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-----------------DOPAMINA------------------------------------ SISTEMA DE RECOMPENSA SLIDE - A dopamina está relacionada com o chamado sistema de recompensa, que é um circuito neuronal no cérebro que influencia diretamente as nossas emoções. Esse sistema garante a motivação para realizar certas atividades, como a sensação de felicidade quando comemos ao ter fome. Quando os neurônios deste sistema são ativados, eles liberam a dopamina em regiões específicas do cérebro, causando o aumento da sensação de prazer. SLIDE - Estudos já realizados mostram que as áreas ativadas durante uma situação prazerosa compreendem o núcleo accumbens (NAc), área tegmental ventral (VTA) 一relacionada à produção de dopamina一 e córtex pré frontal, relacionado à atenção e tomada de decisão. SLIDE - A dopamina percorre outras áreas até chegar no córtex pré- frontal, e é ele que vai dizer que você está satisfeito OU NÃO. o que acontece quando você come o seu chocolate preferido? é uma sensação de satisfação e felicidade (não é mesmo?). O seu cérebro registra que aquilo é algo agradável e prazeroso, considerando-o prontamente como sendo um comportamento memorável que deverá ser repetido em outro momento. Como seu cérebro ja sabe que comer chocolate é bom, a área tegmental ventral pede que você repita essa ação (e ela vai usar toda sua força biológica pra isso). Mas, quando a informação chega ao seu córtex pré-frontal, vem a modulação. Você exerce nossa ainda recente capacidade de ser mais racional e pensa se deve mesmo comer doce. SLIDE - Ocorre uma batalha entre as informações enviadas pela razão (o córtex pré-frontal) e pela emoção (área tegmental ventral). Se você deixar a emoção vencer e repetir frequentemente o comportamento prazeroso, ele vai ganhando força e fica cada vez mais difícil de resistir a ele. SLIDE - E QUAL O PROBLEMA? O fato é que, esses sentimentos de recompensa e pertencimento, podem ser também experimentados no uso de dispositivos eletrônicos e estados de euforia induzidos por abuso de drogas. O uso de entorpecentes pode afetar a ação da dopamina, assim como a de outros neurotransmissores. SLIDE - Cada droga terá sua forma de ação, porém, geralmente elas atuam nos neurônios dopaminérgicos, levando a um aumento rápido de dopamina e, consequentemente, a uma sensação de prazer. A dependência química surge a partir do momento em que o sistema nervoso está de certa forma “adaptado” a uma determinada quantidade dessas substâncias e, para se obter o efeito esperado pelo consumo de determinada droga, o usuário acaba por aumentar a dose consumida. Com o tempo de uso de determinada droga, ocorre alterações no sistema de recompensa de longa duração. Isso faz com que o usuário sinta cada vez mais vontade de fazer uso de drogas. EXEMPLOS: • cocaína, atuam de forma a aumentar o tempo de ação da dopamina, impedindo que ela seja captada após a sua liberação, dando, assim, uma sensação de prazer. • Muitas drogas ligam-se aos receptores de dopamina produzindo um efeito alucinógeno. Esse é o caso, por exemplo, da LSD. ----------------------------------------------------- Regulação da dopamina A dopamina é produzida principalmente, mas não unicamente em três estruturas presentes no cérebro, a substância negra, localizada no mesencéfalo e importante no sistema de recompensa e movimento, nos terminais axônicos dos neurônios dopaminérgicos presentes na área tegmental ventral, que é um grupo de neurônios localizados também no mesencéfalo e muito importante em vários processos do sistema de recompensas, e no núcleo arqueado do hipotálamo, que é uma porção do cérebro que contém um número de pequenos núcleos com uma variedade de funções, e está localizado no encéfalo. A dopamina também é produzida, em menor escala, localmente, em outras áreas do corpo nas quais são necessárias, como na retina ou no bulbo olfatório. A dopamina é produzida por um grupo restrito de tipos de células, principalmente neurônios e células presentes na medula das glândulas adrenais. É sintetizada em sua maior parte a partir do aminoácido tirosina, mas também pode ser produzida a partir do aminoácido fenilalanina, de forma que estes podem ser obtidos de comidas ricas em proteínas, uma vez que estes aminoácidos estão presentes em quase toda proteína. Embora a dopamina seja encontrada em vários tipos de comida, ela é incapaz de cruzar a barreira sangue-cérebro que envolve e protege o cérebro, portanto precisa ser sintetizada dentro do cérebro para exercer sua função neuronal. Seu grupo amina é sintetizado pela remoção do grupo carboxil de uma molécula de L-DOPA, que por sua vez é sintetizada no cérebro e nos rins. Existem diversas vias dopaminérgicas que levam a dopamina das áreas onde são produzidas e estão concentradas para outras áreas do cérebro. Na via mesolímbica, também chamada de via da recompensa, a dopamina produzida na área ventral tegmental é liberada no núcleo accumbens e no córtex pré-frontal. Já na via para funções motoras, ou via nigroestriatal a dopamina produzida na substância negra é enviada ao corpo estriado. A dopamina é liberada em situações prazerosas, e mesmo a expectativa de algo prazeroso é capaz de fazer com que nosso corpo a libere. Pesquisas mostram que as drogas mais comumente utilizadas em excesso como opiáceos, álcool, nicotina, anfetaminas e cocaína, criam uma reação neuroquímica que aumenta significativamente a quantidade de dopamina liberada pelos neurônios no centro de recompensa do cérebro. PATOLOGIAS: PARKINSON E ESQUIZOFRENIA A doença de Parkinson é uma doença neurológica progressiva, e causa tremores musculares, espasmos, afeta o equilíbrio, expressões faciais, além de comprometer a locomoção dos pacientes acometidos por ela. Além disso, pode causar outros efeitos que não estão relacionados às funções motoras, como alterações de humor, distúrbio de sono, ansiedade, depressão e problemas cognitivos como a demência. A relação entre Parkinson e dopamina está na deficiência desse neurotransmissor no organismo do paciente. Durante o desenvolvimento da doença, acontece a morte de neurônios dopaminérgicos, aqueles responsáveis pela liberação da dopamina. Indivíduos saudáveis também passam pela degeneração progressiva desses neurônios com o envelhecimento, todavia pacientes com Parkinson possuem uma degeneração acelerada dessa célula, diminuindo assim os níveis de dopamina. Acredita-se que a morte desses neurônios inicia-se até 10 anos antes do surgimento dos primeiros sintomas, o que dificulta o tratamento, pois quando os sintomas passam a aparecer, o paciente já está com a quantidade de neurônios dopaminérgicos bastante comprometida. Então a baixa concentração desse neurotransmissor leva a manifestação dos sintomas apresentados pelo Parkinson. O que não se sabe com exatidão é o que leva a essa perda exacerbada dos neurônios dopaminérgicos, e até então é uma doença incurável, porém com tratamentos paliativos, para alívio dos sintomas, como a administração de L-dopa, que é convertida em dopamina pelo próprio organismo. Pois, na falta da dopamina todo o controle motor do indivíduo é desequilibrado e para que isso seja reparado é necessária uma reposição de dopamina, porém uma reposição oral não é efetiva pois o neurotransmissor não chega aonde é preciso, então faz-se uso da levodopa, um precursor do neurotransmissor que é capaz de alcançar as áreas cerebrais necessárias e então é convertido em dopamina. Além do Parkinson, acredita-se que a dopamina também está relacionada à Esquizofrenia, porém devido a níveis elevados ou desregulados do neurotransmissor, ou seja, devido a um excesso da dopamina liberada na pós-sinapse. A Esquizofrenia é um transtorno que desencadeia alucinações, delírios e afastamento da realidade no paciente, entre outros sintomas, e afeta cerca de 1% da população mundial. A fisiopatologia da doença ainda não é bem estabelecida, sabe-se apenas que é uma doença psiquiátrica com sintomas claros e tratamentos sintomáticos não tãoefetivos. Porém, a hipótese do envolvimento da dopamina com a doença foi proposta devido ao fato de indivíduos que utilizam substâncias que aumentam os níveis de dopamina ou ativam seus receptores, como a anfetamina, desenvolverem sintomas esquizofrênicos durante o efeito da substância, com quadros psicóticos. Uma das formas de tratamentos propostas para a malignidade é a utilização de medicamentos que bloqueiam os receptores de dopamina, pois geralmente o mecanismo de ação de drogas antipsicóticas está ligado ao bloqueio de receptores D2 de dopamina. No entanto, a esquizofrenia possui os sintomas positivos e sintomas negativos, e a hiperfunção do sistema dopaminérgico parece estar mais intimamente ligada aos sintomas positivos da doença. TÓPICOS SLIDE DE DOENÇAS ASSOCIADAS À DOPAMINA: SLIDE PARKINSON: A doença de Parkinson é uma doença neurológica progressiva com diferentes sintomas; Associada à deficiência de dopamina, devido à degeneração de neurônios dopaminérgicos; É uma doença incurável, porém com tratamentos paliativos para alívio dos sintomas; Tratamento com o uso de levodopa, precursora da dopamina para alívio dos sintomas. SLIDE ESQUIZOFRENIA: É um transtorno psiquiátrico que desencadeia diversos sintomas como alucinações; Relacionada a níveis elevados ou desregulados dopamina; Dopamina é mais intimamente ligada aos sintomas positivos da doença; A fisiopatologia da doença ainda não é bem estabelecida; Tratamento com a utilização de medicamentos que bloqueiam os receptores de dopamina, como o bloqueio de receptores D2.
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