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2ºAula DOCUMENTOS OFICIAIS NORTEADORES DO ENSINO MÉDIO Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conhecer os documentos norteadores para o ensino médio; • compreender a necessidade de se ter a disposição documentos que norteiam os currículos e as práticas de ensino; • analisar o PCNEM e a BNCC e suas orientações para o currículo e as práticas de ensino no ensino médio. Para nortear as práticas de ensino, os professores têm em mãos documentos oficiais que estão à disposição para serem usados nos planejamentos e demais documentos que se fazem necessários nas escolas. Nesta aula, conheceremos um pouco desses documentos e compreenderemos a necessidade de se ter eles como norteadores do nosso trabalho docente. Bons estudos! Fonte: Elaborado pela autora. 53 Prática de Ensino em Matemática II 12 1. Seções de estudo Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio 2. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino Médio 3. Base Nacional Comum Curricular para o ensino médio 1 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio Fone: <https://www.slideshare.net/valdecicorreia1/dcn-diretrizes-curriculares- nacionais-apostila-digital-para-concursos-pblicos>. Acesso em: 22 out 2018. As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio foram reformuladas partindo das diretrizes de 1998, pautando-se no Decreto nº 5.154/04 e no Parecer CNE/CEB nº 05/2011 reaparecem como aspecto importante no Ensino Médio à inserção de um currículo flexível e diversificado que pode se adequar aos interesses dos jovens. As remodelagens das diretrizes anunciam mudanças estruturais, no currículo, que se diferenciam na linguagem, nos princípios da função humana e, sobretudo, nas relações estabelecidas entre a educação e sociedade. De acordo com o Parecer CNE/CEB 05/2011: Tanto na base nacional comum quanto na ensino Médio deve oferecer tempos e espaços próprios para estudos e atividades que permitam e pluralidade de condições, múltiplos interesses e aspirações dos estudantes, com suas como sua fase de desenvolvimento. (BRASIL, PARECER CNE/CEB n. 05/2011) Diante disso, o grande desafio se encontra na busca pela consolidação de um Ensino Médio que seja contemplado como um direito igualitário, que essa formação seja humana e integral aos alunos em todos os seus aspectos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. Em relação à formação humana no que tange o Ensino Médio, assume um lugar especial quando vincula, também, às ações governamentais que compreendem a formação continuada de professores, a instituição de novos programas e principalmente a reconfiguração das diretrizes curriculares nas escolas. Problematizando a trajetória do Ensino Médio, Kuenzer (2000) considera que o Ensino Médio deixou de preparar para o trabalho e passou a preparar para a vida: O objetivo a ser atingido é a capacidade para lidar com a incerteza, substituindo a rigidez qualidade e quantidade, não para ajustar-se, mas para participar como sujeito na construção de uma sociedade em que o resultado da produção material e cultural esteja disponível para todos, assegurando qualidade de vida e preservando a natureza. (KUENZER, 2000, p. 20) As DCNEM remodeladas comunicaram a estruturação do currículo e a adaptação deste aos desejos e necessidades vividas pelos alunos que ingressam no Ensino Médio. Propõem a inserção no currículo, bem como no contexto escolar, um permanente diálogo entre os sujeitos e as dimensões do trabalho, da cultura e tecnologia. Isso implica em uma diversidade de arranjos curriculares, seja ele na forma de projetos, por disciplinas ou áreas de conhecimento, sendo a ideia centra as atividades num eixo comum, garantindo assim novos sentidos à escola, com experiências dinâmicas e significativas aos alunos. De acordo com as DCNEM os princípios norteadores são: • O trabalho como princípio educativo: é a base para a organização e desenvolvimento curricular em seus objetivos, conteúdos e métodos (BRASIL, 2013, p.161). • Pesquisa como princípio pedagógico: ela instiga o estudante no sentido da curiosidade em direção ao mundo que o cerca, gera inquietação, possibilitando que o estudante possa ser protagonista na busca de informações e de saberes, quer sejam do senso comum, escolares ou científicos (BRASIL, 2013, p. 164). • Direitos humanos e sustentabilidade ambiental: fomentar processos que contribuam para a construção da cidadania do conhecimento dos direitos fundamentais, do respeito à pluralidade e à diversidade de nacionalidade, etnia, gênero, classe social, cultura, crença religiosa, orientação sexual e opção politica, ou qualquer outra diferença, combatendo e eliminando toda forma de discriminação. Entre os objetivos fundamentais da Educação Ambiental estão o desenvolvimento de uma compreensão integral do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, e o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania (BRASIL, 2013, p.166-168). Fonte: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=dow nload&alias=11154-seb-lima-dcnem-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 22 out 2018. Os pressupostos e fundamentos para um Ensino Médio de qualidade social de acordo com as DCNEM são: 54 13 • Trabalho: a realização inerente ao ser humano e como mediação no processo de produção da sua existência. Essa dimensão do trabalho é assim o ponto de partida para a produção de conhecimento e de cultura pelos grupos sociais. É capacidade de ter consciência de suas necessidades e de projetar meios para satisfazê-las (BRASIL, p. 163). • Ciências: é o conjunto de conhecimentos sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da compreensão e transformação da natureza e da sociedade, se expressa na forma de conceitos representativos das relações de forças determinadas e apreendidas da realidade (BRASIL, p. 163). • Cultura: resultado do esforço coletivo tendo em vista conservar a vida humana e consolidar uma organização produtiva da sociedade, do qual resulta a produção de expressões materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores éticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade. Por essa perspectiva, a cultura deve ser compreendida no seu sentido mais ampliado possível, ou seja, como a articulação entre o conjunto de representações e comportamentos e o processo dinâmico de socialização, constituindo o modo de vida de uma população determinada. • Tecnologia: é uma extensão das capacidades humanas. A partir do nascimento da ciência moderna, pode- se definir a tecnologia, então, como mediação entre conhecimento científico (apreensão e desvelamento do real) e produção (intervenção no real) (BRASIL, 2003, p.164). Fonte: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=down load&alias=11154-seb-lima-dcnem-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 22 out 2018. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio consideram esta etapa (Ensino Médio) composta por três áreas do conhecimento: • Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias; • Linguagens, Códigos e suas tecnologias; • Ciências Humanas e suas tecnologias. 2 - Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino médio Fonte:< https://pt.slideshare.net/MarioCezarAmorim/pcn-de-ciencias-naturais-e- biologia>. Acesso em: 22 out 2018. Em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), a finalidade central do Ensino Médio, além da consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, é o de garantir a continuidade dos estudos e a preparação para o trabalho, o exercício da cidadania, a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e a compreensão dos processos produtivos. De acordo com as orientaçõescurriculares para o Ensino Médio: ensino disciplinar de natureza enciclopédica. De acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio deve-se considerar um amplo espectro de competências e habilidades a serem desenvolvidas no conjunto das disciplinas (BRASIL, 2006, p.69). Continuando com as orientações o documento acima citado em que a disciplina de matemática é destacada nos PCNEM (2002) e os PCN + (2002) como uma disciplina que “ contribui para que os alunos desenvolvam habilidades relacionadas à representação, compreensão, comunicação, investigação e à contextualização sociocultural” (BRASIL. 2006, p. 69). Em relação à escolha dos conteúdos, os parâmetros orientam que: [...] devem levar em consideração os diferentes propósitos da formação matemática na educação que os alunos saibam usar a matemática para resolver problemas do quotidiano; modelar fenômenos em outras áreas do conhecimento; compreendam que a Matemática é uma ciência com características próprias, que se organiza via teoremas e demonstrações; percebam a Matemática como um conhecimento social e historicamente construído; saibam apreciar a importância da Matemática no desenvolvimento Para se trabalhar os conteúdos é preciso agregar valor formativo no que diz respeito ao desenvolvimento do pensamento matemático, colocando com isso os alunos num processo de aprendizagem que valorize o raciocínio matemático, na formulação de questões, apontando soluções, estabelecendo hipóteses e sabendo tirar conclusões, generalizando situações, apresentando exemplos, abstraindo regularidades, criando modelos, argumentando com fundamentação lógico-dedutiva. Nas orientações educacionais complementares aos 55 Prática de Ensino em Matemática II 14 Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN +, 2002, p.113) na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias são apontadas três grandes competências como metas: • Representação e comunicação, que envolvem a leitura, a interpretação e a produção de textos nas diversas linguagens e formas textuais características dessa área do conhecimento; • Investigação e compreensão, competência marcada pela capacidade de enfrentamento e resolução de situações- problema, utilização dos conceitos e procedimentos peculiares do fazer e pensar das ciências; • Contextualização das ciências no âmbito sociocultural, na forma de análise crítica das ideias e dos recursos da área e das questões do mundo que podem ser respondidas ou transformadas por meio do pensar e do conhecimento científico. (BRASIL, 2002, p.113) No documento, acima citado, também aponta e traz em detalhes o sentido das competências no âmbito da Matemática, explicando o que se espera do aluno em cada uma delas. Representação e comunicação Na área Em Matemática Símbolos, códigos e nomenclaturas de ciência e tecnologia Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, símbolos, códigos e nomenclatura da linguagem • Reconhecer e utilizar símbolos, códigos enomenclaturas da linguagem matemática; por exemplo, ao ler embalagens de produtos, manuais técnicos, textos de jornais ou outras comunicações, compreender o dados apresentados por meio de porcentagens, escritas numéricas, potências de dez, variáveis em • adequadamente valores e unidades básicas apresentados sob diferentes formas como decimais em frações ou potências de dez, litros em metros cúbicos, quilômetros em metros, ângulos em graus e Articulação dos símbolos e códigos de ciência e tecnologia Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e representações: sentenças, equações, esquemas, diagramas, tabelas, e representações • Ler e interpretar dados ou informações apresentados em diferentes linguagens e representações, como tabelas, esquemas, diagramas, árvores de possibilidades, fórmulas, equações ou representações • Traduzir uma situação dada em determinada linguagem para outra; por exemplo, transformar situações dadas em linguagem discursiva em esquemas, tabelas, desenhos, fórmulas ou equações matemáticas e vice-versa, assim como transformar as linguagens mais umas nas outras, como tabelas em • Selecionar diferentes formas para representar um dado ou conjunto de dados e informações, reconhecendo as vantagens e limites de cada uma delas; por exemplo, escolher entre uma equação, uma tabela para representar uma dada variação ao longo do tempo, como a distribuição do consumo de energia elétrica em uma residência ou a de equipes em um campeonato Análise e interpretação de textos e outras comunicações de ciência e tecnologia Consultar, analisar e interpretar textos e comunicações de ciência e tecnologia veiculados em • Ler e interpretar diferentes tipos de textos com informações apresentadas em linguagem matemática, desde livros didáticos até artigos de conteúdo econômico, social ou cultural, manuais técnicos, contratos comerciais, folhetos com propostas de vendas ou com plantas de imóveis, indicações em bulas de medicamentos, artigos de • Acompanhar e analisar os noticiários e artigos relativos à ciência em diferentes meios de comunicação, como jornais, revistas e televisão, para, dessa forma, ter independência para adquirir informações e estar a par do que se passa no Elaboração de comunicações Elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisar e sistematizar eventos, fenômenos, experimentos, questões, entrevistas, visitas, • Expressar-se com clareza, utilizando a linguagem matemática, elaborando textos, desenhos, numéricas – para comunicar-se via internet, jornais ou outros meios, enviando ou solicitando informações, apresentando idéias, solucionando • Produzir textos analíticos para discutir, sintetizar e sistematizar formas de pensar, fazendo uso, sempre que necessário, da linguagem sistematizar as idéias principais sobre dado tema matemático com exemplos e comentários • Expressar-se da forma oral para comunicar compreensão; por exemplo, explicando a solução dada a um problema, expondo dúvidas sobre um conteúdo ou procedimento, propondo e debatendo Discussão e argumentação de temas de interesse de ciência e tecnologia Analisar, argumentar e posicionar-se criticamente em relação a temas de • Compreender e emitir juízos próprios sobre informações relativas à ciência e tecnologia, de forma analítica e crítica, posicionando-se com argumentação clara e consistente sempre que questão e buscar fontes onde possa obter novas capaz de analisar e julgar cálculos efetuados sobre dados econômicos ou sociais, propagandas de vendas a prazo, probabilidades de receber determinado prêmio em sorteios ou loterias, ou ainda apresentadas em um dado problema ou diferentes sínteses e conclusões extraídas a partir 56 15 Investigação e compreensão Na área Em Matemática Estratégias para enfrentamento de situações-problema dada situação- problema as informações ou variáveis relevantes e elaborar possíveis estratégias para situação-problema para buscar possíveis resoluções; por exemplo, em situações com uma diversidade de dados apresentados por reconhecer as informações relevantes para uma possíveis estratégias para enfrentar uma dada situação-problema; por exemplo, para obter uma dada distância, saber optar por medi-la diretamente, utilizar uma planta em escala, usar trigonométricas ou utilizar um sistema de eixos cartesianos e abordar o problema através da • Frente a uma situação ou problema, reconhecer a sua natureza e situar o objeto de estudo dentro dos diferentes campos da Matemática, ou seja, decidir-se pela utilização das formas algébrica, Por exemplo, para calcular distâncias ou efetuar medições em sólidos, utilizar conceitos e procedimentos de geometria e medidas, enquanto para analisar a relação entre espaço e tempo no movimento de um objeto, optar pelo recurso algébrico das funções e suas representaçõesInterações, relações e funções; invariantes e transformações fenômenos naturais ou grandezas em dado domínio do conhecimento regularidades, invariantes e semelhantes para estabelecer regras, algoritmos e propriedades; por exemplo, perceber que todas as funções do segundo grau possuem o mesmo constante a soma dos termos eqüidistantes essa propriedade a toda situação envolvendo progressões aritméticas e daí deduzir a soma de • Reconhecer a existência de invariantes ou identidades que impõem as condições a serem utilizadas para analisar e resolver situações- problema; por exemplo, estabelecer identidades ou relações como aquelas existentes entre o comprimento da circunferência e seu diâmetro, os volumes de um cilindro e de um cone que tenham a mesma base e a mesma altura, a relação entre catetos e hipotenusa em qualquer triângulo retângulo; ou ainda a identidade fundamental da que devem ser entendidos como transformações • Perceber as relações e identidades entre diferentes formas de representação de um dado objeto, como as relações entre representações planas nos desenhos, mapas e telas de computador com os objetos que lhes deram • Reconhecer a conservação contida em toda igualdade, congruência ou equivalência para exemplo, ao resolver uma equação ou um sistema linear, compreender que as operações realizadas a cada etapa transformam a situação inicial em outra que lhe é equivalente, com as mesmas Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, representar dados e utilizar escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e e instrumentosapropriados para efetuar medidas ou cálculos; por exemplo, discriminar o melhor instrumento para medir, comparar ou calcular comprimentos e distâncias, ângulos, volumes ocupados por líquidos, em dada réguas, esquadros, transferidores, compassos, dados numéricos para decidir se a resolução de um problema requer cálculo exato, aproximado, de acordo com uma dada situação, escolher número de algarismos apropriado ou fazer aproximações adequadas, optar pelo uso de fração, porcentagem, potências de dez; escolher • Fazer previsões e estimativas de ordens de grandeza, de quantidades ou intervalos esperados para os resultados de cálculos ou medições e, com isso, saber avaliar erros ou imprecisões nos dados obtidos na solução de uma dada situação- • Compreender a necessidade e fazer uso apropriado de escalas; por exemplo, na Modelos explicativos e representativos Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos para situações-problema, fenômenos ou sistemas naturais ou • Interpretar, fazer uso e elaborar modelos e representações matemáticas para analisar situações; por exemplo, utilizar funções ou cálculos de lucro máximo ou prejuízo mínimo; utilizar ferramentas da estatística e probabilidade para compreender e avaliar as intenções de votos em uma campanha eleitoral ou, ainda, optar entre modelos algébricos ou geométricos para obter Relações entre conhecimentos disciplinares, interdisciplinares e interáreas Articular, integrar e sistematizar fenômenos e teorias dentro de uma ciência, entre as várias ciências e áreas do • Construir uma visão sistematizada das diferentes linguagens e campos de estudo da Matemática, estabelecendo conexões entre seus diferentes temas e conteúdos, para fazer uso do • Compreender a Matemática como ciência autônoma, que investiga relações, formas e eventos e desenvolve maneiras próprias de dedutiva que a Geometria utiliza para interpretar as formas geométricas e deduzir propriedades dessas formas é um exemplo de como a • Adquirir uma compreensão do mundo da qual a Matemática é parte integrante, através dos problemas que ela consegue resolver e dos fenômenos que podem ser descritos por meio de • Reconhecer relações entre a Matemática e outras áreas do conhecimento, percebendo sua presença nos mais variados campos de estudo e da vida humana, seja nas demais ciências, como a Física, Química e Biologia, seja nas ciências Economia, ou ainda nos mais diversos setores da sociedade, como na agricultura, na saúde, nos 57 Prática de Ensino em Matemática II 16 Na área Em Matemática Ciência e tecnologia na história Compreender o conhecimento tecnológico como resultados de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e • Compreender a construção do conhecimento matemático como um processo histórico, em estreita relação com as condições sociais, políticas e econômicas de uma determinada época, de modo a permitir a aquisição de uma visão crítica da ciência em constante construção, exemplo, o uso da geometria clássica ou da analítica para resolver um mesmo problema pode mostrar duas formas distintas de pensar e representar realidades comparáveis em • Compreender o desenvolvimento histórico da tecnologia associada a campos diversos da Matemática, reconhecendo sua presença e implicações no mundo cotidiano, nas relações sociais de cada época, nas transformações e na criação de novas necessidades, nas condições uso dos logaritmos ou das razões trigonométricas como resultado do avanço tecnológico do período das grandes navegações do século 16, pode- se conceber a Matemática como instrumento para a solução de problemas práticos e que se desenvolve para muito além deles, ganhando a dimensão de idéias gerais para novas aplicações • Perceber o papel desempenhado pelo conhecimento matemático no desenvolvimento da tecnologia e a complexa relação entre ciência rapidez e complexidade dos cálculos fez com que a Matemática se desenvolvesse e, por outro lado, as pesquisas e avanços teóricos da Matemática e demais ciências permitiram o aperfeiçoamento de máquinas como o computador, que vêm tornando Ciência e tecnologia na cultura contemporânea Compreender a ciência e a tecnologia como partes integrantes da cultura humana • Compreender a Matemática como parte integrante da cultura contemporânea, sendo capaz artísticas ou literárias, teatrais ou musicais, nas • Perceber a dimensão da Matemática e da • Compreender formas pelas quais a Matemática exemplo, comparando os cálculos feitos pelas máquinas com aqueles feitos “com lápis e papel”, de cada um desses meios na construção do Ciência e tecnologia na atualidade Reconhecer e avaliar o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, suas relações com as ciências, seu papel na vida humana, sua presença no mundo cotidiano e seus impactos na vida • Acompanhar criticamente o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, tomando contato com os avanços das novas tecnologias nas diferentes áreas do conhecimento para se posicionar o conhecimento matemático como apoio para compreender e julgar as aplicações tecnológicas o uso de satélites e radares nos rastreamentos e localizações, ou dos diferentes tipos de transmissão e detecção de informações, as formas de manipulação genética ou de obtenção Ciência e tecnologia, ética e cidadania Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento tecnológico e utilizar esse conhecimento no exercício da • Compreender a responsabilidade social associada à aquisição e uso do conhecimento matemático, sentindo-se mobilizado para diferentes ações, seja em defesa de seus direitos como consumidor, dos espaços eequipamentos • Conhecer recursos, instrumentos e procedimentos econômicos e sociais para posicionar-se, argumentar e julgar sobre questões de interesse da comunidade, como problemas de abastecimento, educação, saúde e lazer, percebendo que podem ser muitas vezes • Promover situações que contribuam para a melhoria das condições de vida da cidade onde situações de seu entorno real e propor soluções, transporte coletivo em seu bairro por meio de levantamento estatístico, manuais técnicos de aparelhos e equipamentos, ou a melhor forma de plantio de lavoura para subsistência de uma Fonte: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf>.Acesso em: 10 nov 2018. Continuando as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN +, 2002, p.120) os conteúdos matemáticos no Ensino Médio podem: [...] ser sistematizados nos três seguintes eixos ou temas estruturadores e desenvolvidos de forma concomitante nas três séries: Tema 1. Álgebra: números e funções; Tema 2. Geometria e medidas; Tema 3. Análise de dados. (BRASIL, 2002, p. 120) Para organizar o ensino, cada tema foi subdividido em unidades temáticas, que são autônomas de conhecimentos específicos e o professor pode organizar dentro do projeto pedagógico em função das características de seus alunos e dentro do tempo e espaço para sua realização. É de suma importância salientar que esta é uma escolha possível e compatível com a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino Médio - PDNEM, que contempla os critérios apontados e que não reproduz o modelo curricular de “listas de assuntos”, mas não é necessariamente única. (BRASIL, 2002, p. 120) Vejamos agora um pouco de cada tema e suas unidades temáticas. Tema 1. Álgebra: números e funções Os objetivos desse tema são os campos numéricos dos números reais, os números complexos e as funções e equações de incógnitas reais. São propostas duas unidades temáticas: 1. Variação de grandezas: noção de função; funções analíticas e não analíticas; representação e análise gráfica; sequências numéricas: progressões e noção de infinito; variações exponenciais ou logarítmicas; funções seno, cosseno e tangente; taxa de variação de grandezas. 58 17 • Reconhecer e utilizar a linguagem algébrica nas ciências, necessária para expressar a relação entre grandezas e modelar situações-problema, construindo modelos descritivos de fenômenos e fazendo conexões dentro e fora da Matemática. • Compreender o conceito de função, associando-o a exemplos da vida cotidiana. • Associar diferentes funções a seus gráficos correspondentes. • Ler e interpretar diferentes linguagens e representações envolvendo variações de grandezas. • Identificar regularidades em expressões matemáticas e estabelecer relações entre variáveis. 2. Trigonometria: do triângulo retângulo; do triângulo qualquer; da primeira volta. • Utilizar e interpretar modelos para resolução de situações-problema que envolvam medições, em especial o cálculo de distâncias inacessíveis, e para construir modelos que correspondem a fenômenos periódicos. • Compreender o conhecimento científico e tecnológico como resultado de uma construção humana em um processo histórico e social, reconhecendo o uso de relações trigonométricas em diferentes épocas e contextos sociais. (BRASIL, 2002, p. 122,123) Tema 2. Geometria e medidas No Ensino Médio, serão estudadas as formas planas e tridimensionais e suas representações em desenhos, planificações, modelos e objetos do mundo concreto. São propostas quatro unidades temáticas: Geometria plana: semelhança e congruência; representações de figuras. • Identificar dados e relações geométricas relevantes na resolução de situações-problema. • Analisar e interpretar diferentes representações de figuras planas, como desenhos, mapas, plantas de edifícios etc. • Usar formas geométricas planas para representar ou visualizar partes do mundo real. • Utilizar as propriedades geométricas relativas aos conceitos de congruência e semelhança de figuras. • Fazer uso de escalas em representações planas. Geometria espacial: elementos dos poliedros, sua classificação e representação; sólidos redondos; propriedades relativas à posição: intersecção, paralelismo e perpendicularismo; inscrição e circunscrição de sólidos. • Usar formas geométricas espaciais para representar ou visualizar partes do mundo real, como peças mecânicas, embalagens e construções. • Interpretar e associar objetos sólidos a suas diferentes representações bidimensionais, como projeções, planificações, cortes e desenhos. • Utilizar o conhecimento geométrico para leitura, compreensão e ação sobre a realidade. • Compreender o significado de postulados ou axiomas e teoremas e reconhecer o valor de demonstrações para perceber a Matemática como ciência com forma específica para validar resultados. Métrica: áreas e volumes; estimativa, valor exato e aproximado. • Identificar e fazer uso de diferentes formas para realizar medidas e cálculos. • Utilizar propriedades geométricas para medir, quantificar e fazer estimativas de comprimentos, áreas e volumes em situações reais relativas, por exemplo, de recipientes, refrigeradores, veículos de carga, móveis, cômodos, espaços públicos. • Efetuar medições, reconhecendo, em cada situação, a necessária precisão de dados ou de resultados e estimando margens de erro. Geometria analítica: representações no plano cartesiano e equações; intersecção e posições relativas de figuras. • Interpretar e fazer uso de modelos para a resolução de problemas geométricos. • Reconhecer que uma mesma situação pode ser tratada com diferentes instrumentais matemáticos, de acordo com suas características. • Associar situações e problemas geométricos a suas correspondentes formas algébricos e representações gráficas e vice-versa. • Construir uma visão sistemática das diferentes linguagens e campos de estudo da Matemática, estabelecendo conexões entre eles. (BRASIL, 2002, p. 125) Tema 3. Análise de dados Tem como objetivo o estudo dos conjuntos finitos de dados, podendo ser numéricos ou informações qualitativas, onde são feitas as quantificações usando processos de contagem combinatória, frequências e medidas estatísticas e probabilidades. Esse tema está organizado em três unidades temáticas: Estatística: descrição de dados; representações gráficas; análise de dados: médias, moda e mediana, variância e desvio padrão. • Identificar formas adequadas para descrever e representar dados numéricos e informações de natureza social, econômica, política, científico- tecnológica ou abstrata. • Ler e interpretar dados e informações de caráter estatístico apresentados em diferentes linguagens e representações, na mídia ou em outros textos e meios de comunicação. • Obter médias e avaliar desvios de conjuntos de dados ou informações de diferentes naturezas. • Compreender e emitir juízos sobre informações estatísticas de natureza social, econômica, política ou científica apresentadas em textos, notícias, propagandas, censos, pesquisas e outros meios. 2. Contagem: princípio multiplicativo; problemas 59 Prática de Ensino em Matemática II 18 de contagem. • Decidir sobre a forma mais adequada de organizar números e informações com o objetivo de simplificar cálculos em situações reais envolvendo grande quantidade de dados ou de eventos. • Identificar regularidades para estabelecer regras e propriedades em processos nos quais se fazem necessários os processos de contagem. • Identificar dados e relações envolvidas numa situação-problema que envolva o raciocínio combinatório, utilizando os processos de contagem. 3. Probabilidade: possibilidades; cálculo de probabilidades. • Reconhecer o caráter aleatório de fenômenos e eventos naturais, científico tecnológicos ou sociais, compreendendo o significado e a importância da probabilidade como meio de prever resultados. • Quantificar e fazer previsões em situações aplicadas a diferentes áreas do conhecimento e da vida cotidiana que envolva o pensamento probabilístico. • Identificar em diferentes áreas científicas e outras atividades práticas modelos e problemas que fazem uso de estatísticas e probabilidades. (BRASIL, 2002, p. 127,128) Como sugestão para a organização para trabalhar os temas nas três séries do Ensino Médio o PCN + é proposto: Fonte: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf >Acesso em 10 nov 2018. Como estratégia é sugerido cuidar dos aspectos didáticos pedagógicos tendo em vista que a proposta é articular, conteúdos e competências e a forma como trabalhar é determinante para alcançaras competências que se almeja. As propostas dos PCNEM privilegiam o tratamento de situações problemas dando preferência as de contexto real. As atividades selecionadas devem garantir espaço para a diversidade de opiniões, de ritmo de aprendizagem e outras diferenças pessoais. Os aspectos desafiadores das atividades devem sempre estar presentes, permitindo assim o engajamento dos alunos no processo de aprendizagem. O trabalho em grupo é um recurso importante e valioso para várias das competências que se deseja desenvolver, bem como a importância da comunicação em matemática, por ser valiosa nos relatos, registros e expressões. A multiplicidade de formas textuais como gráficos, tabelas, esquemas, desenhos, fórmulas, textos jornalísticos, manuais técnicos, rótulos de embalagens, mapas entre outros, são linguagens e representações que o aluno deve compreender para pode argumentar e se posicionar frente às novas informações. É importante uma preocupação consciente e explícita para atender adequadamente uma classe heterogênea, por isso o professor deve ter uma prática de ensino diversificada de acordo com o conteúdo de modo que, todos os alunos aprendam de maneira satisfatória. 3 - Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio Fonte: <http://oenem.com.br/blog/base-nacional-comum-curricular-do-ensino- medio/>. Acesso em: 10 nov 2018. Homologada em dezembro de 2018, a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas como base em conhecimentos, competências e habilidades para essa etapa da Educação Básica. A BNCCEM está configurada para dar continuidade ao que é proposto e que já está em vigor nas etapas iniciais da educação básica. Não deve ser vista como um currículo, mas como um conjunto de orientações para conduzir as equipes pedagógicas na construção dos currículos de acordo com as características e culturas locais, assim como as necessidades de formação e as demandas dos estudantes. Como a BNCC do Ensino Fundamental, a BNCC do Ensino Médio está organizada por Área do conhecimento que são: Linguagem e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Com a Reforma do Ensino Médio e a homologação da BNCC, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM também sofrerá mudanças significativas, sendo que o primeiro dia será Prova Geral que terá como referência a BNCC e no segundo dia prova Específica de acordo com a área exigida pelo curso superior. 3.1 - A ÁREA DA MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS A BNCC da área de Matemática e suas Tecnologias vêm propor a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas nas séries finais do Ensino Fundamental, colocando de modo mais inter-relacionado os conteúdos já explorados na etapa anterior, possibilitando com 60 19 isso que os alunos construam uma visão mais integrada da Matemática e suas aplicações à realidade, colocando a disciplina diante da responsabilidade de aproveitar todo o potencial já construído pelo aluno para promover ações que estimulem e provoquem seus processos de reflexão e de abstração, que deem sustentação a modos de pensar, criativos, analíticos, indutivos, dedutivos e sistêmicos favorecendo a tomada de decisão orientada pela ética e o bem comum. O Ensino Médio deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas que, relacionadas com cada uma delas, são indicadas as habilidades a serem alcançadas nessa etapa. As habilidades na matemática, na BNDD, estão organizadas segundo unidades de conhecimento: Número, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas, Probabilidade e Estatística. As competências específicas de Matemática e suas Tecnologias para o Ensino Médio são: • Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em diversos contextos, sejam atividades cotidianas, fatos das Ciências da Natureza e Humanas, ou ainda questões econômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a consolidar uma formação HABILIDADES (EM13MAT101) Interpretar criticamente situações econômicas, sociais e fatos relativos às Ciências da Natureza que envolvam a variação de taxas de variação, com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT102) estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por diferentes que possam induzir a erros de interpretação, como escalas e amostras não apropriadas. (EM13MAT103) divulgados pelas mídias, que empregam unidades de medida de diferentes grandezas e as conversões possíveis entre elas, adotadas ou não pelo Sistema Internacional (SI), como as de armazenamento e velocidade de transferência de dados, ligadas aos avanços tecnológicos. (EM13MAT104) Interpretar taxas e índices de natureza socioeconômica investigando os processos de cálculo desses números, para analisar criticamente a realidade e produzir argumentos. (EM13MAT105) Utilizar as noções de transformações isométricas e diferentes produções humanas (fractais, construções civis, obras de arte, entre outras). Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/ BNCC_19dez2018_site.pdf >. Acesso em: 12 nov 2018. • Competência específica 2. Articular conhecimentos matemáticos ao propor e/ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de problemas de urgência social, como os voltados a situações de saúde, sustentabilidade, das implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, recorrendo a conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática. HABILIDADES (EM13MAT201) Propor ou participar de ações adequadas às demandas da região, preferencialmente para sua comunidade, envolvendo medições e cálculos de perímetro, de área, de volume, de capacidade ou de massa. (EM13MAT202) Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados diretamente ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos. (EM13MAT203) Aplicar conceitos matemáticos no planejamento, na execução e na análise de ações envolvendo a utilização de aplicativos e a criação de planilhas (para o controle de orçamento familiar, simuladores de cálculos de juros simples e compostos, entre outros), para tomar decisões. Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/ BNCC_19dez2018_site.pdf>. Acesso em: 12 nov 2018 • Competência específica 3. Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos, em seus campos: Aritmética, Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e Estatística, para interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente. HABILIDADES (EM13MAT301) Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Matemática e de outras áreas do conhecimento, que envolvem com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT302) Construir modelos empregando as funções polinomiais de 1º ou 2º graus, para resolver problemas em contextos diversos, com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT303) Interpretar e comparar situações que envolvam juros simples com as que envolvem juros compostos, por meio crescimento linear ou exponencial de cada caso. (EM13MAT304) Resolver e elaborar problemas com funções exponenciais nos quais seja necessário compreender e interpretar a variação das grandezas envolvidas, em contextos como o da Matemática Financeira, entre outros. (EM13MAT305) Resolver e elaborar problemas com funções logarítmicas nos quais seja necessário compreender e interpretar a variação das grandezas envolvidas, em contextos como os de abalos sísmicos,pH, radioatividade, Matemática Financeira, entre outros. 61 Prática de Ensino em Matemática II 20 (EM13MAT306) Resolver e elaborar problemas em contextos que envolvem fenômenos periódicos reais (ondas sonoras, fases da lua, movimentos cíclicos, entre outros) e comparar suas representações com as funções seno e cosseno, no plano cartesiano, com ou sem apoio de aplicativos de álgebra e geometria. (EM13MAT307) Empregar diferentes métodos para a obtenção da por cortes etc.) e deduzir expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais (como o remanejamento e a distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de tecnologias digitais. Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/ BNCC_19dez2018_site.pdf>. Acesso em: 12 nov 2018. HABILIDADES (EM13MAT308) Aplicar as relações métricas, incluindo as leis do seno e do cosseno ou as noções de congruência e semelhança, para resolver e elaborar problemas que envolvem triângulos, em variados contextos. (EM13MAT309) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de áreas totais e de volumes de prismas, pirâmides e corpos redondos em situações reais (como o cálculo do gasto de material para revestimento ou pinturas de objetos cujos formatos sejam composições dos sólidos estudados), com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT310) Resolver e elaborar problemas de contagem envolvendo agrupamentos ordenáveis ou não de elementos, por meio dos princípios multiplicativo e aditivo, recorrendo a estratégias diversas, como o diagrama de árvore. (EM13MAT311) aleatórios, realizando contagem das possibilidades, para resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo da probabilidade. (EM13MAT312) Resolver e elaborar problemas que envolvem o cálculo de probabilidade de eventos em experimentos aleatórios sucessivos. (EM13MAT313) expressar uma medida, compreendendo as noções de algarismos medida é inevitavelmente acompanhada de erro. (EM13MAT314) Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas determinadas pela razão ou pelo produto de outras (EM13MAT315) quando possível, um algoritmo que resolve um problema. (EM13MAT316) Resolver e elaborar problemas, em diferentes contextos, que envolvem cálculo e interpretação das medidas de tendência central (média, moda, mediana) e das medidas de dispersão (amplitude, variância e desvio padrão). Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/ BNCC_19dez2018_site.pdf>. Acesso em: 12 nov 2018. Competência específica 4. Compreender e utilizar, com flexibilidade e fluidez, diferentes registros de representação matemáticos (algébrico, geométrico, estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comunicação de resultados de problemas, de modo a favorecer a construção e o desenvolvimento do raciocínio matemático. HABILIDADES (EM13MAT401) Converter representações algébricas de funções polinomiais de 1º grau em representações geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos quais o comportamento é proporcional, recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de álgebra e geometria dinâmica. (EM13MAT402) Converter representações algébricas de funções polinomiais de 2º grau em representações geométricas no plano cartesiano, distinguindo os casos nos quais uma variável for diretamente proporcional ao quadrado da outra, recorrendo ou não a softwares ou aplicativos de álgebra e geometria dinâmica, entre outros materiais. (EM13MAT403) Analisar e estabelecer relações, com ou sem apoio de tecnologias digitais, entre as representações de funções exponencial e logarítmica expressas em tabelas e em plano cartesiano, para crescimento) de cada função. (EM13MAT404) sentenças (tabela do Imposto de Renda, contas de luz, água, gás etc.), validade, imagem, crescimento e decrescimento, e convertendo essas representações de uma para outra, com ou sem apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT405) Utilizar conceitos iniciais de uma linguagem de programação na implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou matemática. (EM13MAT406) frequências com base em dados obtidos em pesquisas por amostras estatísticas, incluindo ou não o uso de softwares que inter-relacionem estatística, geometria e álgebra. (EM13MAT407) Interpretar e comparar conjuntos de dados de caixa (box-plot), de ramos e folhas, entre outros), reconhecendo os Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/ BNCC_19dez2018_site.pdf>. Acesso em: 12 nov 2018. Competência específica 5. Investigar e estabelecer conjecturas a respeito de diferentes conceitos e propriedades matemáticas, empregando recursos e estratégias como observação de padrões, experimentações e tecnologias digitais, identificando a necessidade, ou não, de uma demonstração cada vez mais formal na validação das referidas conjecturas. HABILIDADES (EM13MAT501) Investigar relações entre números expressos em e criando conjecturas para generalizar e expressar algebricamente essa generalização, reconhecendo quando essa representação é de função polinomial de 1º grau. (EM13MAT502) Investigar relações entre números expressos em e criando conjecturas para generalizar e expressar algebricamente essa generalização, reconhecendo quando essa representação é de função polinomial de 2º grau do tipo y = ax2. 62 21 (EM13MAT503) Investigar pontos de máximo ou de mínimo de funções quadráticas em contextos envolvendo superfícies, Matemática Financeira ou Cinemática, entre outros, com apoio de tecnologias digitais. (EM13MAT504) Investigar processos de obtenção da medida do volume de prismas, pirâmides, cilindros e cones, incluindo o princípio de Cavalieri, para a obtenção das fórmulas de cálculo da medida do (EM13MAT505) Resolver problemas sobre ladrilhamento do plano, com ou sem apoio de aplicativos de geometria dinâmica, para conjecturar a respeito dos tipos ou composição de polígonos que podem ser utilizados em ladrilhamento, generalizando padrões observados. (EM13MAT506) perímetro de um polígono regular quando os comprimentos de seus (EM13MAT507) dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas. (EM13MAT508) (PG) a funções exponenciais de domínios discretos, para análise de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas. (EM13MAT509) Investigar a deformação de ângulos e áreas provocada a cônica), com ou sem suporte de tecnologia digital. (EM13MAT510) Investigar conjuntos de dados relativos ao comportamento de duas variáveis numéricas, usando ou não tecnologias da informação, e, quando apropriado, levar em conta a variação e utilizar uma reta para descrever a relação observada. (EM13MAT511) Reconhecer a existência de diferentes tipos de espaços amostrais, discretos ou não, e de eventos, equiprováveis ou não, e investigar implicações no cálculo de probabilidades. Fonte: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/ BNCC_19dez2018_site.pdf >. Acesso em: 12 nov 2018. Outras unidades temáticas poderão ser organizadas desde que reúnam tanto as habilidades definidas pela BNCC quanto outras que sejam necessárias contemplando as especificidades e demandas do sistema de ensino e escolas. Porém, é fundamental que seja preservada as ideias básicas contidas na BNCC respeitando os vários campos da Matemática, com intuito de integrar a matemática e a realidade. Retomando a aula Estamos indo bem até aqui, para encerrar esta segunda aula vamos recordar... 1 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio são normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). É destacado como aspecto importante no Ensino Médio à inserção de um currículo flexível e diversificado que pode se adequar aos interesses dos jovens. A remodelagem das diretrizes trásmudanças estruturais, no currículo, que se diferenciam na linguagem, nos princípios da função humana e, sobretudo, nas relações estabelecidas entre a educação e sociedade. 2 - Parâmetro Curricular Nacional para o Ensino Médio - PCNEM O Parâmetro Curricular Nacional para o Ensino Médio PCNEM (2002) e o PCN + (2002) destacam o ensino da matemática como uma disciplina que contribui para que os alunos desenvolvam habilidades relacionadas à representação, compreensão, comunicação, investigação e à contextualização sociocultural. 3 - Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas como base em conhecimentos, competências e habilidades para essa etapa da Educação Básica. A BNCCEM está configurada para dar continuidade ao que é proposto e que já está em vigor nas etapas iniciais da educação básica. Não deve ser vista como um currículo, mas como um conjunto de orientações para conduzir as equipes pedagógicas na construção dos currículos de acordo com as características e culturas locais, assim como as necessidades de formação e as demandas dos estudantes. BRASIL. Parecer CNE/CEB nº 15/1998. _______. Decreto nº 2208/97. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2208.htm>. Acesso em: 15 jul 2018. ________. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. PCN+: Ensino Médio – orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002. ________. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Vale a pena ler Vale a pena 63 Prática de Ensino em Matemática II 22 Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002. _______. Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004. _______. MEC, SEB, DICEI. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília. 2013. _______. Secretaria da Educação Básica. ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Volume 2. Ministério da Educação. Brasília, 2006. KUENZER, A. Z. O Ensino Médio agora é para a vida: entre pretendido, o dito e o feito. Revista Educação & Sociedade, n. 70. Campinas, abril 2000, p. 15 a 39. BNCC para o Ensino Médio. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/ uploads/2018/12/BNCC_19dez2018_site.pdf>. Acesso em: 27 de jul 2018. Minhas anotações 64
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