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RESENHA CRITICA - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA: O MODELO GERENCIAL E AS FERRAMENTAS DE MELHORIA NA GESTÃO PÚBLICA

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1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
FORMAÇÃO DE GESTORES DE CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS 
 
Resenha Crítica de Artigo 
André Spohr 
 
 
 
Trabalho da disciplina Administração Pública Gerencial (NPG 3541) 
 Tutor: Prof. Antônio Luís Draque Penso 
 
 
Cascavel 
2021 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
2 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA: O MODELO GERENCIAL E AS 
FERRAMENTAS DE MELHORIA NA GESTÃO PÚBLICA 
 
Referências: SANTOS, Anderson Ferreira dos. Administração Pública Brasileira: O 
Modelo Gerencial e as Ferramentas de Melhoria na Gestão Pública. Revista Científica 
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 04, pp. 69-85, Agosto de 
2018. ISSN:2448-0959 
 
 
No referido artigo aqui resenhado, o autor realiza uma explanação geral acerca dos 
três modelos de gestão pública a qual o Brasil utilizou durante sua evolução histórica, sendo 
eles os modelos patrimonialista, burocrático e gerencial, exemplificando principalmente a 
importância do modelo gerencial na melhoria da gestão pública do país assim como as novas 
ferramentas de gestão oriundas deste modelo, que corroboram para uma gestão ainda mais 
eficiente. 
Como forma de definição para o correto entendimento acerca dos assuntos abordados 
no artigo, o autor esclarece que a administração pública é um conjunto de órgãos e 
servidores responsáveis pelo atendimento das necessidades da sociedade. 
 O modelo patrimonialista foi herdado do período colonial e da república velha, sendo 
fortemente pautado nas práticas utilizadas por estados absolutistas que não diferenciavam 
patrimônios públicos e particulares, o que incidia grande corrupção e nepotismo. Com a 
ocorrência da Revolução Francesa aliado ao surgimento do capitalismo industrial o modelo 
patrimonialista perdeu espaço para o modelo burocrático, pois este suprirá melhor as 
necessidades da sociedade. Sendo características principais do modelo burocrático a 
impessoalidade, o profissionalismo, a ideia de carreira pública e a hierarquia funcional. 
 O autor discorre sobre o modelo burocrático possuir prerrogativas teóricas e que na 
prática não ficaram evidentes, onde ficou claro que o modelo não garantiria qualidade, 
economia e agilizada na prestação de serviços aos cidadãos, sendo este modelo de 
administração burocrática na realidade lento, caro, autorreferido e nada focado ao 
atendimento das demandas da população. 
 
 
 
3 
Surge então, com estas demandas da sociedade moderna e os pensamentos 
neoliberais que defendem o estado mínimo, sendo fortemente influenciados pela postura das 
megaempresas e a exigência de transparência praticada pela sociedade anglo-saxônica, a 
alternativa mais adequada que seria o modelo gerencial. Conforme o autor cita: "As práticas 
gerenciais mais recentes buscam a equidade no acesso aos serviços, através do 
planejamento estratégico das ações, autonomia gerencial, transparência, foco no cidadão, 
responsabilidade fiscal, utilização de indicadores de desempenho e avaliação dos 
resultados.” 
Mesmo com a busca pelo modelo gerencial, é possível verificar que na administração 
pública brasileira ainda existem traços da burocracia, atrelado a características do modelo 
patrimonialista, sendo referenciado pelo autor a Campelo (2010). 
Para abordar novas ferramentas de gestão pública, o autor introduz alguns termos 
como: “Governabilidade, governança, accountability e governo eletrônico.” Onde os conceitos 
de governabilidade e governança são complementares e difíceis de serem dissociados, 
exemplificando que governabilidade é a relação política entre estado, governo e a sociedade. 
Já governança é a definição da capacidade de implementar políticas públicas, de decidir e 
governar. Não sendo possível haver governança sem governabilidade. 
Já accountability seria a prestação de constas aos eleitores e cidadãos de forma 
eficiente e Governo Eletrônico como um novo conceito de governo, sendo uma forma de 
ampliar a relação com a sociedade através de ferramentas tecnológicas influenciados pelas 
novas tendências de inovação, facilitando a transparência e de forma a atuar como uma 
ponte entre a operacionalização dos serviços e a estratégica governamental, 
O autor cita algumas tendências de ferramentas e inovações que tem sido aplicada ao 
modelo de gestão pública através de aproximação com a iniciativa privada e que são 
amplamente utilizadas nestas em função da competitividade natural deste setor, o que 
facilidade evoluções na qualidade de gestão, cita “benchmarking, downsizing, ciclo PDCA, 
Diagrama de Pareto, Diagrama de Ishikawa, orçamento participativo, e Reengenharia.” 
É importante ressaltar que a instituições privadas vem cada vez mais se utilizando de 
novas tecnologias e melhorias nos processos de gestão como fora de aumentar a 
competitividade com redução de custos, melhorar a qualidade dos serviços e produtos, 
facilitando o processo de comunicação e a melhora do atendimento ao cliente. Já os ganhos 
significativos pela administração pública pelo uso de novas tecnologias estão relacionados a 
 
 
 
4 
melhoria dos processos e ampliação dos serviços, bem como a diversificação destes por 
meio da internet, mesmo estes ganhos e a efetividade das ferramentas não sendo 
comparáveis aos da iniciativa privada atualmente. 
Fica claro pela análise realizada por este artigo de que a competitividade e o processo 
de globalização corroboraram para que a administração publica busque adequar-se as novas 
realidades e ao uso de novas tecnologias como forma de tornar sua gestão cada vez mais 
eficiente, mesmo esta eficiência ainda ser aquém da realizada pela iniciativa privada, mais 
ainda assim pode ser considerado como ponto positivo a melhoria dos processos e o 
incremento de sistemas para prestação de serviços pela internet. 
Neste contexto, o artigo trás ótimas reflexões acerca da trajetória de evolução da 
administração pública, pautada na melhoria da qualidade na gestão gerencial, com foco no 
cidadão, convergindo com políticas de promoção da qualidade e com apoio de novas 
ferramentas de acesso pela internet inspiradas nos modelos de gestão privada.