Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mariana Marques- T29 Glicólise É o metabolismo da glicose para obtenção de energia. Quando os níveis desse açúcar se elevam no sangue, a insulina é liberada, para que as células captem esse carboidrato ao acionar os transportadores de glicose (GLUT). Será parcialmente oxidada em duas moléculas de piruvato O metabolismo da glicose inicia pela captação celular. Neste momento, ela é transformada em glicose-6-fosfato. Ocorre no citoplasma e todas as células realizam O fígado mantém a glicemia constante dentro da normalidade A glicose tem como principais destinos: Ser armazenada como glicogênio, amido, sacarose Ser oxidada através da glicólise em piruvato Ser oxidada através da via das pentoses fosfato TIPOS DE DEGRADAÇÃO DA GLICOSE: Glicólise anaeróbica: ocorre na ausência de oxigênio e produz dois ATP por molécula de glicose Glicólise aeróbica: ocorre na presença de oxigênio e produz dois ATP e dois NADH Via Glicolítica: Via metabólica que ocorre no citosol Responsável por quebrar a molécula de glicose nos tecidos em uma serie de 10 reações que preparam a glicose para o fornecimento de energia, convertendo-a em PIRUVATO. Pode acontecer aeróbica (rende 38 ATP) ou anaeróbicamente (rende 1 ATP) Obs: As principais fontes de carbono e energia para a glicólise são: Carboidratos Glicose Glicogênio Amido → derivado dos vegetais (maltose e isomaltose) Lactose → derivado do leite (glicose e galactose) Sacarose → presente nas frutas (glicose e frutose) Produto da digestão do amido, sendo a forma de carboidrato mais abundante nas células do corpo Forma de armazenamento da glicose nos animais, sendo classificado como um polímero de glicose Mariana Marques- T29 Glicólise Hepática Enzima que inicia a via glicolítica: glicoquinase (isoenzima da hexoquinase 4) Aumenta o Km (concentração de substrato necessária para que a reação atinja a metade da velocidade máxima) e diminua a afinidade pela glicose Em hiperglicemia, essa enzima se encontra no citoplasma Em hipoglicemia, quando a quantidade de glicose no interior do hepatócito encontra-se reduzida, essa enzima sofre o sequestro nuclear (é retirada do citoplasma para o núcleo), fazendo com que a glicose deixe de ser fosforilada. Metabolismo hepático: O fígado controla a glicemia, portanto, quando em hiperglicemia, o metabolismo hepático atua de maneira hipoglicemiante, para que ele volte ao valor fisiológico (90mg dl-1) Se há uma situação de euglicemia ou hipoglicemia, o fígado atua de maneira hiperglicemiante, porque o consumo de glicose por todos os tecidos é interrupto. Se a glicemia fica muito baixa o organismo pode ir a óbito, por isso o fígado é um órgão vital. Fosfoquinase (PFK-1 ) É a enzima marca passo da via glicolítica: determina a velocidade da via Enzima alostérica: ATP efetor alostérico negativo e AMP efetor alostérico positivo Com muito ATP a reação fica lenta e com muito AMP a reação fica rápida Melhora a forma de aproveitamento dos fosfatos (transforma-se dois ADP em um ATP e um AMP) Quando a demanda energética é baixa, há menor velocidade da via glicolítica Uma célula com muito ATP possui muita energia e células com muita AMP necessita de energia. Em hiperglicemia, o metabolismo do tecido hepático libera insulina. A molécula de insulina vai se ligar aos receptores de insulina no hepatócito, promovendo uma via de sinalização dentro da célula que ativará a fosfofrutoquinase 2 (PFK2) → converte frutose 1,6 fosfato em frutose 2,6 bi fosfato A frutose 2,6 bi fosfato é um importante efetor alostérico positivo da PFK1 que em hiperglicemia, resulta em secreção de insulina pela célula beta, que ao ligar-se aos receptores do hepatócitos, ativa PFK2 e aumenta a frutose 2,6 bi fosfato Essa molécula vai superativar a PFK1 e o ATP que estava em exagero e exerceria um efeito negativo fica impedido, fazendo com que a via glicolítica no fígado permaneça rápida. Em Normoglicemia, o pâncreas libera glucagon, que se liga aos receptores do hepatócitos e ativa uma enzima chamada frutose2,6 bifosfatase, que atua diminuindo a concentração de frutose 2,6 bi fosfato, diminuindo também o efeito alostérico positivo sobre a PFK1. Além disso, o glucagon vai inativar a fosfofrutoquinase 2. Resumindo: Hiperglicemia → insulina liga-se ao receptor no hepatócito → ativa a PFK2 → aumenta a produção de frutose 2,6 bifosfato → ativa a enzima PFK1 → ocorre glicólise Normoglicemia → glucagon liga-se ao receptor no hepatócito → há ativação da frutose 2,6 bifosfatase → inativação da PFK2 → redução da concentração de frutose 2,6 bifosfato → a redução do efeito alostérico positivo aumenta a PFK1 → há aumento do ATP Mariana Marques- T29 Glicólise extra hepática PFK1 continua sendo a enzima marca passo ATP alto é efetor alostérico negativo e baixo é efetor alostérico positivo Nos tecidos extra hepáticos, a glicólise ocorre a todo momento Em células pancreáticas tem-se: Normoglicemia: hexoquinase Hiperglicemia: hexoquinase e glicoquinase Com o aumento na concentração de ATP, há redução da velocidade da PFK1 e aumento da concentração de frutose 6 fosfato, que como consequência aumenta a concentração da glicose 6 fosfato que atua como efetor alostérico negativo da hexoquinase. Quando a [ATP] no interior da célula estiver elevada, a velocidade da glicólise estará reduzida, acumulando a glicose 6 fosfato e diminuindo a velocidade da hexoquinase Se a hexoquinase é regulada negativamente, então o consumo de glicose pela célula é reduzido No SNC o consumo de ATP é alto, então não há acúmulo de ATP para reduzir a velocidade da via glicolítica pela ação negativa do ATP sobre a enzima PFK1. Secreção da insulina Elevação na concentração de ATP em hiperglicemia → fechamento de canais de potássio dependentes de ATP → despolarização da membrana e abertura de canais de cálcio → influxo de cálcio → exocitose de insulina Fermentação láctea Processo em que uma molécula de piruvato é reduzida a uma molécula de lactato Reação reversível catalisada pela enzima lactato desidrogenase Quando se reduz um piruvato a lactato há oxidação de uma coenzima NADH para uma coenzima NAD+, importante para a via glicolítica Resumindo a Glicólise: PERÍODO ABSORTIVO PERÍODO PÓS ABSORTIVO Insulina Hiperglicemia Fígado mantém vias que diminuem a glicemia Há glicólise Glucagon Normoglicemia Considerando que tecidos extra-hepático, principalmente SNC, oxidam glicose continuamente, para manter uma Normoglicemia o fígado mantém vias que aumentam a glicemia Não há glicólise VITAMINAS E COENZIMAS IMPORTANTES: B1 (timina) → coenzima timina pirofostato (TPP) – B2 (riboflavina) → coenzima FAD/FADH2 B3 (niacina) → coenzima NAD+/NADH/NADP+/NADPH – B5 (ácido pantogênico) → coenzima A Mariana Marques- T29
Compartilhar