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Introdução ➢ Porque estudar SBV? • Avaliar o número de ocorrência de emergências médicas em consultórios odontológicos, o nível de preparo dos cirurgiões- dentistas para atuarem em quadros de emergência médica que ocorram em seu ambiente de trabalho e reconhecimento das legislações às quais estão submetidos (ARTIGO); • Conclui-se que há certa insegurança para realizar o procedimento de socorro e um conhecimento insipiente das implicações éticas e legais as quais os CD estão submetidos (ARTIGO); • Para que caso ocorra alguma urgência ou emergência no consultório, o CD estar pronto para lidar com isso e saber o seu papel dele diante do quadro de emergência, para que não tenha problemas futuros; ps: espaço em branco: Nenhuma ocorrência. ➢ Na Consolidação das normas para procedimentos nos conselhos de odontologia há um parágrafo único que diz: Art. 171. O Conselho Federal de Odontologia concederá reconhecimento a curso de especialização, promovido por entidade da Classe registrada no Conselho Federal. Paragráfo único. Deverá constar da área conexa, de todos os cursos de especialização, a disciplina de Emergência Médica em Odontologia com carga horária mínima de 15 (quinze) horas. ➢ Lei N° 5.081, de 24 de agosto de 1966 regula o exercício da Odontologia - Mensagem de veto O presidente da república, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1. O exercício da Odontologia no território nacional é regido pelo disposto na presente Lei. Art. 6º Compete ao Cirurgião-dentista: VIII – prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente. Definição ➢ “Medidas de pronto atendimento onde há tempo para o profissional se planejar enquanto o instrumental e os materiais necessários são providenciados para a execução do procedimento, ou enquanto eventualmente se aguarda a obtenção de níveis plasmáticos de um medicamento, ele pode relembrar o protocolo indicado para aquela situação específica.” ANDRADE E RANALI, 2011; • Urgência: Paciente com uma dor de dente liga para você e diz que está com uma dor lancinante, espontânea... É uma urgência, porém você vai ter tempo de avaliar o prontuário desse paciente, de ver o motivo dessa dor, de preparar o instrumental e até revisar o protocolo; ➢ “Surgem de forma inesperada, sem obedecer a regras ou padrões definidos. São interpretadas como um acontecimento perigoso ou como uma situação crítica e não deixam tempo para o cirurgião- dentista rever conceitos ou aguardar o preparo de uma bandeja pela auxiliar. Ou seja, uma sequência de manobras de pronto atendimento deverá estar memorizada e protocolada pelo profissional, para que ele possa instituí-la imediatamente.” ANDRADE E RANALI, 2011; • Emergência: É preciso já ter na cabeça automaticamente uma sequência de manobras de pronto atendimento e deve estar protocolada com evidência ciêntifica, para que possamos instituir elas imediatamente, ou seja, não há tempo, a emergência está associada a uma situação que corre risco de morte ou de alguma complicação que possa deixar sequelas. Classificação ASA Emergência Recomendações em situações de emergência ➢ Manter a calma; ➢ Pedir socorro aos serviços de urgência e emergência, como SAMU(192), bombeiros(193) e em último caso, até a polícia(190); ➢ SBV (Suporte básico de vida); ➢ Conhecer o equipamento de emergência. Principais situações de urgência e emergência ➢ Classificação: Episódios de emergência Suporte básico de vida ➢ Faz-se uma tríade: Primeiros socorros; Ressuscitação Cardiopulmonar (se necessária) e os Cuidados intensivos (só acontecem já em ambiente hospitalar, o que nós fazemos parte é dos dois primeiros); ➢ “O cirurgião-denstista, como profissional da saúde, tem de estar preparado para prestar os primeiros socorros em situações de emergência. Deve, no mínimo, estar treinado para instituir procedimentos que garantam a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea, o que é chamado de Suporte Básico de Vida (SBV), até que a vítima possa receber cuidados médicos intensivos.” Andrade e Ranali, 2011; ➢ Segundo a American Heart Association, é uma sequência de ações, realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência e são cruciais para a sobrevivência. Evidência ciêntífica ➢ Como tomar uma decisão clínica baseada na melhor evidência ciêntifica? • Lembrando que o mundo varia, o que é verdade hoje pode não ser amanhã, ao longo dos anos as ações e os protocolos vão sendo testados; • Para ter uma evidência ciêntífica, é preciso estar no topo dessa pirâmide, todos os de base não são confiáveis; • (artigos). Suporte básico de vida ➢ Esse protocolo era feito até 2010, então passou o século passato quase todo com ele, mas hoje ele está DESATUALIZADO, ela não é mais utilizada; ➢ Atualmente, o que fazemos hoje, o que mudou no protocolo a partir de 2010: ➢ A primeira coisa que devemos fazer com o paciênte que apresenta parada cardiorespirartória é a compressão (30); ➢ Depois, transmite a abertura das vias áereas com algumas manobras; ➢ E instituir a ventilação, que é a famosa respiração boca a boca; ➢ Essa mudança foi em 2010; ➢ Por que é importante fazer primeiro a compressão? É sabido que o sangue permanece oxigenado por volta de 2 a 4 min, então, fazendo a compressão, você vai bombear o sangue principalmente para o cérebro e ele vai ter algum grau de oxigenação durante esses primeiros minutos, mesmo com o paciente tendo parada cardiorespiratória, então o principal fato da massagem cardíaca é tanto promover a circulação e de certa forma pela pressão toácica, também vai ter uma movimentação, entrada e saída de ar; ➢ Em 2015 houve uma atualização: ➢ Na desfibrilação precoce usa-se um equipamento, que é o desfibrilador, diferente do que tem no hospital, ele é portátil, chamado de desfibrilador externo automático (DEA), deve ser feito com extrema rapidez e em cenários extra-hospitalares, não é o primeiro a ser feito, porém é importante que seja realizado o quanto antes. Mudanças do SBV ➢ Ênfase em identificar rapidamente falta de responsabilidade e a qualidade da respiração (definir em 10 seg); ➢ Respiração agônica (Gasping) como sinal de parada cardíaca, mesmo que o paciente tenha ainda alguma aparência de respiração. ➢ Respiração agônica: • “A respiração agônica é caracterizada por inspirações espaçadas e ineficazes, e sons do tipo grunhindo ou ressonar. Desaparecem em 2 a 3 min.” Andrade e Ranali, 2011; • Então, se você ficar olhando para o paciente durante esses 3 min e depois dele ter a respiração agônica, você não fizer nada, já perdeu de 2 a 3 min de suporte básico de vida e principalmente o primeiro minuto já da parada cardíaca dele, que depois virou parada cardiorespiratória; ➢ Socorristas, treinados ou não, devem realizar compressões torácicas; ➢ É enfatizada a qualidade das compressões e a forma de minimizar as interrupções da manobra; ➢ No spotify tem uma playlist “American Heart Association” com várias músicas, as quais tem a batida que se seguir ela, fica na margem de 100/120 compressões por minuto; Parada Cardiorespiratória ➢ “A parada cardiorespiratória (PCR) caracteriza-se pela interrupção da oxigenação do sangue e cessação brusca da sua circulação.” Andrade e Ranali, 2011; ➢ “O SBV é a contrapartida a essa situação, ou seja, um conjunto de procedimentos que visa à obtenção de vias áereas livres e à execução de assistência ventilatória e circulatória, sem necessidade de usar qualquer equipamento especial, admitindo-se apenas dispositivos simples de proteção.” Andrade e Ranali, 2011; ➢ Isso já não é mais uma verdade absoluta, pois em 2015 houve uma atualização, instituindo a desfibrilação precoce também; ➢ Cadeias de sobrevivência: Intra e extra-hospitalar ➢ A grande diferença é que noextra-hospitalar é preciso acionar o serviço médico e de emergência (móvel). RCP de alta qualidade ➢ “Mesmo que as compressões torácicas sejam técnicamente perfeitas, a perfusão cerebral obtida não chega a 30% do valor normal. Se mal conduzida, a perfusão será cerca de 10%, enquanto o encéfalo exige, no mínimo, 20% da perfusão normal”. Andrade e Ranali, 2011. Relação compressão-ventilação Posicionamento nas compressões ➢ O braço precisa ficar estendido, não pode dobrar nunca. E o apoio que precisa ser feito é o apoio do seu tronco sobre o peito esterno da vítima, dessa forma, não ocorrerá cansaço. Caso fique flexionando só o braço, pode cansar; ➢ A profundidade de compressão é de 5cm para adultos e crianças, já no bebê será 4cm. ➢ O local que a compressão precisa ser feita é na metade inferior do osso esterno, pois nessa região não possui as cartilagens das costelas mais flexíveis, e está mais próximo possível do coração; ➢ Se for realizada muito em cima, não vai ser possível expandir a caixa torácica e pode até fraturar as costelas do indivíduo pela força que irá imprimir querendo fazer o movimento dos 5cm. ➢ O ciclo é feito de 30 compressões e 2 ventilações, ➢ As 2 ventilações tem que ser feitas em menos de 10seg, não podem ser feitas de forma muito forte, pois caso assopre muito forte, pode levar ao estômago, ao esôfago do indivíduo, ocasionando vômito, piorando a situação, é preciso que o ar entre mais suave sem mover a epiglote e o ar consiga entrar na traqueia, fazendo a ventilação nem com muita força e nem tão suave; Via áerea ➢ “A hiperextensão(do pescoço), por si só, desobstrui as vias áereas ao aliviar a pressão da base da língua sobre o ádito da laringe, pois os músculos perdem o tono.” Andrade e Ranali, 2011; ➢ A língua caiu e obstruiu(aptose lingual), quando a gente hiperestende o pescoço, já libera a via áerea. Não adianta fazer a massagem, boca a boca e o queixo ficar para baixo, não vai aspirar nada, apenas irá fazer esforço desnecessário, por isso é preciso hiperestender o pescoço, no caso dentro do consultório; ➢ A hiperextensão do pescoço é delicada em vítimas de trauma, que é realizada outra manobra; ➢ A manobra realizada na foto acima é elevação do mento ou Chin Lift; ➢ Quando o paciente tem risco de lesão cervical por trauma, a manobra é elevação da mandíbula ou Jaw Thrust, ela preserva a coluna cervical; ➢ Para realizar a ventilação, é preciso fazer o boca a boca direto, mas no consultório você pode ter alguns dispositivos, como a máscara que tem uma válvula que proteje tanto você como a vítima de contaminação, não tendo contato direto com ela; ➢ Existem também os sacos descartáveis, que é pequeno e cabe no bolso, então abre ela, adapta na boca da vítima e faz a ventilação sem contato com a cavidade oral dela; ➢ Além disso, também tem o famoso “Ambu”, que possui uma máscara que possui a conexão para o ambu, nós fazemos a pressão no ambu (2 pressões depois das 30 compressões); Desfibrilação externa automática ➢ Ela popularizou nos EUA, na Europa. Aqui no BR já existe lei relacionada a isso em aeroportos, em locais que tenham de certeza aglomerações de mais de mil pessoas. Por lei, em SP, é obrigatório o proprietário do local ter esse equipamento; ➢ Custa em torno de 8 mil reais até 20 mil; ➢ O desfibrilador externo automático (DAE) é um dispositivo computadorizado que é conectado por eletrodos adesivos ao tórax da vítima (que não responde e não respira normalmente) e que após análise da atividade elétrica cardíaca recomenda, se necessário, a aplicação de um choque potencialmente capaz de reverter a situação; ➢ “Com o tempo, as compressões torácicas irão favorecer o represamento de sangue no baço e na região subcutânea, diminuindo a eficácia da manobra de forma progressiva. Nesse momento crítico, a chegada de um desfibrilador externo automático é tão importante quanto a manutenção da circulação artificial.” Andade e Ranali, 2011; ➢ Se o paciente estiver em fibrilação arterial e você não conseguir reverter com a massagem, se não tiver o DEA, a massagem chega numa insuficiência e o paciente irá entrar em óbito, então, o DEA é um itém muito importante para a ressucitação cardiopulmonar; ➢ O ritmo mais frequente nas paradas cardíacas súbitas é a Fibrilação Ventricular; ➢ O tratamento mais eficaz para a fibrilação ventricular é a desfibrilação elétrica; ➢ A fibrilação ventricular tende a transformar-se em assistolia (parada cardíaca) em poucos minutos; ➢ (vídeo)86% das paradas cardíacas ocorrem fora do hospital, e se tiver em casa e não possuir um DAE, o serviço médico de urgência leva em média 18 min para chegar na casa do indivíduo, podendo ocasionar a morte; ➢ Na desfibrilação arterial o batimento do paciente fica desconexo no eletrocardiograma, então para reverter isso, geralmente só com o desfibrilador, ele é o “reset” do coração; ➢ Se a vítima retornar a consciência, o DEA não deve ser desligado e as pás não devem ser removidas os desconectadas até que o SME (serviço móvel de emergência) assuma o caso; ➢ Se não houver suspeita de trauma e a vítima já apresentar respiração normal e pulso, colocá-la em posição de recuperação até que o SME chegue; ➢ Então, você fez a massagem cardíaca, a desfibrilação, ou não fez desfibrilação e o paciente já voltou a respirar e ter batidas, faz-se uma manobra deixando ele de forma lateral; ➢ Quando a vítima volta é preciso deixar ela reta e estirada, depois pega o braço dela do nosso lado e deixa ele 90º para cima; ➢ Depois pega o outro braço e vai cruzar sobre o tórax e deixar em contato com o rosto dele do mesmo lado que você está; ➢ Depois dobra a perna do outro lado, e após isso você faz o rolamento para o seu sentido; ➢ Diminui o risco de aspiração de vômito; ➢ Previne a queda da língua e obstrução da via áerea; ➢ Permite a drenagem de fluidos pela boca; ➢ Permite a visualização do tórax; ➢ Lembrando que isso só se faz em pacientes que não foram vítimas de traumas e nem tem suspeita de lesão cervical. O que fazer e o que não fazer no SBV para obter uma RCP de alta qualidade para adultos Métodos alternativos de massagem cardíaca ➢ Zool Autopulse • É um equipamento que vai fazer uma massagem cardíaca para você, só deve ser usada em pessoas treinadas para isso; • É tipo uma meia prancha, aí você aciona ela, e tem o equipamento que você encaixa a vítima, e ao acionar o botão, ela vai fazer a compressão para você; • Quando faz um “bip” sonoro, significa que é hora de ventilar (2 ventilações), aí ele volta a fazer a compressão; ➢ Lucas 2 Automated CPR ➢ É também um aparelho de massagem cardíaca; ➢ Já tem uma pessoa ressucitando e a outra está montando; ➢ A vantagem desse aparelho é que você pode transportar a vítima sem interromper a massagem, caso ela ainda esteja em parada cardiorespiratória, esse é mais ou menos o objetivo; ➢ O socorrista já está entubando e não precisou parar a massagem, assim ganhando tempo na manobra; Destaques da AHA 2015
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