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Atividade Financeira do Estado

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Direito Financeiro e Tributário I
Estefânia Gonçalves
Direito Tributário
Direito Financeiro e Tributário I
Professora: Estefânia Gonçalves
Bibliografia recomendada:
 CARNEIRO, Claudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro. Saraiva.
ROSA JR, Luiz Emygdio F. da. Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário.
Renovar.
 TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Renovar.
 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. Gen/Método.
 CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. Saraiva.
 MADEIRA, Anderson Soares. Manual de Direito Tributário. Freitas Bastos.
 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. Saraiva.
Direito Tributário
 Direito Financeiro: é o conjunto de normas que regulam a atividade
financeira do Estado.
 Direito Tributário: é o conjunto de normas reguladoras da arrecadação
de tributos, bem como a fiscalização dessa prática, regulando as
relações jurídicas estabelecidas entre Estado e contribuinte.
 Atividade Financeira do Estado: é o conjunto de atos que o Estado
pratica na obtenção, na gestão e na aplicação dos recursos financeiros
de que necessita para atingir seus fins.
 Elementos da atividade financeira do Estado:
• Receita
• Despesa
• Crédito
• Orçamento
Atividade financeira é 
a relação entre estes 
elementos
Direito Tributário
 Fontes do Direito Financeiro: CRFB/88 (Constituição Financeira – art. 145 a 169); Leis
orçamentárias; Lei 4320/64; LC101/2000.
 Princípios do Direito Financeiro:
• Princípio da legalidade: A CF determinou o aspecto formal (LEI) do orçamento público
(art. 165), não podendo haver despesa pública sem a autorização legislativa prévia (art.
167, I e II da CF).
Exceção: abertura de créditos extraordinários em situações imprevisíveis e urgentes por
meio de Medida Provisória (art. 167, § 3º, CF).
• Princípio da exclusividade orçamentária: previsto no § 8º do art. 165 da CF,
estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa.
São ressalvados a autorização (a LOA vai autorizar abrir por decreto) para abertura de
créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de Receitas Orçamentárias, nos termos da lei.
Direito Tributário
• Princípio da especificação: as receitas e as despesas devem ser previstas na lei
orçamentária de forma discriminada, de tal forma que se possa saber de forma clara as
origens dos recursos e como serão aplicados. Visa facilitar o controle dos gastos públicos
e evitar o arbítrio ao Poder Executivo (art. 5°, § 4º, LC101/00).
• Princípio da anualidade: o orçamento contendo a previsão das receitas e a fixação das
despesas (LOA) tem vigência por um exercício (um ano) – art. 165, § 5º, CF e art. 2º e 34
da Lei nº 4.320/64.
• Princípio da Não Vinculação ou Não Afetação das Receitas: Nenhuma parcela da
receita geral (dos impostos) poderá ser reservada ou comprometida para atender a
determinado gasto específico. Ou seja, a receita não pode ter vinculações, pois isto reduz
a liberdade do gestor público e engessa o planejamento.
(art. 167, IV da CF).
Exceções: Repartição constitucional de receitas obrigatórias; saúde, educação, para
atividades da administração tributária, para operações de crédito por antecipação de receitas
e para a prestação de garantia ou contragarantia à União ou pagamento de débitos à esta.
Direito Tributário
• Princípio da unidade: O sistema orçamentário deve ser elaborado em harmonia e
de forma integrada, de modo que as três leis orçamentárias precisam ser
compatíveis entre si. Uma lei orienta a elaboração da outra (PPA, LDO, LOA ).
• Princípio da Universalidade: o orçamento deverá contemplar de uma só vez
todas as receitas e despesas dos poderes, órgãos e fundos da administração
pública, não sendo possível leis extravagantes.
• Princípio do equilíbrio orçamentário: o orçamento deve ser aprovado com
igualdade entre receitas e despesas, de modo que as despesas autorizadas não
sejam superiores a estimativa de receitas previstas na LOA.
OBS: o artigo 166, §8º, CF admite nos casos lá listados (recursos da LOA oriundos
de veto, emenda ou rejeição), que possa haver um orçamento com desequilíbrio
positivo, ou seja, que existam receitas sem as correspondentes despesas (jamais o
contrário).
Direito Tributário
• Princípio da transparência: é previsto no artigo 165, § 6º, CF e determina que o
projeto de lei orçamentária deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, de
modo a possibilitar o controle da execução do orçamento.
• Princípio da publicidade: o conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio
de veículos oficiais de comunicação, para conhecimento público e para a eficácia
de sua validade (artigos 37, 165, § 3º e 166, § 7º, CF).
• Princípio do controle: a lei de responsabilidade fiscal (art. 59) prevê atribuições
ao Poder Legislativo (TCU) para controlar a legalidade na execução do orçamento
público.
A CF (art.70 e 71) também prevê a competência do legislativo para exercer o controle
externo do orçamento público.
CASO CONCRETO
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter
sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em
maioria considerável pela oposição ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação.
Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta
compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da
oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se:
a) Quais seriam estes argumentos?
b) Pode o governador editar medida provisória?
c) Cabe medida provisória em Direito Financeiro?
OBJETIVA
Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro:
a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil
b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro
d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Direito Tributário
Estefânia de Oliveira Gonçalves
Advogada. Professora do Curso de Direito e da Pós
Graduação Lato sensu da Universidade Estácio de
Sá. Mestra em Direito e Especialista em Direito
Público.
Direito Tributário
Obrigada!
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