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PATOLOGIAS DO FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS EXÓCRINO

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FÍGADO, VIAS BILIARES E 
PÂNCREAS EXÓCRINO
MARIANA DE MELLO ZANIM MICHELAZZO
MORFOLOGIA E FUNÇÃO
• Formato diferente entre as espécies
• Marrom-avermelhado
• Cápsula lisa e brilhante recobrindo o órgão
• Dividido em lobos, com fissuras nos bordos:
✓Profundas em caninos, felinos e suínos
✓Pouco profundas em equinos
✓Quase ausentes em bovinos e ovinos
canino
equino
ovino
MORFOLOGIA E FUNÇÃO
• Fetos e recém-nascidos possuem o fígado maior em relação ao corpo
• Órgão de dupla circulação: pela veia porta e artéria hepática
✓A veia porta é responsável por 75% do sangue que chega ao fígado vindo
dos pré-estômagos, estômago, intestinos, baço e pâncreas
✓A a. hepática representa 25% do volume sg. que chega e se distribui pelos
lobos paralelamente à veia porta, se misturando nos sinusoides
✓O sangue sai pela veia hepática que logo desemboca na veia cava caudal
✓Equídeos, elefantes, ratos, girafas e papagaios não possuem vesícula biliar
MORFOLOGIA E FUNÇÃO
• Estrutura microscópica:
✓O fígado é dividido em lóbulos hepáticos, separados por tecido conjuntivo, 
que, nos suínos, é visível na Macro.
✓Cada lóbulo é uma estrutura hexagonal 3D de aprox. 1,5mm
✓Contém a veia centrolobular (centro) e espaços porta nas extremidades
✓O fígado humano tem aproximadamente 500 mil lóbulos hepáticos
✓O sg chega pela veia porta e a. hepática nos espaços porta, se misturam
nos sinusoides e “descem” até as veias centrolobulares, para então saírem
do fígado pela veia hepática e veia cava caudal em direção ao coração
Veia 
centrolobular
Espaços porta
Tecido 
conjuntivo
MORFOLOGIA E FUNÇÃO
• Os lóbulos podem ser subdivididos 
em regiões: 
✓Centrolobular (linha vermelha)
✓Mediozonal (linha preta)
✓Periportal (linha pontilhada)
MORFOLOGIA E FUNÇÃO
• Principais funções do fígado:
✓Metabolismo da bilirrubina
✓Metabolismo dos ácidos biliares
✓Metabolismo das gorduras
✓Metabolismo dos carboidratos
✓Neutralização de substâncias tóxicas
✓Metabolismo das proteínas
✓Função imune.
Metabolismo da Bilirrubina
• A excreção da bile é a principal função exócrina do fígado
• A bile é composta de água, colesterol, ácidos biliares, bilirrubina, íons
inorgânicos e outros constituintes
• O fígado sintetiza a bile para:
✓excretar vários produtos de desgaste do organismo, tais como excesso de 
colesterol, bilirrubina e substâncias tóxicas metabolizadas pelo fígado;
✓Facilitar a digestão por meio dos ácidos biliares;
✓fornecer tampões para neutralizar o pH do quimo.
Metabolismo da Bilirrubina
• O principal componente da bile é a bilirrubina
• Ela é o produto final da degradação do Heme
• A grande maioria de grupos Heme envolvidos no metabolismo da
bilirrubina é derivado de hemácias senescentes que são fagocitadas pelos
macrófagos no baço, medula óssea e fígado.
GLOBINAS
HEME
FERRO
Metabolismo da Bilirrubina
• As globinas são fragmentadas em aminoácidos
• As moléculas de ferro tbém são recicladas
• Os Hemes são oxidados em biliverdina e depois bilirrubina por ações
enzimáticas no citoplasma dos macrófagos
• A bilirrubina se une a albumina para circular no plasma até entrar no
hepatócito (bilirrubina não conjugada)
• A bilirrubina se solta da albumina e entra no hepatócito para se
transformar em bilirrubina conjugada
• Esta é secretada pelo hepatócito nos canalículos biliares, para então ir
para o intestino.
• No intestino a bil. Conjg. é convertida em urobilinogênio (10%) e
estercobilina (90%)
Lesões sem significado clínico
• Telangectasia: dilatação cavernosa dos sinusoides em áreas com perda de 
hepatócitos
Lesões sem significado clínico
• Cistos biliares congênitos:
✓Desenvolvimento anormal dos ductos 
biliares intrahepáticos
✓Diferenciar de cistos parasitários
✓Todas as espécies
Lesões sem significado clínico
• Fibrose capsular:
✓suínos: áreas de fibrose
decorrentes da migração de Ascaris
suum
✓equinos: placas grandes de tecido
conjuntivo (20 cm) ou franjas finas
e longas (1 a 5 mm) aderidas à
cápsula.
✓peritonites assépticas e migração
de Strongylus edentatus
equino
suíno
Alterações post-mortem
• Embebição biliar
• Autólise, enfisema
Patologia hepática e de vias biliares
• Anomalias do desenvolvimento
• Alterações circulatórias
• Alterações degenerativas
• Alterações inflamatórias
✓Doenças específicas
• Alterações neoplásicas
Alterações Circulatórias
• Congestão Passiva crônica
✓Tem relação com a IC crônica direita
✓A lesão no fígado evolui para fibrose 
centrolobular e portal
✓Aspecto de noz-moscada
✓MACRO: aumentado em volume, azulado e 
cápsula espessa
Alterações Degenerativas
• Degeneração vacuolar:
• Vacúolos no citoplasma de 
hepatócitos
• O acúmulo pode ser de água, 
glicogênio ou lipídio
Alterações Degenerativas
• Degeneração hidrópica:
✓Lesão aguda
✓Agressões tóxicas, metabólicas e hipóxicas
✓Insuficiência na bomba de sódio e potássio da membrana celular
✓Acúmulo de água: vacúolos mal delimitados
Alterações Degenerativas
• Degeneração glicogênica:
• Fígado aumentado de volume e 
marrom-pálido
• Excesso de corticoides: tumores na 
córtex adrenal, tratamento prolongado
• Acúmulo de glicogênio: vacúolos mal 
delimitados
Alterações Degenerativas
• Degeneração gordurosa:
• Fígado aumentado de volume e 
amarelado (crônico)
• Hepatotoxinas, hipóxia, desnutrição
• Acúmulo de lipídios: vacúolos bem 
delimitados
• Cetose bovina, toxemia da prenhez, 
hiperlipidemia equina, lipidose felina, 
diabetes mellitus, anemia, ICC
Alterações Degenerativas
• Necrose hepatocelular:
✓ Classificada de acordo com o padrão de distribuição: aleatória ou zonal
✓ Zonal: 
➢Centrolobular
➢Mediozonal
➢Periportal
➢Paracentral
➢Massiva
Alterações Degenerativas
• Necrose hepatocelular aleatória 
(multifocal)
• Ocorre em hepatócitos esparsos ou 
agregados com distribuição focal ou 
multifocal sem padrão anatômico 
consistente (aleatório)
• Padrão típico de agentes infecciosos 
(protozoários, vírus, bactérias)
• Áreas pálidas de 1 mm até vários cm
Alterações Degenerativas
• Necrose hepatocelular zonal: 
necrose afeta hepatócitos em 
áreas anatômicas bem definidas 
do lóbulo hepático
✓- Centrolobular (1)
✓- Mediozonal (2)
✓- Periportal (3)
✓- Paracentral (4)
✓- Massiva (5)
1 2
3 4
5
Alterações Degenerativas
• A necrose hepatocelular centro-lobular é a mais comum de todas as
necroses zonais
• É a região mais sensível à hipóxia e substâncias tóxicas
• Pode ser consequência de anemia aguda ou crônica (hemoncose,
ancilostomíase, babesiose), congestão passiva crônica (ICC) ou
hepatotoxinas de ação aguda (Cestrum spp., Xanthium sp.)
Alterações Degenerativas
• Necrose massiva
• A mesma injúria que induz necrose centrolobular pode produzir necrose 
massiva quando em maior intensidade
Resposta do fígado à injúria
• Regeneração hepatocelular:
• Retirada cirúrgica de 70% do fígado – regeneração 
em 6 semanas
• Sucesso da regeneração depende de suprimento 
sanguíneo e drenagem de bile adequados e 
manutenção do arcabouço original de colágeno III.
• Geralmente em necrose massivas ou lesões 
repetitivas há colapso das áreas afetadas e 
evolução para fibrose.
A punição do titã Prometeus por ter 
entregue aos homens o fogo roubado dos 
deuses foi ser acorrentado em uma pedra 
e ter seu figado devorado eternamente 
por um abutre.
Resposta do fígado à injúria
• Fibrose:
• É a consequência da maioria das lesões hepáticas crônicas 
• Caracteriza-se pelo aumento da deposição de matriz extracelular (pp 
colágeno I) que irá formar a cicatriz hepática
• Consequência de dano celular repetido por ação de substâncias tóxicas, 
agentes infecciosos, distúrbios metabólicos ou autoimunes
• Fibrose portal: cães com hepatite crônica, gatos com colangiohepatite
crônica, bovinos com fasciolose hepática
Resposta do fígado à injúria
• Cirrose:
• Processo difuso caracterizado por fibrose e 
conversão da arquitetura normal do fígado em 
lóbulos estruturalmente anormais
• Arquitetura alterada:perda parênquima, 
fibrose, condensação do tecido conjuntivo 
preexistente, regeneração em nódulos entre os 
feixes fibrosos
• Ingestão continuada de plantas tóxicas, 
tratamento prolongado com 
anticonvulsivantes, colestase crônica, hepatites 
crônicas (leptospirose).
Alterações inflamatórias
• Hepatite Aguda:
• Frequentemente acompanha a necrose hepatocelular
• Neutrófilos e posteriormente cels mononucleares infiltram áreas de 
necrose
• Se a lesão não for fatal ocorre regeneração ou fibrose
• Se o estímulo persistir há evolução para processo inflamatório crônico 
(abcesso ou granuloma)
• Macro: só detectada se acompanhada de necrose hepatocelular
• Micro: focos aleatórios de infiltrado neutrofílico
• Causas: infecção bacteriana hematogênica (veias umbilicais, veia porta, 
artéria hepática) ou ascendente do trato biliar
Alterações inflamatórias
• Hepatite Crônica:
• Persistência do estímulo inflamatório
• Caracterizada por fibrose, granulomas ou abcessos
• Lesões focais não alteram a função hepática
• Hepatite crônica difusa induz insuficiência hepática e sinais clínicos
• Mycobacterium tuberculosis, M. bovis e M. avium produzem granulomas 
nodulares indiferenciáveis
• Cães são suscetíveis as infecções por M. bovis e M. tuberculosis (afeta pp 
trato respiratório)
• Herbívoros são hospedeiros primários de M. bovis
• Cães podem ser infectados por M.bovis após ingestão de leite cru 
contaminado, carne não cozida ou restos de bovinos contaminados
Tuberculose hepática
Alterações inflamatórias
• Colangite/colangiohepatite em gatos 
• Causa frequente de insuficiência hepática em gatos
• Três formas: supurativa, não supurativa crônica progressiva e cirrose 
biliar ou colangite esclerosante
• Causas: infecção bacteriana ascendente, mecanismos imunológicos, 
colelitíase,
• trematódeos (Platynosomum fastosum)
Hepatite Infecciosa Canina
• Causada por adenovírus canino 1
• Cães apresentam febre, anorexia, latidos frequentes, dor abdominal, 
tonsilite, palidez de mucosas, distúrbios neurológicos (1/3 dos casos)
• Forma aguda ou superaguda: evolução de horas e sinais não aparentes
• 12 a 15% dos cães afetados morrem,
• Restantes: doença subclínica e recuperação
• Lesão hepática: necrose hepatocelular zonal ou aleatória
• Cães que sobrevivem: regeneração hepática
• Causa da morte: insuficiência hepática e CID (vírus induz lesão endotelial 
e em plaquetas) – petéquias e equimoses
• Icterícia não é frequente (10%)
• De 5.361 necropsias em cães (UFSM) 1,6% tiveram diagnóstico de HIC
Pâncreas exócrino
introdução
• Raramente observado cuidadosamente durante a autópsia
• Poucas vezes colhido para histopatologia
• Solicitações de biópsias são restritas, pois tem alto risco de deflagrar
inflamação aguda
• Em saúde humana, a porção endócrina é altamente investigada
(Diabetes)
• A porção exócrina vem sendo investigada em relação aos efeitos da
nutrição e sobre a patogênese do carcinoma pancreático.
Estrutura e 
função do 
pâncreas
Estrutura e função do pâncreas
• Órgão túbulo-acinoso, dividido em cabeça – corpo – cauda
• Nos equinos, o corpo do pâncreas envolve totalmente a veia porta
(anel pancreático)
• Dupla função: endócrina e exócrina
• A exócrina libera suas secreções no intestino delgado – ducto
pancreático e ducto acessório. Estes variam entre as espécies
• A endócrina libera suas secreções no sistema circulatório
Estrutura e função do pâncreas
• Ao exame microscópico, observam-se:
• Estruturas acinares e os ductos (porção exócrina – 80 a 85%);
• Aglomerados celulares formando as Ilhotas de Langerhans (porção
endócrina);
• Septos de tecido conjuntivo entre os lóbulos e a cápsula coberta por
peritônio.
http://mol.icb.usp.br/index.php/3-12-tecido-epitelial-glandular/
▪ Os ácinos são pequenos conjuntos de células de forma arredondada ou ovalada
▪ No centro da imagem há uma região composta por tecido conjuntivo que envolve um duto excretor de
médio calibre
▪ O tecido conjuntivo situado entre os ácinos é muito delicado e muito suscetível a artefatos de técnica
▪ Os núcleos das células acinosas se situam na base das células, dispondo-se na periferia de cada ácino
http://mol.icb.usp.br/index.php/3-12-tecido-epitelial-glandular/
http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio
Figura 4.13 Aspecto histológico normal do
pâncreas de um cão. Vários ácinos, a porção
exócrina, cercam uma ilhota de Langerhans
(IL), a porção endócrina. Septos (S), que
delimitam o lóbulo pancreático, e um ducto
pancreático (DP), que conduz a secreção
exócrina até o intestino, podem ser
observados. A base das células acinares é
basofílica. Os grânulos eosinofílicos
observados nas células acinares são de
grânulos de secreção de zimogênio.
R. L. Santos, A. C. Alessi. Patologia Veterinaria – 2ª Ed. Cap 4
Pâncreas exócrino
• Síntese e secreção de 
enzimas digestivas
tripsina,
quimotripsina, 
colagenase, 
fosfolipase, 
elastases e 
carboxipeptidases
amilase e
lipase
PÂNCREAS EXÓCRINO
• A entrada de ácido gástrico e gordura no duodeno estimula a liberação de
SECRETINA
• Ela estimula a liberação de AGUA e BICARBONATO pelo epitélio ductal
• É necessário um pH neutro para ação ideal das enzimas digestivas
• A mucosa duodenal ajuda, absorvendo íons H+ e secretando mais BICARBONATO
• Sempre que houver gordura e proteínas não digeridas no duodeno, haverá
estímulo para secreção das enzimas digestivas, mediadas pela ação da
COLECISTOCININA (céls endócrinas da mucosa duodenal)
• Essas secreções também inibem a proliferação bacteriana
PÂNCREAS EXÓCRINO
• Também há produção do FATOR INTRÍNSECO (glicoproteína)
• Importante para a absorção da cobalamina (Vit B12) no íleo
• Tem função importante na homeostase do Zinco, acumulando o Zn
absorvido pelo intestino e segregando o excesso em suco pancreático
• O pâncreas sintetiza muito mais proteínas que qualquer outro órgão,
levando em consideração sua massa tecidual.
• Mudanças na dieta causam alterações rápidas e adaptações na porção
exócrina
Anomalias do desenvolvimento - exócrino
• Agenesia ou aplasia: ausência completa do pâncreas
• Hipoplasia: redução no número de ácinos, a porção endócrina 
permanece inalterada. Observado com maior frequência em bezerros
• Pâncreas anelar: o tecido pancreático envolve completamente o 
duodeno e pode levar a estenose duodenal. Já observado em cães e 
leitões 
• Estenose congênita ou dilatação cística: ocorre nos ductos, podendo 
levar a grandes cistos (bexiga pancreática), geralmente assintomáticos 
se não comprimir ductos biliares. Já observado em gatos com rins 
policísticos
HIPOPLASIA OU ATROFIA????
http://people.upei.ca/eaburto/Pancreas%206/Pancreas-L6-13.pdf
Pensar num histórico com:
Deficiência calórica e/ou proteica; presença de atrofia muscular e de tecido adiposo
Obstrução ductal, parte do parênquima pancreático inflamado e/ou com fibrose
Pâncreas anelar causando obstrução do duodeno 
https://www.monografias.com/trabajos63/anomalias-desarrollo-pancreas/anomalias-desarrollo-pancreas2.shtml
https://www.monografias.com/trabajos63/anomalias-desarrollo-pancreas/anomalias-desarrollo-pancreas2.shtml
Pâncreas humano com cistos multifocais à coalescentes.
Dg: cistos congênitos associados a doença renal policística
Anomalias do desenvolvimento - exócrino
• Pâncreas ectópico: pequenos aglomerados de tecido pancreático
podem ser observados sobre outros órgãos abdominais. A morfologia
é normal, porém nem sempre há ilhotas
• A organogênese do pâncreas e baço ocorre em estreita proximidade,
por isso pode haver tecido pancreático ectópico no baço
• Hepatócitos intrapancreáticos podem ser observados em recém-
nascidos ou em adultos nos casos de extensa regeneração do pâncreas
com lesão lobular maciça
• Esse fato se deve a pluripotencialidade do epitélio ductular em
regeneração
Degeneração e necrose
• Podem ocorrem em células acinares individuais ou em grupos locais
na presença de distúrbios sistêmicos
✓Estadosfebris
✓ Infecções por vírus epiteliotrópicos
✓Cinomose
✓Febre aftosa
✓Adenovirus
✓ Intoxicações por zinco, micotoxinas, anticolinesterásicos, selênio e Cassia ocidentalis
(suínos)
✓Choque hipovolêmico e séptico
Degeneração e necrose
• O Zinco causa lesões pancreáticas importantes em animais e humanos
• Zinco metálico está presente em produtos galvanizados, pesticidas,
herbicidas e em alguns medicamentos
• É um composto essencial para plantas e animais, porém os limites do
aceitável e tóxico são estreitos
• Os órgãos mais acometidos são pâncreas, fígado, rins e sangue
• O pâncreas é a principal via de excreção do zinco, por isso é mais vulnerável
• Ruminantes tem a porção ductular mais afetada e suínos a porção acinar
• Observam-se lesões degenerativas, necróticas e regenerativas ao mesmo
tempo
Necrose pancreática aguda “pancreatite”
• É uma condição comum em cães e ocasional em gatos.
• Pode haver manifestação clínica aguda e representa alto risco de morte
• Assim como, ocorre como um quadro intermitente ou recidivante
• Ou ainda subclínica, levando à insuficiência pancreática exócrina e diabetes
mellitus
• O termo Pancreatite é utilizado por clínicos tanto para os casos de necrose
pancreática quanto para as condições que são primariamente inflamatórias
• Esses distúrbios se sobrepõem e são difíceis de diferenciar sem inspeção do
órgão
LESÕES ENCONTRADAS EM 101 CADÁVERES DE 
CÃES
Hiperplasia nodular pancreática 80,2%
Inflamação linfocítica 52,5%
Fibrose 49,5%
Atrofia 46,5%
Inflamação neutrofílica 31,7%
Necrose da gordura pancreática 25,7%
Necrose pancreática 16,8%
Edema 9,9%
Discussão do artigo apresentado
• Grande variedade de lesões (busca minuciosa – cortes a cada 2cm de 
tecido)
• Aleatoriedade das lesões dificulta a análise, visto que normalmente
são colhidos 1 fragmento para histopatologia
• A maioria das lesões inflamatórias foram classificadas como “leves” –
sinal clínico???
• Inflamação linfocítica predominantemente peritubular – hiperplasia
nodular
• Inflamação neutrofílica – necrose pancreática
Necrose pancreática aguda - pancreatite
• A causa incitante muitas vezes é obscura
• Há descrições de casos agudos em cães alimentados com dieta
exagerada em gordura e pobre em proteínas
• Ou casos com evolução após semanas de ingestão da dieta de gordura
• As lesões mais precoces são observadas no tecido adiposo do
mesentério peripancreático
• Vistas como manchas branco-amareladas ou placas de necrose e
saponificação dos adipócitos
Pâncreas canino em estágio inicial de 
pancreatite, apresentando edema e hemorragia 
multifocal
Pâncreas canino apresentando 
hemorragia difusa
Pâncreas canino com áreas multifocais a coalescentes de 
necrose cobertas por fibrina (placas necróticas)
Noah’s arkive
Cão: pancreatite hemorrágica secundária à CID 
Necrose pancreática aguda - pancreatite
• Ao MO, observa-se necrose acinar periférica, onde ocorre autodigestão
celular pelas enzimas ativadas
• A evolução se dá com necrose mais extensa e inflamação reativa
(neutrofilica)
• Normalmente o sistema de ductos e o tecido central dos lóbulos não
são afetados nos estágios iniciais da doença
• HIPOPERFUSÃO também é sugerido como causa da necrose periférica
• A periferia do lóbulo também é a periferia do campo circulatório
• Poderia explicar casos da doença após longos períodos de
hipoperfusão, após traumas, cirugias abdominais e torção gástrica
Noah’s arkive
Cão: necrose em “pingos de vela”. Áreas multifocais de 
necrose no tecido adiposo peripancreático
Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease (2010), 8th ed., Elsevier, Inc.
Pancreatite aguda: o campo 
microscópico mostra necrose 
do tecido adiposo (f) e 
necrose focalmente extensa 
do tecido pancreático 
periférico (n) associado à 
infiltrado inflamatório 
acentuado
Pancreatite crônica
• Derivada de pancreatites agudas recorrentes
• Caracterizadas por atrofia do parênquima, fibrose e inflamação crônica
Pathologic Basis of Veterinary Disease (2006), 4th ed., Mosby-Elsevier
Equino: pancreatite crônica. Presença acentuada de fibrose 
substituindo o parênquima e dilatação ductal.
Pancreatite parasitária
Equino: pancreatite 
granulomatosa 
associada a infestação 
por Strongylus equinus
Noah’s arkive
Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 25, n. 2, p. 131-138, abr./jun. 2004
• Euritrematose bovina – Eurytrema pancreaticum e Eurytrema
coelomaticum
Pesq. Vet. Bras. 33(7):873-889, julho 2013
https://www.wjgnet.com/2220-315X/full/v5/i3/160.htm
https://www.vet.cornell.edu
Condições hiperplásicas e neoplásicas
• Hiperplasia nodular é 
comum em cães e gatos 
idosos – sem significado 
clínico
• É possível diferenciar de 
neoplasia através da 
microscopia
Imagem: Laboratório de Anatomia Patológica - UEL
Cão: hiperplasia nodular multifocal moderada
Imagem: Laboratório de Anatomia Patológica - UEL
Condições hiperplásicas e neoplásicas
• Adenoma pancreático
• Pode ser único ou múltiplo
• Concomitante a hiperplasia 
nodular
• Não necessariamente 
derivado da hiperplasia
Pathologic Basis of Veterinary Disease (2006), 4th ed., Mosby-Elsevier
Condições hiperplásicas e 
neoplásicas
• Adenocarcinoma pancreático
• Caráter invasivo e metastático
• Mais comum em cães e gatos
• Causa lesões necróticas e 
hemorrágicas adjacentes
Pathologic Basis of Veterinary Disease (2006), 4th ed., Mosby-Elsevier
Pancreatic carcinoma, dog.
The mass has invaded the
mesentery, wall of the
stomach, and gastrosplenic
ligament. The mass is
lobulated and very firm due
to the proliferation of
scirrhous connective tissue.

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