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Conteúdo: LICITAÇÕES E CONTRATOS Bruno Maldonado Barcellos Revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna Mestre em Direito (Unisinos) Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional Especialista em Direito Público Professor das Faculdades São Judas Tadeu e da IMED Procurador do Município de Alvorada/RS Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 B242l Barcellos, Bruno Maldonado. Licitações e contratos / Bruno Maldonado Barcellos, João Guterres de Mattos. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 156 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-122-8 1. Administração pública. 2. Licitações. 3. Contratos. I. Mattos, João Guterres de. II. Título. CDU 351.712.2.02 Licitações e Contratos_Iniciais_Impressa.indd 2 30/05/2017 08:49:10 O que é licitação: princípios Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identifi car os fundamentos da licitação. Analisar os princípios que regem a licitação. Reconhecer as noções básicas orientadas pela Lei nº 8.666/1993. Introdução Vamos falar sobre licitação? Licitação é um procedimento administra- tivo formal, que precede a combinação de negócios da administração pública com terceiros, para a realização de obras, serviços, publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações. No Brasil, o processo licitatório é obrigatório, de acordo com o art. 37, Inc. XXI, da Constituição Federal (BRASIL, 1988). A não observância desse dispositivo e suas regulamentações por parte do Estado é qualificada como crime. Nesse sentido, no ano de 1993, foi sancionada a Lei nº 8.666, que regu- lamentou a licitação para todos os entes da federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Neste texto, você irá estudar a origem da licitação, bem como os princípios que sustentam esse processo, além de percorrer sobre as bases da Lei nº 8.666/1993 que regulamenta a licitação no Brasil. O que é licitação A palavra licitação é originária do latim licitatione, que signifi ca “arrematar em leilão”. Trata-se de um sistema que existe desde a era da Europa Medieval. Naquela época, existia um método chamado “vela e prego”, que se baseava em anunciar (apregoar) uma obra desejada pelo Estado e, enquanto uma Licitações e Contratos_U1_C01.indd 11 30/05/2017 08:51:45 vela ardia, os construtores faziam suas ofertas (lances). No momento em que a vela se apagava dava-se o direito (adjudicava) de realização da obra, ao construtor que havia oferecido o menor lance de preço. Desde então, esse sistema foi aperfeiçoado e, atualmente, cada país adota o seu modelo. Contudo, a essência é sempre a mesma, a de que licitação é um procedimento admi- nistrativo que formaliza o processo de compra de bens, produtos e serviços para a administração pública, no âmbito da União, Estados e Municípios, entre outras aplicações. Segundo Mello (2009) a licitação é um procedimento de disputa entre os interessados a obter relacionamento de conteúdo patrimonial com entidades governamentais e tem como objetivo a seleção da melhor proposta às conve- niências públicas. Além disso, é composta por duas partes fundamentais, a parte de habilitação e a parte de julgamento. O processo licitatório é utilizado ao redor do mundo e, no Brasil, a primeira normatização ocorreu no ano imperial de 1862, pelo Decreto nº 2.926, que regulava sobre os procedimentos para arrematação e execução de serviços a cargo do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Desde então, o procedimento recebeu diversas sofisticações e, com o advento da CF, em 1988, ganhou status de princípio constitucional, de obediência obrigatória pela administração pública direta e indireta em todos os entes da federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O pilar regulatório ocorreu anos mais tarde, no ano de 1993, com a homologação da Lei nº 8.666, a chamada “Lei das Licitações”. Quando existe uma necessidade da administração pública, inicia-se a preparação e o planejamento do objeto e da forma de sua contratação, trata-se da fase interna do processo licitatório. O objeto a ser licitado e a forma de sua contratação não deverá conter indicações ou condições, como marca, que estabeleça preferência e restrinja, comprometa ou frustre o seu caráter competitivo, bem como, estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras. A fase externa do processo licitatório, inicia-se com a publicação da licitação, por meio de Edital de Licitação, no qual se torna de conhecimento público todas as informações e regras para a participação do certame, e encerra-se na assinatura do contrato com o vencedor. A licitação estará disposta à participação de qualquer interessado, seja pessoa física, empresa grande ou pequena, inclusive as de microempreendedor individual (MEI), desde que satisfaça todos os requisitos indicados no Edital de Licitação. Entretanto, a legislação brasileira previu o impedimento de Licitações e contratos12 Licitações e Contratos_U1_C01.indd 12 30/05/2017 08:51:45 participação direta ou indireta na licitação ou na execução de obra ou serviços e do fornecimento de bens a eles necessários, para: 1. O autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica. 2. Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja diri- gente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado. 3. Servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa, a que se refere ao item 2, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviços da administração interessada. A licitação não será sigilosa, ou seja, qualquer cidadão tem o direito pú- blico de acessar e acompanhar seus atos e desenvolvimento, com exceção do conteúdo dos envelopes com as respectivas propostas dos interessados, que serão abertos e divulgados apenas no momento do certame. Edital O Edital de Licitação é o ato convocatório, sendo o documento mais importante de todo o processo licitatório. É constituído por todas as regras que devem ser observadas pela comissão de licitação ou pelo pregoeiro, conforme o caso. Não pode conter indicações que comprometam o caráter competitivo do processo, nem ser omisso em pontos essenciais ou ser genérico e impreciso, conter regras excessivas e impertinentes ao objetivo e formas de contratação, correndo o risco de ser impugnado. Segundo Mello (2009) os objetivos do Edital são: Dar publicidade à licitação; Identificar o objeto licitado e delimitar o universo das propostas; Circunscrever o universo de proponentes; Estabelecer os critérios para análise e avaliação dos proponentes e propostas; Regular os atos e termos processuais do procedimento; Fixar as cláusulas do futuro contrato. 13O que é licitação: princípios Licitações e Contratos_U1_C01.indd 13 30/05/2017 08:51:45 Princípios aplicáveis ao processo licitatório Os princípios formam a base na qual todo o processo de licitação se sus- tenta, ou seja, todo o processo deve estar ancorado nos princípios eleitos na concepção e na regulamentação do processo licitatório. Você precisa saber que a não percepção de todos os princípios previstos no regulamento das licitações, poderá tornar o processo licitatório passível de impugnação por qualquer cidadão, inclusive por aqueles que não se encontram diretamente envolvidos na licitação. O art. 3º, da Lei nº 8.666/1993 (BRASIL, 1993), estabelece que o processo licitatório deve obedecer ao princípio constitucional da isonomia e destina-se a seleção da proposta mais vantajosa para a administraçãopública e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Além disso, deverá estar em plena conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Para Fernandes (2007) o processo licitatório infringe o princípio da isono- mia quando o administrador público exige ao licitante documento, atestado ou certidão que não se encontra diretamente relacionado a sua capacidade de fornecimento, bem como quando restringe a competição apresentando indicações de qualidade ou características exclusivas do objetivo licitado que não forem indispensáveis ao interesse público. Observe que o art. 3º, da Lei nº 8.666 (BRASIL, 1993), descreve que a licitação se destina, além da promoção do desenvolvimento nacional sustentável, à seleção da melhor proposta, isso, contudo, não se traduz na seleção do menor preço, mas sim do melhor preço para a administração pública, considerando o preenchimento de todos os requisitos mínimos do edital. Demais princípios constitucionais aplicados à licitação O Quadro 1 apresenta uma relação dos princípios constitucionais que são aplicados aos processos de licitação. Licitações e contratos14 Licitações e Contratos_U1_C01.indd 14 30/05/2017 08:51:45 Princípio da legalidade Todos os atos da administração pública deverão estar previstos em Lei. Princípio da impessoalidade Todo o ato da administração pública deverá objetivar o interesse público, inadmitindo tratamento privilegiado e garantindo o tratamento igualitário entre todos os concorrentes. Princípio da moralidade Pressupõe que todos os atos da administração pública serão aplicados de forma adequada e ética pertinente a sociedade. Princípio da igualdade Em conjunto com os princípios da isonomia e impessoalidade, garante que a administração deverá ter atuação imparcial no processo licitatório. Princípio da publicidade Todos os atos da administração pública que produza efeitos em terceiros ou que onere seu patrimônio, deverão estar publicados em órgão oficial, sendo considerados válidos somente a partir de sua publicação. Princípio da probidade administrativa A probidade administrativa consiste na honestidade de proceder ou na maneira criteriosa de cumprir todos os deveres que são atribuídos ou acometidos ao administrador por força de lei. É diretamente derivado do princípio da moralidade. Princípio da vinculação ao instrumento convocatório Uma vez estabelecidas as regras do certame e publicadas no Ato Convocatório, a administração pública deverá se restringir a elas durante todo o processo. Princípio do julgamento objetivo Segundo este princípio, a administração pública não deverá amparar julgamentos com a incidência de aspectos subjetivos dos avaliadores e dos avaliados. Quadro 1. Princípios aplicados à licitação. Celso Antonio Bandeira de Mello (2009), em sua percepção, resume que os princípios peculiares da licitação podem ser resumidos em: a) competitividade; b) isonomia; c) publicidade; d) respeito às condições prefixadas em edital; e e) possibilidade de o disputante fiscalizar o atendimento dos princípios vistos anteriormente. 15O que é licitação: princípios Licitações e Contratos_U1_C01.indd 15 30/05/2017 08:51:45 Noções básicas da Lei nº 8.666/1993 para o processo licitatório A Lei nº 8.666 (BRASIL, 1993), sancionada pelo o então Presidente da Repú- blica Itamar Franco, em 21 de junho de 1993, veio para regulamentar o art. 37 da CF (BRASIL, 1988) e disciplinar sobre a matéria no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Objetos de licitação Conforme vimos anteriormente, o processo de licitação é um procedimento administrativo obrigatório, que pressupôs que, ressalvados os casos especifi - cados em legislação, todas as obras, os serviços, as compras e as alienações serão contratados mediante processo de licitação pública. Posteriormente, a Lei nº 8.666/1993, por meio de seu art. 2º, clarifica que obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, per- missões e locações da administração pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação (BRASIL, 1993). No Quadro 2, você pode ver a definição desses itens, de acordo com o art. 6º dessa lei. Obra Toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta. Serviço Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a administração, como demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais. Compra Toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente. Alienação Toda a transferência de domínio de bens a terceiros. Quadro 2. Definição dos itens de licitação obrigatória. Quem está obrigado a licitar? Abrangidas pela Lei das Licitações (BRASIL, 1993), estão subordinados ao regime de licitação, além dos órgãos de administração direta, os fundos espe- ciais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades Licitações e contratos16 Licitações e Contratos_U1_C01.indd 16 30/05/2017 08:51:45 de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Existem entidades da administração pública que não estão abrangidas pela Lei das Licitações, pois possuem regulamento próprio para esse fim, são os casos das entidades ligadas às agências reguladoras Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e as entidades integrantes do sistema “S”: Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem na Industria (SENAI), Serviço Social do Comércio (SESC), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Serviço Social de Transportes (SEST), Serviço Nacional de Aprendizagem em Transportes (SENAT), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (SEBRAE). Modalidades A Lei nº 8.666/1993 (BRASIL, 1993) estabeleceu, por meio de seu art. 22, as modalidades de licitação, que podem ser: concorrência, tomada de preços, convite, concurso ou leilão. Posteriormente, em 2002, por advento da Lei nº 10.520, institui-se também a modalidade de pregão (BRASIL, 2002). As modalidades mais importantes, são determinadas em função dos limites de valor, conforme indicação da Tabela 1, que você vê a seguir. Obras e serviços de engenharia Convite Até R$ 150.000,00 Tomada de preços Até R$ 1.500.000,00 Concorrência Acima de R$ 1.500.000,00 Demais compras e serviços Convite Até R$ 80.000,00 Tomada de preços Até R$ 650.000,00 Concorrência Acima de R$ 650.000,00 Tabela 1. Limite de valor para cada modalidade de licitação. Dispensa de licitação O art. 24, da Lei nº 8.666/1993 (BRASIL, 1993), elenca diversas situações em que a licitação pode ser dispensada. A seguir, você verá as hipóteses mais conhecidas do público e que ocorrem com maior frequência: 17O que é licitação: princípios Licitações e Contratos_U1_C01.indd 17 30/05/2017 08:51:46 a) Obras e serviços de engenharia no valor de até R$ 15.000,00. b) Demais serviços e compras no valor de até R$ 8.000,00. c) Casos de emergência ou calamidade pública. Você pode consultar todos as hipóteses de dispensa de licitação na análise do art. 24, da Lei nº 8.666/1993 (BRASIL, 1993). Habilitação Para fi ns de habilitação ao processo licitatório, serão exigidos dos licitantes, exclusivamente, a documentação relativa a: Habilitação jurídica; Qualificação técnica; Qualificação econômico-financeira; Regularidade fiscal e trabalhista. A habilitação jurídica avalia adocumentação dos sócios da entidade li- citante e de constituição da sociedade, devidamente registrada pelos órgãos competentes. Já as habilitações no aspecto técnico e econômico-financeiro, assegurarão a capacidade de fornecimento à administração pública, em cada aspecto. A regularidade fiscal irá avaliar a documentação de cadastro de contribuinte no âmbito federal, estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual. Também integram a documentação, as provas (certidões negativas) de regularidade com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal, e, ainda, quanto à Seguridade Social e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Comissões de licitações O julgamento do processo licitatório será realizado por comissão, conforme prevê o art. 51 da Lei nº 8.666/1993 (BRASIL, 1993). A comissão poderá ser especial, no caso de licitações específi cas, ou permanente, quando abranger a Licitações e contratos18 Licitações e Contratos_U1_C01.indd 18 30/05/2017 08:51:46 realização de licitações por um período máximo de um ano. É composta por, no mínimo, três membros, sendo dois deles servidores qualifi cados perten- centes aos quadros permanentes dos órgãos da administração responsáveis pela licitação. No caso de concursos, a comissão será especial e formada por membros de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, podendo ser servidores públicos ou não. Em leilão, o procedimento poderá ser conduzido a um leiloeiro oficial ou servidor designado pela administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente. 1. A licitação está disponível à participação de qualquer interessado, entretanto, a legislação tem previsto o impedimento de participação na licitação em alguns casos. Qual das seguintes alternativas apresenta este impedimento. a) Empresas de Microempreendedor Individual (MEI). b) Empresas de fora do Município, ou Estado, ou País, dependendo do âmbito da administração que está realizando a licitação. c) Empresa responsável pela elaboração do projeto básico para execução de obras e prestação de serviços. d) Pessoa física. e) Empresa com faturamento bruto anual inferior a R$ 1.000.000. 2. Quanto ao Edital de Licitação, é correto afirmar que: a) Apresentará um resumo sobre como se dará o processo da licitação. b) Apresentará as características do objetivo em licitação, inclusive as de caráter exclusivos como a marca, modelo e local de fabricação. c) O objetivo do Edital é dar publicidade à licitação. d) O edital de licitação não precisa indicar o local de realização da licitação, pois isso sempre ocorre nas dependências do órgão que está realizando a licitação. e) O edital de licitação não estabelece critérios para avaliação dos competidores, pois isso já está definido pela Lei nº 8.666/1993. 3. Assinale a alternativa que corresponde à definição do princípio de vinculação ao instrumento convocatório. a) Em conjunto com os princípios da isonomia e impessoalidade, garante que a administração deverá ter atuação imparcial no processo licitatório. 19O que é licitação: princípios Licitações e Contratos_U1_C01.indd 19 30/05/2017 08:51:46 b) Todos os atos da administração pública deverão estar previstos em Lei. c) Consiste na honestidade de proceder ou na maneira criteriosa de cumprir todos os deveres que são atribuídos ou acometidos ao administrador por força de lei. d) Uma vez estabelecidas as regras do certame e publicadas no Ato Convocatório, a administração pública deve restringir-se a elas durante todo o processo. e) Segundo este princípio, a administração pública não deve amparar julgamentos com a incidência de aspectos subjetivos dos avaliadores e dos avaliados. 4. Assinale a alternativa correta. a) A seleção da melhor proposta no processo licitatório, significa que que o vencedor da licitação sempre será aquele que oferecer o menor preço. b) A não percepção de todos os princípios previstos no regulamento das licitações, poderá tornar o processo licitatório passível de impugnação por qualquer cidadão, inclusive os que não se encontram diretamente envolvidos na licitação. c) Licitação é um procedimento administrativo obrigatório para os órgãos da administração pública Federal e Estadual, e facultativo para os órgãos da administração Municipal. d) Segundo Fernandes (2007), o processo licitatório infringe o princípio da isonomia, quando o administrador público exigir do licitante documento, atestado ou certidão que se encontra diretamente relacionado a sua capacidade de fornecimento do bem licitado. e) Esta dispensada a licitação quando se tratar de obras ou serviços de engenharia no valor de até R$ 150.000,00. 5. Na fase de habilitação, serão exigidos dos licitantes, exclusivamente, a documentação relativa a: a) I. Habilitação jurídica; II. Qualificação técnica; III. Certificado de empresa nacional; IV. Regularidade fiscal e trabalhista. b) I. Habilitação jurídica; II. Qualificação técnica; III. Faturamento Bruto Anual Superior a R$ 1.500.000,00. c) I. Habilitação jurídica; II. Qualificação técnica; III. Qualificação econômico- financeira; IV. Patrimônio líquido superior a R$ 150.000,00; V. Cumprimento do disposto no Inciso XXXIII, do art. 7º, da CF. d) I. Habilitação jurídica; II. Qualificação técnica; III. Qualificação econômico- financeira; IV. Regularidade fiscal e trabalhista; V. Cumprimento do disposto no Inciso XXXIII, do art. 7º, da CF. e) I. Habilitação jurídica; II. Quadro Funcional com no mínimo 50 colaboradores; III. Qualificação econômico- financeira; IV. Regularidade fiscal e trabalhista; V. Cumprimento do disposto no Inciso XXXIII, do art. 7º, da CF; VI. Empresas de Microempreendedor Individual (MEI). Licitações e contratos20 Licitações e Contratos_U1_C01.indd 20 30/05/2017 08:51:47 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 14 dez. 2016. BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamento o art. 37, inciso XXI, da Cons- tituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF, 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 11 abr. 2017. BRASIL. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm>. Acesso em: 11 abr. 2017. FERNANDES, J. U. J. Sistema de registro de preços e pregão eletrônico. 2. ed. Porto Alegre: Fórum, 2007. MELLO, C. A. B. de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2009. Leituras recomendadas FIGUEIREDO, J. R. Licitações públicas para principiantes: o bê-a-bá das licitações públicas. Florianópolis: Insular, 2002. OLIVEIRA, L. G. R.; SANTIAGO JÚNIOR, F. A. Licitações e contratos administrativos para empresas privadas: como participar de procedimentos licitatórios e gerenciar contratos administrativos. Belo Horizonte: Del Rey, 2004. VARESCHINI, J. M. L.; FEDEVJCYK, A. C. G. C. Legislação JML: licitações e contratos administrativos. 4. ed. Curitiba: JML, 2015. 21O que é licitação: princípios Licitações e Contratos_U1_C01.indd 21 30/05/2017 08:51:47 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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