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Choque Hemodinâmico

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Mariana Marques - TXXIX 
Robbins & Cotran Patologia — Bases Patológicas das Doenças 
9ª Edição – Capítulo 4 
Choque Hemodinâmico 
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INTRODUÇÃO 
 Processo patológico geral: distúrbio circulatório 
 Processo patológico específico: choque hemodinâmico 
 CONCEITOS: 
→ Choque Hemodinâmico: distúrbio circulatório generalizado caracterizado pela incapacidade do 
sistema circulatório em manter a pressão arterial em níveis suficientes para garantia de perfusão 
tecidual resultando em hipóxia generalizada 
→ Pressão arterial: pressão exercida pelo sangue sobre à parede dos vasos sanguíneos arteriais, com 
função de garantir a perfusão sanguínea (PA= débito cardíaco x resistência vascular periférica) 
 
CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
 Letargia e com alteração no estado mental: ocorre devido à alteração direta na perfusão cerebral 
(diminuição de ATP para os neurônios) 
 Diminuição do débito urinário: ocorre diminuição da taxa de filtração glomerular (devido a menor 
chegada de pressão no glomérulo, há menor chegada de sangue, podendo causar insuficiência renal) 
 Taquicardíaco (aumento da frequência cardíaca) e tarquipineico (aumento da frequência respiratória): 
devido à tentativa de compensação da demanda insuficiente 
 Lentificação da perfusão periférica: tempo de enchimento capilar aumentado (normalmente ocorre em 
2 segundos em indivíduos saudáveis) 
 
 
ESTAGIOS EVOLUTIVOS 
 Inicial: perfusão mantida por mecanismos compensatórios (taquicardia, vasoconstrição periférica) 
 Progressivo: piora circulatória, hiperfusão e desarranjo químico e metabólico (acidose metabólica) 
 Irreversível: dano tecidual grave, em que a sobrevivência não é possível, mesmo com a correção das 
alterações hemodinâmicas (falência de múltiplos órgãos) 
 
Mariana Marques - TXXIX 
Robbins & Cotran Patologia — Bases Patológicas das Doenças 
9ª Edição – Capítulo 4 
TIPOS 
Toda fisiopatologia de choque se enquadra na equação da pressão arterial, sendo assim, ou a influência é 
na resistência vascular periférica ou no débito cardíaco 
 
CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 Resulta do baixo débito cardíaco devido à perda de volume sanguíneo ou plasmático 
 Pode ser causado por: 
→ Sangramentos intensos como em traumas, cirurgias ou ruptura de vasos 
→ Perda de plasma como em queimaduras 
→ Desidratação como em quadros de diarreia ou calor intenso 
 
CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 Surge quando o coração torna-se incapaz de bombear adequadamente o sangue 
 Pode ser causado quando: 
→ Há destruição intensa do miocárdio como no infarto agudo do miocárdio 
→ O coração torna-se incapaz de contrair de modo eficaz como em arritmias 
→ Há bloqueio mecânico do órgão como no tamponamento cardíaco 
 
CHOQUE DISTRIBUTIVO 
 Vasodilatação arteriolar resultando em baixa resistência periférica 
 CHOQUE ANAFILÁTICO: resulta de uma reação antígeno-anticorpo (hipersensibilidade) mediada por 
IgE, que provoca a liberação de substâncias vasodilatadoras por células como mastócitos 
→ A dilatação de grande quantidade de vasos da microcirculação fazem com que ocorra diminuição 
da pressão arterial e do retorno venoso ao coração 
 CHOQUE SÉPTICO: provocado por infecções bacterianas (geralmente gram-negativas produtoras de 
endotoxinas) 
→ Pode levar à ativação generalizada de leucócitos gerando uma síndrome de resposta inflamatória 
sistêmica com produção excessiva de citocinas pró-inflamatórias 
 CHOQUE NEUROGÊNICO: pode ocorrer em acidentes anestésicos ou em lesão na medula espinal, 
devido à perda do tônus vascular e acúmulo periférico de sangue 
Em todas essas formas de choque, a vasodilatação aguda leva à hipotensão e à hipoperfusão tecidual 
 
CHOQUE OBSTRUTIVO 
 Ocasionado por uma obstrução ou uma compressão de grandes vasos ou do próprio coração 
 Pode ocorrer por diversas causas, tais como: 
→ Pneumotórax hipertensivo: as grandes veias podem sofrer pressão em sua superfície externa, 
diminuindo assim, o calibre em trechos sensíveis 
→ Tamponamento cardíaco: acúmulo de líquido entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio 
seroso do coração, ocorrendo uma compressão no coração, que compromete a dilatação durante a 
sístole, comprometendo também o volume sistólico final 
→ Tromboembolismo pulmonar: com a obstrução da rede de capilares, não há quantidade significativa 
de sangue retornando ao coração, assim, terá pouca quantidade de sangue para ser bombeado para 
o organismo

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