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Estrongiloidíase: Helmintos Multicelulares

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Mariana Marques – T29 
PARASITOSE - HELMINTOS 
Estrongiloidíase 
 
INTRODUÇÃO 
▪ Doença: Estrongiloidíase ou Anguilulose 
▪ Causada por helmintos multicelulares 
eucariotos 
▪ Agente etiológico: Strongyloides 
stercoralis 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
▪ São parasitas que podem habitar o ser humano, aves, cães, gatos e macacos 
▪ O local do parasitismo é no intestino delgado, porém, quando em altas quantidades podem afetar 
▪ o estômago, o intestino grosso e outros órgãos do trato gastrointestinal 
▪ Possuem parte do ciclo de vida livre (solo e água) e parte no interior do trato gastrointestinal 
▪ Estão presentes em regiões tropicais com associação direta com condições sociais deficientes 
▪ A doença é comum em crianças, imunossuprimidos, alcoolistas, pessoas residentes em orfanatos, 
creches, asilos, hospitais psiquiátricos e moradores de rua 
 
▪ Transmissão: 
• Através de penetração cutânea 
→ Heteroinfecção: larvas filarióide do meio ambiente penetram a pele humana 
→ Auto-infecção externa: larvas rabdtóide encontradas na região perianal se desenvolvem em 
larvas filarióide que penetram na região 
→ Auto-infecção interna: larvas rabdtóide no lúmen intestinal que se desenvolvem em larvas 
filarióide que penetram na mucosa intestinal 
 
▪ Morfologia dos ovos: 
• São elípticos e possuem estágios embrionados e larvados 
 
▪ Morfologia das larvas: 
• Denominadas de rabditoide e filarióide (forma infectante), são filiformes e ágeis 
 
▪ Morfologia dos vermes adultos: 
• São longos, cilíndricos e com extremidade afilada com coloração acastanhada, possuem cutícula 
fina e transparente, boca com três lábios, esôfago longo e há dimorfismo sexual 
→ Fêmea partenogenética: responsáveis por constituir a forma parasitária, ela parasita o intestino 
delgado humano e desenvolve os ovos sem fecundação, ou seja, na ausência do macho 
→ Macho: possui um enrolamento na extremidade com espículas e testículo único 
→ Fêmea: copulam com o macho de vida livre e eliminam cerca de 30 a 40 ovos larvados por dia 
(ovo libera a larva rabdtóide dentro do hospedeiro) 
 
Mariana Marques – T29 
PARASITOSE - HELMINTOS 
 
CICLO BIOLÓGICO 
▪ Ser humano elimina as larvas rabditoides no meio ambiente através das fezes 
▪ No solo, as larvas rabditoides se desenvolvem em larvas filarioides que podem ou penetrar a pele, 
causando a parasitose ou se desenvolverem em vermes adultos, tornando-se vermes de vida livre e 
reproduzindo-se, gerando assim mais larvas filarioides 
▪ Após a penetração da larva filarióide na pele 
humana por contato direto ou indireto, as 
larvas atingem os vasos sanguíneos ou 
linfáticos e migram para os pulmões, onde se 
desenvolvem em L3, L4 e L5 
▪ Ao saírem dos pulmões, atingem a traqueia 
através da deglutição, indo para o esôfago, 
estomago, intestino delgado onde as fêmeas 
partenogênicas irão formar novos parasitas 
▪ Após eclosão do ovo no intestino delgado, as 
larvas rabditoides são liberadas no meio 
ambiente, através das fezes, no entanto, 
algumas larvas permanecem no intestino 
delgado transformando-se em larvas 
filarioides que irão penetrar na mucosa 
intestinal 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
▪ As manifestações clínicas são desenvolvidas devido à presença de os ovos, larvas e verme adultos nos 
tecidos cutâneos, pulmões (síndrome de Loeffler), intestino, fígado, baço, rins, pâncreas, tireoide, 
coração e meninges 
▪ Em indivíduos imunocompetentes: 
• A infecção é mais branda, podendo ser assintomática, com lesões cutâneas locais devido a 
penetração, nos pulmões, a migração das larvas gerando focos hemorrágicos e edema nos alvéolos 
(síndrome de Loeffler) e no intestino, gera colite devido à presenças das fêmeas dos vermes e das 
larvas 
▪ Em indivíduos imunocomprometidos: 
• A infecção é mais grave, podendo desenvolver cronicidade gerando constantes dores epigástricas, 
náuseas, vômitos, diarreia e constipação intestinal, em casos de carga parasitária muito alta, o 
paciente pode apresentar disenteria crônica, com má absorção e perda de peso, podendo causar 
obstrução de ductos biliares e pancreáticos (sintomas: febre alta, fraqueza, dores disseminadas pelo 
corpo e pneumonia) 
 
PROFILAXIA 
▪ Educação sanitária 
▪ Saneamento básico 
▪ Tratamento do indivíduo contaminado 
▪ Proteção pessoal 
▪ Utilizar calcados 
▪ Não nadar em ambientes com água parada

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