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➢ De um dente incluso, dente que esteja prestes a erupcionar ou que esteja impactado na região do arco superior ou inferior: ✓ Prevenção de processos infecciosos → Ex.: Onde ocorre uma pericoronarite, que é ocasionada por um dente que está em processo de erupção, acúmulo de restos alimentares, e para ter uma solução da pericoronarite, é preciso na maioria das vezes fazer a extração do dente, pois ele não vai servir para função mastigatória do paciente, é um dente que nas condições atuais está em “desuso”, não há espaço para ele no arco dentário, então é preciso extrai-lo para resolver a situação que está causando o processo infeccioso; ✓ Prevenção de cárie dentária → Algumas vezes existe a presença de um dente semi-incluso e que não permite uma higienização boa da face distal do 2ºM que ele está adjacente. Então, surgem processos cariosos ou da coroa do dente adjacente ao dente que está inclinado, ou uma cárie já na porção radicular do 2ºM, e ao se ter o diagnóstico dessa situação, além de ter que extrair o 3ºM, também tem que extrair o 2ºM, pois a cárie já atingiu a porção radicular daquele dente; ✓ Prevenção de doença periodontal → Onde se tem um dente incluso próximo a um dente que está erupcionado, consequentemente não se tem uma formação de osso ao redor da raiz daquele dente que está completamente erupcionado, então, o dente incluso fica ocupando o lugar onde deveria existir osso, acarretando em uma provável doença periodontal e a reabsorção de raiz do dente adjacente; ✓ Prevenção de reabsorção patológica → Às vezes um dente está pressionando um dente que não erupcionou, e isso pode fazer com que ocorra a formação de uma reabsorção da raiz desse dente adjacente; ✓ Prevenção de cistos e tumores odontogênicos → Quem forma o dente é o capuz, o germe dentário, o qual vai dando origem ao tecido dentário em si, e se esse dente permanecer incluso, algumas vezes o resquício desse capuz pericoronário permanece ao redor do tecido dentário. E células desse remanescente do capuz pericoronário pode degenerar e formar um cisto ou um tumor, e cada vez mais vai adquirindo proporções maiores, causando a reabsorção do tecido ósseo adjacente, o deslocamento de dentes adjacentes; ✓ Prevenção de fraturas de mandíbula → Ex.: No ramo mandibular, na região de ângulo, onde existe um dente incluso, consequentemente terá uma menor quantidade de osso, então qualquer trauma que acontecer nessa mandíbula, a propagação da força, haverá uma fratura justamente na região onde existe menos quantidade de osso, onde está presente o 3ºM, e ele precisa ser extraído, pois há a possibilidade de formar osso na totalidade da região onde existir esse dente, deixando a mandíbula mais resistente, no caso de algum acidente de moto, dirigindo sem capacete, um trauma por agressão física interpessoal e etc; ✓ Dor de origem desconhecida → Ex.: Existe um dente incluso na mandíbula, e passando rente ou entre as raízes desse dente incluso, há o canal do nervo alveolar inferior, e algumas vezes durante a formação desse dente, há uma compressão desse canal , dentro do canal há o nervo alveolar inferior que tem ligação com o nervo trigêmeo, o qual irradia ramos para os tec. auricular, oftalmológico, para região temporal e por aí vai. Ás vezes o paciente tem uma dor repercutindo em algum lugar onde não está o dente, mas pelo fato de ter a mesma origem neurológica no trigêmeo, pode causar uma dor como por ex. no ouvido, então algumas vezes quando o otorrino não sabe a origem da dor daquele paciente mesmo tendo o examinado e não ter disfunção da articulação ou outra coisa, então começam a eliminar os possíveis fatores que estão causando aquela dor, e um dos possíveis fatores pode ser a compressão da raiz do 3ºM, e o extraindo é uma possibilidade de eliminar a dor; ✓ Otimização do tratamento ortodôntico → Às vezes existem dentes apinhados e o ortodontista precisa fazer o alinhamento desses dentes, e para isso que ele faça o alinhamento dos dentes, algumas vezes existem dentes inclusos, e para fazer essa movimentação do tecido dentário, o profissional só consegue se houver a remoção do dente incluso. Ex.: 1IC e o outro IC com um diastema entre eles, ao fazer uma radiog., observa-se a existência de um microdente entre as raízes dos 2 IC. E para o profissional fazer o movimento ortodôntico para fechar o espaço existente é necessário fazer a extração desse dente incluso; ✓ Presença de dentes sob próteses dentárias → Ex.: Algumas vezes os pacientes idosos do interior usam uma prótese total superior ou inferior, mas não existe nenhum dente no arco dentário na maxila ou mandíbula, e depois de algum tempo de uso da prótese, começa a surgir um abaulamento abaixo da prótese. Toda vez que mastiga, a gengiva é comprimida e sente uma dor, deixando de usar a prótese, e ao solicitar uma radiog., em algumas situações, se não for uma espícula óssea, um tecido ósseo que está saliente, que causou uma reabsorção inadequada, algumas vezes há a presença de um dente incluso sob aquela prótese que o paciente sequer sabia que existia, pois nunca fez uma radiografia na vida, o tecido ósseo começa a reabsorver e o dente começa a ficar exposto. Algumas vezes a prótese precisa ser refeita, pois depois da cirurgia, a situação anatômica modifica-se completamente; ➢ Na radiografia panorâmica pode-se ver que foi negligenciada a presença de um dente incluso, o qual nem a paciente sabia que existia, e sentia dor nessa região onde eram os 1ºM, que foram ficando com mobilidade, sempre extraindo, e a paciente sem entender o motivo dessas mobilidades. Acreditava-se ser um processo periodontal, e ao fazer a radiog. observou-se na região do corpo e do ramo da mandíbula que existia uma lesão radiolúcida, unilocular e a presença de um dente incluso, a coroa dele, pois não havia nem raiz formada, e provavelmente a degeneração do folículo desse dente, de alguma célula folicular que deu origem a essa coroa dentária, causou a necrose de algumas dessas células, formando um cisto que depois se transformou em uma lesão que ao ser realizado uma biópsia, encontrou-se também um ameloblastoma. Então, o tratamento da paciente poderia ser apenas a extração do dente incluso, mas nesse caso, além da cirurgia do dente, foi preciso fazer também o tratamento em relação a cura do tumor. ✓ Idade do paciente → Não existe necessidade de extrair um dente incluso de um paciente com 90 anos de idade se não existe nenhuma patologia, se esse dente não está causando nenhum comprometimento, e o paciente consegue usar sua prótese, e o dente incluso não aparece superficialmente, mas em compensação, se for um paciente jovem com 18 anos e o profissional detectar um dente incluso, o correto já era indicar a extração; ✓ Condições sistêmicas do paciente → Pode ser que em algum momento, a condição sistêmica dele não permita a realização de algum procedimento cirúrgico, e é preciso aguardar a sua melhoria ou então prepara- lo para o procedimento cirúrgico, então, algumas vezes a cirurgia é momentaneamente ou definitivamente contraindicada. Ex.: Paciente em condição de câncer terminal e na radiog. observa-se que existe um cisto ou um tumor ao redor do 3ºM do paciente e está incluso, ele tem um prognóstico de 30 dias de vida, então não é necessário submete-lo ao procedimento cirúrgico; ✓ Riscos as estruturas adjacentes → Em algumas situações se tem um 3ºM muito próximo ao canal do nervo alveolar inferior, então é preciso ver se irá causar algum risco a esse nervo, ou tem na parte superior um 3ºM bem próximo ao seio maxilar, onde existe a possibilidade que durante a extração, empurra-lo para o seio maxilar, então tudo isso deve ser pesado para ver se vai ser indicada ou não a cirurgia do 3ºM do paciente. ➢ Classificaçãoexclusiva de 3ºM inclusos da mandíbula por Pell e Gregory, 1942. É uma maneira de codificar a posição de um dente; ➢ Classe I, II e III → Leva em consideração o ramo mandibular: ✓ Classe I → Há um 3ºM que está completamente fora do ramo da mandíbula; ✓ Classe II → Tem um 3ºM que está parcialmente dentro do ramo da mandíbula; ✓ Classe III → O dente incluso esá completamente dentro do ramo da mandíbula; ➢ Classe (posição) A, B e C → Leva em consideração o dente adjacente: ✓ Posição A → O 3ºM está no mesmo nível de erupção do 2ºM; ✓ Posição B → Esse dente está na porção oclusal do dente adjacente; ✓ Posição C → Abaixo da linha cervical do 2ºM adjacente. ➢ 1. Vertical ; ➢ 2. Mesioangular → Voltado para mesial com um pouco de inclinação; ➢ 3. Distoangular → Voltado para distal; ➢ 4. Horizontal → Pode ser voltado para mesial ou para distal; ➢ 5. Vestíbulo-angular → A coroa está voltada para vestibular, para região da mucosa jugal; ➢ 6. Linguo-angular → Está transversalmente na mandíbula, só que voltado para a língua do paciente ; ➢ 7. Invertido. ➢ Medicação pré-operatória → Possibilidade de transcrever para o paciente iniciar uma analgesia preempitiva, que é aquela que você começa antes do trauma cirúrguco, algumas vezes já faz analgésicos e antiinflamatórios antes da cirurgia, pode-se adcionar também antibióticos e ansiolíticos; ➢ Medicação trans-operatória →Exemplo mais clássico: anestésico. É a medicação que o profissional filtra no paciente para garantir a anestesia e a ausência de estímulo doloroso, e que consiga fazer o procedimento cirúrgico sem o paciente sentir dor; ➢ Medicação pós-operatória →Pode ser a mesma da pré-operatória ou pode-se adcionar alguns outros medicamentos se necessário. ➢ Para fazer a execução da cirurgia de 3ºM é preciso saber a base da cirurgia; ➢ Então, se for para fazer uma anestesia é preciso saber a anatomia neurológica; ➢ Se for uma incisão, a anatomia óssea, saber onde tem osso por baixo da gengiva, saber onde tem tecido vascular abaixo do tecido gengival ou do epitélio; ➢ Se tiver que cortar osso é preciso saber que osso tem que cortar sempre sob irrigação de soro fisiológico, de preferência com a temperartura um pouco mais baixa, o soro mais gelado para evitar o superaquecimento do tecido ósseo; ➢ Se precisar cortar o dente pode ou não ter uma refrigeração, porém tem-se um corte melhor quando se trabalha com a irrigação com o soro fisiológico, pois não sai aquela poeira dentinária na boca do paciente e que mela todo o consultório, vai irrigando e aspirando a lama de dentina que está saindo durante a odontosecção; ➢ Se cortar um dente sem irrigar não vai causar nenhum problema ao paciente, pois a necrose que está causando nos tecidos pulpares para cortar aquele dente que vai ser extraído. E o dente não transfere tanto calor para os tecidos ósseos adjacentes; ➢ Se for a sutura do retalho é preciso obedecer os princípios da irrigação dos tecidos moles. ➢ Figura A → Incisão feita de uma maneira correta, onde se tem um dente incluso (28) e foi preciso fazer o retalho para extrair esse dente. O retalho ilustrado na figura é o correto, pois quando é necessário fazer um retalho para remoção de um dente incluso, é preciso de uma amplitude de campo de visão maior. Ao colocar o retalho na sua posição e suturar, pode haver uma tensão nessa sutura, pois o retalho vai ficar caindo justamente na região do dente que foi extraído; ➢ Figura B → Maneira errada. Depois que o dente sair, ao colocar o retalho de volta para sua posição, ele não terá mais o apoio da coroa desse dente e a tendência desse retalho é cair dentro do alvéolo, dificultando a cicatrização do tec. gengival; ➢ É preciso usar broca na região superior para fazer extração de 3ºM? Geralmente não, pois a maxila é um osso bastante poroso. Porém, pacientes de mais idade (40/50 anos), pode ser que precise utilizar brocas com a utilização de alta rotação ou da baixa rotação na região superior. Parei em 58 minutos da aula!!
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