio a 1%, hidróxido de sódio a 2% e clorofórmio (1%). 
Não sobrevivem por longos períodos no ambiente e é estável a faixa de pH de 4 a 11.
Estomatite Vesicular
Epidemiologia
• Distribuição pelo ocidente (Américas)
• No Brasil, 1° isolamento do VEV ocorreu 
em equinos no estado de Alagoas em 
1964
• Espécies ➔ bovinos, equídeos, suínos e 
pequenos ruminantes (mais resistentes), 
animais silvestres (macacos, morcegos, 
pássaros e roedores).
• Alta morbidade e baixa mortalidade
Casos de EV no Brasil
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm
Casos de EV no Brasil em 2019
Notificações na Bahia
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm
Estomatite Vesicular
Epidemiologia
• Via de eliminação ➔ Secreções
• Modo de transmissão
- Direta: Contato com animais infectados
- Indireta: Ingestão de alimentos 
contaminados e, possivelmente, 
mosquitos*
• Porta de entrada➔Mucosas
• Período de incubação ➔ 24 a 72 horas
*Acredita-se que os mosquitos podem introduzir o VEV no rebanho
Estomatite Vesicular
Infecção pelo VEV
1° replicação nos 
queratinócitos
Formação de 
pequenas vesículas
Coalescência de 
vesículas
Vesículas maiores
Sinais clínicos
Patogenia
Sinais clínicos da EV
Diagnóstico da EV
Profilaxia da EV
Língua Azul
Língua Azul
Etiologia
• Gênero Orbivirus
• Vírus da Língua Azul (VLA)
• RNA fita duplas envoltos em um 
capsídeo esférico
• 26 sorotipos filogeneticamente 
distintos 
Língua Azul
• Distribuição cosmopolita
• Endêmica em países 
tropicais
• Ruminantes
• Ovinos e cervídeos são as 
espécies que geralmente 
apresentam as lesões mais 
graves 
• Fatores que influenciam: 
susceptibilidade do 
animal, virulência da cepa, 
temperatura e umidade.
Casos de LA no Brasil
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm
http://indicadores.agricultura.gov.br/saudeanimal/index.htm
Ocorrência de 71,3% (274/384) de 
amostras positivas para detecção 
de anticorpos anti-VLA
Língua Azul
Sinais clínicos da LA
• A maior parte dos animais infectados são assintomáticos
• Quadros febris agudos, edema de face, áreas erosivas na 
cavidade oral, secreção nasal serosa, língua cianótica e 
edemaciada e presença de hemorragias nas regiões 
coronárias dos cascos que resulta em claudicação
Diagnóstico da LA

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