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UNINASSAU NOME DO CURSO: CONTABILIDADE, AUDITORIA E CONTROLADORIA - PÓS NOME DA DISCIPLINA: GESTÃO FINANCEIRA PROFESSOR(A) EXECUTOR(A): NATÁLIA FIALHO RODRIGUES DE ALMEIDA TUTOR(A): NATÁLIA FIALHO RODRIGUES DE ALMEIDA ALUNO(A): DEBORA HELLEN OLIVEIRA DA GAMA MATRÍCULA: 01370797 COMO OS EXECUTIVOS PODEM UTILIZAR O BSC PARA MOBILIZAR OS PARTICIPANTES DO PROJETO, RUMO AOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO? INTRODUÇÃO Nos últimos anos a contabilidade gerencial se tornou uma espécie de sistema capaz informar e mensurar informações , com base no planejamento e controle, auxiliando na tomada de decisão. Com o avanço tecnológico e mudanças no cenário econômico se faz cada vez mais necessário que as empresas estejam atualizadas, buscando a inovação e monitorando o gerenciamento dos processos, para que obtenha o sucesso desejado. Uma ferramenta eficaz e importante para avaliação de desempenho auxílio à tomada de decisão e alinhamento das perspectivas estratégicas da organização é o Balanced Scorecard (BSC), sendo um sistema capaz de agrupar elementos que viabilizam avanços nos processos internos, acompanhando as estratégia e os objetivos da entidade e buscando as devidas melhorias, ou seja, o BSC é uma forma de gerenciar as estratégias das organizações, possibilitando uma visão de longo prazo aos gestores, operando para realizar os projetos que levem ao crescimento das empresas. Identificando os processos através das perspectivas , o BSC permite que os mesmos sejam aprimorados e melhorem os resultados. O seguinte trabalho tem como objetivo evidenciar a importância do BSC para as entidades e como ele ajuda no alcance dos objetivos da empresa e no estimulo dos participantes dos projetos. Sendo capaz de responder a seguinte pergunta: Como os executivos podem utilizar o BSC para mobilizar os participantes do projeto, rumo aos objetivos estratégicos do projeto? Todavia, para responder essa pergunta é necessário primeiramente entendermos o que é o BSC e como ele funciona nas organizações. Balanced Scorecard (BSC) Criado por Robert Kaplan e David Norton o Balanced Scorecard (BSC) tem a função de constituir as medidas procedentes da estratégia, sem ignorar as medidas financeiras de desempenho passado juntamente com os indicadores de desempenho futuro. Os indicadores tratam-se de perspectivas do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento. (SCHLUPP; COSTA; SILVA, 2007). Para Kaplan e Norton (1997, p.2) o “Balanced Scorecard transpõe a missão e a estratégia das organizações em uma aglomeração extensa de medidas de desempenho que alicerçam para um sistema de medição e gestão estratégica”. Com o mercado cada vez mais atualizado e competitivo, as empresas que desejam destaque são as primeiras a aplicarem modelos novos de gestão . Por isso o bsc é muito atraente para essas organizações. (Olve et al., 1999). O grande ponto positivo do BSC é fornecer claramente aos gestores , os objetivos da estratégia para que seja possível colocá-las em prática da maneira mais correta, reparando e fazendo melhorias de acordo com os resultados de suas perspectivas. Nesse sentido, as quatro perspectivas - Financeira, Clientes, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento - proporcionam um modelo amplo em que se desagregam a estratégia em objetivos, indicadores, metas e atitudes que trazem aos gestores e um guia dos pontos principais do negócio. As perspectivas do Balanced Scorecard As perspectivas destacam os assuntos que devem ser pontuados no decorrer da análise estratégica, associadas aos objetivos estratégicos planejados para a mesma, sendo capaz de demonstrar como causa e o efeito que ocorrem no empreendimento e como uma perspectiva atinge as demais. André Charone (p.3) define as perspectivas do BSC como: Perspectiva Financeira A perspectiva financeira tem como principal prioridade guiar a organização na melhora da eficiência e na procura de processos alternativos que possam ser implementados visando a otimização da utilização dos recursos que se encontram disponíveis numa ótica econômico- financeira, incentivando as diferentes unidades de negócios a vincularem os seus objetivos à estratégia da organização. Mais do que ter um conjunto de índices econômico- financeiros que meçam a lucratividade e o crescimento, é necessário selecionar aqueles que se prendem diretamente com a medição da performance e a criação de valor de forma sustentável a médio e longo prazo, tendo em vista a satisfação dos stakeholders, como por exemplo, o EBITDA, que representa o lucro antes da incidência de impostos, depreciações e amortizações. Perspectiva de clientes No tocante à perspectiva dos clientes, a recente corrente filosófica dos negócios tem mostrado crescente atenção em torno do cliente e na satisfação total das suas expectativas, integrando verdadeiras parcerias com a organização. Esta perspectiva revela-se de vital importância, encontrando-se dependente de indicadores de performance focalizados no cliente, os quais se devem encontrar alinhados com a estratégia de gestão. São exemplos destes sistemas de gestão os baseados na qualidade total e na gestão da relação com o cliente, t a m b é m c o n h e c i d o c o m o C R M ( G e s t ã o d e Relacionamento com os Clientes, na sigla em inglês). Este vetor permite identificar segmentos de clientes e de mercado nos quais as unidades de negócio podem competir, atendendo aos principais pontos chave: participação de mercado, captação, nível de retenção, satisfação, lucratividade dos clientes por área de negócio, serviço pós-venda e garantia. Uma baixa performance neste conjunto de indicadores conduzirá ao declínio futuro da organização, mesmo se, presentemente, os indicadores econômico-financeiros apresentem um bom desempenho. Estes indicadores fornecem feedback sobre os processos internos e os resultados externos atingidos com o objetivo de melhorar sistematicamente, incrementando a capacidade da organização para produzir bens e/ou serviços que garantam a satisfação global dos clientes. Perspectiva de processos internos No que se refere aos processos internos, estes compreendem os mecanismos através dos quais as expectativas de performance e eficiência são alcançadas. Esta perspectiva abrange a identificação dos processos internos vitais que necessitem ser desenvolvidos e mantidos nos quais a empresa deve alcançar a excelência. Cada organização utiliza um conjunto específico de processos a fim de criar valor para os clientes, produzindo resultados financeiros. O conjunto dos processos internos ao longo da cadeia de valor permite que cada unidade de negócio ofereça as propostas capazes de atrair e reter clientes em segmentos alvo de mercado, satisfazendo os requisitos e as expectativas dos consumidores, criando valor e obtendo retornos acima da média para os acionistas. Com efeito, esta perspectiva estabelece objetivos, aloca e prioriza recursos enquanto monitoriza custos de eficiência, influenciando o processo de imagem e reputação externa da organização. Os indicadores utilizados devem ser cuidadosamente escolhidos por aqueles que conhecem mais intimamente os processos operacionais internos, visando a racionalização na utilização de recursos escassos, tendendo à eliminação de desperdícios, devendo assentar em: tecnologia, inovação e operacionalidade da relação economia/custo/eficiência. Perspectiva de aprendizado e crescimento No que diz respeito à perspectiva de aprendizado e crescimento, o enfoque dos KPI encontra- se em três fontes principais: as pessoas, os sistemas e os procedimentos organizacionais. Enquanto os objetivos das outras perspectivas identificam onde a organização se deve superar de modo a atingir a melhoria contínua da performance, os objetivos de aprendizado e crescimento fornecem a infra-estrutura necessária, permitindo que os objetivos das outras perspectivas sejam atingidos, promovendoo crescimento individual e organizacional. Estes objetivos precisam ser alcançados se a organização pretende melhorar a sua performance ao longo do tempo. Os recursos humanos incluem a formação permanente dos colaboradores, a adoção de uma cultura organizacional pró-ativa e conjunta, voltada para a melhoria individual e de processos, objetivos estes fundamentais no presente contexto de rápida mutação econômica. Esta perspectiva visa favorecer a comunicação e a transversalidade da informação, bem como fomenta o diálogo interno e externo, sendo um elemento de estímulo, promovendo a coesão, satisfação, participação e motivação a todos os níveis da cadeia de valores, levando os dirigentes a determinar os seus objetivos e a identificar os fatores críticos ao êxito no exercício das suas atividades alinhando os objetivos individuais e de equipe com os objetivos de longo termo. Os processos só serão bem sucedidos se os recursos humanos tiverem as competências necessárias, e bem assim se encontrarem-se motivados e envolvidos a todos os níveis da cadeia de valores da organização com os objetivos propostos no plano estratégico. Conclui-se, assim, que todas estas perspectivas relacionam-se entre si, em relações de causa e efeito, em consonância com a evolução do plano estratégico e do ambiente. Segundo Kaplan & Norton (1997, p.44): “A vinculação entre as medidas das quatro perspectivas mostra claramente que os scorecard não é um agregado de aleatórios de duas dúzias de medidas que executivos misturam e escolhem ao acaso. Ao contrário, num bom Balanced Scorecard, as medidas devem ser interligadas para comunicar um pequeno número de temas estratégicos amplos, como o crescimento da empresa, redução dos riscos e aumento de produtividade” Kaplan e Norton (1993) destacam que é imprescindível manter o equilíbrio das perspectivas do BSC: “Este conjunto equilibrado de medidas demonstra não só as negociações que gerentes já efetivaram através de medidas de desempenho , como os incentiva a alcançar suas metas no futuro sem fazer negociações entre fatores de sucesso”. A Comunicação com os envolvidos no projeto A comunicação seja por qualquer meio , demonstra aos funcionários e envolvidos no projeto, as metas e objetivos que a organização deseja alcançar para que a estratégia seja eficaz . O processo de gerenciamento e aprendizado estratégico nos quais está norteada a estratégia , planejamento e estabelecimento de metas, prazo para comunicar e comprometer os gestores com a estratégia de uma unidade de negócio e que todos os envolvidos entendam claramente as metas de longo prazo , bem como as estratégias que devem ser tomadas para atingir o esperado. (Kaplan & Norton, 1997). No Planejamento e estabelecimento de metas existe a possibilidade de quantificar os resultados almejamos a longo prazo; Reconhecer mecanismos que tragam recursos para os resultados e estabelecer referenciais de curto prazo para as medidas financeiras e não-financeiras do scorecard. Os gestores necessitam estipular metas para os objetivos dos scorecard para os futuros três ou cinco anos, considerando as mudanças organizacionais.(Kaplan & Norton, 1996). Para mais, Kaplan (1999a) ressalta que a postura da alta administração é compartilhar os deveres e compromissos, evitando o isolamento no decorrer da efetivação do BSC. Esse autor (KAPLAN, 1999a, p. 3) diz que “O resultado final desta autoconfiança excessiva é que os processos de tomada de decisão, em níveis superiores, não mudam”, destacando também o ponto de vista de Norton a respeito da divisão de responsabilidades: “tirar a estratégia da mão de 10 e passar para 10 mil” (KAPLAN, 1999a, p. 4). Para alcançar os resultados , esse autor aconselha a efetuação dos scorecards da entidade pouco a pouco, dispersando o trabalho da implementação , definindo e ajustando os projetos em todos os setores da empresa. Para Kaplan (1999a), não é possível obter as medidas um pedaço do total das medidas do BSC nos meses iniciais em que foi implementado o processo, mas isso não vem se tornar um problema . Todavia, as empresas devem focar noque é importante e não prender em detalhes, começando definitivamente pela utilização de medidas de BSC e fazendo as devidos ajudastes para melhorar os resultados. Kaplan (1999b, p. 5) afirma que “o scorecard não é um evento único – é um processo de gerenciamento contínuo”. Também Carvalho e Laurindo (2003b) alertam que a implementação do BSC anda junto com o gerenciamento por processos: se a empresa ainda não mapeou seus processos críticos, vai demorar para estabelecer as métricas nessa perspectiva. Kaplan (1999b) também relata que quando consultores externos são os encarregados pela implementação do BSC, é possível que o mesmo produza um sistema aprimorado mas que não atende as necessidades de gestão do executivo sênior. Por isso , Kaplan (1999b, p. 5-6) afirma: “sistema e tecnologia são extremamente importantes...mas os sistemas e tecnologias aplicados devem vir após a gestão ter finalizado seu trabalho estratégico inicial, e que irão criar os objetivos, medidas, metas, iniciativas e scorecards interligados por toda empresa.” Kaplan e Norton (1997) definem que o planejamento e a estratégia deve ser distruibuido a todos os envolvidos no projeto para que se alcance os objetivos estratégicos estipulados. Feedback O BSC proporciona a fiscalização e ajuste da realização da estratégia e até mesmo realizar mudanças se essencial . Durante esses procedimentos é de suma importância que a visão seja comparticipada em toda empresa . (Olve et al., 1999; Loneeff, 2001). Por fim, o procedimento pode concluir que a estratégia atual é eficaz ou que existe é necessário que se façam ajustes e mudanças na estratégia utilizada no momento. (Kaplan & Norton, 1997, p.18-19). CONCLUSÃO Com o mercado atual e cada vez mais competitivo, ter apenas a qualidade do produto ou do serviço não é suficiente para uma organização atingir seus objetivos. É necessário excelência nos seus resultados comparando com referenciais de excelência do mercado. Para isso, são utilizados medidores de desempenhos que sejam capazes de apontar onde a empresa deve aplicar mais esforços para obter o que esperado por seus gestores. O BSC é uma ferramenta que auxilia nas iniciativas estratégicas, baseado em 4 componentes estratégicos (objetivos, metas, indicadores, iniciativas) e 4 perspectivas (financeira, dos clientes, processos internos, aprendizado e crescimento). Através de suas perspectivas é capaz de gerar uma espécie de Feedback e assim os gestores podem fazer alterações e compreenderem onde a empresa precisa melhorar para alcançar determinados resultados. O BSC motiva os envolvidos no projeto porque sua execução necessita do envolvimento de todos, desde a alta gerência. Assim, é necessário que a comunicação com todos os funcionários seja contínua, através de qualquer meio de comunicação, principalmente através de reuniões que incentivem os empregados a levarem a estratégia ao sucesso. Além disso, a comunicação traz a clareza necessária para o entendimento dos macro-objetivos, para assim , proporcionar uma visão melhor das decisões a serem tomadas, focando naquilo que realmente trará resultados . O resultado eficaz do BSC depende da colaboração de toda a equipe em relação ao plano de ação. Assim se faz extremamente importante a comunicação com todos os participantes do projeto, educando os colaboradores sobre os métodos e os planos de execução . E até mesmo sugerindo recompensas aos indicadores de desempenho. É de suma importância que sejam medidos todos os resultados. A denominação exata dos indicadores, como também de sua mensuração, define se a empresa está indo no caminho certo na aplicação de seus esforços. Assim, que processo de aplicação do BSC em si já traz os aprendizados primordiais para os ajustes e tomada de decisões finais. E por isso é tãoimportante a participação dos envolvidos no processo. Com o mercado atual e cada vez mais competitivo, ter apenas a qualidade do p necessita do envolvimento de todos, desde a alta gerência. Assim, é necessário que a comunicação com todos os funcionários seja contínua, através de qualquer meio Leonardo;./SC; FNQ, 2007. Apostila do curso de MBA em Gestão para a Excel Redator Rock content, 201 REFERÊNCIAS ESKAPLAN, R. S. Can bad things happen to good scorecards? Harvard Business School Press: Balanced Scorecard: insight, experience e ideas for strategy-focused organization report. Article B9911D, 1999ª COSTA, Ana Paula Paulino da . Blanced Scorecard: conceitos e guia de implementação. São Paulo (SP): Atlas, 2006. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. KALLÁS, David; COUTINHO, André Ribeiro. Gestão estratégica: experiências e lições de empresas brasileiras. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevir, 2005. KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P.. A estratégia em ação: balanced scorecard. Tradução de Filho, Luiz Euclydes Trindade Frazão. 19. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. SCHULUPP, Hildegarde; COSTA, Leonardo; SILVA, Silvio Bitencourt da. Planejamento e gestão estratégica. Florianópolis: SENAI/SC; FNQ, 2007. Apostila do curso de MBA em Gestão para a Excelência. Redator Rock content, 2018. Disponível em < https://rockcontent.com/br/blog/ balanced-scorecard/> https://rockcontent.com/br/blog/balanced-scorecard/ https://rockcontent.com/br/blog/balanced-scorecard/
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