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Docente : Tatiana Santana Cunha
	Discente : Ouriana Siriano de Freitas Machado 
	Esup – Direito - 8° Período /Matutino 
 
Resenha sobre o documentário Indústria Americana
 O filme “Indústria Americana” mostra os conflitos ocorridos entre trabalhadores norte americanos, sob a supervisão de empregadores Chineses numa fábrica de vidro automotivos denominada Fuyao Glass America, aberta logo após o fechamento da General Motors no ano de 2008, estado de Ohio. Para além do choque cultural havido nas questões organizacionais de trabalho, aborda-se ainda que o modelo de produtividade adotado pelos asiáticos, por vezes, é questão amplamente discutível em âmbito jurídico.
 Primeiramente, à exemplificação de tais discussões e a forma como refletem nos contratos individuais de trabalho em termos de prejudicialidade, durante o documentário fica explícito que para os chineses – pelo menos sob a égide de visão americana - prevalece a produção em detrimento do bem estar do trabalhador, bem como da qualidade do produto oferecido no mercado. Metas precisam ser alcançadas a qualquer custo. Logo, a supressão intrajornada, pagamento de horas extras, bem como os dias semanais de descanso remunerados – previstos em nossa legislação trabalhista -, podem vir a sofrer diminuição ou exclusão sem que isso venha gerar algum prejuízo ao patronato. 
 Neste sentido, o líder chinês a frente da Fuyao considera os trabalhadores norte americanos ineficientes e improdutivos acreditar que, os mesmos vivem sob o regime excessivo de folgas mensais, pois, se comparado com os dos norte-americanos, os dos chineses é reduzido por mais da metade, chegando até mesmo a não existir. 
 Observar-se-á ainda que sob a gestão asiática em comento, as condições relacionadas a insalubridade e proteção do trabalhador são ínfimas, não sendo oferecidas de forma adequada equipamentos de segurança individual e coletiva aos empregados para a manipulação do produto principal produzido (vidro). Tamanha é a consciência das ilicitudes havidas no ambiente de trabalho, que a formação dos sindicatos - prevista no art.8° da Constituição Federal brasileira de 1988 – não é bem vinda , pois, a mentalidade adotada pelo empregador é a de que o excesso de direitos ao empregado, nada mais é que um impecílio no tocante a produtividade e lucratividade.
 Ademais, a tentativa de adoção de traços comunistas num pais declaradamente regido pelo capitalismo, a disciplina por vezes exacerbadamente rígida, o notório autoritarismo imposto pelas as linhas modelagem de produção chinesa, somados ao salário pouco rentável- pois, sob a gestão da eneral Motors, os trabalhadores recebiam 29 dólares horas mais horas extras. Sob a supervisão da Fuyao recebem apenas 12 dólares hora com supressão do pagamento de horas extras- , é motivo de constante embate entre as partes envolvidas nas relações empregatícias em comento. 
 Por fim, a maior crítica trazida a baila pela obra cinematográfica, é a de que o que parecia a esperança em recuperar uma melhor qualidade de vida pelos trabalhadores que se viram desempregados, na verdade, nada mais foi que uma clara precarização trabalhista, onde o mísero em virtude de sua hipossuficiência, fica em posição naturalmente desfavorável mediante a necessidade de sobrevivência e falta de oportunidades, vendo-se portanto, negligenciado quanto a dignidade da pessoa humana, principio basilar mantenedor e norteador de todas as relações, inclusive, as de emprego.

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