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Carta Pedagógica 2020

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Carta Pedagógica
São Paulo 01, de dezembro de 2020
Queridos bebês e familiares, 
Iniciamos nossa interação de um jeito meio diferente não é? De repente, as aulas mudaram de estilo, não pude ouvir o carinhoso: tia, e os meus dias perderam a chance de ver os olhares esperançosos e a imensa alegria que vocês nos transmitem.
Confesso que inicialmente fiquei apreensiva, pois nunca trabalhei remotamente e estava muito ansiosa para conviver com vocês, teríamos nos divertido muito e aprendido muitas coisas importantes, trocado muitos abraços apertados e tenho certeza que todos os dias eu voltaria feliz do CEI, só pelo fato de ter passado o dia com vocês, porém infelizmente não foi possível por conta da pandemia, esse tipo de situação pode causar instabilidade emocional, estresse e ansiedade, mas escrevo essa carta com meu coração cheio de gratidão por saber que vocês estão bem e saudáveis, vamos ter fé que tudo isso vai passar e sairemos mais fortes do que éramos.
Esse distanciamento também trouxe coisas boas, fez com que nós professores saíssemos da zona de conforto. E eu particularmente estudei muito, li livros, artigos, pesquisei, assisti palestras super ricas e pude assim refinar meu olhar pedagógico e ampliei meu conhecimento para oferecer o melhor para vocês.
Quando planejei minhas ações remotamente, como educadora me esforcei para seguir às metas que propus na minha carta de intenção. Como nos ensina Gaspar (2020), “começar sabendo que nossas ações podem, em algum momento, ser equivocadas nos retira a obrigação de acertar em tudo e nos abre um campo humano seguro para fazer o melhor que podemos exatamente onde estamos, com o que somos, com o que temos e com o que podemos”.
Elaborei experiências que os deixassem felizes, que brincassem com os pais, irmãos e aprendessem e em nenhum momento desconsiderei suas realidades que infelizmente sabemos que muitas são precárias. Repensei minha prática de modo, que as propostas de vivência chegassem aos seus lares de forma, leve, educativa e dinâmica, e não de maneira imposta, como um convite, para que seus familiares fizessem essa ponte garantindo que através das experiências que elaborei vocês continuassem se desenvolvendo mesmo longe da Unidade escolar. 
Notei no decorrer do trabalho as participações de vocês às vezes de forma tímida, entretanto interessados, dessa maneira acredito que toda tentativa e esforço devem ser levados em consideração. 
E foi por meio dessas interações conosco que pude perceber o quanto vocês se desenvolveram, cresceram e aprenderam a se comunicar, ampliaram habilidades motoras para se alimentarem sozinhos, andar e alguns já foram desfraldados. 
Obrigada por terem permitido que eu fizesse parte da vida de vocês, espero ansiosamente pelo momento em que poderei vê-los pessoalmente.

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