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DEPRECIAÇÃO E INVESTIMENTO EM TI 
Laura Pereira Morais 
Prof. Rosi Piber 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Gestão de Técnologia da Informação (FLX0423) – Trabalho de Graduação 
01/12/2020 
RESUMO 
As tecnologias de informação (TI) tornaram-se nos últimos trinta anos um fator muito 
importante no crescimento econômico das economias desenvolvidas. Um bom conhecimento 
da difusão dessas tecnologias, e para isso a medição do investimento e do capital em 
materiais e software em que estão incorporados (pelo subsequente investimento e capital em 
TI) tornou-se um pré-requisito necessário para estudos sobre a produtividade e crescimento. 
No entanto, devido à evolução muito rápida das TI e à melhoria considerável no desempenho 
de hardware e software, a maioria dos problemas tradicionais de medir os volumes de 
investimento e capital são encontrados em sua preocupação particular. Diante do exposto, 
este trabalho o principal objetivo deste trabalho foi analisar as implicações do processo de 
investimento e depreciação de TI. Especificamente este trabalho buscou: explicar o que é um 
ativo; discorrer sobre investimento em TI; e por fim, falar sobre o processo de depreciação 
de TI. Concluiu-se que a transformação digital penetrou tão plenamente nas organizações e 
empresas que a necessidade de investir em tecnologia da informação está cada vez mais 
clara. Seu objetivo é ser capaz de se adaptar às demandas de modelos de negócios mais 
rápidos, novos clientes e serviços instantâneos. Toda empresa é constituída por elementos ou 
ativos de natureza durável e temporária. Com o tempo, os ativos de TI perdem valor. Em 
outras palavras, eles são amortizados ou depreciados. É bom ter isso em mente, porque, 
afinal, quando falamos em amortização ou depreciação, estamos falando em despesas. E isso 
é importante para a contabilidade da empresa. 
Palavras-chave: Depreciação, Investimento, Tecnologia. 
1 INTRODUÇÃO 
As tecnologias de informação (TI) tornaram-se nos últimos trinta anos um fator muito 
importante no crescimento econômico das economias desenvolvidas. Um bom conhecimento 
da difusão dessas tecnologias, e para isso a medição do investimento e do capital em materiais 
e software em que estão incorporados (pelo subsequente investimento e capital em TI) tornou-
se um pré-requisito necessário para estudos sobre a produtividade e crescimento. No entanto, 
devido à evolução muito rápida das TI e à melhoria considerável no desempenho de hardware 
e software, a maioria dos problemas tradicionais de medir os volumes de investimento e 
capital são encontrados em sua preocupação particular (NASCIMENTO, 2005). 
Dentre esses problemas, destacam-se os da mensuração do investimento em valor e da 
divisão volume-preço das séries de investimento em valor. As dificuldades com que se
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deparam os contadores nacionais para realizar tal divisão conduzem-nos geralmente a 
escolhas pragmáticas, cujas consequências a nível macroeconómico são provavelmente 
bastante limitadas para a maioria dos bens, cujas características principais costumam mudar 
muito lentamente (PARK; SHIN; PARK, 2006). 
Para estes bens, de fato, as diferenças entre as avaliações efetuadas e as que 
resultariam das várias abordagens teoricamente concebíveis (aos “custos dos fatores” ou aos 
“serviços do produtor”), cuja implementação “perfeita” seria delicada e muito dispendiosa. , 
provavelmente não são muito importantes. O mesmo não se aplica a bens de investimento em 
TI, e a importância das diferenças torna necessária a sofisticação dos métodos, e o uso em 
particular dos chamados métodos "hedônicos" (ou mesmo métodos característicos, ou 
métodos econométricos) e aos métodos de "emparelhamento", que têm efeitos muito fortes 
nas avaliações (GESKE; RAMEY; SHAPIRO, 2004). 
Depreciação é a perda de valor de um ativo ou classe de ativos à medida que 
envelhecem. A depreciação é um conceito de fluxo e, como tal, compartilha características-
chave, como os princípios de avaliação de outros fluxos nas contas nacionais. 
Economicamente, a depreciação é melhor descrita como uma dedução da receita para 
contabilizar a perda de valor do capital devido ao uso de bens de capital na produção 
(WHELAN, 2002). 
Diante do exposto, este trabalho o principal objetivo deste trabalho foi analisar as 
implicações do processo de investimento e depreciação de TI. Especificamente este trabalho 
buscou: explicar o que é um ativo; discorrer sobre investimento em TI; e por fim, falar sobre o 
processo de depreciação de TI. 
Segundo Fonseca (2002), a pesquisa bibliográfica será realizada mediante a apuração 
de referências teóricas já examinadas e publicadas via escritos e eletrônicos, como artigos 
científicos, livros, páginas de web sites. A pesquisa bibliográfica permite ao pesquisador 
conhecer o que já se pesquisou acerca do tema. O trabalho de pesquisa bibliográfica 
possibilita aprofundar o conhecimento sobre um determinado assunto, esclarecer as ideias e 
comunicá-las de maneira lógica e rigorosa. Seu objetivo é observar, explicar, interpretar, 
descobrir novas relações entre os fatos e, após verificação, reconstruir uma realidade para dar 
um alcance universal aos fatos estudados. 
Geralmente envolve o desenvolvimento de uma tese e a proposição de argumentos que 
a sustentem. O trabalho de pesquisa bibliográfica deve, portanto, ser bem documentado. 
Portanto, a metodologia aplicada neste estudo foi a pesquisa bibliográfica. Através dos 
autores investigados foi possível alcançar os objetivos delineados no trabalho. 
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2 DESENVOLVIMENTO 
Do ponto de vista contábil, um ativo é um bem, direito ou outro recurso que uma 
empresa controla economicamente e do qual espera obter um benefício ou retorno econômico 
no futuro. Ou seja, o computador com o qual você trabalha, o carro da empresa, uma patente 
ou uma matéria-prima são ativos de uma empresa. Os ativos podem ser de dois tipos 
(GESKE; RAMEY; SHAPIRO, 2004): 
▪ Fixo: são recursos duráveis, ou seja, destinam-se a servir, de forma duradoura, a 
atividade da empresa e não se destinam à comercialização. Assim, também são 
chamados de ativos fixos, ativos fixos ou ativos não circulantes. 
▪ Circulantes: são elementos que fazem parte dos investimentos cíclicos de uma 
empresa, ou seja, não têm caráter duradouro e estão sujeitos ao ciclo de atividade 
(geralmente, não superior a um ano). Ou seja, os estoques (como matérias-primas, 
itens no processo de fabricação) são adquiridos e posteriormente vendidos. É por 
isso que são conhecidos como ativo circulante ou ativo circulante. 
Quando se fala em amortização ou depreciação de um ativo, refere-se a ativos fixos. 
Ou seja: determinados recursos de uma empresa, como imóveis, máquinas, etc., perdem valor 
(depreciam) e isso deve ser considerado como despesa. Como em todos os aspectos da vida, o 
tempo está minando o valor das coisas. Numa empresa, um carro, um computador ou os 
móveis de um escritório são um investimento inicial que com o uso e o passar do tempo se 
deteriora. Além disso, é necessário contar o desenvolvimento tecnológico. Pode se ter certeza 
de que o dispositivo com o qual você está lendo essas linhas não terá o mesmo valor em cinco 
anos (NASCIMENTO, 2005). 
Quando a pessoa deseja estimar a perda de valor de um ativo imobilizado, deve levar 
em consideração os seguintes fatores: o valor depreciável. Ou seja, o preço de compra ou 
construção. A sua vida útil ou o tempo durante o qual se estima que um imobilizado será 
utilizado e o seu valor remanescente ou valor que terá no final da sua vida útil (GESKE; 
RAMEY; SHAPIRO, 2004). 
O investimento em tecnologia e especificamente em TI está em um avanço 
interessante, como mostram os relatórios internacionais e nacionais (THE GLOBAL 
INFORMATION TECHNOLOGY REPORT, 2015). Isso permite estabelecer que a TI é um 
fator importante e determinante para o crescimento das organizações. O papelque a TI 
desempenha nas empresas sofreu uma profunda mudança, passando de simples ferramentas de 
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processamento de dados a uma espinha dorsal que afeta todas as atividades da organização, 
tanto interna quanto externamente (GÓMEZ; SUAREZ, 2011). 
Maldonado, Mojica e Molina (2013) identificam que um aumento significativo no 
investimento em TI é um dos fatores mais importantes que permitem um aumento 
significativo na eficiência de qualquer organização. Jasso (2009) menciona que embora em 
princípio o investimento em TI não mostre rentabilidade, é conveniente continuar investindo 
porque se constitui indiretamente, como um elemento de sinergia, para dar maior 
competitividade à organização ou por ser um elemento estratégico no planejamento 
organizacional. 
No estudo empírico desenvolvido por Bento et al. (2014), em empresas de 1990, foi 
estabelecido por meio da análise estatística das informações coletadas que a TI tem relação 
direta com os resultados do negócio, principalmente na eficiência das operações e o aumento 
nas vendas. Mihalic e Buhalis (2012) afirmam em seu estudo empírico do setor hoteleiro que 
a TI complementa e potencializa outros recursos competitivos da organização, justificando 
assim o investimento neste tipo de recursos. 
O investimento em TI é a aquisição de hardware e software para serem usados na 
produção por mais de um ano. As TI consistem em três componentes: hardware de 
computador (computadores e acessórios), equipamento de comunicação e software. O 
elemento de software consiste em software padrão, software personalizado e software 
desenvolvido internamente. Este indicador é expresso em percentagem da formação bruta de 
capital fixo não residencial (GESKE; RAMEY; SHAPIRO, 2004). 
A velocidade com que ocorrem os avanços tecnológicos está gerando situações 
inusitadas na gestão econômico-financeira das empresas. As empresas têm duas 
circunstâncias: uma é que têm um investimento em ativos fixos e a outra é que, apesar de o 
terem nos ativos que são a fonte da sua produção (indústria, serviços, etc.) o retorno do 
referido investimento não é produtivo o suficiente porque afeta os custos de produção e, 
consequentemente, a competitividade empresarial (GESKE; RAMEY; SHAPIRO, 2004). 
A decisão qualitativa influencia em grande medida, que, para tanto, vários fatores 
devem ser considerados: 1) a necessidade de mudança de tecnologia; 2) custo e lucratividade 
comparativos entre a tecnologia atual e a projetada para aquisição; 3) fluxo de caixa 
comparativo e efeito no capital de giro (aumento nas vendas e / ou contas a receber); 4) 
obsolescência e depreciação durante a transição; 5) custo da mudança (novas instalações, 
destruição de infraestrutura, necessidade de técnicos, etc.); e 6) custo do financiamento, com 
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dinheiro imediato. Também pode ser necessário investir em peças de reposição ou estoque de 
matéria-prima (GESKE; RAMEY; SHAPIRO, 2004). 
O custo da depreciação da nova tecnologia é importante, é possível que o equipamento 
ou serviço que se está tentando adquirir exija um custo elevado do fator indicado (WHELAN, 
2002). Vale lembrar que embora a depreciação seja técnica e tributária obrigatória, é uma 
despesa e, consequentemente, reduz os lucros. O fato de todos os ativos fixos serem 
depreciados ou amortizados em percentuais fixos não tem muito suporte, para o qual é 
necessário um cuidado exigente na análise financeira. Por outro lado, a depreciação, que 
poderia advir de um investimento em situação de endividamento, exigiria o conhecimento de 
seus efeitos sobre a utilização e disposição dos recursos (PARK; SHIN; PARK, 2006). 
A depreciação por motivos tecnológicos tem aspectos técnicos, nem todos os ativos 
podem ser depreciados no mesmo percentual. Mas não ignore o conceito básico de que uma 
depreciação mais baixa gera lucros maiores e que a depreciação acelerada reduz o imposto de 
renda e outros fatores derivados (PARK; SHIN; PARK, 2006). 
Uma nova tecnologia pode tornar um equipamento inútil ou obsoleto que ainda 
funciona, mas requer custos de manutenção, dá resultados incompletos ou tardios, ou precisa 
ser atendido por vários funcionários devido a processos já superados tecnicamente. (Um caso 
muito comum em hospitais, em que os mesmos profissionais se recusam a trabalhar com 
equipamentos que consideram não precisos. O setor indicado está sendo muito beneficiado 
pelos avanços tecnológicos, mas paralelamente, aumenta a necessidade de investimento, 
financiamento e recuperação). A obsolescência também é uma constante (MACHADO; 
PIZYSIEZNIG FILHO, 2002). 
A obsolescência é a queda em desuso de máquinas, equipamentos e tecnologias 
motivada não pelo mau funcionamento dos mesmos, mas por um desempenho insuficiente de 
suas funções em comparação com as novas máquinas, equipamentos e tecnologias 
introduzidas no mercado. A obsolescência tecnológica refere-se à necessidade de substituição 
de um dispositivo tecnológico simplesmente pelo fato de surgir uma nova versão do mesmo, 
mesmo que as alterações não sejam significativas, nem o produto anterior tenha atingido o fim 
de sua vida útil (MACHADO; PIZYSIEZNIG FILHO, 2002). 
A depreciação de ativos é a perda de valor comercial à medida que os dispositivos ou 
ativos obtidos por uma organização se desgastam. Esse é um dos grandes problemas que 
afetam os empresários, pois o investimento que fazem em aparelhos tecnológicos torna-se um 
gasto e possivelmente um prejuízo, por isso o ideal é ir para um aluguel tecnológico que 
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economize dinheiro enquanto possui os melhores equipamentos de tecnologia à sua 
disposição (PARK; SHIN; PARK, 2006). 
Este tipo de depreciação tem ocorrido ao longo da história da economia, visto que os 
elementos ou dispositivos obtidos por empresas ou particulares se desgastam e perdem valor, 
isto se deve ao fato de que no mundo tecnológico os avanços e novas funções evoluem muito 
rapidamente, por exemplo, se você comprar um celular no início do ano, no final desse ano já 
haverá um aparelho com uma câmera melhor, melhor resolução de tela e possivelmente novas 
tecnologias (WHELAN, 2002). 
Agora, todos os ativos de uma empresa são adquiridos com o objetivo de gerar lucros 
ou ajudar os funcionários a utilizá-los para o mesmo fim, por isso a vida útil dos ativos 
termina quando eles deixam de gerar lucros e seus o valor comercial é quase nulo. É por causa 
do exposto que agora muitas empresas decidiram reduzir a compra de dispositivos 
tecnológicos como computadores, impressoras, sistemas UPS, feixes de vídeo e servidores 
caros (WHELAN, 2002). 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A transformação digital penetrou tão plenamente nas organizações e empresas que a 
necessidade de investir em tecnologia da informação está cada vez mais clara. Seu objetivo é 
ser capaz de se adaptar às demandas de modelos de negócios mais rápidos, novos clientes e 
serviços instantâneos. 
Toda empresa é constituída por elementos ou ativos de natureza durável e temporária. 
Com o tempo, os ativos de TI perdem valor. Em outras palavras, eles são amortizados ou 
depreciados. Esses ativos, que no jargão empresarial são conhecidos como ativos fixos ou 
ativos fixos, perdem valor com o tempo, devido ao seu uso e operação, ou tornam-se 
simplesmente obsoletos devido a mudanças em tecnologias obsoletas.. É bom ter isso em 
mente, porque, afinal, quando falamos em amortização ou depreciação, estamos falando em 
despesas. E isso é importante para a contabilidade da empresa. 
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7 
 
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