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BABÉSIAS - RESUMO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE 
FACULDADE DE VETERINÁRIA – FAVET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BABESIA BOVIS E BABESIA 
BIGEMINA – CICLOS E FORMAS 
DE TRASMISSÃO. 
 
TRANSMISSÃO TRANSESTADIAL 
DE BABESIAS. 
 
 
 
 
Professor: Armando de Lemos Ribeiro Disciplina: Parasitologia Veterinária I 
Aluno/Autor: Gustavo Bezerra Nobre do Vale Matrícula: 1532654 
Data: 11/01/2021 
 
 
Fortaleza – CE 
Sumário – PARTE 1 
1......................................................................................................... Introdução 
2............................................................................ Ciclo de vida e transmissão 
3................................................................................................... Babesia bovis 
4............................................................................................. Babesia bigemina 
 
 
Sumário – PARTE 2 
5............................................................................... Transmissão transestadial 
6 - Ambas................................................................. Referências bibliográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
A babesiose bovina (Tristeza Parasitária Bovina) é uma enfermidade transmitida pelo 
carrapato Boophilus microplus (Rhipicephalus microplus), ocorrendo em caráter 
endêmico no Brasil e acarretando elevadas perdas econômicas na pecuária, é uma 
doença parasitária provocada por protozoários do género Babesia, que invadem e se 
multiplicam dentro dos eritrócitos maduros. Estes parasitas em multiplicação levam à 
destruição do eritrócito, resultando em anemia seguida de perda de peso severa e, por 
vezes, morte. No Brasil ocorrem apenas duas espécies que parasitam bovinos: Babesia 
bovis e Babesia bigemina. Estas espécies ocorrem em quase todos os países de clima 
tropical e subtropical, nas regiões compreendidas entre as latitudes 32o N e 32o S, áreas 
endêmicas do Boophilus microplus. 
Clinicamente, as enfermidades causadas por essas espécies caracterizam-se por uma 
síndrome hemolítica e febril, cuja gravidade está relacionada com vários fatores, como 
espécie e cepa do parasita e idade, raça, imunidade e espécie do hospedeiro. Quanto 
à raça, os taurinos são mais suscetíveis à infecção do que os zebuínos, embora mesmo 
entre os taurinos possa haver animais com diferentes graus de suscetibilidade. Em 
relação à idade, os animais jovens são naturalmente mais resistentes à infecção. 
Segundo dados da FAO (1998), a população mundial de bovinos é de aproximadamente 
1,3 bilhão e destes, 75% são criados em áreas endêmicas para B. microplus e, portanto, 
para babesiose bovina. 
Para perceber a Babesiose, é necessário conhecer e compreender o ciclo de vida da 
Babesia, que envolve estágios no hospedeiro vertebrado (mamíferos, entre eles, os 
bovinos) e estágios no vector invertebrado (carrapato). 
2. Ciclo de vida 
O carrapato, ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado, ingere os merozoítos 
e os gamontes. Os merozoítos são destruídos no intestino do carrapato, enquanto os 
gamontes se diferenciam em gametas masculinos e femininos e iniciam a reprodução 
sexuada, ou gametogonia. O produto da fusão dos gametas é um zigoto, que, por ter 
motilidade, é chamado de oocineto, ele irá penetrar nas células do tubo digestivo do 
carrapato e nelas se multiplicará por divisão binária ou múltipla, onde originará os 
esporocinetos. As células infectadas se rompem e liberam os esporocinetos, que são 
móveis e migram, pela hemolinfa, para os tecidos do carrapato. No caso das fêmeas de 
carrapatos, os esporocinetos atingem os ovários e, a partir destes, os ovos e larvas, 
caracterizando transmissão transovariana, aquela em que as fêmeas infectadas 
transmitem a Babesia para seus ovos e progênie. É também chamada de transmissão 
vertical e é importante nas babesioses transmitidas por carrapatos monoxenos, como 
Rhipicephalus microplus, que trasmitirá as babesias bovis e bigemina. 
O ciclo de vida das B. bovis e B. bigemina no animal infectado começará com a fase em 
que os esporozoítos são liberados com saliva no sistema circulatório dos animais, a 
partir daí: 
• Esporozoíto invade um eritrócito e se transforma em um trofozoíto. 
• Dois merozoítos são gerados a partir de cada trofozoíto por fissão binária. 
• Merozoítos são inicialmente unidos, lembrando duas peras em um ângulo 
agudo. 
• Os merozoítos maduros separam-se antes de escapar do eritrócito. 
• Merozoítos são liberados do eritrócito. 
• Alguns deles invadirão novos eritrócitos e se desenvolverão em trofozoítos, 
enquanto outros serão apanhados por carrapatos adultos para continuar seu 
ciclo no hospedeiro invertebrado. 
• Os estágios sexuais são liberados das células vermelhas do sangue no lúmen 
intestinal do carrapato e se desenvolvem em gametócitos. 
• Os gametócitos se transformam em gametas masculinos e femininos que 
formam um zigoto após a fusão. 
• O zigoto se desenvolve em um estágio de infecção e penetra nas células 
intestinais do carrapato. 
• Formam-se corpos de fissão e a partir deles desenvolvem-se cinetes móveis. 
• Os quinetes destroem as células intestinais, escapam para a hemolinfa e se 
distribuem nos diferentes tipos de células e tecidos, incluindo os ovários. 
• No ovário, as células embrionárias são infectadas por cinetes (transmissão 
transovariana). 
• Quando o carrapato fêmea põe seus ovos, os embriões já estão infectados. 
• Larvas infectadas eclodidas (B.bovis) ou ninfas (B. bigemina) aderem a um 
bovino e os cinetos migram para as glândulas salivares do carrapato, onde 
formam um esporoblasto. 
• Milhares de esporozoítos se desenvolvem a partir de cada esporoblasto. 
• Larvas de carrapato alimentam-se do sangue bovino e os esporozoítos são 
liberados com saliva no sistema circulatório dos animais, reiniciando, assim, o 
ciclo. 
Uma importante diferença entre os ciclos destes parasitas, é que a inoculação de B. 
bovis ocorre quando o carrapato está na fase de larva e a de B. bigemina ocorre quando 
o carrapato está na fase de ninfa. 
 
3. Babesia Bovis 
 
 
 
 
Figura 1 - eritrócitos infectados pelo protozoário Babesia bovis 
A transmissão transovariana desta babesia é feita por 
larvas de R. microplus e ocorre de 2 a 3 dias após a fixação 
das larvas do carrapato no hospedeiro, esta transmissão ocorre, pois, este protozoário 
consegue infectar as células intestinais de fêmeas coletadas três dias antes de seu 
ingurgitamento e, posteriormente, atingir seus ovários e ovos. Além disso, esta babesia 
pode ser transmitida por via transplacentária, ou seja, da vaca para o bezerro. 
A infecção por B. bovis tipicamente é caracterizada por sinais clínicos neurológicos, 
febre alta e anorexia. Além disso, podem ocorrer hemoglobinúria, taquicardia, 
taquipneia e queda na produção. No pulmão, o acúmulo de hemácias parasitadas nos 
capilares leva a edema alveolar, com consequente complicação respiratória, que pode 
levar à morte. Apesar de a parasitemia por B. bovis ser geralmente baixa, em casos 
agudos, pode estar elevada. 
 
4. Babesia bigemina 
 
 
 
 
É uma babesia grande que aparece nos esfregaços sob a 
forma de corpos piriformes (trofozoítos) (“pêra”), em pares, 
unidos pela sua extremidade estreita em ângulo agudo. 
A infecção dos bovinos ocorre de 8 a 10 dias após a fixação do carrapato, quando as 
larvas já fizeram muda para ninfas, a transmissão transovariana, neste caso, ocorre 
durante os estágios de ninfas e adultos do carrapato, portanto, de 12 a 18 dias após a 
fixação dos carrapatos, as babésias já podem ser observadas no sangue dos animais. 
Essa espécie é considerada menos patogênica do que B. bovis, pois não causa 
aderência das hemácias parasitadas nos capilares. A doença causada por B. bigemina 
é caracterizada por anemia hemolítica e, de modo geral, só ocorre manifestação clínicada infecção quando a parasitemia excede 1%. Animais infectados por B. bigemina 
podem apresentar parasitemias elevadas, superiores a 15%. A hemólise intravascular 
leva a sinais de elevação da temperatura, apatia, anorexia, anemia, hemoblobinemia e 
hemoglobinúria, que ocorre principalmente nos casos agudos. 
Figura 2 - eritrócitos infectados pelo protozoário Babesia bigemina. 
5. Parte 2. Transmissão transetadial 
 É aquela em que a infecção persiste por duas ecdises do carrapato, isto é, que ocorre 
de um estágio do carrapato para outro. Ocorre na maioria das espécies de Babesia. 
Nesse caso, o agente existe no vector a medida que ele passa por diferentes estádios 
de desenvolvimento, e isso acontece de geração em geração. 
Um exemplo deste tipo de transmissão ocorre na babesiose equina, causada pelo 
Theileria equi, que tem como característica a transmissão transestadial, isto pois o 
carrapato permanece infectado depois da muda para o estágio seguinte. 
A Babesia caballi também apresenta este tipo de transmissão, mas, aqui, ocorre tanto 
pelas larvas quanto pelas ninfas e adultos infectados. 
 
6. Referências bibliográficas 
1. Monteiro, Silvia Gonzalez Parasitologia na medicina veterinária / Silvia Gonzalez 
Monteiro. – 2o ed. – Rio de Janeiro: Roca, 2017. 
2. Silva, Maria da Glória Quintão e Avaliação da taxa de infecção de teleóginas de 
Boophilus microplus (canestrini, 1887) por Babesia bovis e Babesia bigemina em área 
endêmica de Minas Gerais, Brasil. [manuscrito] / Maria da Glória Quintão e Silva. – 
2003. 
3. Cavalcante, Gustavo Góes Aspectos clínicos e epidemiológicos das infecções por 
Babesia bovis Babesia bigemina e Anaplasma marginale em bezerros da raça Nelore 
no Estado de São Paulo / Gustavo Góes Cavalcante. -- Botucatu: [s.n.], 2007.

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