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Endodonti� Recursos Semiotécnicos em Endodontia É determinar uma doença através de seus sinais, sintomas e/ou mediante a exames diversos (radiográficos, laboratoriais, clínicos…). Recursos Semiotécnicos: anamnese, exame intra oral e extra oral, e depois os exames complementares. ESTÁGIOS DO DIAGNÓSTICO 1. Paciente relata ao clínico por que está procurando o tratamento 2. O clínico questiona o paciente sobre os sintomas e história que o levou à consulta 3. O cirurgião dentista realiza testes clínicos objetivos 4. O clínico correlaciona os achados objetivos com os detalhes subjetivos para poder fechar um diagnóstico Urgência: se o paciente relatar que essa dor afeta sua qualidade de vida e seu dia a dia. Se aquele dente dói e o paciente não consegue dormir, tem que tomar analgésico. Ainda assim, temos que planejar o tratamento, tem que usar todos os recursos: radiografias, ouvir o que o paciente vai dizer. ANAMNESE ● Queixa principal ● História médica ● História dentária pregressa (como o dente chegou aquele ponto) ● História dentária atual Na anamnese, conseguir identificar: → localização: localizada (o paciente consegue apontar qual o dente), difusa (dói tudo) → início: provocada, espontânea → intensidade: leve, moderada ou severa → duração: longa, curta → frequência: intermitente, contínua → fatores estimulantes: frio, calor, mastigação, trauma EXAME EXTRA-ORAL Esse exame começa quando o paciente entra no nosso consultório, observar assimetrias, dificuldades, edemas. Observar o paciente como um todo através desse exame visual. ● Palpação: sempre fazer palpação das cadeias ganglionares na região submandibular. EXAME INTRA ORAL ● Inspeção visual: presença de dentes destruídos, fístulas intra orais, dentes escurecidos, trincas ou fraturas ● Profundidade de sondagem: para verificar possível comprometimento periodontal ● Mobilidade: comprometimento periodontal ● Palpação apical: para verificar se há alguma alteração periapical. ● Percussão: realizada com o cabo do espelho → percussão horizontal e vertical. ● Testes térmicos: Resposta aos testes térmicos indicando normalidade pulpar “ Sensibilidade que desaparece imediatamente após a remoção do estímulo térmico (se o dente não estiver doente, se estiver, normalmente a dor continua após a remoção do estímulo”. → Teste térmico com frio: Campo seco, sugador e isolamento relativo; Primeiro aplicar no dente homólogo (para identificar a reação de normalidade e de anormalidade) Pode ser realizado com spray refrigerante ou lápis de gelo; Aplicar próximo ao terço cervical da coroa. ● Dente normal ou com pulpite reversível: dor de rápida duração e declínio; ● Dente com pulpite irreversível: a dor demora a passar; ● Dente com pulpite irreversível sintomática: o frio alivia a dor; ● Dente necrótico: não responde → Teste térmico com dióxido de carbono congelado Também conhecido como “gelo seco” ou “neve de dióxido de carbono” → Teste térmico com o calor Indicado quando a queixa principal do paciente é uma dor dentária intensa com o contato com qualquer bebida ou comida quente, sem conseguir identificar qual é o dente. Com o campo seco, sugador e isolamento; Passar vaselina na estrutura dentária; → Teste elétrico Apresenta limitações na obtenção de informações sobre a vitalidade pulpar; Dente a ser testado isolado e seco; Aplicar primeiramente em um dente homólogo; A superfície dentária é coberta com Endo PTC; → Fluxometria por laser doppler Método usado para determinar o fluxo sanguíneo nos sistemas microvasculares. Um diodo é usado para projetar um raio de luz infravermelho através da coroa e câmara pulpar. Vai medir a velocidade com que as células sanguíneas vermelhas estão se movendo. Muito interessante de usar em dentes traumatizados. → Oxímetro de pulso Usado para mensurar a concentração de oxigênio no sangue e a taxa de pulso; → Teste da mordida O teste da mordida é indicado quando o paciente sente dor na mastigação mas não sabe identificar qual o dente que dói; Diversos dispositivos podem ser usados, desde que permita a pressão dentária em um dente isolado por vez, para identificar o dente comprometido. Exemplos de dispositivos: cotonetes, palitos e brocas, pontas de borrachas para polimento. → Teste de cavidade Raramente usado, por ser muito invasivo. Usa quando todos os outros testes não foram conclusivos. Fazer em casos muito complexos. Este pode ser usado em caso de dente totalmente coberto por coroa metalocerâmica, por exemplo, onde não foi possível aplicar os demais testes térmicos, ou os demais testes não foram conclusivos. → Transiluminação e aplicação de corantes Muito bom para identificar fraturas e trincas → Traçado ou mapeamento de fístulas Introduz um cone de gutapercha secundário M na fístula, com auxílio de uma pinça, sob isolamento relativo → Anestesia seletiva Caso o paciente não consiga identificar se a dor é na arcada superior ou inferior. EXAMES COMPLEMENTARES ● Radiografias intra-orais Ter cuidado com imagens anatômicas, que dependendo de sua localização na imagem radiográfica pode parecer com lesões periapicais (forame incisivo, forame mentoniano, fossas nasais e seios maxilares) ● Tomografia computadorizada Bom para dar informação de perfuração, trincas, fraturas ● Microscópio operatório Bom para quem vai se especializar em endo (mesmo com a endo bem feita, o paciente ainda sentia dor, devido a presença de uma trinca que foi verificada com o microscópio). DIAGNÓSTICO x HISTOFISIOLOGIA PULPAR Para podermos aplicar os testes diagnósticos precisamos conhecer a histofisiologia pulpar
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