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SOI II - Tics: Tétano

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João Siqueira de Morais Filho – 2º Período Medicina IESVAP 
Tétano 
1. Como a bactéria Clostridium tetani age no Sistema Nervoso? 
 
O tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada pelo bacilo 
denominado Clostridium tetani, que produz uma exotoxina denominada tetanopasmina, 
capaz de atingir o sistema nervoso central após entrar na corrente sanguínea, ele é um 
bacilo Gram-positivo, anaeróbio estrito, com esporos capazes de resistir a condições 
bastante adversas, tendo como habitat preferencial o solo. O Tétano ocorre quando os 
esporos de clostridium tetani ganham acesso ao tecido humano danificado. Após a 
inoculação, o clostridium tetani transforma-se em uma bactéria em forma de haste 
vegetativa e produz a tetanospamina metaloprotease (também conhecida como toxina 
tetânica). Logo em seguida, depois de atingir a medula espinhal (ME) e o tronco cerebral 
através de transporte axonal retrógrado, ligando-se de forma irreversível aos receptores 
nesses locais, a toxina bloqueia a neurotransmissão por sua ação com clivagem das 
proteínas de membrana envolvidas no neuroexocitose. O efeito é a desinibição de 
neurônios que modulam impulsos excitatórios do córtex motor. A desinibição das células 
do corno anterior e neurônios autonômicos resulta em aumento do tônus muscular, 
espasmos dolorosos e instabilidade autonômica generalizada. A rigidez muscular no 
Tétano ocorre através de um mecanismo complexo que envolve um aumento na taxa de 
disparo de repouso dos neurônios motores e a falta de inibição das respostas motoras 
reflexas aferentes aos estímulos sensoriais. A tetanospamina bloqueia a liberação de 
neurotransmissores inibitórios como ácido gama-aminobutírico (Gaba) e glicina, 
causando esses efeitos. A falta de controle da libertação neural adrenal de 
catecolaminas produz um estado hipersimpaticomimético que se manifesta com 
sudorese aumentada, taquicardia e hipertensão. Os efeitos induzidos pela toxina do 
Tétano em células dos cornos anteriores da medula, no tronco cerebral e nos neurônios 
autônomos são de longa duração, já que a recuperação exige o crescimento de novos 
terminais dos nervos axonais. A tetanospamina, ou toxina tetânica, é liberada após a 
morte do clostridium tetani e, em seguida, ativada por proteases bacterianas teciduais 
desenvolvendo sua forma ativa. A tetanolisina é outra toxina produzida por clostridium 
tetani durante a sua fase inicial de crescimento; tem propriedades hemolíticas e provoca 
danos na membrana em outras células, a mesma tem papal incerto. 
 
 
 
 
2. Quais as possíveis complicações em decorrência da ação da mesma no 
organismo? 
 
As complicações e a letalidade da doença devem-se principalmente à falência 
do sistema respiratório, entre as possíveis complicações decorrentes estão: 
 
• Ossos frágeis e quebradiços, por causa dos espasmos 
• Disfunção muscular 
• Problemas de respiração, pneumonia e insuficiência cardíaca podem ser 
resultado dos espasmos causados pela infecção e pela falta de oxigenação no 
cérebro. 
Esses problemas oferecem grandes riscos à vida do paciente. 
 João Siqueira de Morais Filho – 2º Período Medicina IESVAP 
Referências Bibliográficas: 
RIBEIRO, Bruno Tafarel. Caracterização dos casos de tétano acidental no estado de Santa 
Catarina no período de 2008 a 2018. Medicina-Tubarão, 2019 
OHAMA, Victor Hideo et al. Tétano acidental em adultos: uma proposta de abordagem 
inicial/Accidental tetanus in adults: an initial approach proposal. Arquivos Médicos dos 
Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, v. 64, n. 2, p. 
120-124, 2019. 
ROMEIRO, Yara Eduarda Franco et al. Tétano: Relato de caso. Acta Biomedica Brasiliensia, 
v. 8, n. 1, p. 170-174, 2017

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