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Patologias do sistema reprodutor feminino

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Patologias: sistema reprodutor feminino 
 
Fibroadenoma 
Tumor benigno mais comum da mama Possui 
origem no estroma intralobular da mama. 
FATORES DE RISCO: Comum em mulheres de 
idade de 20 a 30 anos. 
PATOGÊNESE E MECANISMO DA DOENÇA: epitelial - 
estímulo hormonal. 
MICROSCOPIA: massa tumoral com bordas 
circunscritas. Em mulheres idosas apresenta estroma 
hialinizado e epitélio atrófico. 
MACROSCOPIA: múltiplos e bilaterais. 
Tumor filoide 
Tumor benigno na maioria das vezes. Possui 
origem do estroma mamário intralobular. 
FATORES DE RISCO: comum em mulheres 
acima de 60 anos. 
PATOGÊNESE E MECANISMO DA DOENÇA: 
alterações cromossômicas clonais adquiridas. 
MICROSCOPIA: maior celularidade, maior índice 
mitótico, pleomorfismo nuclear, crescimento excessivo 
do estroma e limites infiltrativos. Ductos dilatados. 
Alterações fibrocísticas 
Lesões comuns das mamas (cistos). Na 
mamografia, apresenta mama densa e com cistos. Na 
clínica, apresenta doer eventual que piora na TPM. 
FATORES DE RISCO: ocorre em mais da metade 
das mulheres em idade reprodutiva, de 20 a 40 anos. 
PATOGÊNESE E MECANISMO DA DOENÇA: 
desequilíbrio na resposta a estimulação hormonal cíclica 
e involução senil – o excesso de estrogeno ou maior 
resposta do tecido mamário ao estrogéno circulante. 
MICROSCOPIA: hiperplasia do estroma e do 
epitélio, pode ter fibrose tanto no estroma intralobular 
como no interlobular. Além disso, pode haver cistos com 
metaplasia apócrina (alteração benigna), que são cistos 
originados de ácinos, mediante proliferação epitelial e 
compressão pelo tecido fibroso hiperplásico. Também 
pode apresentar adenose – aumento dos ácinos. 
Doença mamária proliferativa sem atipia 
Caracterizada por aumento no número de 
células epiteliais (luminais) e mioepiteliais – 
hiperplasia epitelial. Muito relacionadas ao 
hiperestrogenismo. 
Adenose esclerosante 
Há aumento no número de ácinos e ficam 
comprimidos e distorcidos. Também ocorre fibrose do 
estroma e proliferação de pequenas glandulas. 
Lesão esclerosante complexa: é uma lesão 
composta por hiperplasia epitelial, adenose 
esclerosante e papilomas. A lesão esclerosante radial 
simula um carcinoma invasivo. Padrão back to back 
Papiloma 
É uma doença mamária proliferativa, 
caracterizada por proliferação epitelial, com múltiplas 
ramificações. Pode simular cancer. 
MICROSCOPIA: proliferação intraductal com 
presença de papilas. 
Doença mamária proliferativa com atipia 
Inclui hiperplasia ductal atípica e hiperplasia 
lubular atípica. Risco moderado para desenvolvimento 
de câncer de mama. Indicado mastectomia profilática, 
inibidores de estrogenio (como o tamoxifeno) e 
rigoroso acompanhamento. 
FATORES DE RISCO: hiperestrogenismo. 
PATOGÊNESE: o estado de hiperestrogenismo 
leva a alteraçãos genéticas, perda da E-caderina. 
HIPERPLASIA DUCTAL ATÍPICA 
Apresenta grande semelhança microscópica 
com o carcinoma ductal in situ, porém apresentam 
extensão mais limitada. As células apresentam 
aspecto uniforme e formam espaços acentuadamente 
demarcados ou com pontas rígidas. Há proliferação 
monomórfica, células espaçadas regularmente 
preenchendo parcialmente os ductos. 
Doenças da mama 
 MACROSCOPIA: lesões pequenas que medem menos de 2mm. 
HIPERPLASIA lobular ATÍPICA 
Apresenta grande semelhança com carcinoma 
lobular in situ. As células não preenchem mais da metade 
dos ácinos em um lóbulo. 
PATOGÊNESE E MECANISMO DA DOENÇA: 
positivas para receptores de estrógeno e progesterona, 
perda da expressão da molécula de adesão E-caderina 
(como o CLIS). Além disso, pode ser adquirida devido 
mutações cromossômicas: perda do cromossomo 16q ou 
ganho do 17p. 
 
 Carcinoma de mama 
FATORES DE RISCO: idade – pico 70/80 anos, 
gênero, história familiar de câncer de mama (parentesco 
de primeiro grau), mutações hereditárias em genes 
supressores tumorais, raça e entnia (maior em pessoas 
brancas), menarca precoce e menopausa tardia, idade em 
que a mulher teve o primeiro filho também influencia, 
antes dos 20 anos, o risco cai pela metade. Radiação 
ionizante, exposição estrogênica, obesidade pós 
menopausa, densidade mamográfica e consumo de 
álcool. Hiperplasia atípica também é um sinal de alerta. 
PATOGÊNESE E MECANISMO DA DOENÇA: 
aquisição progressiva de mutações condutoras nas 
células epiteliais do sistema ductal ou lobular. 
 Mutações germinativas do gene BRCA2: causa 
atípia epitelial plana, acumulando mutção do PIK3CA, 
levando a hiperplasia ductal atípica. Evolui para 
carcinoma in situ, um câncer invasivo com RE-positivo, 
HER-2 negativo = luminal. (50 a 65% dos cânceres) 
Mutações germinativas do TP53: leva a 
amplificação do HER2, causando adenose apócrina 
atípica, que evolui para carcinoma in situ. Um câncer 
invasico com HER2 positivo = HER2 enriquecido. (20% dos 
cânceres). 
 Mutações germinativas do BRCA1: com 
mutações de TP53 e inativação do BRCA1, leva a um 
carcinoma in situ. RE-negativo, HER2 negativos = 
semelhante ao basal. 
(15% dos cânceres). 
 Genética: a maioria dos casos provém de 
mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 que são 
supressores de tumores, codificam proteínas 
necessárias para o reparo de danos ao DNA. As 
mutações em BRCA1 são associadas aos tumores 
triplo negativo, e as mutações no BRCA2 são 
associadas aos tumores RE positivos. Outros genes 
que também influenciam são TP53, PTEN, HER2. A 
amplificação do gene HER2 é muito comum, esse 
gene é um receptor tirosina quinase que promove 
proliferação celular e se opõe a apoptose; os tumores 
que apresentam essa ampliação são altamente 
proliferativos. 
Influências hormonais: estrogênio estimula a 
produção de fatores de crescimento que podem 
promover desenvolvimento de tumores. Além disso, o 
gene RE regula outros genes influenciados pelo 
estrogênio que são importantes para o 
desenvolvimento e crescimento tumoral. As 
influências hormonais induzem a proliferação celular 
durante o desenvolvimento de cânceres a partir de 
lesões precursoras que expressam RE. 
DOENÇA PRECURSORA: hiperplasia atípica. 
MICROSCOPIA: são classificados conforme a 
penetração ou não na camada basal. Os cânceres 
que permanecem dentro desse limite, são 
denominados carcinoma in situ e aqueles que se 
espalham para além da camada basal são chamados 
de carcinomas invasivos. 
 Carcinomas não invasivos 
• Carcinoma ductal in situ 
Proliferação epitelial maligna. O CDIS pode ser 
classificada nos seguintes tipos: comedocarcinoma, 
cribriforme,micropapilar, papilar e sólido. 
Comedocarcinoma: tumor de alto grau nuclar 
com extensa área de necrose no interior do ducto. 
Quando a necrose é extensa, é possível a 
visualização macroscópica: pontos brancos ou 
amarelados. Núcleos pleomórficos de alto grau. 
 
 
 
Cribriforme: espaços arredondados regulares 
contendo secreções e calcificações. 
 
O tratamento do CDIS consiste em mastectomia e 
irradiação, tendo um bom prognóstico. 
• Doença de paget 
Acomete aréola e mamilo. Ocorre disseminação de 
células neoplásicas pelos ductos até o mamilo. O mamilo 
apresenta eritema, crosta, prurido. 
 
• Carcinoma lobular in situ 
Apresenta células monomórficas, com núcleos 
suaves e esféricos aglomerados dentro dos lóbulos. As 
células são pequenas, redondas ou poligonais e com 
citoplasma bem delimitado. Mitoses são raras. 
Proliferação clonal de células malignas dentros dos 
lóbulos. Não faz calcificação nem reação estromal. Há 
disfunção de E-caderina. 
 
 
 Carcinomas invasivos 
• Carcinoma ductal invasivo 
Tipo mais frequente de câncer de mama. Possui 
comportamento mais agressivo. Podem ser luminais, 
HER2, BASAIS. 
Luminal: RE + HER2 negativo. É o mais comum, 
entre 50 a 65% dos carcinomas. Esse tipo de tumor é 
subdividido em dois grupos: Luminal A – RE+, HER2- e 
baixa proliferação celular; a expressão genética é ade 
genes que sãoregulados diretamente por receptores 
de estrogênio. Luminal B – RE+, HER2- e alta 
proliferação celular, associado com as mutações 
germinativas de BRCA2. Os carcinomas luminais 
possuem as células bem diferenciadas. 
HER2 positivo: há amplificação do gene HER2 
sempre causada pela superexpressão do 
cromossomo 17q. É mais comum em mulheres 
jovens e não caucasianas. Metastase precoce. A 
maioria das células é pouco diferenciada. 
Tipos especiais: Alguns tipos histológicos 
especiais de carcinomas são quase sempre RE-
positivos e têm perfis de expressão de genes que 
lembram os carcinomas luminais. São eles: 
Carcinoma lobular: massa irregular, tipo mais 
comum que se apresenta como primário oculto. 
Células em anel de sinete, não coesas. 
Mucinoso: macio e elástico. Células como ninhos 
dentro de lagos de mucina. 
Tubulares: túbulos bem formados, podem ser 
confundidas com lesões esclerosantes benignas. 
Carcinoma papilífero: papilas reais, com eixos 
fibrovasculares cobertos por células neoplásicas. 
Carcinoma apócrino: células que lembram as de 
glândulas sudoríparas – associação com HER-2. 
Carcinoma micropapilífero: células 
mimetizando papilas reais – associação com HER-2. 
reais – associação com HER-2 
 
MACROSCOPIA: geralmente massa irregular e firme, 
raramente metastiza antes de ser clinicamente palpável. 
MICROSCOPIA: proliferação fibroblástica e produção 
de colágeno. Grau1: formam estruturas tubulares e têm 
baixo índice de proliferação; Grau2: formam estruturas 
tubulares e sólidas; Grau3: formam ninhos 
desorganizados de células, alto índice de proliferação e 
áreas de necrose. 
 
ZONA DE TRANSFORMAÇÃO: células 
colunares expostas do endocérvice podem sofrer 
metaplasia escamosa (fator predisponente para 
tumor). Com a metaplasia, o epitélio que deveria ser 
cilíndrico mucoso glandular fica um epitélio plano 
estratificado semelhante ao do ectocérvice; é uma 
LESÃO PRECURSORA para carcinomas invasivos do 
colo do útero. 
 
 Infecção por hpv 
Papilomavírus humano. Esse agente possui 
tropismo pelas células escamosas imaturas da zona 
de transformação e, por conta disso, contribui na 
evolução para uma neoplasia cervical. A maioria das 
infecções pelo papiloma é transitória e pode ser 
eliminada em poucos meses pela resposta imune da 
pessoa, mas, as lesões podem persistir no organismo 
e causar lesão intraepitelial escamosa. 
SOROTIPOS: infecção de baixo risco – 6 e 11; 
infecção de alto risco – 16, 18, 31 e 33. 
FATORES DE RISCO: idade precoce na 
primeira relação sexual, múltiplos parceiros sexuais, 
parceiro masculino com múltiplos parceiros sexuais 
anteriores, infecção persistente por cepas de alto 
risco de vírus do papiloma. 
PATOGÊNESE E MECANISMOS DA 
INFECÇÃO: o HPV infecta o epitélio escamoso 
(particularmente as células basais imaturas e com 
capacidade replicativa) ou células de metaplasia 
escamosa. Abrasões ou microlesões no epitélio 
facilitam a infecção das células basais. Em 
condições normais, a maturação das células 
escamosas é acompanhada pela parada da 
replicação do DNA evitando a produção do vírus. 
Porém, as variantes de alto risco do papiloma 
expressam as proteínas E6 e E7, que inibem p53 e RB 
- supressores tumorais que inibem a divisão das 
células escamosas conforme vão sofrendo 
maturação (com a maturação normal, há parada na 
replicação do DNA). Assim, o vírus 
Doenças do colo úterino 
Cervicites 
Inflamação aguda ou crônica do colo do útero. 
Podem estar associadas a corrimento vaginal purulento – 
leucorreia. Podem ser infecciosas ou não. 
As infecciosas comumente são ocasionadas por 
Chlamydia tracomatis, Ureaplas- maurealy-cum, T. 
vaginalis, Candida spp., Neisseria gonorrhoeae, HSV-2 (o 
agente do herpes genital) e determinados tipos de HPV. 
FATOR DE RISCO: mulheres sexualmente ativas. 
As não infecciosas ocorrem pela própria flora 
vaginal normal (aeróbios e anaeróbios vaginais incidentais 
como estreptococos, estafilococos, enterococos e 
Escherichia coli). 
CERVICITE AGUDA: limitada a mulheres pós 
parto, sendo mais incomum. 
CERVICITE CRÔNICA: inflamação e regeneração 
epitelial. Comum em todas as mulheres de idade 
reprodutiva. O epitélio cervical pode apresentar 
hiperplasia e alterações reativas nas mucosas escamosa 
e colunar. Em decorrência disso, o epitélio colunar sofre 
metaplasia escamosa. MICROSCOPIA: infiltrado 
inflamatório crônico inespecífico, constituído porlinfócitos 
e plasmócitos na lâmina própria. 
 
 
 
é produzido, resultando em proliferação celular 
aumentada e supressão da apoptose induzida por dano ao 
DNA, promovendo crescimento e o aumento da 
suscetibilidade a mutações adicionais, que podem levar a 
carcinogênese. 
 MICROSCOPIA: alterações produzidas pelo HPV 
são vistas nas camadas usperficiais do epitélio: atipias 
nucleares – os núcleos ficam hipercromáticos com forma 
e tamanho irregular, parecendo “amassados”; e halo em 
claro em volta do núcleo, o que se chama coilocitose 
(atipias coilocitóticas). 
 
 
Neoplasia intraepitelial cervical (nic) 
É uma lesão epitelial causada pelo HPV, que 
geralmente precede o desenvolvimento de um câncer. 
Essa lesão atinge seu ponto máximo por volta dos 30 
anos, enquanto que o carcinoma invasivo atinge seu 
ponto máximo por volta de 45 anos de idade. A NIC é 
subdividida em três graus: 
• NIC I: displasia de baixo grau 
• NIC II: displasia moderada 
• NIC III: displasia grave 
O esfregaço de Papanicolau detecta essas células 
anormais do NIC. 
 
 
Carcinoma invasivo 
Os carcinomas invasivos do colo do útero se 
desenvolvem na zona de transformação e estão 
sempre associados ao vírus HPV. Variam de focos 
microscópicos de invasão estromal até tumores 
exofíticos macroscopicamente visíveis. 
• Carcinoma de células escamosas 
É a neoplasia do colo úterino mais frequente e 
acomete predominantemente mulheres jovens em 
idade fértil e produtiva. Porém, tem um pico de 
incidência por volta dos 45 anos, de 10 a 15 anos 
após a detecção da NIC precursora. Possui origem 
no epitélio da ectocérvice. 
FATORES DE RISCO: para uma neoplasia 
intraepitelial cervical evoluir para carcinoma, alguns 
fatores podem influenciar, como tabagismo, 
infecção pelo HIV. 
MICROSCOPIA: o tumor é formado por brotos 
sólidos de células com graus variados de 
diferenciação. Além disso, há extensa infiltração dos 
tecidos do colo, reação desmoplásica (produção de 
tecido fibroso induzido pelo tumor) e reação 
inflamatória crônica inespecífica. Também apresenta 
mitoses atípicas. 
 
 
 
• Adenocarcinoma 
Neoplasia com origem no epitélio glandular. Mais 
dificil de ser prevenido, pois a colposcopia é menos 
sensível na detecção de anormalidades glandulares em 
comparação com lesões de células escamosas. 
síntese de FSH (hormônio folículo-estimulante) e 
estimula a produção de LH (hormônio luteinizante). 
A elevação persistente nos níveis de LH estimula as 
células ovarianas – teca interna – a produzir 
androstenediona. A androstenediona é um precursor 
de andrógenos e estrógenos. Com isso, ocorre 
hiperandrogenemia que leva a hirsutismo, alopecia e 
acne. Além disso, andrógenos ovarianos em excesso 
levam a maturação folicular anômala, causando 
formação de múltiplos cistos foliculares, atresia 
folicular prematura e anovulação. 
 
 
Doenças do ovário 
 Síndrome do ovário policístico 
É um distúrbio endócrino complexo, caracterizado 
por hiperandrogenismo, anormalidades menstruais, 
ovários policísticos, anovulação crônica e diminuição da 
fertilidade. Em alguns casos, ainda apresenta associados 
como obesidade, resistência a insulina e diabetes tipo II. 
Atinge de 6 a 10% de mulheres em idade reprodutiva, mais 
comumente na terceira década de vida. 
Possui etiologia desconhecida, mas acredita-se 
que ocorra uma disfunção enzimática nos ovários que 
acaba aumentando a produção de andrógenos.PATOGÊNESE E MECANISMO DA DOENÇA: com a 
disfunção enzimática ovariana, acaba ocorrendo produção 
excessiva de hormônios andrógenos. Em decorrência 
disso, esses hormônios andrógenos são convertidos lá no 
tecido adiposo em hormônios estrógenos. E, essa 
formação anormal de estrógenos acaba inibindo a 
MACROSCOPIA: ovários ficam aumentados 
de volume e com superfície externa brancacenta, 
perolácea e lisa – aparência de ovos de galinha. 
MICROSCOPIA: espessamento fibroso da 
cápsula e numerosos cistos foliculares, com 
hiperplasia e luteinização da teca interna. 
Neoplasias ovarianas 
 Incidência por idade: 20 a 45 anos – 80% 
benigno, 45 a 65 anos – maligno. A incidência 
aumenta com a idade. 
 FATORES DE RISCO: nuliparidade, baixa 
utilização de contraceptivos orais – favorecem 
ovulações múltiplas, com possível perda da 
integridade do epitélio de revestimento, seguida de 
regeneração, mutação e malignidade. Fatores 
genéticos – mutação BRCA1 e BRCA2, histórico 
familiar. 
Carcinoma epitelial seroso 
 São os tumores mais comuns dos ovários. 
Existem dois tipos: de baixo grau e de alto grau. 
 
 Os tumores de baixo grau estão associado a 
borderline e mutações em genes que codificam proteínas 
de sinalização, como o KRAS, BRAF, ERBB2. Já os de alto 
grau, apresentam mutações no gene TP53. A maioria dos 
tumores de alto grau desenvolve-se a partir da 
extremidade fimbriada da tuba uterina via carcinoma 
tubário intraepitelial seroso, e não a partir do epitélio 
celômico ovariano. 
 MACROSCOPIA: estruturas císticas grandes com 
forma esférica a ovoide, com até 30 a 40 cm de diâmetro. 
Nos tumores benignos, o revestimnto seroso é liso e 
brilhante. No cistoadenocarcinoma, há irregularidades 
nodulares que correspondem a áreas em que o tumor 
invadiu a serosa e projeções papilares em direção às 
cavidades císticas. 
 
 MICROSCOPIA: nítida invasão do estroma, atipias 
celulares mais acentuadas e mitoses frequentes, podendo 
existir papilas, ninhos, trabéculas e pseudoácinos. 
 
 
Carcinoma epitelial mucinoso 
MACROSCOPIA: massas císticas que podem ser 
indistinguíveis dos tumores serosos, exceto pelo 
conteudo cístico ser mucinoso. São mais propensos 
a serem grandes e multicísticos. 
MICROSCOPIA: epitélio neoplásico consiste em 
células secretoras de mucina. Áreas sólidas de 
crescimento, estratificação das células de 
revestimento, atipia citológica e invasão estromal. 
 
 Apresenta mutações nos genes KRAS.

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