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Terapia Antimicrobiana

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ANTIBIÓTICOS: são classificados com sua potência, que 
depende da sua concentração. Podem ser de dois tipos:
 ↳ Bactericidas: inativa e destrói os microorganismos, 
uso em paciente imunossuprimido. Ex.: aminoglicosídeos, 
quinolonas, penicilinas e cefalosporinas.
 ↳ Bacteriostáticos: controla o crescimento dos 
microoganismos.
ESPECTRO DE AÇÃO
● Pequeno espectro: atuam em um tipo/grupo limitado de 
microrganismos. Gram + ou Gram-. Ex.:isoniazida é ativa 
somente contra micobactérias 
●Espectro ampliado: eficazes contra Gram + e um 
significativo número de Gram- Ex.: ampicilina. 
●Amplo espectro: afetam ampla variedade de espécies 
microbianas. Ex.: cloranfenicol
●Terapia Específica: após identificação do microrganismo, 
usa fármaco de espectro estreito, baixa toxicidade sempre 
que possível, o teste laboratorial é o antibiograma.
●Terapia Profilática: a profilaxia antimicrobiana em dose 
única é tão eficaz quanto a administração por tempo 
prolongado, sendo evidentes as desvantagens da maior 
exposição à toxicidade das drogas. Usado em cirurgias e 
internações.
USO INCORRETO
•Tratamento de infecções não-responsivas: doenças produzidas 
por vírus são autolimitadas (ex: caxumba, sarampo, uso de 
antimicrobianos é ineficaz
•Terapia da febre de origem indeterminada: antimicrobiano não é 
antipirético (febre), associada a infecções virais indefinidas ou febre 
persistente por longo período – tuberculose, vários tipos de 
câncer, distúrbios metabólicos 
•Posologia inadequada: doses excessivas, doses sub-ótimas (seleção 
de micro-organismos resistentes)
ANTIMICROBIANOS COMBINADOS
SINERGISMO: tem como vantagens ampliação do 
espectro de ação, ação mais rápida (cefalosporina 
+penicilina no pós cirúrgico), prevenção de emergência 
de resistência, tratamento de infecções polimicrobianas, 
bloqueio de dois pontos de uma mesma via. As
desvantagens são o risco de toxicidade, antimicrobianos 
desnecessários (resistência), maior custo p/ paciente, 
antagonismos de efeito!!! (bacteriostático x bactericida)
EFEITOS ADVERSOS
Efeitos tóxicos 
concentrações superiores 
à terapêutica (ex: 
aminoglicosídeos com 
baixo índice terapêutico)
Efeitos colaterais
ex: dor epigástrica por 
efeito irritativo (tetraciclina 
e eritromicina)
Efeitos secundários
superinfecção por 
desequilíbrio da flora 
normal ou lise de micro-
organismos 
Reações de 
hipersensibilidade
independente da dose e 
de difícil previsibilidade
DURAÇÃO DO TRATAMENTO!!!!
●Antibacterianos: tratamento padrão: 7 dias (5-10d) 
●Antifúngicos: tratamento padrão: 4-6 semanas 
● Protozoários: tratamento padrão: 28 dias 
 OBS: a cura clínica melhora 5 dias antes da cura 
parasitológica, então é preciso ir até o fim do tratamento.
bacteriostático de amplo espectro e 
protozoostático. Indicado para bovinos: colibacilose, eimeriose, 
salmonelose; em suínos: cistite, colibacilose; pasteurelose, 
salmonelose; em equinos: infecções urinárias; em cães e 
gatos: eimeriose, colibacilose, coccidiose, traqueíte. A 2ª 
escolha são para infecções cutâneas, urinárias, de próstata.
 ↳ Sulfonamidas sistêmicas de curta ação (até 8hs):r 
rápida absorção e eliminação. Sulfamerazina e Sulfacetamida 
 ↳ Sulfonamidas sistêmicas de ação intermediária (8-12hs): 
rápida absorção mas eliminação mais lenta.. Sulfametoxazol 
(Bactrim; Trissulfin) 
 ↳. Sulfonamidas sistêmicas de ação prolongada (>12hs): 
eliminação ultralenta. Sulfadimetoxina 
 ↳. Sulfonamidas de uso tópico: Sulfadiazina
Mecanismo de Ação: Inibição da síntese de ácido fólico (importante 
fonte de energia para as bactérias), boa distribuição, atinge SNC, é 
segura.
Indicado para infecções do TGI, TU e pele. .Os efeitos indesejáveis
são hipersensibilidade e cristalúria (principalmente animais de urina 
ácida).
Terapia Antimicrobiana
 Página 1 de TERAPEUTICA 
bactericida e possuem βLactâmico (liga na 
bactéria e a destrói). Em bovinos: infecções respiratórias; 
botulismo, dermatofitose, onfaloflebites; em suínos: erisipela; 
Rinite atrófica; em equinos: infecções respiratórias, garrotilho; 
em cães e gatos: infecções respiratórias, gengivites, 
Mycoplasmose.
 ↳. Penicilina de espectro estreito contra infecções 
por Gram +: Penicilina G e Penicilina V 
 ↳ .Penicilinas anti-estafilocócicas: Cloxacilina 
 ↳. Penicilinas de amplo espectro Gram + e Gram -: 
Ampicilina e Amoxicilina
 ↳ Cefepima serve para quando somos alérgicos a 
penicilina
Mecanismo de ação: Impedem formação da parede 
bacteriana., tem estruturas de anel β lactâmico, possui ácido 
clavulânico que inibe as enzimas β lactâmicas (são enzimas 
bacterianas resistentes a penicilina), permitindo que as 
penicilinas tenham seu efeito
OBS!!! Existem bactérias que produzem enzimas β
lactâmicas e cortam a molécula do antibiótico
Indicado principalmente em infecções no trato respiratório. 
O efeito indesejável é a hipersensibilidade.
bacteriostático e de amplo espectro. Seus 
principios ativos são oxitetraciclina, clortetraciclina, tetraciclina , 
doxiciclina (1ª escolha contra hemoparasitoses).
Indicações: Amplo espectro, clamídias e rickétsias. Os efeitos 
indesejáveis são diarreia e cólica em equinos (não usar VO em 
herbívoros adultos), esofagite com estenose em felinos, flebites 
quando por via IV(sempre diluir). 
Paciente com infecção com 
bactérias produtoras de β lactâmase, 
mas alérgico a penicilina. Qual 
antibiótico usar?
Dar amoxicilina com ácido 
clavulânico, se não der certo dou 
cefepima de 4° geração
Bactericida e β Lactâmico. Bovinos: 2ª 
escolha: trato respiratório, salmonelose; suínos: 2ª escolha: 
salmonelose, rinite atrófica; equinos: infecções renais, 
peritonites, 2ª escolha: dermatites e onfaloflebites; em cães 
e gatos: infecções cutâneas; respiratórias; urinárias, 2ª 
escolha: otites.
 ↳ Primeira geração espectro estreito contra infecções 
por Gram +: Cefalexina. 
 ↳ Segunda geração amplo espectro: Cefaclor. 
 ↳ Terceira geração amplo espectro com melhor 
distribuição: Ceftiofur, Ceftriaxona, Cefovecina. 4
 ↳ Quarta Geração (mais resistentes às β lactamases): 
Cefepime
Mecanismo de ação: Impedem formação da parede 
bacteriana
.Indicado para infecções graves e ou resistentes às 
penicilinas. O efeito indesejável é a diarreia
bactericidas por inibição do DNA
 ↳ 1ª Geração: ácido Nalidíxico, ácido pipemídico, 
cinoxacino
 ↳ 2ª Geração (Gram -): enrofloxacino, norfloxacino, 
lomefloxacino, pefloxacino, ofloxacino, ciprofloxacino.
 ↳ 3ª Geração (amplo espectro, meia vida longa!): 
levofloxacino, sparfloxacino, moxifloxacino, gatifloxacino 
 ↳. 4ª Geração: gemifloxacino, trovafloxacino, 
clinafloxacino, sitafloxacino, garenoxacina
Indicado para infecções do trato respiratório, urinário, articulares 
e otológicas. Os efeitos indesejáveis são vômitos, diarreia, 
degeneração retiniana em felinos 
OBS: Contra indicado em filhotes e animais em crescimento! O 
enrofloxacino em felinos podem apresentar quando em altas 
doses, midríase, atrofia retiniana e cegueira.
: bactericida. Seus principios ativos são 
estreptomicina, gentamicina e neomicina (mais utilizados por via 
tópica), aminosidina (proibido no BR – Tratamento de Leish).
Efeitos indesejáveis: ototoxicidade, nefrotoxicidade, paralisia 
espástica em bovinos e equinos quando administrado IV 
rapidamente)
: bacteriostático. Seus princípios ativos são 
eritromicina (contra Gram +, protozoários e procinético), 
azitromicina (amplo espectro, protozoocida para tratamento de 
giárdia.)
Indicações em casos resistentes ou de hipersensibilidade às 
penicilinas nas condições de infecções do trato respiratório ou 
tecidos moles. Os efeitos indesejáveis são anorexia, vômito, 
diarreia, gastrite
funciona se ligando as enzimas do citocromo 
P450 do fungo inibindo a desmetilação do lanosterol, um 
precursor do ergosterol (componente da membrana celular dos 
fungos e alguns protozoários). Tratamento de 3 - 4 semanas.↳. Atenção! Os do tipo IMIDAZOL se ligam o P450 do 
fungo e do fígado, já o ITRACONAZOL se liga apenas com o 
do fungo, então sempre se atentar à isso
por conta da hepatotoxicidade 
a medicina veterinária não pode receitar 
medicamentos da lista C4, porém da lista C1 existe a RIBAVIRINA 
que é amplo espectro que tem ação contra DNA e RNA vírus, 
usado as vezes para cinomose.
 Página 2 de TERAPEUTICA

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