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resumo biologia celular

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MEMBRANA PLASMÁTICA 
 
➢ Funções 
 
. Divide o meio intracelular do meio Extracelular 
. Delimita o conteúdo intracelular 
. Controla o fluxo de substâncias (Permeabilidade Seletiva) 
. Reconhece as substâncias, antígenos e corpos estranhos por meio de 
glicoproteínas presentes no exterior de sua membrana (Glicocálice) 
. Permite a adesão entre as células por especializações da 
membrana 
. Conecta a célula ao tecido conjuntivo 
. Existem complexos enzimáticos aderidos a membrana para digestão 
e conservação de substâncias 
 
➢ Histologia da membrana 
 
. Além dos fosfolipídios que, em meio aquoso, espontaneamente se 
organizam em bicamada, sem gasto energético, as membranas 
celulares contém lipídeos como glicerol e colesterol que a deixa menos 
fluida 
. A membrana plasmática é assimétrica 
. O reconhecimento, através de receptores, de antígenos e de células 
estranhas, assim como também de células alteradas 
. O estabelecimento de sistemas de transporte para moléculas 
específicas 
. Os componentes proteicos da membrana plasmática ocupam a 
bicamada inteira como proteínas integrais ou estão ligadas a face 
citoplasmática da bicamada como proteínas periféricas 
. Pelo fato das proteínas integrais atravessarem toda a espessura da 
membrana, elas são também denominadas proteínas transmembrana 
 
➢ Proteínas da Membrana 
. Proteínas de membrana = muitas são glicoproteínas 
. Proteínas Integrais = atravessam toda a membrana. Formam canais 
pelos quais as moléculas hidrossolúveis podem se difundir entre os líquidos 
extra e intracelular. 
Proteínas integrais 
de membrana
Canais (transporte de 
substâncias)
Carreadoras 
(transporte de 
substâncias)
Enzimas
Receptores para 
substâncias químicas 
hidrossoluveis
. Proteínas Periféricas = ancoradas à superfície da membrana, não a 
penetram. Quase sempre funcionam como enzimas ou controladores do 
transporte de substâncias pelos poros. 
. Algumas proteínas integrais agem como proteínas carreadoras para o 
transporte de substancias que, do contrário, não poderiam penetrar na 
dupla camada lipídica. 
 
. Proteínas integrais como receptores 
→ A interação dos receptores da 
membrana celular com ligantes 
específicas causam alteração na 
conformação da proteína, o que 
estimula a atividade enzimática 
intracelular ou induz interações entre o 
receptor e as proteínas do citoplasma 
(segundos mensageiros), transmitindo 
assim o sinal da parte extracelular do 
receptor para o interior da célula. 
 
 
Carboidratos da membrana – O glicocálice: ocorrem em combinação com outras 
moléculas, formando glicoproteínas ou glicolipídios. Porções glico se estendem para 
fora, aonde outros compostos chamados proteoglicanos também se ligam. Dessa 
forma, toda a superfície externa da célula apresente revestimento frouxo de 
carboidrato, chamado glicocálice. 
 Funções.: → Possuem carga elétrica negativa, o que dá a maioria das células 
uma superfície negativamente carregada que repele ânions. 
 →Fixam uma célula a outra (adesão dos glicocálix) 
 →Receptores para ligação de hormônios como a insulina 
 →Participam de reações imunes 
 
➢ Proteínas Transportadoras da membrana 
 
. Poucas substâncias apolares (Benzeno, Oxigênio, Nitrogênio) e 
moléculas polares não carregadas (Água e Glicerol) podem se mover 
pela membrana por difusão simples. 
. Difusão Facilitada.: mesmo quando direcionado através de seus 
gradientes de concentração, o movimento da maioria de íons e de 
pequenas moléculas necessitam de proteínas transportadoras, sejam 
canais ou carreadoras. 
 
. Transporte Ativo.: através de gasto energético, as células podem 
transportar íons e pequenas moléculas contra seu gradiente de 
concentração. Apenas proteínas carreadoras podem mediar tal 
transporte ativo. 
 
➢ Proteínas Canais 
 
. As proteínas canais participam na formação de poros hidrofílicos, 
chamados de canais iônicos 
. A maioria dos canais são controlados por mecanismos de abertura 
e fechamentos 
 
➢ Proteínas Carreadoras 
 
. São proteínas de passagem múltipla, que possuem sítios de ligação 
para íons ou moléculas específicas em ambos lados da bicamada. 
. O transporte de proteínas carreadoras pode ser passivo ou ativo 
. O transporte pode ser do tipo Uniporte (uma única molécula move-
se em uma única direção) ou do tipo Co transporte ( duas moléculas 
diferentes se movem na mesma direção ou em sentidos diferentes) 
 
➢ Transporte Ativo 
 
. Transporte Ativo Primário (Uniporte).: usa diretamente uma fonte 
de energia química (por exemplo, o ATP) para mover as moléculas 
através da membrana contra seu gradiente. 
 
Bomba de Sódio/Potássio 
. A bomba sódio-potássio transporta sódio para fora e potássio para dentro 
da célula num ciclo repetitivo de variações da conformação. Em cada ciclo, 
três íons de sódio deixam a célula, enquanto dois íons de potássio entram. 
Esse processo ocorre nas seguintes etapas: 
1. No início, a bomba está aberta para o interior da célula. Nessa forma, a bomba 
realmente quer ligar (tem uma grande afinidade pelos) íons de sódio e vai 
usar três deles. 
2. Quando os íons de sódio se ligam, disparam a bomba para a hidrólise (quebra) 
do ATP. Um grupo fosfato do ATP é anexado à bomba, que é então chamada 
de fosforilada. O ADP é liberado como um subproduto. 
3. A fosforilação faz a forma da bomba mudar, reorientando-se para abrir na 
direção do espaço extracelular. Nessa conformação, a bomba deixa de ligar-se 
aos íons de sódio (fica com baixa afinidade a eles), e então três íons de sódio 
são liberados para fora da célula. 
4. Em sua forma voltada para fora, a bomba muda de partido e, agora, gosta 
muito de se ligar (tem alta afinidade) aos íons de potássio. Ela vai se ligar a 
dois deles, acionando a remoção do grupo fosfato ligado à bomba na etapa 2. 
5. Com a saída do grupo fosfato, a bomba vai mudar de volta para sua forma 
original, abrindo-se em direção ao interior da célula. 
6. Na sua forma direcionada para o interior, a bomba perde seu interesse (tem 
baixa afinidade) pelos íons de potássio e, portanto, dois íons de potássio são 
liberados dentro do citoplasma. A bomba agora está de volta ao que era na 
etapa 1 e o ciclo pode começar novamente. 
 
. Transporte Ativo Secundário (Co transporte).: usa um gradiente 
eletroquímico - gerado pelo transporte ativo - como fonte de energia para 
mover moléculas contra seu gradiente, e assim não requer uma fonte química 
de energia como o ATP. 
 
Transporte Sódio /Glicose 
. No transporte ativo secundário, o movimento dos íons de sódio a favor do 
seu gradiente de concentração está associado ao transporte contra o 
gradiente de concentração de outras substâncias por uma proteína 
carreadora compartilhada (uma Co transportadora). Por exemplo, a 
proteína carreadora deixa os íons de sódio moverem-se a favor do seu 
gradiente, mas simultaneamente traz uma molécula de glicose, contra seu 
gradiente de concentração, para dentro da célula. A proteína carreadora usa 
energia do gradiente de sódio para dirigir o transporte das moléculas de 
glicose. 
 
➢ Potencial de Ação da Membrana 
 
 
 
➢ Estágio de Despolarização 
 
. Estímulo excita a membrana, mudando o potencial de -90mV para -
65mV (limiar de ação) 
. Abrem-se os canais de sódio para o influxo 
. Aumenta-se o potencial de membrana para +35 mV 
. O estímulo geralmente é um neurotransmissor, mas pode ser por via 
hormonal 
. Ciclo vicioso de feedback positivo abre os canais de sódio, 
promovendo a variação de potencial de -90 para 0, fazendo com que 
muitos canais de sódio voltagem-dependentes se abram. 
. Dentro de poucos décimos de milésimos de segundo , os canais de 
sódio começam a se fechar, enquanto os canais de potássio de abremmais do que fazem normalmente 
. Isso permite a rápida difusão de íons potássio para o exterior da fibra 
para que ocorra uma bomba de sódio/potássio que restabelece o 
potencial normal negativo de repouso da membrana 
 
 
➢ Estagio de Repolarização 
 
. Canal de potássio voltagem-dependentes 
. Bomba de sódio/potássio 
. Canais de vazamento de potássio/sódio 
. Após a despolarização, abrem-se os canais de sódio 
. Períodos refratários absoluto e relativo 
. Gera o estímulo para ativação da bomba de sódio/potássio 
 
. Período Refratário Absoluto (PRA).: durante o qual um segundo 
potencial de ação não pode ser produzido mesmo com intenso estímulo-
inatividade dos canais de sódio e cálcio. As fibras nervosas mielinizadas 
transmitem 2500 impulsos por segundo. 
 
. Período Refratário Relativo (PRR).: após o PRA, os estímulos mais 
intensos que o normal pode excitar a fibra. 
 
§ Causa da refratariedade relativa.: Alguns canais de sódio ainda não 
reverteram do seu estado inativado. Os canais de potássio, em geral, 
estão todos abertos (opondo-se ao sinal estimulador) 
 
. Os canais de platô só abrem de forma completa depois do término do 
platô, retardando o retorno do potencial de membrana ao repouso. 
 
. . O termo Platô refere-se à polarização da membrana plasmática. 
O platô é causado por três condições que ocorrem nas células musculares 
cardíacas, mas não nos nervos nas fibras musculares esqueléticas: 
 
1- A permeabilidade ao potássio diminui 
2- A permeabilidade ao ainda se mantém elevada, em vez de retornar a sua 
baixa condição de repouso 
3- O mais importante, a permeabilidade ao cálcio aumenta 
 
É durante esse platô que os íons de cálcio do líquido extracelular fluem para 
o interior das células através dos canais lentos de cálcio. O platô termina 
quando a permeabilidade das células ao potássio aumenta. 
➢ Endocitose 
Os receptores da 
membrana celular se 
ligam aos ligantes da 
superfície da partícula.
As bordas da 
membrana, ao redor 
dos pontos de ligação, 
evaginam em fração de 
segundo para envolver 
toda a partícula, então, 
progressivamente, mais 
e mais receptores da 
membrana se unem aos 
ligantes da partícula. 
Tudo isso ocorre 
repentinamente como 
um zíper para fechar a 
vesícula fagocítica.
A actina e outras fibrilas 
contráteis no citoplasma 
envolvem a vesícula 
fagocítica e se contraem 
ao redor de sua borda 
externa, empurrando a 
vesícula para o interior
As proteínas contráteis 
então fecham a 
abertura da vesícula tão 
completamente que ela 
se separa da membrana 
celular, deixando a 
vesícula no interior da 
célula, da mesma 
maneira como as 
vesículas pinocitóticas 
são formadas.
 
 
 
. Fagocitose.: envolve partículas grandes em vez de moléculas. Apenas 
algumas células, macrófagos e leucócitos, realizam esse tipo de 
digestão. A fagocitose se inicia quando a partícula ou antígeno se liga 
aos receptores na superfície do fagócito. Ocorre nos seguintes blocos: 
 
1- Os receptores da membrana celular se ligam aos ligantes da 
superfície da partícula 
2- As bordas da membrana invaginam para envolver toda a partícula, 
acontecendo repetidamente até formar uma vesícula fagocítica 
fechada 
3- A actina e outras fibras contráteis, no citoplasma, envolvem a 
vesícula fagocítica e se contraem ao redor de sua borda externa, 
empurrando a vesícula para o interior 
4- As proteínas contráteis então fecham a abertura da vesícula tão 
completamente que ela se separa da membrana celular, deixando a 
vesícula no interior da célula, da mesma maneira que as vesículas 
fagocitóticas são formadas 
 
 
 
 
5- Digestão de Substâncias Estranhas, Pinocitóticas e 
Fagocíticas dentro da célula.: Função dos lisossomos 
 
. Quase imediatamente após o aparecimento de uma vesícula 
pinocitóticas ou fagocítica no interior da célula, um ou mais lisossomos 
se ligam à vesícula e lançam suas hidrolases ácidas no interior dela. 
Assim, uma vesícula digestiva é formada no citoplasma da célula, na 
qual as hidrolases vesiculares começam a hidrolisar proteínas, 
carboidratos, lipídeos e outras substâncias. 
. Os produtos da digestão são substancias que podem se difundir 
através da membrana da vesícula para o citoplasma 
. O que sobra na vesícula, o corpo residual, representa substâncias 
indigeríveis, e na maioria dos casos é finalmente excretado pela 
membrana celular pelo processo de exocitose. 
. Vesículas pinocíticas e fagocíticas contendo lisossomos = órgãos 
digestivos das células 
Obs.: Regressão dos tecidos e autólise das células 
. Certos tecidos corporais podem com frequência regredir até um 
tamanho menor, como o útero após a gravidez, os músculos durante 
longos períodos de inatividade e as glândulas mamárias no final da 
lactação. Os lisossomos são responsáveis por grande parte dessa 
regressão, por um mecanismo ainda desconhecido. 
. Outro papel importante dos lisossomos é a remoção de células 
danificadas ou partes danificadas das células dos tecidos. Danos celulares 
induzem os lisossomos a se romper, liberando as hidrolases, que 
começam a digerir as substâncias orgânicas adjacentes. Se o dano for 
leve, apenas parte da célula é removida, seguida por seu reparo. Se o 
dano for grave, toda a célula é digerida (autólise). 
. Os lisossomos também contêm agentes bactericidas que podem 
matar bactérias fagocitadas antes que possam causar danos celulares. 
Esses agentes incluem lisozima, que dissolve a membrana celular das 
bactérias, lisoferrina, que liga o ferro e outras substancias de modo a 
impedir o crescimento bacteriano, e ácido em ph aproximadamente 5, 
que ativa as hidrolases e inativa o metabolismo da bactéria. 
 
Obs: A exocitose na maior parte dos casos é estimulada pela entrada de íons 
cálcio na célula, que interagem com a membrana vesicular e causam sua 
fusão com a membrana celular, seguida da abertura da vesícula para o 
exterior e extrusão dos conteúdos. 
➢ Algumas vesículas, entretanto, são destinadas ao uso 
intracelular, como por exemplo para repor as membranas 
celulares: Elas se fundem com a membrana celular ou com as 
membranas de estruturas celulares, aumentando a área dessas 
membranas e, dessa forma, repondo-as conforme vão sendo 
consumidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 . Pinocitose.: ocorre continuamente nas membranas celulares da maioria das 
células, apesar de ser especialmente rápida em algumas delas. A velocidade de 
formação de vesículas pinocitóticas é usualmente aumentada quando essas 
macromoléculas aderem à membrana celular. 
 1- Processo dependente de energia no interior da célula 
2- Também requer a presença de íons cálcio que provavelmente reagem com os 
filamentos de proteína contráteis abaixo das cavidades revestidas para gerar 
força para destacar as vesículas da membrana celular. 
 
Moléculas se ligam a receptores 
de proteínas especializados na 
superfície da membrana, que 
são especificos para o tipo de 
proteína que será absorvida. Os 
receptores geralmente estão 
concentrados em pequenas 
concavidades na superfície 
externa da membrana, 
chamadas cavidades revestidas.
Na face interna dessas 
cavidades revestidas existe uma 
malha de clatrina, bem como 
outras proteínas e talvez 
filamentos de actina e miosina. 
Se as moléculas a serem 
ingeridas se unem aos 
receptores, as propriedades da 
superfície da membrana se 
alteram de tal forma que ocorre 
invaginação, fazem com que as 
bordas se fechem sobre as 
proteinas ligadas aos 
receptores, engolfando também 
pequena quantidade de líquido 
extracelular.
Imediatamente, a parte 
invaginada da membrana se 
destaca da superfície e forma 
uma vesícula pinocitótica no 
citoplasma da célula.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Especializações da Membrana 
 
1- Aumento da superfície de Absorção 
 
 
. Microvilosidades.: aumento da superfície de absorção. Em 
suaestrutura existem microfilamentos de actina. 
 
 
. Estereocílios.: semelhantes à microvilosidades, porém 
formam ramificações mais longas. Encontrados nos epitélios 
que revestem o epidídimo e outros ductos do aparelho genital 
masculino. 
 
 
 
OBS.: ESTRUTURA DAS MICROVILOSIDADES E DOS 
ESTERIOCÍLIOS 
 
 Formado por microtúbulos (tubulina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- Cílios e Flagelos 
 
 
3- Desmossomos 
. Uma das mais importantes junções celulares é o desmossomo. Um 
desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído 
por duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na 
membrana de uma das células e a outra na célula vizinha. A capacidade 
de adesão dos desmossomos se deve a presença de proteínas do tipo 
caderinas (proteínas transmembrana que exibe adesividade e usam o 
cálcio) 
. Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem 
junto à membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas 
desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células na 
região de contato. As placas também estão ligadas a um grande número 
de filamentos constituídos da proteína queratina. 
 
Epitélio ciliado do trato respiratório humano 
Parede do oviduto 
 
 
4- Hemidesmossomos 
. Os hemidesmossomos conectam a célula a lamina basal, pela proteína 
integral da classe das integrinas. 
. Confere resistência à tração e atrito 
. Filamentos Intermediários de queratina 
. Proteínas de ligação transmembrana (integrinas) ligam-se na lâmina 
e ao colágeno tipo IV da lâmina basal 
. Integrina se liga a laminina 
 
 
 
5- Zona de Oclusão 
. Outro tipo de junção celular presente em muitos epitélios é a zona de 
oclusão, uma espécie de cinturão adesivo situado junto a borda livre das 
células epiteliais. A zona de oclusão mantém as células vizinhas tão 
encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Assim, 
substâncias eventualmente presentes em uma cavidade revestida por tecido 
epitelial não podem penetrar no corpo, a não ser atravessando diretamente 
as células. 
. Circunda a região apical 
. Veda a entrada de íons e moléculas e impede o movimento das proteínas 
de membrana 
. Formada por proteínas juncionais transmembranas (Claudinas e 
ocludinas) + Caderinas (Precisam de cálcio) 
 
 
6- Gap-Juntion/ Néxon / Comunicantes 
. Conhecidas também por nexos, junção em hiato ou gap junction, são 
partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas 
com as outras, para que funcionem de modo coordenado e harmônico. Esses 
canais permitem o movimento de moléculas e íons, diretamente do citosol 
de uma célula para outra 
. As conexinas organizam-se em hexâmetros em torno de um poro 
hidrofílico (Conéxon) 
 
 
 
 
7- Interdigitações 
. É comum observar-se a ocorrência de pregueamento entre as membranas 
plasmáticas de duas células adjacentes. Esses pregueamentos, conhecidos 
como interdigitações (à maneira dos dedos das mãos colocadas uns entre os 
outros), ampliam a superfície de contato entre as células e facilitam a 
passagem de substâncias de uma para a outra. 
 
 
 
8- Axonema 
 
. Microtúbulos longitudinais : 9 díades + 2 mônodes 
. Proteína dineína hidroliza o ATP e fornece o movimento de 
deslizamento 
. Proteína nexina promove o movimento de encurvamento 
 
CITOESQUELETO 
 
Estabelece, modifica e mantém a forma das células, além de ser responsável pelos 
movimentos celulares como contração, formação de pseudópodos e deslocamentos 
intracelulares de organelas, cromossomos, vesículas e grânulos diversos. O 
citoesqueleto, ainda, ancora o núcleo no polo basal e permite a formação de 
especialidades. 
Os principais elementos do citoesqueleto são os microtúbulos, os filamentos de actina, 
os filamentos de miosina, os filamentos intermediários e as macromoléculas proteicas 
diversas. Desses elementos, os únicos estáveis são os filamentos intermediários, que 
exercem somente funções de sustentação, sem participar dos movimentos celulares. 
Os deslocamentos intracelulares devem-se às proteínas motoras, divididas em dois 
grupos: dineínas e cinesinas, que associam-se com microtúbulos e miosinas para 
desempenharem as funções de deslocamento, formando filamentos que atuam em 
conjunto com os filamentos de actina. 
o As cinesinas e dineínas se diferem em apenas um ponto: a direção em que se 
locomovem. Mas têm a mesma forma e função, que é de transportar 
estruturas de um lugar da célula para outro. Elas interagem quimicamente 
com os microtúbulos, de forma que gastam ATP para se locomover. 
 
⌘ Filamentos Finos: encontrados nos citoplasmas de todas as células, mantendo 
a forma dessas células, delimitando o córtex celular (região periférica). Além 
disso, fazem o sulco de clivagem das células na divisão mitótica. 
Ex.: actina F (formada pela associação de actinas G). 
Os filamentos de actina relacionados a outras proteínas têm novas funções: 
junto à miosina, formam unidades de células musculares no citoplasma celular, 
promovendo contrações (movimentos); à filamina, formam redes semelhantes 
a gel no citoplasma celular; quando as actinas formam feixes paralelos com 
proteínas como fibrina e vilina, formam o eixo central das microvilosidades e 
dos estereocílios. 
 
⌘ Filamentos Intermediários: várias proteínas encadeadas que formam o 
arcabouço estrutural tridimensional da célula, quando em conjunto com a 
actina. 
Sempre que pensarmos em núcleo, devemos pensar nos filamentos 
intermediários. São eles que dão forma e sustentação à membrana nuclear e 
ancoram o núcleo em seu lugar. 
São responsáveis, também, por fazer a conexão da mebrana celular ao 
citoesqueleto - intermedia as funções do citoesqueleto. 
Falta de filamentos intermeiários tornam as células frágeis e suscetíveis ao 
rompimento. 
Há uma polimerização de proteínas - unidades proteicas que vão se combinar 
até formarem 4 subunidades proteicas, conhecidas como tetrâmeros que, 
alinhados, formam os filamentos intermediários. 
Quem são os filamentos intermediários? 
1. Queratina 
2. Desmanina 
3. Vimentina 
4. Proteína fibrilar ácida da glia (glia são células do sistema nervoso central) 
5. Neurofilamentos 
6. Lâminas nucleares 
 
 
 Importância clínica: os filamentos intermediários são específicos. Por exemplo, céls. do 
tecido epitelial têm queratina; vimentina e vimentina associada são encontradas em 
céls. do tecido conjuntivo, musculares e em céls. da glia; os neurofilamentos são 
encontrados em todas as céls. nervosas; as lâminas nucleares são encontradas em todas 
as células que possuem núcleo. 
Isso é importante porque, ao localizar o tipo de filamento intermediário de uma célula, 
é possível determinar o tipo daquela célula. 
Em casos de cânceres, há um descontrole na multiplicação das células 
(multiplicação exagerada) e, na maior parte das vezes, elas perdem 
características morfológicas, então, ao estudar uma célula cancerígena numa 
lâmina, pode ser que não haja, alí, as características morfológicas específicas da 
célula, tamanho o excesso de diferenciação. Uma vez que, para tratar um tumor, 
é preciso saber a origem das células, a imunocitoquímica (área tecnológica 
específica da Anatomia Patológica, que possibilita conjugar um marcador com um 
anticorpo, outra proteína ou composto, sem provocar qualquer tipo de dano à ligação 
específica estabelecida entre o anticorpo e o antígeno. Este fato propicia a observação 
microscópica dos locais onde se encontra o anticorpo e, consequentemente, o antígeno. 
Podemos dizer que a Imunocitoquímica se apresenta como um poderoso meio de 
identificação de várias estruturas celulares normais - através dos respectivos antígenos 
- e patogênicas - neoplásicas ou não -, bem como das consequências, a nível funcional e 
morfológico, da ação desses mesmos elementos) auxilia nesse processo, pois 
propicia a descoberta do tipo de filamentos intermediários existentesem 
determinada célula. 
 
⌘ Microtúbulos: são responsáveis pela manutenção da rigidez e do formato das 
células (quando associados aos demais filamentos); regulam os movimentos 
intracelulares (ex.: regula o fluxo de vesículas dentro de uma célula, controla a 
emissão de pseudópodos etc); formam o axonema dos cílios e flagelos 
(movimentos). 
São formados por duas unidades proteicas, tubulina alfa e tubulina beta, que se 
associam formando dímeros, que vão encadeando e formam um 
protofilamento. O encadeamento de protofilamentos forma uma espécie de 
tubo: os microtúbulos. 
Eles ajudam na formação do fuso mitótico (auxilia na divisão cromossômica no 
momento da meiose ou da mitose). Sem os microtúbulos não há formação de 
fuso mitótico, paralisando a divisão celular. 
 
 Existem drogas que impedem a polimerização dos dímeros, impedindo o processo de 
formação de microtúbulos e, consequentemente, paralisando a divisão celular. Essas 
drogas são as drogas antimitóticas e a colchicina, que se ligam à tubulina e impedem a 
formação e o encadeamento dos protofilamentos. 
As drogas antimitóticas são largamente utilizadas no tratamento de cânceres, para 
tentar frear a divisão celular dos tumores, numa tentativa de impedir seu crescimento. 
A colchicina é muito utilizada como antiinflamatório, para tentar paralisar a divisão das 
células inflamatórias, principalmente nas articulações. 
 
MITOCÔNDRIA 
 
Mecanismos de produção de energia celular → Mitocôndria 
À medida que os organismos foram aumentando de tamanho, necessitou-se de mais ATP, e, 
dessa forma, a respiração anaeróbia (glicólise anaeróbia) não era suficiente. A solução seria a 
respiração aeróbia com a mitocôndria. A ingestão de ácidos graxos e glicogênio pela 
alimentação é que proporciona a energia, porque as ligações são quebradas formando compostos 
intermediários que, ao serem metabolizados, geram ATP. 
Obs.: Depósitos de gordura dão maior energia numa massa equivalente ao glicogênio, mas ele é 
quebrado mais facilmente. 
A glicólise anaeróbia ocorre no citossol (não é na mitocôndria) e forma 2 ATPs por molécula de 
glicose, além disso, os dois piruvatos produzidos não eram usados, descartava-se. O oxigênio 
que ia se armazenando na célula poderia oxidá-la e destruí-la porque é muito reativo, é por isso 
que acontece a “respiração celular” consumindo o O2 e produzindo CO2 e H2O. 
A teoria de entrada da mitocôndria na célula é a endossimbiose e as evidencias são: 
DNA próprio ( diferente do núcleo), vários tipos de RNA próprios, autorreprodução 
(semelhante à das bactéria), os ribossomos mitocondriais são semelhantes aos das bactérias. 
Com isso, a célula ganhou um sistema mais eficiente de aproveitamento de energia, a 
fosforilação oxidativa. Com ela, o piruvato que era jogado fora vai entrar na mitocôndria e 
conseguiu encontrar um jeito de se livrar do oxigênio. Forma 36 mols de ATP, num total de 38. 
A localização e o formato das mitocôndrias podem variar dependendo da demanda energética 
por região: quanto maior a energia necessitada, maior a quantidade de mitocôndrias. 
Ex.: Neurônios; células sintetizadoras; células do coração. Por isso quando há alguma patologia 
que dana as mitocôndrias, as células cardíacas e neurais são as mais prejudicadas. 
Características das mitocôndrias: Genoma próprio, DNA circular fechado, dividem-se, mas não 
sincronizadamente com a célula, sintetizam parte de suas proteínas pela própria mitocôndria, 
pelos próprios ribossomos (afinal, ela é uma célula separada), os ribossomos mitocondriais são 
semelhantes aos das bactérias e são diferentes aos encontrados no citoplasma (tamanho, 
composição de RNA e proteínas e sensibilidade a antibióticos, DNA codifica RNAm sem 
íntrons. 
Função: Produção de energia - respiração celular gerando ATP; remoção de Ca do citossol; 
síntese se AA e de esteróides e apoptose pela abertura dos canais de membrana interna 
permitindo a passagem do citocromo c para o citossol. 
Morfologia: Membrana externa e interna com cristas mitocondriais, local onde ficam as enzimas 
para fazer; espaço intermembrana e matriz mitocondrial (o DNA circular está inserido nela). 
➢ Membrana externa: Bicamada fosfolipídica, lisa e permeável a pequenas moléculas; 
apresenta proteínas transmembrana de passagens múltiplas, formando canais; é rica em 
colesterol, sendo, dessa forma, rígida e possui receptores para proteínas e polipeptídios 
(TOM - para captar as proteínas que são especificas para ela produzidas pelo REL). 
➢ Membrana interna: Apresenta cristas; rica em cardiolipina (proteína que a torna 
impermeável, impedindo a entrada de substâncias sem a presença de proteínas 
integrais); localizam-se os corpúsculos elementares que contêm enzimas que realizam a 
fosforilação oxidativa e tem uma cadeia transportadora de elétrons. 
O piruvato se transforma em acetilCo-A e, ao final do ciclo de Krebs, obtém-se elétrons e 
prótons H+ de alta energia. Os elétrons de alta energia a fornecem para transportar os H+ do 
espaço mitocondrial para o espaço transmembrana, que fica mais concentrado em H+ e começa 
a voltar, mas passa no corpúsculo polar que tem enzimas fazendo ATP (ATP-sintetase) - as 
cadeias transportadoras de elétrons de alta energia produzidos no ciclo de Krebs, e usam essa 
energia para o bombeamento dos íons H+. 
Obs.: Animais que hibernam fazem com que a passagem de volta do H+ seja pela Termogenina, 
porque nesse período não precisa de ATP, só de calor. 
Se não houvesse os elétrons com energia, os prótons H+ iriam ficar acumulados na 
matriz e a temperatura iria aumentar além de não fazer ATP porque não iria voltar pelo 
corpúsculo. 
 Venenos como cianeto bloqueiam a cadeia transportadora de elétrons e o H+ não passa. Sem 
o uso dele, não usa o O2 não tirando o oxigênio reativo e oxida (altera os níveis de O2, mas não 
dissocia a oxihemoglobina). Não forma ATP e altera o metabolismo celular. A célula começa a 
usar o mecanismo anaeróbico e produz ácido láctico caracterizando acidose e anoxia tecidual. 
Aumenta a concentração de Ca e libera o citocromo C, que ativa a apoptose. Sem respiração 
celular, causam dano ao SNC, às células do SNC (provoca a incapacidade de respirar), 
problemas cardíacos. 
Antídoto: Fazer compensação com O2 bom, tenta competir com o ruim, com o reativo, porque o 
oxigênio que se acumula na célula não é o que pode ser usado. 
Obs.: Herança mitocondrial é da mãe. O homem pode até ter um problema na mitocôndria, mas 
não passa para os descendentes. O interessante é que a transmissão pode ser diferente da mãe, 
dependendo da quantidade do pool bom ou mutante de mitocôndria. 
Obs2.: As células tumorais perdem a capacidade de morrer, de fazer apoptose. Elas driblam o 
mecanismo de reconhecimento de algum defeito tendo que fazer a apoptose (abertura de canais 
de membrana interna permitindo a passagem para o citossol de moléculas que iniciam a 
apoptose). 
 Ecstasy: Desvia o fluxo de H+ para a termogenina aumentando a temperatura. O consumo 
dele causa danos aos neurônios e pode levar à morte das células cerebrais, ele danifica as 
mitocôndrias das células e isso diminui o nível de produção de energia. 
 Termogênicos: Também aumentam a temperatura provocando taquicardia e taquipneia. 
Aumentam a taxa metabólica basal e leva a um gasto energético mais elevado (aumenta a 
temperatura corporal). Pode causar o desenvolvimento de cataratas. Na mitocôndria, diminui a 
formação de ATP porque impede a captação de fosfato, aumenta a formação de calor, aumenta 
o fosfato extramitocondrial, promove a saída de prótons pela membrana e a via anaeróbia se 
torna preferencial causando acidose. 
 
NÚCLEO 
✓ O núcleo é a maior organela da célula. 
✓ Contém quase todo o DNA presente na célula, bem como os mecanismos para a 
síntese do RNA, e o nucléolo que nele reside, o qual é o local de formação das 
subunidades ribossomais. 
✓ Delimitado por duas membranas lipídicas,abriga três importantes componentes: 
cromatina (material genético da célula); nucléolo e nucleoplasma (contém 
macromoléculas e partículas nucleares envolvidas na manutenção da célula). 
✓ Geralmente, o tamanho, o contorno e o formato do núcleo são constantes para cada 
tipo celular, um fato útil no diagnóstico clínico do grau de malignidade de algumas 
células cancerosas. 
Envoltório Nuclear 
✓ Membrana nuclear externa: Voltada para o citoplasma 
✓ Cisterna: perinuclear (espaço entre as membranas) 
✓ Membrana nuclear interna 
✓ Poros nucleares: espaços (interrupções) entre as membranas 
Membrana Nuclear Externa 
✓ É contínua com o Retículo Endoplasmático Granular; 
✓ Sua composição se assemelha à do RE; 
✓ Predomínio proteico; 
✓ Sua superfície citoplasmática está rodeada por uma delgada malha frouxa de 
filamentos intermediários, constituídos pela proteína vimentina; 
✓ Sua superfície citoplasmática geralmente possui ribossomos que sintetizam 
ativamente proteínas transmembranares destinadas às membranas nucleares externa 
ou interna; 
✓ 30% de fosfolipídios. 
Membrana Nuclear Interna 
✓ Predomínio de proteínas 
✓ Proteínas intrínsecas diferentes: Emerina (sinalizador para ativar a passagem através 
da membrana) e Receptor para Filamentos da lâmina 
✓ Proteínas periféricas 
✓ Lâmina nuclear: Uma malha entrelaçada de filamentos intermediários, constituída 
pelas laminas A, B e C e localizada na periferia do nucleoplasma. A lamina nuclear 
auxilia na organização e dá suporte à bicamada lipídica da membrana nuclear e à 
cromatina perinuclear, assim como exerce papel na montagem de vesículas para 
reconstruir o envoltório nuclear subsequente à divisão celular. Responsável por 
conferir sustentação e dar formato. 
Poros Nucleares 
✓ Fusão das membranas nucleares 
✓ Comunicação entre núcleo e citoplasma 
 
Complexo do Poro Nuclear 
✓ Poro nuclear + glicoproteínas associadas 
• Várias proteínas integrais de membrana formando essa estrutura. 
• É composto por 3 anéis redondos de proteínas integrais, empilhados um em cima 
do outro 
 1 anel voltado para a face citoplasmática: proteínas integrais ligadas a 
fosfolipídios. 
Obs: 
❖ O anel é constituído por 8 subunidades, sendo que, cada uma delas, possui um 
filamento citoplasmático, que se acredita ser uma proteína de ligação do tipo Ran 
(uma família de proteínas de ligação ao trifosfato de guanosina - GTP), que se projeta 
no citoplasma. 
❖ Tem sido sugerido que estas fibras podem mediar a importação para o núcleo, através 
do complexo do poro nuclear, movimentando substratos ao longo de toda a sua 
extensão em direção ao centro do poro. 
 
→ 1 anel chamado de transportador central (anel radial luminal ou anel medial): 
é constituído por um grupo de 8 proteínas transmembranares que se 
projetam para o lúmen do poro nuclear, bem como para dentro da cisterna 
perinuclear. Estas proteínas, semelhantes a raios de uma roda, parecem 
ancorar os componentes glicoproteicos do complexo do poro nuclear na 
borda do poro nuclear. A estrutura conhecida como transportador está 
acoplada às proteínas semelhantes a raios de uma roda do anel luminal. 
→ 1 anel nuclear: Ajuda na exportação de vários tipos de RNA. Forma a cesta 
que facilita a entrada e a saída de substâncias do núcleo. Essa cesta torna-se 
deformada durante o processo de exportação nuclear. Esse complexo facilita 
o transporte de substâncias através da membrana: 
o Transporte passivo – íons e moléculas pequenas 
o Transporte Ativo – moléculas grandes. 
Funções do Poro Nuclear 
✓ Atua no transporte bidirecional entre o núcleo e o citoplasma 
✓ Contém várias proteínas que irão ajudar no transporte de moléculas 
✓ Macromoléculas e partículas maiores não podem alcançar ou deixar o compartimento 
nuclear através da difusão simples; por sua vez, elas são seletivamente transportadas 
através de um processo de transporte mediado por receptores. Sequências sinais de 
moléculas a serem transportadas através dos poros nucleares devem ser reconhecidas 
por um dos muitos sítios receptores do complexo do poro nuclear. Frequentemente, 
esse é um processo dependente de energia. 
 Importinas: Proteínas-alvo contendo sinais de localização nuclear (NLSs). Transportam 
cargas (p.ex., subunidades proteicas de ribossomos, aminoácidos, nucleotídeos) do 
citoplasma para o núcleo. 
 Exportinas: Proteínas-alvo contendo sinais de exportação nuclear (NESs). Transportam 
macromoléculas (p.ex., RNA, subunidades dos ribossomos, etc) do núcleo para o 
citoplasma. 
 Ran: Pertence à família das GTPases que atuam associadas a proteínas reguladoras 
(p.ex., nucleoporinas), ou seja, atuam em conjunto com as importinas e exportinas, 
quebrando moléculas para gerar energia auxiliar nos transportes. 
Obs: 
❖ Certos mecanismos de transportes ocorrem bidirecionalmente. Esses sinais de 
transporte são denominados nucleocitoplasmáticos (NS). Proteínas que carregam este 
sinal interagem como o RNAm. 
Nucleoplasma 
✓ Solução aquosa de proteínas, RNAs, nucleosídeos, nucleotídeos e íons, onde estão 
mergulhados o nucléolo e a cromatina 
✓ Presença da matriz nuclear 
❖ O nucleoplasma é constituído por grânulos de intercromatina (IGs) contém RNPs e 
várias enzimas que estão espalhadas por entre a cromatina, por todo o núcleo, e 
parecem estar conectados uns aos outros por delgadas fibrilas; e de pericromatina 
localizados nas margens da heterocromatina; por ribonucleoproteínas (RNPs), e pela 
matriz nuclear a maior parte é constituída por RNA. 
Nucleossomos 
✓ DNA + Proteínas (histonas – H1, H2A, H2B, H3 e H4 - e não-histônicas) 
✓ DNA + Histonas = NUCLEOSSOMOS 
✓ Está envolvido por duas voltas completas da molécula de DNA. Esta configuração do 
nucleossoma, com suas espirais de DNA, representa a disposição mais simples do 
condicionamento da cromatina no núcleo. Como somente uma pequena quantidade 
de cromatina da célula está nesta configuração, acredita-se que ela represente regiões 
nas quais o DNA está sendo transcrito. 
Obs: 
❖ Durante o ciclo celular, o fator de organização da cromatina 1 (CAF-1) acelera a 
montagem rápida dos nucleossomos do DNA recém – sintetizados em cromatina, de 
modo que este não se pode tornar um molde. Consequentemente, a montagem 
nucleossoma/histona não somente fornece um esqueleto estrutural para a cromatina, 
mas também constitui um importante mecanismo para o reparo, replicação e 
transcrição do DNA. 
Cromatina 
✓ Nucleossomos compactados 
✓ Representa os cromossomos desespiralizados e distendidos do núcleo durante a 
intérfase. 
 Heterocromatina forma condensada, inativa, periferia nuclear. 
 Eucromatina forma ativa, na qual o material genético das moléculas de DNA está 
sendo transcrito como RNA. 
 
 
Cromossomos 
✓ Durante a mitose e a meiose, os cromossomos são fibras de cromatina que se 
condensam e se espiralizam de modo tão compacto que se tornam visíveis ao 
microscópio óptico. 
✓ O número de cromossomas nas células somáticas é específico para as espécies 
e é denominado genoma, a composição genética total. Nos humanos, o 
genoma é constituído por 46 cromossomos, representando 23 pares de 
cromossomos homólogos. Um membro de cada um dos pares de cromossomas 
provém da mãe e o outro provém do pai. Dos 23 pares, 22 são denominados 
autossomas; o par restante, que determina o sexo, constitui os cromossomas 
sexuais. 
 
Cromatossomos 
✓ Nucleossomos unidos por um eixo proteico. 
Nucléolo 
• Constituído por: 
✓ Região granular: grânulos de RNA 
✓ Região fibrilar: aspecto fibrilar de RNA 
✓ Filamentos de DNA ribossômico 
 O tamanho do nucléolo também se relaciona com a atividade metabólica e a 
intensidade da síntese proteica. 
OBS: 
→ Tumor maligno 
✓ Alteração no tamanho e estrutura nuclear com aumento de mitoses 
✓ A célula para de exercer sua função 
✓ A única preocupação da célula tumoral é se dividir (sofre múltiplas mitoses)→ Modificações nucleares relacionadas à morte celular 
✓ Cariólise: acontece através de vesículas dentro do núcleo, que destroem a membrana 
nuclear 
✓ Picnose: o próprio núcleo espirala a sua cromatina, tornando-a inativa. O núcleo se 
compacta aos poucos, se destruindo. 
✓ Cariorrexis: destruição da membrana e liberação do material. 
 
→ Apoptose 
✓ Morte celular programada 
✓ Esse processo é regulado por um número de genes altamente conservados que 
codificam para uma família de enzimas conhecidas como caspases, que degradam 
proteínas reguladoras e estruturais no núcleo e no citoplasma. 
✓ É feita sem ruptura da membrana citoplasmática 
✓ Não há exposição do conteúdo celular do tecido, portanto não há resposta 
inflamatória. 
Ciclo Celular 
É uma série de eventos dentro da célula que prepara a célula para a divisão de duas células-
filhas. 
Interfase 
• Momento da vida da célula: Crescimento, desenvolvimento, produção e duplicação do 
material genético até que ocorra a divisão celular. 
• Célula aumenta seu tamanho e seu conteúdo e replica seu material genético. 
Núcleo Interfásico 
✓ Se localiza SEMPRE no polo basal da célula 
✓ Pode apresentar diversos formatos de acordo com a função desempenhada pela 
célula. 
✓ O tamanho do núcleo varia de acordo com o metabolismo celular. Células com 
intensas atividades celulares terão esse núcleo maior. 
✓ Envoltório Nuclear (semelhante à membrana plasmática)é composto por: 
Cromatina – Forma os cromossomos 
Nucléolos – Produz RNA para a síntese de ribossomos 
Nucleoplasma – “Citoplasma” do núcleo 
 
G0: Algumas células que não sofreriam mitose (como as células tronco, gametas,etc) esperam 
no G0, como se congelassem; não exercem nenhuma função. 
G1 (momento mais importante): Síntese de macromoléculas essenciais para o início da 
duplicação do DNA. Os nucléolos são restabelecidos durante essa fase. É durante esse período 
que os centríolos começam a se duplicar, processo que é completado na fase G2. 
S: DNA é duplicado; nucléolo em intensa atividade 
G2: Preparação para a mitose 
Mitose 
✓ Divisão do núcleo (cariocinese) e do citoplasma (citocinese) originando duas células 
filhas idênticas 
Prófase 
✓ Condensação dos cromossomos 
✓ Desaparecimento dos nucléolos (não tem mais atividade) 
✓ Cada cromossomo consiste em duas cromátides irmãs paralelas, unidas em um ponto 
ao longo de seu comprimento, o centrômero. 
Prometáfase 
✓ Desaparecimento do envoltório nuclear 
Obs: 
❖ Acontece em organismos eucariontes unicelulares 
Metáfase 
✓ Cromossomos estão em máxima condensação e alinhados no polo equatorial da 
célula. 
Anáfase 
✓ Separação das cromátides-irmãs. 
✓ Formação do sulco de clivagem para a divisão celular 
Telófase 
✓ Citocinese. 
✓ Reconstituição do núcleo, do envoltório nuclear, desaparecimento do fuso mitótico, 
desespiralização do cromossomo, que reassume a conformação de cromatina. 
Correlações Clínicas 
 Uma compreensão mais completa da mitose e do ciclo celular tem ajudado 
enormemente a quimioterapia do câncer, tornando possível o uso de drogas em 
um momento no qual as células estão em um determinado estágio do ciclo 
celular. Por exemplo, a vincristina, e outras drogas similares rompem o fuso 
mitótico, mantendo a célula em mitose. A colchicina, um outro alcaloide vegetal 
que produz o mesmo efeito, foi usada extensivamente nos estudos de 
cromossomos individuais e cariotipagem. O metotrexato, que inibe a síntese de 
purinas, e o 5-fluorouracil, que inibe a síntese de pirimidinas, interrompem o 
ciclo celular na fase S, impedindo a divisão celular; ambos são agentes 
quimioterápicos de uso corrente. 
 Os oncogenes são formas mutantes dos genes normais chamados 
protoncogenes, que codificam proteínas que controlam a divisão celular. Os 
oncogenes podem resultar de uma infecção viral ou de acidentes genéticos 
aleatórios. Quando presente numa célula, os oncogenes dominam os genes 
sobre os alelos de protoncogenes normais, causando o descontrole da divisão 
celular e da proliferação. Exemplos de células cancerosas originárias de 
oncogenes incluem as do câncer de bexiga e da leucemia mielogênica aguda. 
 Se o RNAr do nucléolo se tornar instável, há a aceleração do processo de 
envelhecimento. Em células malignas o nucléolo pode se tornar hipertófico. 
Além disso, sabe-se que, em células tumorais, as regiões organizadoras 
nucleolares tornam-se maiores e mais numerosas, indicando, assim, um 
prognóstico clínico ruim. 
Gametas 
• A formação de novas células nem sempre ocorre através do ciclo celular típico 
• Nos gametas este processo não é cíclico. 
 
 
 Resumo pra dar certo (em busca do 10): 
1) DNA + HISTONAS = NUCLEOSSOMOS 
2) A CONDENSAÇÃO DE NUCLEOSSOMOS FORMA A 
CROMATINA (HIST H1, CAF – 1) 
3) SE OS NUCEOSSOMOS FOREM UNIDOS POR UM 
EIXO PROTEICO = CROMATOSSOMOS 
4) CROMOSSOMOS = CROMATINA CONDENSADA E 
ESPIRALIZADA, DURANTE A MITOSE E A MEIOSE 
5) NA TELÓFASE, OS CROMOSSOMOS RETORNAM À 
CONFORMAÇÃO DE CROMATINA!!!!!!!!!!! 
6) CROMATINA → CROMOSSOMOS 
DESESPIRALIZADOS 
 
TECIDO CONJUNTIVO 
 
O tecido conjuntivo tem função de sustentação estrutural. Muitas substâncias são 
liberadas no conjuntivo, sendo este um meio para trocas. Além disso, ajuda na defesa 
e na proteção do corpo, pois lá existem várias células do sistema imunológico, além de 
células fagocitárias e certas células produtoras de substâncias farmacológicas que 
auxiliam no controle de inflamações. Como o tecido adiposo é conjuntivo, o tecido 
conjuntivo é capaz de armazenar gorduras. Ele se divide em propriamente dito, de 
suporte e de propriedades especiais. 
A origem embriológica do tecido conjuntivo é o mesoderma, o folheto germinativo 
intermediário dos tecidos embrionários. Dele, originam-se as células multipotentes do 
embrião, as chamadas células mesenquimais, as quais formam um tecido conjuntivo 
embrionário, o mesênquima. Além disso, em alguma áreas da cabeça e do pescoço, o 
mesênquima origina-se, também, a partir de células das cristas neurais do embrião em 
desenvolvimento. As células mesenquimais migram por todo o corpo, dando origem aos 
diferentes tipos de tecido conjuntivo e suas células. 
O tecido conjuntivo é composto por células e matriz extracelular - substância 
fundamental e fibras, bem como todos os demais tecidos -, que confere resistência à forças 
de compressão e de tração. 
A substância fundamental é gelatinosa. Nela estão inseridas as células e as fibras. É 
um material amorfo, ou seja, não tem células, sendo composto por glicosamioglicanos, 
proteoglicanos etc. 
Os glicosaminoglicanos são polissacarídeos longos, não ramificados e compostos por 
subunidades de dissacarídeos, uma rede de polissacarídeos com dissacarídeos associados. 
Alguns glicosaminoglicanos se associam com sulfeto, na verdade, a maioria, pois apenas 
um não é sulfatado - o ácido hialurônico. 
A importância de ser sulfatado é porque consegue se unir e se ligar a um feixe de 
proteínas. Juntos, eles formas os proteogicanos. Ex.: Heparina. 
Os proteoglicanos são eixos proteicos associados a glicosaminoglicanos fosfatados. 
Exs.: Agrecana e Sindecana. 
O único glicosaminoglicano que não forma o proteoglicano é o ácido hialurônico, 
por não ser sulfatado. 
A Agrecana + ácido hialurônico é quem dá o aspecto de gel à matriz. Outras 
substâncias também dão esse aspecto, mas é essa a união que mais consegue juntar água. 
Glicoproteínas de adesão celular vão ligar os componentes da matriz, bem como as 
células com a matriz extracelular. Exs.: Osteonectina - no tecido ósseo; Fibronectina - 
dispera por toda a matriz extracelular; Laminina - na lâmina basal; Condronectina - na 
cartilagem. 
 
Glicoproteínas de adesão celular - fibronectina (a mais presente no tecido 
conjuntivo), laminina, condronectina (une a matriz e células do tecido cartilaginoso), 
tenascina, entactina, osteonectina (tecido ósseo) 
- Ligação aos componentesda matriz 
- Ligação às integrinas 
 
Fibras 
Função: força tênsil e elasticidade 
- Colágenas 
- Reticulares (colágeno tipo III) 
- Elásticas 
 
✓ Fibras de colágeno - são fibras inelásticas que possuem grande resistência à tração. 
São formadas por delgadas fibrilas, as quais, por sua vez, são constituídas pela 
polimerização de subunidades de tropocolágeno. A classificação por tipo é de acordo 
com o sequenciamento dos aminoácidos das subunidades alfa - as moléculas de 
tropocolágeno são compostas por três cadeias alfa enroladas, uma em torno da outra, 
em uma configuração helicoidal. Os aminoácidos mais comuns do colágeno são a 
glicina, a prolina, a hidroxiprolina e a hidroxilisina. As fibras de colágeno são as que 
mais oferecem força tênsil ao tecido. 
O colágeno de tipo I é o mais comum no tecido conjuntivo propriamente dito, 
nos ossos, na dentina e no cemento. O do tipo II compõe as cartilagens hialina e 
elástica. O do tipo III, compõe os órgãos retículo endoteliais, o tipo IV está associado 
à lâmina densa da lâmina basal. Tipo V, ao tipo I e à placenta. O tipo VII, juntamente 
com o IV, compõe a lâmina basal, ligando-a à lâmina reticular. 
 
✓ Fibras elásticas - constituídas por elastina e microfibrilas de fibrilina. 
São produzidas por fibroblastos (bem como todas as substâncias fundamentais) e 
pelas células musculares lisas dos vasos. Elas agregam elasticidade ao tecido 
conjuntivo. São formadas por um centro de elastina (eixo central) envolvido por 
filamentos finos de microfibrilas. 
 
 
Tecido Conjuntivo: células 
 
As células do tecido conjuntivo propriamente dito estão agrupadas em duas 
categorias: 
 
Células Fixas - ou nasceu no tecido conjuntivo ou na medula óssea e ganhou o 
tecido conjuntivo. De todo modo, essas células estarão nele por toda a vida, isto é, 
desenvolvem-se e permanecem no tecido conjuntivo propriamente dito, onde 
exercem suas funções. As células fixas constituem uma população estável e de vida 
longa. 
Os fibroblastos, os pericitos e as células adiposas nascem no tecido conjuntivo. 
Os macrófafos (chegam na forma de monócitos e se diferenciam) e os mastócitos 
nascem na medula óssea. 
 
Células Transitórias - células livres ou migrantes, isto é, podem retornar para 
outra região, órgão ou tecido. São os: 
 Plasmócitos 
 Linfócitos 
 Neutrófilos 
 Eosinófilos 
 Basófilos 
 Monócitos 
 Macrófagos 
 
* Os macrófagos só são consideras células fixas quando adquirem características 
específicas de determinado tecido. Quando o monócito chega, diferencia-se em 
macrófago, mas não possui características específicas do tecido ou órgão em que está, 
são considerados células transitórias. 
 
As células transitórias originam-se, principalmente, na medula óssea e circulam 
na corrente sanguínea. Ao receberem o estímulo ou sinal adequado, elas abandonam 
a corrente sanguínea e migram para o tecido conjuntivo, onde realizam suas funções 
específicas. 
Geralmente, essas células móveis possuem vida curta. Por isso, elas devem ser 
substituídas continuamente, a partir de uma grande população de células tronco. 
 
 
Fibroblastos: principal célula do tecido conjuntivo. Se originam das células 
mesenquimais indiferenciadas e sintetizam quase toda a matriz extracelular do tecido 
conjuntivo propriamente dito. 
Principal função: síntese da matriz extracelular. 
Podem se diferenciar em outras células do conjuntivo. Quando têm a capacidade 
do seu citoesqueleto se organizar e se contrair, são chamados de miofibroblastos. Os 
miofibroblastos têm feixes de actina e miosina e corpos densos, semelhantes aos de 
células musculares lisas, mas não possuem uma lâmina externa (basal). 
Fibroblastos ativos frequentemente são encontrados em íntima associação com 
feixes de fibras colágenas. 
Nos fibroblastos, a actina e a alfa-actinina estão localizadas nas periferias, 
enquanto a miosina está presente em todo o citoplasma celular. 
 
Pericitos: derivados de células mesenquimais indiferenciadas. São células 
perivasculares (envolvem capilares sanguíneos - quando o capilar precisa estreitar 
sua luz, o pericito pressiona o capilar) que estão envolvidas por sua própria lâmina 
basal e, por isso, situam-se, tecnicamente, fora do compartimento do tecido 
conjuntivo. 
Têm função de contração e renovação celular - são capazes de se diferenciar. 
Essa diferenciação pode, inclusive, ser em células endoteliais ou musculares lisas 
(contém actina, miosina e tropomiosina). 
 
Tecido Adiposo - células adiposas - derivadas de células mesenquimais 
indiferenciadas com pouca matriz celular. Contudo, as células adiposas são 
completamente diferenciadas. Elas possuem função de síntese, armazenamento e 
liberação de triglicerídeos. Podem ser uniloculares ou multiloculares. 
Uniloculares: única grande gotícula de lipídio - formam o tecido adiposo 
unilocular (gordura branca). 
Multiloculares: conjunto de gotículas de lipídio. O núcleo não fica tão 
espremido - formam o tecido adiposo multilocular (gordura parda). 
✓ Armazenamento e liberação de gordura pelas células adiposas: 
Os lipídios são transportados na corrente sanguínea na forma de quilomícrons e 
lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL). A enzima lipase lipoproteica, 
produzida pelo adipócito e transportada para o lúmen capilar, hidrolisa os lipídios em 
ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos se difundem pelo tecido conjuntivo 
associado ao tecido adiposo até os adipócitos, onde são reesterificados em 
triglicerídios para armazenamento. Quando necessários, os triglicerídeos 
armazenados nos adipócitos são hidrolisados, pela lipase sensível a hormônio, em 
ácidos graxos e glicerol. Estes passam para o tecido conjuntivo associado ao tecido 
adiposo e daí para os capilares, onde se ligam à albumina e são transportados no 
sangue. A glicose advinda com o sangue dos capilares pode ser transportada para os 
adipócitos, os quais podem produzir lipídios a partir de carboidratos. 
 
Mastócito - liberado na medula óssea. 
Têm função de mediação de processos inflamatórios e reações de 
hipersensibilidade imediata. Possuem numerosos grânulos citoplasmáticos contendo 
mediadores primários: heparina, histamina, proteases neutras, arilsulfatase, fator 
quimiotático para eosinófilos e neutrófilos. 
A histamina pode fazer a contração da musculatura lisa dos brônquios e fazer 
vasodilatação, fazendo um extravasamento de líquidos e aumentando a 
vascularização local. 
 
Reação de Hipersensibilidade Imediata - processo agudo alérgico - anafilaxia 
 
Primeiro reconhecimento de substância não-própria ao organismo. As células 
apresentadoras de antígeno vão identificar as células estranhas e apresentar ao 
linfócito B, que se diferenciará em linfócito B de memória e ativo. O ativo é o 
plasmócito, que secreta imunoglobulina E (anticorpos específicos contra a substância 
desconhecida). A imunoglobulina E se ligará a receptores Fc da igE (FceR1) e ficarão 
na membrana do mastócito. 
Na segunda exposição, o antígeno (corpo estranho) vai se ligar ao complexo da 
membrana do mastócito. Quando há essa ligação, há a ativação do mastócito, que 
acarreta na liberação dos mediadores primários, induzindo a fosfolipase A2 ativada, 
que vai pegar o ácido araquidônico já existente na membrana celular do mastócito e 
formar mediadores secundários, que vão perpetuar a manutenção da reação alérgica. 
O linfócito B é quem vai ter a receita para a produção dos anticorpos. 
 
* Os mastócitos distribuem-se por todo o corpo e localizam-se no tecido 
conjuntivo propriamente dito, onde se encontram ao longo dos pequenos vasos 
sanguíneos. De modo geral, os mastócitos do tecido conjuntivo contêm, 
principalmente, heparina em seus grânulos. Porém, os mastócitos especialmente 
localizados na mucosa do trato digestivo contêm condroitino-sulfato em vez de 
heparina. Estas células são denominadas mastócitos de mucosa. 
 
 
 
MacrófagosOs monócitos se originam nas células tronco da medula óssea. Sob um sinal 
adequado, eles deixam a corrente sanguínea, migrando através do endotélio dos 
capilares e vênulas. Ao chegar nos tecidos, se diferenciam em macrófagos, que 
podem ser inespecíficos ou específicos de cada tecido, quando serão considerados 
células fixas de determinado tecido. 
Função: fagocitose, processamento e apresentação de antígenos. 
No fígado, após diferenciação, ele passa a se chamar célula de Kupffer; na pele, 
célula de Langerhans; nos pulmões, células de poeira. 
 
* Células gigantes de corpo estranho - doenças inflamatórias crônicas estimulam 
demais os macrófagos, que podem se unir e formar uma grande célula multinucleada 
- célula gigante de corpo estranho. Geralmente acontece para ajudar na fagocitose de 
substâncias muito grandes. 
* Célula epitelioide - encontrada em doenças inflamatórias crônicas. Similar a 
um epitélio de revestimento. 
✓ Ambas são modificações de macrófago em vigência de um processo inflamatório 
crônico. 
 
Células Transitórias (não-permanentes) 
Todas as células transitórias do tecido conjuntivo propriamente dito derivam de 
precursores advindos da medula óssea. 
Os neutrófilos são as principais células contra doenças bacterianas. Eles 
fagocitam e digerem bactérias nas áreas de inflamação aguda, o que resulta na 
formação de pus, um acúmulo de neutrófilos mortos e de resíduos. 
Os basófilos possuem muitos mediadores inflamatórios em seu citoplasma, 
muito similar ao mastócito, atua em processos alérgicos. Liberam agentes 
farmacológicos pré-formados e recém-sintetizados que iniciam, mantêm e controlam 
o processo inflamatório. 
Os eosinócitos possuem vesículas muito visíveis no citoplasma. Agem em 
doenças alérgicas crônicas, fagocitando complexos de antígenos. O número de 
eosinócitos é aumentado em casos de rinite, asma, dermatite, verminoses etc. 
Os linfócitos B e T se diferenciam funcionalmente. O B é responsável pela 
formação de células de memória - resposta imuno-humoral. 
O T é dividido em quatro tipos, que atuam no combate célula-célula, destruindo 
outras células - resposta imunocelular. 
 
O Tecido Conjuntivo Propriamente Dito 
Se divide em frouxo ou denso. O denso se divide em modelado ou não modelado 
(também existe uma classe chamada de elástica). 
 
Frouxo 
Riqueza de substância fundamental, mais células do que fibras. Exatamente 
abaixo do epitélio, preenchendo os espaços do corpo. 
 
Denso 
Predomínio de fibras, com menos células e menos substância fundamental. 
 
Modelado 
Fibras alinhadas numa mesma direção (fibras colágenas compactadas). 
Poucas células e substância fundamental. Resistem à tração na direção em 
que as fibras estão. Comumente encontrados em tendões, ligamentos e 
aponeuroses. 
 
Não modelado 
Fibras em diversas direções (fibras colágenas entrelaçadas). Tem 
resistência à trações em todas as direções. São comumente encontrados na 
pele, endotélios de órgãos,bainhas externas dos nervos (epineuro) e cápsulas 
do baço, testículo, ovário, rim e linfonodos. 
 
Tecido Conjuntivo Elástico (ou fibroeslástico), com esparsas fibras colágenas 
formando redes. 
Predomínio de fibra elástica. Forma a parede dos grandes vasos elásticos, o 
ligamento amarelo da coluna vertebral e o ligamento suspensor do pênis. 
 
 
 
 
Organelas Envolvidas na Síntese de Macromoléculas 
 
Responsáveis pelo encadeamento e síntese de proteínas. 
 
Organelas 
Compartimentos individualizados, com diferentes composições químicas e 
funções específicas. 
 
 
 
SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS 
 
Comunicação por via direta ou por meio de vesículas transportadoras. Há 
uma troca contínua da membrana - um compartimento doando a vesícula e um 
reciclando. 
- Compartimento doador - perde membrana, que vai ser reposta através de 
vesículas recicladoras. 
- Compartimento receptor - ganha membrana. 
 
Retículo Endoplasmático: rede de membranas que delimita várias cavidades. 
O interior das cavidades é chamado de cisterna. Ele se estende a partir do envoltório 
nuclear e percorre grande parte do citoplasma. 
A membrana do retículo endoplasmático tem composição lipoproteica, tal qual 
a da membrana plasmática. Contudo, o predomínio de componentes é inverso - 30% 
de lipídios e 70% de proteínas. Logo, na membrana dos retículos, as proteínas são o 
componente mais importante e presente em maior quantidade. Na membrana 
existem, ainda, 2 cadeias transportadoras de elétrons, que são capazes de fazer uma 
redução nas substâncias, retirando elétrons delas e lançando-o no meio, mudando, às 
vezes, sua função (enzimas do citrocomo P450 - relacionada com a metabolização de 
medicamentos - e b5). O fígado é rico em citocromo P450. Quem tem deficiência 
nesse citocromo é incapaz de metabolizar determinados medicamentos. 
 
1) Liso ou Agranular 
Não apresenta ribossomos aderidos, pois não contém proteínas integrais de 
membrana específicas para isto. 
Possui vesículas ou túbulos contorcidos (cisternas). 
Função: metabolismo de lipídios, processo de destoxificação (não deixar 
que substâncias se acumulem em nível tóxico, metabolizando as substâncias 
antes de haver acumulação), degradação de glicogênio e regulação do Ca+ 
intracelular. 
 
2) Rugoso ou Granular 
Ribossomos aderidos à membrana por conta das proteínas integrais 
específicas para ligação de ribossomos lá existentes. O ribossomo se adere, liga-
se à partícula receptora de sinal e se acopla próximo a uma proteína que forma o 
canal. Ele começa, então, a sintetizar proteínas no canal, fazendo com que ela 
caia na cisterna. 
 
Bem próximo ao núcleo, é rugoso, ao ir se afastando, torna-se liso, a parte de 
transição, onde em uma face da cisterna existem ribossomos e na outra não. 
O tipo de RE e sua quantidade na célula variam entre os diferentes tipos celulares e 
de acordo com a atividade de síntese de cada célula. 
 
O conteúdo das cisternas varia conforme o tipo celular, o tipo de RE e o estado 
fisiológico da célula, podendo aumentar ou diminuir. O conteúdo das cisternas varia de 
acordo com o tipo e a função celular. 
- Fibroblasto → Tropocolágeno 
- Plasmócito → Imunoglobulinas 
- Pâncreas → Hidrolases 
 
Os ribossomos são sintetizados no nucléolo e formado por proteínas e RNA 
ribossômico. São constituídos por 2 subunidades: subunidade grande e subunidade 
pequena. 
Quando a molécula de RNA realizar a adesão entre as duas subunidades, nasce o 
ribossomo. Eles leem a fita de RNAm e a transcrevem. 
Proteínas produzidas por ribossomos livres no citosol têm a principal função de 
compor organelas. 
Ribossomos aderidos na parede do retículo endoplasmático produzem proteínas para 
a membrana plasmática, para serem liberadas nas vesículas de secreção ou para compor 
lisossomos. 
Quando fitas de RNAm possuem ribossomos aderidos, recebe o nome de 
POLIRRIBOSSOMOS. 
 
A síntese de proteínas inicia no citosol, apartir de um ribossomo livre. 
1. Ribossoma livre no citosol 
2. Início da síntese proteica 
3. Proteína produzida possui peptídeo-sinal específico para a membrana do RER 
4. Se ela for uma proteína de membrana, necessitará de um outro sinal, chamado 
de sinal de ancoragem 
 
Sequência-sinal: 
As subunidades se unem formando um ribossomo solto no citoplasma, que 
começará a transcrever a fita de RNAm e encadear aa para formar proteína. Quando 
ele possui Peptídeo-sinal é reconhecido pela molécula PRS (partícula reconhecedora 
do sinal), a síntese será interrompida. Quando o ribossomo se ligar ao complexo da 
membrana do RER, vai se ligar a um receptor da partícula reconhecedora do sinal, 
então, vai haver clivagem da PRS. O ribossomo sem a partícula volta a produzir 
proteína. Quando ele acaba de transcrever, a proteína cairá dentro da cisterna, o 
receptor será rompido, a fita de RNAm irá se soltar no citoplasma e a proteína 
produzida ficará dentro da cisterna do RER. 
Lá,elas sofrem associações. Dentro do RER existe a chaperona molecular, que 
participa do dobramento das proteínas, servindo para o controle de qualidade do 
encadeamento, se a proteína possui algum problema de dobramento, reconhecem os 
segmentos dobrados incorretamente e consertam, a fim de evitar a dobradura 
prematura ou incorreta. Realizam, também, a translocação. 
As proteínas do citosol não possuem controle de qualidade, apenas as produzidas 
pelo RER. 
 
* As chaperonas mais importantes são as hsp 70. 
 
Os ribossomos aderidos à membrana do REG produzem as proteínas da cisterna 
do RE, que vão para o complexo de Golgi. 
 
O Complexo de Golgi 
Formado por uma ou mais unidades funcionais, que são achatadas e chamadas 
de dictiossomos. 
Toda a comunicação entre as regiões do complexo é feita por vesículas. O que 
determina o endereçamento das vesículas são as proteínas que estão ao redor das 
vesículas, como as clatrinas (vesículas que se formam do lado de fora do Golgi e se 
dirigem aos endossomos e à membrana - destinos finais), a COP I (se formam na 
entrada do Golgi e retornam ao RE e as que fazem interconexão no Golgi) e a COP 
II (do retículo endoplasmático para o Golgi). Essas proteínas funcionam como redes 
ao redor das vesículas. 
 
As funções do golgi: 
- Alteração das moléculas proteicas e lipídicas (glicosilações, sulfatações etc). 
 
Aplicabilidade Clínica 
 
Doenças de Armazenamento Lisossomal 
 
1. Se houver um defeito no gene que codifica as proteínas lisossomais. 
2. A proteína defeituosa, na maioria dos casos, é uma enzima hidrolítica ou seu co-
fator. 
3. A proteína defeituosa também pode ser: de membrana lisossomal, de 
direcionamento ou de transporte. 
 
Doença de Gaucher: há o acúmulo de substâncias não digeridas que rompem a 
função normal da célula, levando à sua morte. 
 
Hipercolesterolemia Familiar: mutação no gene que codifica o receptor para o 
LDL, que é defeituoso ou ausente. Como consequência, o colesterol não entra na 
célula. Logo, aumenta a viscosidade e o fluxo do sangue, favorecendo à trombose e 
à formação de placa de arteroma. 
 
Insulina: para ser ativa, tem que estar na forma de INSULINA e não de Pré ou Pró-
insulina. Para ela ser separada desses prefixos, precisa do polipeptídeo C. Quando a 
insulina está separada do peptídeo C (sinalizador), causa diabetes. 
 
Lisossomos 
São vesículas delimitadas por membrana. 
Encontrados em todas as células, porém são mais abundantes nas fagocitárias, 
como os macrófagos e os leucócitos neutrófilos. 
Enzimas têm atividade máxima em pH 5,0!!! 
Sua membrana constitui uma barreira, impedindo que as enzimas ataquem o 
citoplasma. O pH do citosol (em torno de 7,2) constitui uma defesa adicional para 
proteger a célula contra a ação das enzimas que, acidentalmente, poderiam escapar 
dos lisossomos para o citosol. 
As enzimas dos lisossomos são segregadas no REG e transportadas para o Complexo 
de Golgi, no qual são modificadas e empacotadas nas vesículas que constituem os 
lisossomos primários (lisossomos que ainda não participam do processo digestivo). 
Partículas do meio extracelular são introduzidas na célula por meio de fagossomos. 
A membrana dos lisossomos primários funde-se com a dos fagossomos, misturando 
as enzimas com o material a ser digerido. A digestão intracelular tem lugar dentro 
desse novo vacúolo, que é chamado de lisossoma secundário. 
Função: 
 Digestão intracitoplasmática. 
 Renovação das organelas celulares. 
 
 
* Corpo Residual: Restos de material não digerido. Esse corpo residual pode ser 
eliminado do citoplasma. Em algumas células, como os neurônios e as células 
musculares cardíacas, os corpos residuais se acumulam com o tempo, formando os 
grânulos de lipofuscina (quanto mais lipofuscina, mais velha é a célula, geralmente). 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
 
Leucodistrofia Metacromática 
Observa-se um acúmulo intracelular de cerebrosídeos sulfatados devido a uma 
deficiência na enzima sulfatase, normalmente observada nos lisossomos. Na maioria 
das doenças lisossomais uma enzima está ausente ou inativa e a digestão de certas 
moléculas não ocorre. O resultado é que a substância se acumula em diversas células 
e interfere no funcionamento normal delas. 
 
Doença de Células I (inclusion cells) 
É uma doença hereditária rara, que se caracteriza, clinicamente, por defeito no 
crescimento e retardo mental. Nesses pacientes, existe uma deficiência na enzima 
que, normalmente, promove a fosforilação (“endereçamento”) de proteínas no 
Complexo de Golgi. Ao invés de ocorrer essa fosforilação, as enzimas seguem a via 
secretória, sendo eliminadas das células. As enzimas lisossomais secretadas podem 
ser detectadas no sangue dos pacientes, enquanto seus lisossomos são desprovidos de 
enzimas. Nesses pacientes, as células mostram grandes e numerosas inclusões 
citoplasmáticas, que dão o nome à doença. Essa doença mostra que a via secretória é 
a preferencial e será seguida pelas moléculas que chegam ao Complexo de Golgi, 
exceto quando elas recebem um sinal de endereçamento para outra via. 
 
Proteossomos 
São complexos de diversas proteases que digerem proteínas assinaladas para a 
destruição, pela união com a ubiquitina. A degradação de proteínas é necessária para 
remover excessos de enzimas e outras proteínas, quando elas, após exercerem suas 
funções normais, tornam-se inúteis para a célula. 
Também destroem moléculas proteicas que se formam com defeitos estruturais e as 
proteínas codificadas por vírus, que seriam usadas para produzir novos vírus. 
A atividade dos proteossomos se faz sobre moléculas individualizadas, enquanto 
os lisossomos atuam sobre material introduzido em quantidade na célula e sobre 
organelas. 
 
Peroxissomos 
Utilizam grandes quantidades de oxigênio, porém, não produzem ATP, não 
participando diretamente do metabolismo energético. 
Receberam esse nome porque oxidam substratos orgânicos específicos, retirando 
átomos de hidrogênio e combinando-o com oxigênio molecular (O2). Essa reação 
produz peróxido de hidrogênio (H2O2), uma substância prejudicial à célula, que é 
imediatamente eliminada pela enzima catalase, também contida nos peroxissomos. 
 
2 H2O2 catalase → 2 H2O + O2 
 
* Catalase: Importante porque, assim, muitas moléculas tóxicas, incluindo 
medicamentos, são oxidadas, principalmente nos peroxissomos do fígado e dos rins. 
 
 
 
CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
 
Muitos distúrbios se devem a defeitos nas proteínas dos peroxissomos, pois essa 
organela participa de diversas vias metabólicas. Talvez o distúrbio peroxissômico 
mais comum seja a adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X. Nessa 
síndrome, há defeito em uma proteína integral da membrana do peroxissomo, que 
participa do transporte de ácidos graxos de cadeia longa para dentro dessa organela, 
onde sofrem beta-oxidação. O acúmulo desses ácidos graxos nos líquidos do 
organismo destrói a mielina do tecido nervoso, causando sintomas neurológicos 
graves. 
A deficiência em enzimas dos peroxissomos causa a síndrome Zellweger, que 
é fatal, com lesões musculares muito graves, lesões no fígado e nos rins e 
desorganização do SNC e SNP. Nessa doença, os peroxissomos do fígado e dos rins 
são desprovidos de enzimas. 
 
TECIDO EPITELIAL 
✓✓ Tem origem nos 3 folhetos embrionários. 
1) De Revestimento: 
É composto por muitas células e pouca ou quase nenhuma matriz extracelular, sendo nutrido, 
assim, pelo tecido conjuntivo. Nele, os nutrientes passam por difusão. As células são 
extremamente unidas graças às especializações da membrana. Tem a função de proteger, 
absorver, fazer trocas gasosas, controle de temperatura e é um tecido que se renova com 
facilidade, com o tempo variando de espécie para espécie. 
Obs.: Além de estar exposto a diversos meios e componentes, essa facilidade de renovação 
aumenta as chances de mutação, podendo desenvolver um câncer. 
❖ Diferenciaçãocelular e potencialidade: são inversamente proporcionais – se a célula 
está diferenciada (características morfológicas e funcionais definidas) não tem 
potencialidade de virar outra. Se estiver indiferenciada (características morfológicas e 
funcionais não definidas), tem. 
❖ Membrana Basal: separa o tecido epitelial de revestimento do conjuntivo. É uma 
membrana de interface dos dois tecidos. É formada por duas lâminas, a basal, produzida 
pelas células do epitélio de revestimento, e a reticular, produzida pelas células do 
conjuntivo. 
Quando um tumor epitelial (as células tumorígenas com características epiteliais) atinge o tecido 
conjuntivo, é considerado um tumor invasivo, porque ele teve que ultrapassar a membrana 
basal. 
❖ Classificação: 
➢ Quanto ao número de camadas: 
Simples: 1 camada 
Estratificado: 2 ou mais camadas 
 
➢ Quanto ao formato das células 
Pavimentoso: células achatadas (núcleo achatado) 
Cúbico: células com altura semelhante à largura (núcleo redondo e com volume similar ao 
citoplasmático) 
Cilíndrico/Colunar/Prismático: células com altura maior do que a largura, são altas e finas 
(núcleo oval) 
 
o Epitélio de Transição: células que mudam de formato de acordo com a distensão do 
órgão. 
É sempre estratificado, apresenta células ora globosas, ora achatadas. Típico da brxiga 
e das vias urinárias. 
o Epitélio Pseudoestratificado: é um epitélio simples, com células de diferentes alturas, 
sendo a maioria altas dando o formato cilíndrico. Todas as células tocam a membrana 
basal, mas nem todas alcançam a superfície. SEMPRE CILÍNDRICO!!! 
 
Obs.: Estruturas encontradas nos epitélios: células caliciformes (produzem muco no intestino); 
cílios (tubas uterinas e útero); queratina (pele; é uma camada com células mortas, não 
apresentando núcleo); estereocílios; microvilosidades etc. 
✓ Para nomear, deve-se olhar para a parte mais distante do tecido conjuntivo, a mais 
próxima da luz do órgão, ou seja, a mais externa. 
✓ Epitélio estratificado cúbico e cilíndrico geralmente só tem 2 camadas 
✓ O epitélio de transição é o único que pode apresentar células binucleadas 
✓ As camadas do pseudoestratificado não são nítidas 
✓ Queratina (camada cornea) só aparece no pavimentoso estratificado 
✓ Células caliciformes sempre no epitélio cilíndrico, bem como os cílios 
✓ Se as células tiverem borda arredondada, é de transição 
✓ Tem que escrever cilíndrico no pseudoestratificado, mesmo sabendo que todos os 
pseudoestratificados são cilíndricos!! 
 
Obs.: Metaplasia em epitélios: é a transformação de um tecido em outro, prejudicando, assim, 
a função. Isso pode ser revertido se a parte patológica for removida. 
 Tumores originados de células do epitélio de revestimento: Carcinoma; do epitélio 
glandular: adenocarcinoma. 
 
2) Glandular: 
As glândulas são invaginamentos das células do epitelial, alocando-se no tecido conjuntivo, as 
quais começam a se diferenciar. 
Se a glândula possuir comunicação, por meio de um ducto, com a superfície epitelial, é chamada 
exócrina. Se não possuir ducto e secretar seus produtos para os vasos sanguíneos ou linfáticos 
para distribuição, é endócrina. Também pode ser mista, tendo uma porção exócrina e uma 
porção endócrina (ex.: Pâncreas, Ovários e Testículos). 
As unidades secretoras e o ducto formam o parênquima da glândula. Aos elementos do tecido 
conjuntivo que invadem e sustentam o parênquima, dá-se o nome de estroma. O produto da 
secreção é elaborado intracelularmente pela síntese de macromoléculas, que são geralmente 
armazenadas em vesículas de nome grânulos de secreção. 
Muitos tipos celulares secretam moléculas sinalizadoras (citocinas) por meio de células 
sinalizadoras, que fazem a comunicação célula-célula e agem nas células-alvo, que tem 
receptores para as específicas moléculas sinalizadoras. Dependendo da distância da ação, o 
efeito de secreção pode ser: 
a) Autócrino: se a célula sinalizadora for a própria célula alvo, ou seja, secretou para agir 
nela mesma; 
b) Parácrino: a célula alvo está nas vizinhanças da célula sinalizadora, e ,então, a citocina 
não precisa entrar no sistema vascular para atingir o alvo; 
c) Endócrino: a célula alvo e a sinalizadora estão muito distantes e a citocina precisa ser 
transportada pela corrente sanguínea ou por linfas, do mesmo modo, a secreção 
também precisa. 
A secreção da glândula pode ser de maneira constitutiva, que significa sem armazenamento, a 
secreção é imediata e não precisa de um estimulo por moléculas sinalizadoras. Ou pode ser de 
maneira regulada, fazendo armazenamento até que uma molécula sinalizadora seja recebida. 
❖ Classificação das glândulas exócrinas: 
- Quanto à natureza da secreção: 
I. Mucosa: secreta grânulos de mucinógenos, que, quando entram em contato com H2O, 
incham virando um material espesso e viscoso que lubrifica e protege: a mucina 
(principal constituinte do muco) - células caliciformes e glândulas salivares menores da 
língua e do palate; 
II. Serosa: secreta um material aquoso rico em enzimas - pâncreas exocrine; 
III. Mista: contém ácinos (unidades secretoras) que produzem secreções mucosas – ácinos 
mucosos – e ácinos serosos. Alguns dos ácinos mucosos possuem semiluas serosas 
(grupos de células) – glândulas salivares sublinguais e submandibulares. 
- Quanto ao modo de secreção: 
I. Merócina: a secreção ocorre por exocitose, então nem a membrana plasmática nem o 
citoplasma se tornam parte da secreção – glândula salivar parotid; 
II. Apócrina: através de vesículas levando parte do citoplasma apical – glândula mamária 
lactante; 
III. Holócrina: a célula é o seu próprio produto de secreção. Esse tipo de célula tem intensa 
atividade mitótica e quando amadurece e morre, vira a secreção propriamente dita – 
glândula sebácea. 
- Quanto a número de células na glândula: 
I. Unicelular – células caliciformes; ficam dispostas individualmente no revestimento 
epitelial dos intestinos e na maior parte do revestimento do trato respiratório (a base 
da célula caliciforme está em contato com a lâmina basal e a parte apical, a teca, está 
voltada para o lúmen do órgão, para a luz. A teca é preenchida com grânulos de 
secreção, envolvidos por membrana, que deslocam o citoplasma para a periferia da 
célula e o núcleo em direção a sua base); 
Obs.: A liberação do mucinogênio é controlada por irritação química e pela inervação 
parassimpática, resultando em exocitose de todo o conteúdo de secreção. 
II. Multicelular- as glândulas desse tipo são aglomerados de células secretoras em vários 
graus de organização. Essas células não atuam sozinhas e de forma independente, mas 
como um complexo secretor. 
❖ Classificação das glândulas multicelulares: 
✓ Simples: se apresentar um ducto para uma porção secretora; 
✓ Composta: vários ductos para mais de uma porção secretora; 
✓ Ramificada: um mesmo ducto para mais de uma porção secretora. 
 
 
✓ Tubulosa: possui formato tubular – Ex.: glândulas da mucosa intestinal e da interina; 
✓ Acinosa ou Alveolar: possuei formato arredondado - Ex.: glândula salivar parotid, 
pâncreas (exócrino), glândula mamária e próstata; 
Obs.: As acinosas compostas parecem um cacho de uvas. 
✓ Túbulo – acinosas: um tubo com várias partes arredondadas juntas – Ex.: glândulas 
salivares submandibular e sublingual. 
✓ Túbulo - alveolares: Ex.: glândula mamária e próstata 
Obs2.: O ducto da tubulosa-simples enovelada é diferente, é estratificado e também 
apresenta grânulos de gordura. 
 
Observações para identificação: 
✓ As glândulas mucosas têm vesículas com parede fina, mal-formada, e como a parede 
não é muito forte, ela comprime o citoplasma e achata o núcleo. O citoplasma fica 
pouco corado na toxina eosilínica. 
✓ As serosas, como têm enzimas e atividade enzimática, a parede da vesícula tem que ser 
bem espessa para não ativar. O citoplasma é fortemente pigmentado pela grande 
quantidade de vesículas e o núcleo

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