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O tétano é uma doença paralítica causada por uma neurotoxina chamada tetanoespasmina, produzida pelo Clostridium tetani. Similar ao Clostridium botulinum, o Clostridium tetani é um esporo ubíquo gram- positivo anaeróbico comumente encontrado no solo. Essa doença é mais comum em equinos, mas pode, também, ocorrer em ovinos castrados em áreas contaminadas com esporos do Clostridium tetani. O tétano também pode ocorrer em bovinos, suínos, cães e gatos. A tetanoespasmina é sintetizada em ferimentos anaeróbicos e primeiro se liga às junções neuromusculares. Depois é transportada e cruza as junções sinápticas até alcançar o SNC, lá a toxina é transferida através das sinapses até se fixar nos gangliosídeos dos neurônios motores inibitórios présinápticos. A tetanoespasmina bloqueia a liberação de neurotransmissores inibitórios, como a glicina e o GABA. Os neurotransmissores inibitórios agem para deprimir as ações dos impulsos nervosos excitatórios dos neurônios motores superiores que são impostos aos neurônios motores inferiores. Se estes impulsos não podem ser deprimidos por mecanismos inibitórios normais, surgem os espasmos musculares generalizados característicos do tétano. A tetanoespasmina parece agir por quebra seletiva de uma proteína componente das vesículas sinápticas, prevenindo então a liberação de neurotransmissores pelas células. Trismo mandibular, marcha trôpega, prolapso de terceira pálpebra, orelhas eretas, timpanismo e rigidez dos membros. Exceto pelo ferimento anaeróbico, não existem lesões macro e microscópicas no tecido com tétano. O diagnóstico é geralmente baseado nos sinais clínicos já que tentativa de isolamento do organismo geralmente não é realizada, por ser de difícil obtenção.
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