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conceitos basicos da farmacia clinica e prescricao farmaceutica

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EBOOK
CONCEITOS BÁSICOS DA 
FARMÁCIA CLÍNICA E 
PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
SUMÁRIO
2
1 Farmácia Clínica
2 Prescrição Farmacêutica
Referências
3
13
16
1. FARMÁCIA CLÍNICA
A Farmácia Clínica, apesar de ser uma força recente no Brasil, 
tem seu início nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra 
Mundial, quando a presença do farmacêutico foi essencial para 
sanar dúvidas técnicas a respeito do uso de medicamentos. Na 
Europa, mais especificamente em Portugal, a partir dos anos 50 
e 60, a Farmácia Clínica passa a se aproximar do conceito mais 
atual, no qual o farmacêutico é o profissional com conhecimento 
técnico-científico a respeito dos medicamentos e plenamente 
capaz de monitorar e acompanhar a terapia medicamentosa do 
paciente.
No Brasil essa mudança tem ocorrido de forma gradual, e nos 
últimos vinte anos o papel da Farmácia Clínica tem ganhado 
importância. Juntamente com os processos e de certificação e 
qualificação, bem como a mudança do perfil profissional e da 
estrutura acadêmica do ensino superior, a Farmácia Clínica tem 
se tornado mais conhecida e o profissional farmacêutico assume 
novo papel frente a terapia medicamentosa e acompanhamento 
clínico do paciente.
Segundo Santos (2013) a Farmácia Clínica tem como principais 
atividades interagir com a equipe de saúde, avaliar e monitorar 
a resposta terapêutica dos pacientes, fazer intervenções e 
3
recomendações sobre medicamentos. Nela o farmacêutico 
presta assistência ao paciente por meio da prática 
do uso racional de medicamentos, com adequação 
da terapia medicamentosa e prevenção de doenças. 
Engloba também a filosofia de atenção farmacêutica, que 
combina a orientação com conhecimento especializado 
para a obtenção de resultados positivos ao paciente, 
além da responsabilidade de contribuir para a geração 
de novos conhecimentos e pesquisas na área de saúde. 
O farmacêutico clínico trabalha promovendo a saúde 
utilizando diretrizes terapêuticas baseadas em evidências, 
intervindo e contribuindo na prescrição médica, não só 
sob aspectos técnicos, como também econômicos, para a 
obtenção de melhores resultados clínicos para o paciente.
Do farmacêutico clínico requerem-se conhecimento 
especializado da terapêutica, boa compreensão dos 
processos de doença, bom conhecimento sobre os 
medicamentos, além de habilidades de comunicação, 
conhecimento da terminologia médica, habilidades de 
planejamento terapêutico e capacidade de avaliar e 
interpretar exames físicos e laboratoriais.
Mas como traduzir isso em prática clínica? Nesse aspecto 
vamos levantar alguns pontos fundamentais de ação do 
farmacêutico dentro da prática clínica, destacando quais 
parâmetros acompanhar e como avaliar um paciente sob 
o ponto de vista farmacêutico.
Sabendo que o farmacêutico é o profissional que lida 
com o medicamento e que detém o conhecimento 
técnico-científico sobre ele, podemos iniciar a prática 
clínica focando na prescrição medicamentosa. Um vez 
que ele terá acesso tanto à prescrição médica, quanto ao 
histórico clínico do paciente (prontuário médico, registros 
de saúde e exames laboratoriais), poderá avaliar a terapia 
selecionada para o paciente dentro do contexto da saúde, 
fazendo as alterações necessárias para que esta terapia 
seja segura, eficiente e que tenha adesão pelo paciente.
Contudo, o volume de pacientes para análise pode ser 
superior a quantidade que o profissional consegue 
avaliar por período de tempo (a Sociedade Brasileira 
de Farmácia Hospitalar – SBRAFH - preconiza um 
farmacêutico para cada 30 leitos de unidade hospitalar 
de alta complexidade). Dessa forma o profissional 
precisa selecionar o perfil de pacientes com prioridade 
de acompanhamento, utilizando um Escore de Risco. 
Este recurso permite otimizar o acompanhamento 
farmacêutico, direcionando suas atividades àqueles 
pacientes que possuem maiores riscos de problemas relacionados à terapia.
O escore de risco é uma tabela de valores associados a fatores que podem oferecer maior risco ao quadro clínico do 
paciente, ou que sejam fatores que tornem a terapia de maior risco. Para isso é preciso que o profissional conheça 
o perfil de pacientes da sua unidade de saúde, para que possa classificar e pontuar com maior acurácia os pacientes 
que possuem maior necessidade de atenção no acompanhamento. Por exemplo: numa unidade de saúde de alta 
complexidade, diariamente será feito o levantamento de pacientes para acompanhamento pelo farmacêutico, sendo 
que para cada fator de risco será atribuída uma determinada pontuação, que será somada para determinar a prioridade 
de acompanhamento no dia.
Essa divisão gera os escores:
A Farmácia Clínica, apesar de ser uma força recente no Brasil, 
tem seu início nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra 
Mundial, quando a presença do farmacêutico foi essencial para 
sanar dúvidas técnicas a respeito do uso de medicamentos. Na 
Europa, mais especificamente em Portugal, a partir dos anos 50 
e 60, a Farmácia Clínica passa a se aproximar do conceito mais 
atual, no qual o farmacêutico é o profissional com conhecimento 
técnico-científico a respeito dos medicamentos e plenamente 
capaz de monitorar e acompanhar a terapia medicamentosa do 
paciente.
No Brasil essa mudança tem ocorrido de forma gradual, e nos 
últimos vinte anos o papel da Farmácia Clínica tem ganhado 
importância. Juntamente com os processos e de certificação e 
qualificação, bem como a mudança do perfil profissional e da 
estrutura acadêmica do ensino superior, a Farmácia Clínica tem 
se tornado mais conhecida e o profissional farmacêutico assume 
novo papel frente a terapia medicamentosa e acompanhamento 
clínico do paciente.
Segundo Santos (2013) a Farmácia Clínica tem como principais 
atividades interagir com a equipe de saúde, avaliar e monitorar 
a resposta terapêutica dos pacientes, fazer intervenções e 
recomendações sobre medicamentos. Nela o farmacêutico 
presta assistência ao paciente por meio da prática 
do uso racional de medicamentos, com adequação 
da terapia medicamentosa e prevenção de doenças. 
Engloba também a filosofia de atenção farmacêutica, que 
combina a orientação com conhecimento especializado 
para a obtenção de resultados positivos ao paciente, 
além da responsabilidade de contribuir para a geração 
de novos conhecimentos e pesquisas na área de saúde. 
O farmacêutico clínico trabalha promovendo a saúde 
utilizando diretrizes terapêuticas baseadas em evidências, 
intervindo e contribuindo na prescrição médica, não só 
sob aspectos técnicos, como também econômicos, para a 
obtenção de melhores resultados clínicos para o paciente.
Do farmacêutico clínico requerem-se conhecimento 
especializado da terapêutica, boa compreensão dos 
processos de doença, bom conhecimento sobre os 
medicamentos, além de habilidades de comunicação, 
conhecimento da terminologia médica, habilidades de 
planejamento terapêutico e capacidade de avaliar e 
interpretar exames físicos e laboratoriais.
Mas como traduzir isso em prática clínica? Nesse aspecto 
vamos levantar alguns pontos fundamentais de ação do 
farmacêutico dentro da prática clínica, destacando quais 
parâmetros acompanhar e como avaliar um paciente sob 
o ponto de vista farmacêutico.
Sabendo que o farmacêutico é o profissional que lida 
com o medicamento e que detém o conhecimento 
técnico-científico sobre ele, podemos iniciar a prática 
clínica focando na prescrição medicamentosa. Um vez 
que ele terá acesso tanto à prescrição médica, quanto ao 
histórico clínico do paciente (prontuário médico, registros 
de saúde e exames laboratoriais), poderá avaliar a terapia 
selecionada para o paciente dentro do contexto da saúde, 
fazendo as alterações necessárias para que esta terapia 
seja segura, eficiente e que tenha adesão pelo paciente.
Contudo, o volume de pacientes para análise pode ser 
superior a quantidade que o profissional consegue 
avaliar por período de tempo (a Sociedade Brasileira 
de Farmácia Hospitalar – SBRAFH - preconiza um 
farmacêutico para cada30 leitos de unidade hospitalar 
de alta complexidade). Dessa forma o profissional 
precisa selecionar o perfil de pacientes com prioridade 
de acompanhamento, utilizando um Escore de Risco. 
Este recurso permite otimizar o acompanhamento 
farmacêutico, direcionando suas atividades àqueles 
4
pacientes que possuem maiores riscos de problemas relacionados à terapia.
O escore de risco é uma tabela de valores associados a fatores que podem oferecer maior risco ao quadro clínico do 
paciente, ou que sejam fatores que tornem a terapia de maior risco. Para isso é preciso que o profissional conheça 
o perfil de pacientes da sua unidade de saúde, para que possa classificar e pontuar com maior acurácia os pacientes 
que possuem maior necessidade de atenção no acompanhamento. Por exemplo: numa unidade de saúde de alta 
complexidade, diariamente será feito o levantamento de pacientes para acompanhamento pelo farmacêutico, sendo 
que para cada fator de risco será atribuída uma determinada pontuação, que será somada para determinar a prioridade 
de acompanhamento no dia.
Essa divisão gera os escores:
A Farmácia Clínica, apesar de ser uma força recente no Brasil, 
tem seu início nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra 
Mundial, quando a presença do farmacêutico foi essencial para 
sanar dúvidas técnicas a respeito do uso de medicamentos. Na 
Europa, mais especificamente em Portugal, a partir dos anos 50 
e 60, a Farmácia Clínica passa a se aproximar do conceito mais 
atual, no qual o farmacêutico é o profissional com conhecimento 
técnico-científico a respeito dos medicamentos e plenamente 
capaz de monitorar e acompanhar a terapia medicamentosa do 
paciente.
No Brasil essa mudança tem ocorrido de forma gradual, e nos 
últimos vinte anos o papel da Farmácia Clínica tem ganhado 
importância. Juntamente com os processos e de certificação e 
qualificação, bem como a mudança do perfil profissional e da 
estrutura acadêmica do ensino superior, a Farmácia Clínica tem 
se tornado mais conhecida e o profissional farmacêutico assume 
novo papel frente a terapia medicamentosa e acompanhamento 
clínico do paciente.
Segundo Santos (2013) a Farmácia Clínica tem como principais 
atividades interagir com a equipe de saúde, avaliar e monitorar 
a resposta terapêutica dos pacientes, fazer intervenções e 
recomendações sobre medicamentos. Nela o farmacêutico 
presta assistência ao paciente por meio da prática 
do uso racional de medicamentos, com adequação 
da terapia medicamentosa e prevenção de doenças. 
Engloba também a filosofia de atenção farmacêutica, que 
combina a orientação com conhecimento especializado 
para a obtenção de resultados positivos ao paciente, 
além da responsabilidade de contribuir para a geração 
de novos conhecimentos e pesquisas na área de saúde. 
O farmacêutico clínico trabalha promovendo a saúde 
utilizando diretrizes terapêuticas baseadas em evidências, 
intervindo e contribuindo na prescrição médica, não só 
sob aspectos técnicos, como também econômicos, para a 
obtenção de melhores resultados clínicos para o paciente.
Do farmacêutico clínico requerem-se conhecimento 
especializado da terapêutica, boa compreensão dos 
processos de doença, bom conhecimento sobre os 
medicamentos, além de habilidades de comunicação, 
conhecimento da terminologia médica, habilidades de 
planejamento terapêutico e capacidade de avaliar e 
interpretar exames físicos e laboratoriais.
Mas como traduzir isso em prática clínica? Nesse aspecto 
vamos levantar alguns pontos fundamentais de ação do 
farmacêutico dentro da prática clínica, destacando quais 
parâmetros acompanhar e como avaliar um paciente sob 
o ponto de vista farmacêutico.
Sabendo que o farmacêutico é o profissional que lida 
com o medicamento e que detém o conhecimento 
técnico-científico sobre ele, podemos iniciar a prática 
clínica focando na prescrição medicamentosa. Um vez 
que ele terá acesso tanto à prescrição médica, quanto ao 
histórico clínico do paciente (prontuário médico, registros 
de saúde e exames laboratoriais), poderá avaliar a terapia 
selecionada para o paciente dentro do contexto da saúde, 
fazendo as alterações necessárias para que esta terapia 
seja segura, eficiente e que tenha adesão pelo paciente.
Contudo, o volume de pacientes para análise pode ser 
superior a quantidade que o profissional consegue 
avaliar por período de tempo (a Sociedade Brasileira 
de Farmácia Hospitalar – SBRAFH - preconiza um 
farmacêutico para cada 30 leitos de unidade hospitalar 
de alta complexidade). Dessa forma o profissional 
precisa selecionar o perfil de pacientes com prioridade 
de acompanhamento, utilizando um Escore de Risco. 
Este recurso permite otimizar o acompanhamento 
farmacêutico, direcionando suas atividades àqueles 
pacientes que possuem maiores riscos de problemas relacionados à terapia.
O escore de risco é uma tabela de valores associados a fatores que podem oferecer maior risco ao quadro clínico do 
paciente, ou que sejam fatores que tornem a terapia de maior risco. Para isso é preciso que o profissional conheça 
o perfil de pacientes da sua unidade de saúde, para que possa classificar e pontuar com maior acurácia os pacientes 
que possuem maior necessidade de atenção no acompanhamento. Por exemplo: numa unidade de saúde de alta 
complexidade, diariamente será feito o levantamento de pacientes para acompanhamento pelo farmacêutico, sendo 
que para cada fator de risco será atribuída uma determinada pontuação, que será somada para determinar a prioridade 
de acompanhamento no dia.
Essa divisão gera os escores:
5
Demandam maior acompanhamento, pois os pacientes apresentam maior risco, necessitando 
acompanhamento clínico diário, com análise completa da prescrição médica e prontuário do paciente, 
acompanhando a evolução do quadro clínico e intervindo mais ativamente quando necessário.
Pacientes com perfil intermediário, que possuem média complexidade e não demandam acompanhamento 
diário, porém precisam ser revisitados em intervalos de tempo.
Pacientes com pouca probabilidade de problemas relacionados à terapia, podendo focar a avaliação apenas 
na validação da prescrição médica.
6
A tabela a seguir é um exemplo de como pontuar itens para um escore de acompanhamento, bem como dos critérios 
para definição de acompanhamento:
PontuaçãoCondição do Paciente
Paciente faz uso de:
Antimicrobianos de uso reservado:
Medicamentos potencialmente perigosos
Apresenta problemas renais ou hepáticos
0 a 5 medicamentos > 7 pacientes de RISCO ALTO
4 a 7 pacientes de RISCO MODERADO
< 4 pacientes de RISCO BAIXO
0
1
2
1
2
3
6 a 10 medicamentos
> 10 medicamentos
1
11 a 2
0Não
1Sim
23 a 4
3> 4
2 a 3
> 3
Aplicação dos critérios de definição 
para acompanhamento
7
Uma vez identificado o paciente, a pontuação relacionada 
a cada item deve ser somada de acordo com o que o 
mesmo apresenta e se encaixa dentro dos critérios de 
acompanhamento propostos, sendo o valor total somado 
para definir o critério de acompanhamento.
Este foi apenas um exemplo de como podemos definir 
quais pacientes serão acompanhados durante o período 
de trabalho, sendo que esses fatores e pontuações 
associados são variados, definidos conforme o próprio 
profissional farmacêutico de acordo com o perfil e 
demandas da instituição de saúde na qual atua.
Na Farmácia Clínica podemos pontuar alguns aspectos 
para otimizar o acompanhamento farmacêutico. Sendo 
alguns deles:
1. ASPECTOS ECONÔMICOS: neste caso o objetivo 
é avaliar e terapia sob o aspecto financeiro tanto para 
o paciente, quanto para a instituição. A avaliação 
farmacoeconômica deve respeitar a eficiência e segurança 
do tratamento, nunca priorizando o aspecto financeiro 
em detrimento da terapia. Isso pode ser exemplificado na 
mudança de forma farmacêutica, na qual, por exemplo, 
um paciente que esteja em uso de terapia endovenosa de 
um medicamento – muitas vezes mais onerosa - possa 
utilizar o mesmo medicamento sob a forma farmacêutica 
oral, reduzindocustos e aumentando o conforto do 
paciente.
2. INDICAÇÃO E TEMPO DE TERAPIA: avaliar sob o 
ponto de vista clínico se os medicamentos prescritos 
estão de acordo com o quadro do paciente, baseando-se 
em literatura bem como em exames laboratoriais e relato 
clínico do quadro do paciente para correlacionar o uso 
do medicamento com a real necessidade do mesmo 
em terapia. Dessa forma promovendo o uso racional 
de medicamentos, especialmente de antimicrobianos 
guiados sob cultura.
3. COMPATIBILIDADE: nesse aspecto deve ser avaliada 
a compatibilidade do medicamento sob o ponto de vista 
físico e químico, se existe a possibilidade de formação 
de precipitados, se o soluto se dispersa corretamente no 
solvente, se drogas diferentes não reagem entre si.
4. APRAZAMENTO E INTERVALO POSOLÓGICO: 
avaliar o horário e intervalo de administração dos 
medicamentos também é fundamental para uma terapia 
eficiente e segura. Deve ser considerado tempo de 
meia vida e concentração ideal para efeito terapêutico, 
informações disponíveis em literatura, além de respeitar 
o ciclo biológico do indivíduo para administrar os 
medicamentos de acordo com sua ação.
5. REAÇÕES ADVERSAS E ERROS DE MEDICAÇÃO: 
Identificar ao longo da terapia e evolução clínica possíveis 
problemas relacionados ao uso do medicamento, sejam 
eles inerentes ao paciente, o que ocorre nos casos de 
reações adversas (no qual o paciente apresenta um 
problema inesperado e inevitável secundário ao uso do 
medicamento que foi administrado dentro da terapia 
preconizada em literatura), ou erros de medicação – 
ligados ao processo de prescrição e administração do 
medicamento, sendo eles evitáveis, uma vez que são 
inerentes aos cuidados prestados pelos profissionais de 
saúde.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: campo de 
atuação específico do farmacêutico, o domínio de 
informações sobre interações medicamentosas ou 
medicamentos-nutrientes, é fundamental para o sucesso 
da terapia, sem que ocorram falhas de tratamento por 
inefetividade medicamentosa. Existem diversos bancos 
de dados internacionais que fornecem informações 
atualizadas sobre as interações medicamentosas, 
classificando sua relevância, gravidade e descrevendo as 
possíveis consequências para a terapia do paciente. Da 
mesma forma as interações medicamento-nutrientes 
podem levar a falha na terapia, uma vez que os 
medicamentos podem ter absorção reduzida ou inefetiva. 
A seguir temos uma tabela com algumas das principais 
interações encontradas na prática clínica:
Uma vez identificado o paciente, a pontuação relacionada 
a cada item deve ser somada de acordo com o que o 
mesmo apresenta e se encaixa dentro dos critérios de 
acompanhamento propostos, sendo o valor total somado 
para definir o critério de acompanhamento.
Este foi apenas um exemplo de como podemos definir 
quais pacientes serão acompanhados durante o período 
de trabalho, sendo que esses fatores e pontuações 
associados são variados, definidos conforme o próprio 
profissional farmacêutico de acordo com o perfil e 
demandas da instituição de saúde na qual atua.
Na Farmácia Clínica podemos pontuar alguns aspectos 
para otimizar o acompanhamento farmacêutico. Sendo 
alguns deles:
1. ASPECTOS ECONÔMICOS: neste caso o objetivo 
é avaliar e terapia sob o aspecto financeiro tanto para 
o paciente, quanto para a instituição. A avaliação 
farmacoeconômica deve respeitar a eficiência e segurança 
do tratamento, nunca priorizando o aspecto financeiro 
em detrimento da terapia. Isso pode ser exemplificado na 
mudança de forma farmacêutica, na qual, por exemplo, 
um paciente que esteja em uso de terapia endovenosa de 
um medicamento – muitas vezes mais onerosa - possa 
utilizar o mesmo medicamento sob a forma farmacêutica 
oral, reduzindo custos e aumentando o conforto do 
paciente.
2. INDICAÇÃO E TEMPO DE TERAPIA: avaliar sob o 
ponto de vista clínico se os medicamentos prescritos 
estão de acordo com o quadro do paciente, baseando-se 
em literatura bem como em exames laboratoriais e relato 
clínico do quadro do paciente para correlacionar o uso 
do medicamento com a real necessidade do mesmo 
em terapia. Dessa forma promovendo o uso racional 
de medicamentos, especialmente de antimicrobianos 
guiados sob cultura.
3. COMPATIBILIDADE: nesse aspecto deve ser avaliada 
a compatibilidade do medicamento sob o ponto de vista 
físico e químico, se existe a possibilidade de formação 
de precipitados, se o soluto se dispersa corretamente no 
solvente, se drogas diferentes não reagem entre si.
4. APRAZAMENTO E INTERVALO POSOLÓGICO: 
avaliar o horário e intervalo de administração dos 
medicamentos também é fundamental para uma terapia 
eficiente e segura. Deve ser considerado tempo de 
8
meia vida e concentração ideal para efeito terapêutico, 
informações disponíveis em literatura, além de respeitar 
o ciclo biológico do indivíduo para administrar os 
medicamentos de acordo com sua ação.
5. REAÇÕES ADVERSAS E ERROS DE MEDICAÇÃO: 
Identificar ao longo da terapia e evolução clínica possíveis 
problemas relacionados ao uso do medicamento, sejam 
eles inerentes ao paciente, o que ocorre nos casos de 
reações adversas (no qual o paciente apresenta um 
problema inesperado e inevitável secundário ao uso do 
medicamento que foi administrado dentro da terapia 
preconizada em literatura), ou erros de medicação – 
ligados ao processo de prescrição e administração do 
medicamento, sendo eles evitáveis, uma vez que são 
inerentes aos cuidados prestados pelos profissionais de 
saúde.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: campo de 
atuação específico do farmacêutico, o domínio de 
informações sobre interações medicamentosas ou 
medicamentos-nutrientes, é fundamental para o sucesso 
da terapia, sem que ocorram falhas de tratamento por 
inefetividade medicamentosa. Existem diversos bancos 
de dados internacionais que fornecem informações 
atualizadas sobre as interações medicamentosas, 
classificando sua relevância, gravidade e descrevendo as 
possíveis consequências para a terapia do paciente. Da 
mesma forma as interações medicamento-nutrientes 
podem levar a falha na terapia, uma vez que os 
medicamentos podem ter absorção reduzida ou inefetiva. 
A seguir temos uma tabela com algumas das principais 
interações encontradas na prática clínica:
9
Efeito Clínico Grau de Interação RecomendaçãoMedicamento Interage com:
Amicacina / Gentamicina AINEs: Diclofenaco / 
Ibuprofeno / Naproxeno
↑ ocorrência de nefrotoxicidade Moderada
Monitorar aumento dos 
efeitos nefrotóxicos 
dos aminoglicosídeos 
(amicacina/gentamicina).
Amiodarona Propranolol / Metoprolol Hipotensão arterial, bradcardia e 
parada cardíaca
Grave
Monitorar sinais e sintomas 
de bradcardia. Monitorar a 
pressão arterial.
Anlodipino Atenolol / Metoprolol / Propranolol
↑ Efeito hipotensor do anlodipino 
e ocorrência de bradicardia
Moderada
Monitorar ocorrência de 
bradicardia, hipotensão 
arterial, ou sinais de 
insuficiência cardíaca.
Amiodarona Digoxina Náusea, vômito e arritmia (toxicidade pela digoxina)
Moderada
Considerar modificação da 
terapia ou redução de um 
terço da dose da Digoxina. 
Monitorar efeitos tóxicos 
(náusea, vômito e arritmia).
Amiodarona Hidrocortisona Risco de arritmias; Hipocalemia; Hipomagnesemia
Grave
Monitorar frequência cardíaca 
e níveis séricos de potássio e 
magnésio
Fenitoína
Anlodipino / Nifedipino / 
Nimodipino / Diltiazem / 
Verapamil
↑ efeitos tóxicos da Fenitoína Moderada
Monitorar ocorrência de 
efeitos tóxicos (depressão 
do SNC, nistagmo, vertigem, 
sonolência, ataxia).
10
Efeito Clínico Grau de Interação RecomendaçãoMedicamento Interage com:
Captopril / Enalapril AAS ↓ resposta anti-hipertensiva Moderada Monitorar pressão arterial.
Ciprofloxacino
Metilprednisolona / 
Hidrocortisona / 
Dexametasona / 
Betametasona / Prednisona
↑ risco de tendinite e ruptura do 
tendão
Grave
Uso concomitante deve ser 
evitado. Monitorar paciente 
para sinais de dor, inchaço ou 
inflamação de um tendão
Fenitoína
Antiácidos (Carbonatode 
Cálcio / Bicarbonato de sódio / 
Hidróxido de alumínio)
↓ efeitos terapêuticos da 
Fenitoína
Moderada
Monitorar diminuição dos 
efeitos terapêuticos da 
Fenitoína.
Heparina Vitamina E ↑ risco de hemorragias Moderada
Monitorar sinais clínicos 
(hemorragias) e laboratoriais 
(TTPA e TAP) de alterações 
hematológicas quando 
suplementação com Vitamina 
E > 400 unidades/dia.
Caspofungina Ciclosporina ↑ ocorrência de hepatotoxicidade
Grave
Evitar uso concomitante. Caso 
seja extremamente necessário, 
monitorar aumento de 
transaminases (ALT/AST).
Clopidogrel AINESs (Diclofenaco / Ibuprofeno / Naproxeno)
Risco hemorrágico Moderada
Monitorar a evidências de 
redução da função plaquetária 
(hemorragia).
Eritromicina / Azitromicina/ 
Moxifloxacino / LevofloxacinoHaloperidol ↑ risco de arritmias ventriculares
Grave
Evitar uso concomitante. 
Monitorar paciente para sinais 
e sintomas como tonturas, 
palpitações ou síncope.
11
Efeito Clínico Grau de Interação RecomendaçãoMedicamento Interage com:
Heparina Varfarina ↑ risco de hemorragias Grave
Monitorar sinais clínicos 
(hemorragias) e laboratoriais 
(TTPA e RNI) de alterações 
hematológicas. Para ↓ a 
interferência da Heparina 
no RNI, o sangue deve ser 
coletado pelo menos 5 horas 
após a última dose de Heparina 
IV ou 24 horas após a última 
dose de Heparina SC.
Polimixina B Atracúrio / Pancurônio / Suxametônio
↑ efeito bloqueador 
neuromuscular do 
atracúrio/pancurônio - Paralisia 
da musculatura respiratória
Grave Evitar uso concomitante. Monitorar função respiratória.
ClopidogrelOmeprazol
↓ do efeito anticoagulante do 
clopidogrel: risco de infarto do 
miocárdio, acidente vascular 
cerebral isquêmico
Grave
Evitar o uso concomitante. Se 
gastroproteção é necessária, 
antagonistas dos receptores 
H2 ou antiácidos devem ser 
prescritos sempre que possível 
(por exemplo, ranitidina).
Diltiazem / VerapamilSinvastatina ↑ risco de rabdomiólise Grave
Evitar uso concomitante. Se 
uso concomitante necessário, 
monitorar ocorrência 
de toxicidade (miosite, 
rabdomiólise). Monitorar níveis 
de Creatina-fosfoquinase 
sérica (CK). Pravastatina 
tem menor risco de causar 
rabdomiólise.
Efeito Clínico Grau de Interação RecomendaçãoMedicamento Interage com:
Tramadol Fluoxetina
Ocorrência de irritabilidade, 
alteração da consciência, 
confusão, ataxia, cólicas 
abdominais, hipertermia, 
tremores, dilatação das pupilas, 
sudorese, hipertensão arterial e 
taquicardia.
Grave
Monitorar pressão arterial; 
Monitorar frequência cardíaca; 
Monitorar paciente para 
aparecimento dos sinais 
clínicos
Fontes de Vitamina KVarfarina ↑ risco hemorrágico Grave
Monitorar tempo de 
protrombina (TAP); Monitorar 
aumento das evidências de 
sangramento.
12
13
2. PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
A mudança de perfil de atuação clínica do farmacêutico trouxe 
a proposta de prescrição realizada por este profissional, sendo 
ela validada pela Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013. Este 
documento nos diz que:
No mundo contemporâneo, os modelos de assistência à saúde 
passam por profundas e sensíveis transformações resultantes 
da demanda por serviços, da incorporação de tecnologias e dos 
desafios de sustentabilidade do seu financiamento. Esses fatores 
provocam mudanças na forma de produzir o cuidado à saúde das 
pessoas, a um tempo em que contribuem para a redefinição da 
divisão social do trabalho entre as profissões da saúde.
A ideia de expandir para outros profissionais, entre os quais o 
farmacêutico, maior responsabilidade no manejo clínico dos 
pacientes, intensificando o processo de cuidado, tem propiciado 
alterações nos marcos de regulação em vários países. Com base 
nessas mudanças, foi estabelecida, entre outras, a autorização 
para que distintos profissionais possam selecionar, iniciar, 
adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia 
farmacológica. Essa tendência surgiu pela necessidade de 
ampliar a cobertura dos serviços de saúde e incrementar a 
capacidade de resolução desses serviços.
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O farmacêutico poderá realizar a prescrição de 
medicamentos e outros produtos com finalidade 
terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição 
médica, incluindo medicamentos industrializados e 
preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, 
plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias 
ou relações de medicamentos que venham a ser 
aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição 
do farmacêutico. O farmacêutico poderá prescrever 
medicamentos cuja dispensação exija prescrição 
médica, desde que condicionado à existência de 
diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto 
em programas, protocolos, diretrizes ou normas 
técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições 
de saúde ou quando da formalização de acordos de 
colaboração com outros prescritores ou instituições 
de saúde. Para a Prescrição destes medicamentos, será 
exigido, pelo Conselho Regional de Farmácia de sua 
jurisdição, o reconhecimento de título de especialista 
ou de especialista profissional farmacêutico na área 
clínica, com comprovação de formação que inclua 
conhecimentos e habilidades em boas práticas de 
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação 
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. Já 
para a Prescrição de medicamentos dinamizados, será 
exigido o reconhecimento de título de especialista em 
Homeopatia ou Antroposofia.
A prescrição farmacêutica deverá ser redigida por extenso, 
de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema 
de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, 
devendo conter os seguintes componentes mínimos:
A) identificação do estabelecimento farmacêutico, 
consultório ou do serviço de saúde ao qual o farmacêutico 
está vinculado;
B) nome completo e contato do paciente;
C) descrição da terapia farmacológica, quando 
houver, incluindo as seguintes informações: nome do 
medicamento ou formulação, concentração/dinamização, 
forma farmacêutica e via de administração; dose, 
frequência de administração do medicamento e duração 
do tratamento; instruções adicionais, quando necessário; 
descrição da terapia não farmacológica ou de outra 
intervenção relativa ao cuidado do paciente, quando 
houver; nome completo do farmacêutico, assinatura e 
número de registro no Conselho Regional de Farmácia; 
local e data da prescrição.
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O processo de prescrição farmacêutica é constituído das 
seguintes etapas:
A) identificação das necessidades do paciente 
relacionadas à saúde;
B) definição do objetivo terapêutico;
C) seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado 
à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e 
conveniência, dentro do plano de cuidado;
D) redação da prescrição;
E) orientação ao paciente;
F) avaliação dos resultados;
G) documentação do processo de prescrição.
Estes são apenas os pontos principais relacionados à 
prescrição farmacêutica, sendo toda a questão normativa 
e jurídica descrita de forma completa na RDC 586.
16
REFERÊNCIAS
CRFMS, 2013. Adaptado. 
https://www.crfms.org.br/noticias/prescricao-farmaceutica/2
471-o-que-e-a-prescricao-farmaceutica-veja-aqui-as-10-per
guntas-mais-frequentes 
ICTQ - Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, 
adaptado. 2018. https://www.ictq.com.br/
RDC 586, 2013. Conselho Federal de Farmácia. 
https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf
SANTOS, Luciana. 2013. Medicamentos na prática da 
farmácia clínica. Ed Artmed. 687 pags.
SBRAFH, 2017. Padrões Mínimos para Farmácia 
Hospital/Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar. São 
Paulo, 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, 2011. Guia 
Farmacoterapêutico de Interações Medicamentosas. 
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/734/o/Guia_de_Interaco
es_Medicamentosas.pdf?1409055761
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