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geografia 8º ano

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A distribuição da população mundial
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a população mundial atingiu a marca de 6,908 bilhões de habitantes. Esse total se encontra disperso pelo planeta de forma irregular, isso quer dizer que em determinados lugares há uma enorme concentração populacional enquanto outros são pouco povoados.
Nesse sentido, o continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da população mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente, cerca de 2,8 bilhões de habitantes. Por outro lado, a Oceania responde por apenas 0,5% da população mundial.
A distribuição populacional de acordo com cada continente:
Ásia: 4,1 bilhões de habitantes, que representam 60% da população mundial.
América: 934,3 milhões de habitantes, que respondem por 13,5% do total da população.
África: 1,031 bilhão de habitantes, que correspondem a 14,9% da população mundial.
Europa: 749,6 milhões de habitantes, que representam 10,9% do total da população do planeta.
Oceania: 37,1 milhões de habitantes, que respondem por 0,5% do contingente populacional mundial.
Em uma análise acerca da distribuição populacional, independentemente da escala (cidade, estado, país etc.), é preciso conhecer o número da população absoluta, ou seja, o número total de habitantes, além da população relativa que é concebida por meio do seguinte cálculo: Número total de habitantes dividido pela área territorial em quilômetros quadrados.
A partir da obtenção dos números da população relativa torna-se possível identificar a intensidade do povoamento de um determinado lugar. Quando os dados apontam mais de 100 pessoas por quilômetro quadrado o lugar é considerado povoado. Quando o número varia entre 50 e 100 é considerado mediano povoado e, por fim, quando o número é menor que 50 o lugar é pouco povoado.
Os países mais populosos do mundo são:
China: 1.354.146.443 habitantes.
Índia: 1.214.464.312 habitantes.
Estados Unidos: 317.641.087 habitantes.
Indonésia: 232.516.771 habitantes.
Brasil: 190.755.799 habitantes.
Paquistão: 184.753.300 habitantes.
Bangladesh: 164.425.491 habitantes.
Nigéria: 158.258.917 habitantes. 
Rússia: 140.366.561 habitantes. 
Japão: 126.995.411 habitantes.
Atividades
1 - De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a população mundial é de aproximadamente quantos habitantes? 
a) ( ) de 6,908 bilhões de habitantes;
b) ( ) de 5.000 bilhoes de habitantes;
c) ( ) de 1.000.000.000 de habitantes;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
2 - Qual o continente mais populoso do planeta?
a) ( ) Ásia que responde por cerca de 60% do total da população mundial;
b) ( ) America que representa cerca de 30% do total da população mundial;
c) ( ) Europa, onde podemos encontrar os países mais desenvolvidos do mundo;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
3 – Juntas a população da China, Indonésia e Índia corresponde a quantos habitantes? a) ( ) cerca de 2,8 bilhões de habitantes;
b) ( ) cerca de 1,5 milhões de habitantes;
c) ( ) cerca de 5 milhões de habitantes;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
4– Qual o pais mais populoso do mundo?
a) ( ) China: 1.354.146.443 habitantes.
b) ( ) Brasil: 1.542.142.255 habitantes;
c) ( ) Chile: 251.253 habitantes;
d) ( ) Tabocao: 547.777 habitantes.
5 – Qual é o menor continente do mundo em numero de habitantes?
a) ( ) Oceania: 37,1 milhões de habitantes, que respondem por 0,5% do contingente populacional mundial.
b) ( ) America: 17,1 milhões de habitantes, que respondem por 1 % do contingente populacional mundial.
c) ( ) Ásia: 25,1 milhões de habitantes, que respondem por 10 % do contingente populacional mundial.
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
Migrações Internas no Brasil
As migrações internas no Brasil intensificaram-se no século XX e estão diretamente ligadas à dinâmica econômica do país.
As migrações internas – também chamadas de migrações inter-regionais – representam as dinâmicas dos fluxos migratórios existentes no interior de um dado território. No caso do Brasil, é possível identificar alguns vetores migratórios que se manifestam desde o período colonial, mas que se intensificaram a partir do início do século XX.
O que se pode notar é que esse processo esteve sempre ligado à dinâmica econômica do país, mas que a composição estrutural também exerceu uma importante influência. Inicialmente, os sistemas de transportes não eram muito avançados, assim como a estrutura das rodovias e ferrovias no país não possibilitava o deslocamento em massa de grande parte da população. Além disso, as baixas condições de vida em boa parte do território e a predominância do trabalho escravo em alguns períodos da história do país também funcionaram como um dificultador para a ocorrência de grandes fluxos migratórios.
O principal vetor das migrações do Brasil nos últimos tempos foi do Nordeste do país e do Norte de Minas Gerais para as regiões Sudeste e Sul, notadamente as grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Esse fluxo iniciou-se no final do século XIX, mas se consolidou de forma mais acentuada ao longo do século XX, quando o Nordeste conheceu o seu declínio econômico e o Sudeste brasileiro industrializou-se a partir das infraestruturas herdadas da economia cafeeira da região.
Esse vetor migratório ainda existe, mas podemos dizer que ele começou a diminuir a partir da década de 1980. Em 2001, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de pessoas saindo do Nordeste rumo ao Sudeste foi, pela primeira vez, menor do que o do sentido contrário. Essa tendência repetiu-se anualmente até 2008.
Essa transformação explica-se pelo fato de o Nordeste vir apresentando novos índices de recuperação econômica e de industrialização. Além disso, a oferta de empregos no setor industrial do Sudeste vem diminuindo graças à migração de indústrias para o interior do território brasileiro (desconcentração industrial) e pelo fato de o setor secundário oferecer menos empregos em razão do crescente processo de implementação de novas tecnologias no campo produtivo.
Uma dinâmica mais recente da demografia do Brasil vem destacando o papel crescente das regiões Norte e Centro-Oeste a partir da década de 1970. Essa nova composição é, em partes, resultado da política de Marcha para o Oeste iniciada na década de 1940 e dos atrativos de empregos oferecidos por essas regiões e suas metrópoles. Hoje em dia, o maior fluxo migratório no Brasil segue em direção à zona do Brasil Central e ao Amazonas.
Contudo, é importante lembrar que as zonas menos habitadas do país não recebem novos migrantes com a mesma velocidade que o Sudeste recebeu outrora. Dados do IBGE confirmam que o número de migrações internas no Brasil caiu 37% nos últimos 15 anos. Isso significa que, à medida que a distribuição industrial e econômica do país acontece, maior a tendência de estabilidade no campo das migrações internas.
Migração Internacional
Migrar corresponde à mobilidade espacial da população, ou seja, é o ato de trocar de país, estado, região, ou até mesmo de domicílio. A migração internacional consiste na mudança de moradia com destino a outro país. Tal ocorrência vem sendo promovida ao longo de muitos anos, a exemplo disso cita-se a migração forçada de africanos no intento de realizarem trabalhos escravos em outros continentes. A partir daí, esses fluxos migratórios internacionais têm se intensificado cada vez mais nas últimas décadas.
O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores: em consequência de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas ou culturais, causas relacionadas a estudos em busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros. O principal motivo para esses fluxos migratórios internacionais é o econômico, no qual as pessoas deixam seu país de origem visando à obtenção de emprego e melhores perspectivas de vida em outras nações.
Conforme relatório de desenvolvimento humano de 2009,realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países de origem, o equivalente a 3% da população mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem em países ricos e industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação econômica oriunda de alguns países desenvolvidos, estima-se que em 2010, 60% das migrações ocorram entre países em desenvolvimento.
Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados, entre eles estão: Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. Os Estados Unidos possuem o maior número de imigrantes internacionais – dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.
A migração internacional promove uma série de problemas socioeconômicos. Em face das medidas tomadas pela maioria dos países desenvolvidos no intento de restringir a entrada de imigrantes, o tráfico destes tem se intensificado bastante. No entanto, esses mesmos países adotam ações seletivas, permitindo a entrada de profissionais qualificados e provocando a “fuga de cérebros” dos países em desenvolvimento, ou seja, pessoas com aptidões técnicas e dotadas de conhecimentos são bem-vindas.
Outra consequência é o fortalecimento da discriminação atribuída aos imigrantes internacionais, processo denominado “xenofobia”.
Migração e Xenofobia
O processo migratório e a globalização formaram um elo inseparável desde a última metade do século passado. Os motivos são vários: eficácia dos meios de transporte e comunicação, desenvolvimento do setor turístico, desigualdades socioeconômicas entre os países etc.; porém, houve várias consequências, umas positivas e outras negativas. Nos países mais desenvolvidos, onde há maior contingente de imigrantes, ocorre um sério problema: a xenofobia (termo derivado do grego – xénos: "estrangeiro"; e phóbos: "medo”).
As migrações geram vários encontros de povos de diferentes culturas, raças, credos e religiões. No geral, é algo positivo. O Brasil, por exemplo, é um país rico em diversidade cultural e étnica. Entretanto, quando os nativos passam a não aceitar os imigrantes há um grave problema social.
A história recente da humanidade nos dá vários exemplos de como a xenofobia é algo grave.  No Holocausto, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, os nazistas exterminaram aproximadamente 6 milhões de judeus. Isso por que acreditavam que os judeus eram uma raça inferior e manchavam o nome da Alemanha de Hitler, e, logo, deveriam ser exterminados.
A xenofobia ocorre frequentemente nos países mais ricos e desenvolvidos, principalmente na Europa. Os nativos acreditam que os imigrantes são responsáveis pelo desemprego, criminalidade e todos os problemas sociais do país. Na Europa, alguns grupos xenófobos são conhecidos entre nós, como os Skinheads, na Inglaterra, e os Neonazistas, na Alemanha. Outros grupos não são tão conhecidos assim, como os Bloc Identitaire (França), CasaPound (Itália) e English Defence League (Reino Unido).
A xenofobia pode ocorrer também dentro de um mesmo país, como acontece no Brasil e nos Estados Unidos, por terem dimensões territoriais enormes. Nos Estados Unidos há uma discriminação histórica contra negros, considerados como “lixos” e inferiores aos brancos. O seriado de TV Todo Mundo Odeia o Crhis (originalmente Everybody Hates Chris, do canal de televisão The CW Television Network, dos EUA), transmitido no Brasil pela Rede Record, demonstra de forma cômica e sarcástica como o negro é visto e tratado nos EUA. É um programa humorístico baseado na infância e parte da adolescência do humorista Chris Rock, que vale a pena conferir e entender melhor a problemática.
No caso do Brasil, tem-se o exemplo das discriminações sofridas pelos nordestinos no sudeste brasileiro. Geralmente, são atribuídos estereótipos de forma pejorativa, tais como “cabeça chata”, “baianos”, “paraíbas”, entre outros. Essas pessoas preconceituosas são, no mínimo, desinformadas a respeito da constituição do território, da história e da economia brasileira.
A xenofobia, portanto, trata-se de um racismo, um preconceito cultural, uma discriminação racial, econômica e social ao estrangeiro. O encontro de diversos povos, religiões, sotaques, classes econômicas e sociais, no geral, é positivo. Contribuem para a riqueza cultural e econômica de uma nação.
Atividades
1 – O que intensificou as migrações internas no Brasil?
a) ( ) A dinâmica econômica;
b) ( ) A abertura de novas rodovias que interligaram o sul ao norte do país;
c) ( ) A dinâmica político social que o Brasil vive nos dias atuais;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
2 - O principal vetor das migrações do Brasil nos últimos tempos foi registrado em qual região do país?
a) ( ) Nordeste;
b) ( ) Sul;
c) ( ) Norte;
d) ( ) Sudeste.
3 – O que atraiu/atrai os nordestinos para regiões como Sudeste brasileiro?
a) ( ) a industrialização;
b) ( ) a infraestrutura ferroviária;
c) ( ) a falta de apoio econômico;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
4 – O que significa a palavra “Migrar”?
a) ( ) é o ato de trocar de país, estado, região, ou até mesmo de domicílio. 
b) ( ) é o ato de trocar de partido, filiando-se a uma nova legenda;
c) ( ) é o ato de criar varias espécies de animais que não são originários da região onde você mora; 
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
5 – Qual a porcentagem de imigrantes vivem fora dos seus países?
a) ( ) 3% da população mundial;
b) ( ) 5% da população mundial;
c) ( ) 12% da população mundial;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
6 – Quais os principais destinos da migração internacional?
a) ( ) países industrializados, como: Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. 
b) ( ) países subdesenvolvidos como: Brasil e Chile;
c) ( ) países da America do sul;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
7 – O que é xenofobia?
a) ( ) xenofobia (termo derivado do grego – xénos: "estrangeiro"; e phóbos: "medo”) trata-se de um racismo, um preconceito cultural, uma discriminação racial, econômica e social ao estrangeiro;
b) ( ) xenofobia é o nome dado aos imigrantes vindo de países do oriente;
c) ( ) xenofobia é um termo bíblico usado para identificar o soldados de Israel;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
8 - A xenofobia ocorre frequentemente nos países mais ricos e desenvolvidos, principalmente na Europa. 
Essa afirmação é verdadeira ou falsa?
A) ( ) Verdadeira b) ( ) Falsa
9 – O que gera a xenofobia?
a) ( ) Os nativos acreditam que os imigrantes são responsáveis pelo desemprego, criminalidade e todos os problemas sociais do país.
b) ( ) os nativos acreditam que essa é uma forma de garantir os direitos daqueles que sempre estiveram de posse na terra;
c) ( ) os nativos acreditam que a chegada dos imigrantes impulsiona a economia da região;
d) ( ) nenhuma das alternativas.
10 - No caso do Brasil, tem-se o exemplo das discriminações sofridas pelos nordestinos no sudeste brasileiro. Geralmente, são atribuídos estereótipos de forma pejorativa, tais como “cabeça chata”, “baianos”, “paraíbas”, entre outros.
Isso pode ser considerado como Xenofobia?
a) ( ) Sim b) ( ) Não.
 
Nova Ordem Mundial
Uma ordem mundial diz respeito às configurações gerais das hierarquias de poder existentes entre os países do mundo. Dessa forma, as ordens mundiais modificam-se a cada oscilação em seu contexto histórico. Portanto, ao falar de uma nova ordem mundial, estamos nos referindo ao atual contexto das relações políticas e econômicas internacionais de poder.
Durante a Guerra Fria, existiam duas nações principais que dominavam e polarizavam as relações de poder no globo: Estados Unidos e União Soviética. Essa ordem mundial era notadamente marcada pelas corridas armamentista e espacial e pelas disputas geopolíticas no que se refere ao grau de influência de cada uma no plano internacional. Este era o mundo bipolar.
A partir do final da década de 1980 e início dos anos 1990, mais especificamente após a queda do Muro de Berlim e do esfacelamento da União Soviética,o mundo passou a conhecer apenas uma grande potência econômica e, principalmente, militar: os EUA. Analistas e cientistas políticos passaram a nomear a então ordem mundial vigente como unipolar.
Entretanto, tal nomeação não era consenso. Alguns analistas enxergavam que tal soberania pudesse não ser tão notável assim, até porque a ordem mundial deixava de ser medida pelo poderio bélico e espacial de uma nação e passava a ser medida pelo poderio político e econômico.
Nesse contexto, nos últimos anos, o mundo assistiu às sucessivas crescentes econômicas da União Europeia e do Japão, apesar das crises que estas frentes de poder sofreram no final dos anos 2000. De outro lado, também vêm sendo notáveis os índices de crescimento econômico que colocaram a China como a segunda maior nação do mundo em tamanho do PIB (Produto Interno Bruto). Por esse motivo, muitos cientistas políticos passaram a denominar a Nova Ordem Mundial como mundo multipolar.
Mas é preciso lembrar que não há no mundo nenhuma nação que possua o poderio bélico e nuclear dos EUA. Esse país possui bombas e ogivas nucleares que, juntas, seriam capazes de destruir todo o planeta várias vezes. A Rússia, grande herdeira do império soviético, mesmo possuindo tecnologia nuclear e um elevado número de armamentos, vem perdendo espaço no campo bélico em virtude da falta de investimentos na manutenção de seu arsenal, em razão das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país após a Guerra Fria.
É por esse motivo que a maior parte dos especialistas em Geopolítica e Relações Internacionais, atualmente, nomeia a Nova Ordem Mundial como mundo unimultipolar. “Uni” no sentido militar, pois os Estados Unidos é líder incontestável. “Multi” em razão das diversas crescentes econômicas de novos polos de poder, sobretudo a União Europeia, o Japão e a China.
A Divisão do Mundo entre Norte e Sul
Durante a ordem geopolítica bipolar, o mundo era rotineiramente dividido entre leste e oeste. O Oeste era a representação do Capitalismo liderado pelos EUA, enquanto o Leste demarcava o mundo Socialista representado pela URSS. Essa divisão não era necessariamente fiel aos critérios cartográficos, pois no Oeste havia nações socialistas (a exemplo de Cuba) e no leste havia nações capitalistas.
Contudo, esse modelo ruiu. Atualmente, o mundo é dividido entre Norte e Sul, de modo que no Norte encontram-se as nações desenvolvidas e, ao sul, encontram-se as nações subdesenvolvidas ou emergentes. Tal divisão também segue os ditames da Nova Ordem Mundial, em considerar preferencialmente os critérios econômicos em detrimento do poderio bélico.
Brasil na Nova Ordem Mundial
Entende-se por Nova Ordem Mundial o contexto econômico, político e militar entre os Estados no plano internacional no período que sucede a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, em que o sistema capitalista se consolidou, até o momento, como a premissa dominante e os Estados Unidos como a principal potência mundial.
Esse período, chamado de multipolar para designar as várias potências que dominam a ordem mundial (Japão, EUA, União Europeia e China) e unimultipolar para fazer referência ao papel destacado dos norte-americanos frente aos demais, é marcado por novas perspectivas. Antes, no mundo bipolar, as corridas armamentista e espacial ditavam o ritmo de desenvolvimento, o que agora ocupa um segundo plano em detrimento do ritmo de crescimento social e econômico das nações.
Organizações militares, como a OTAN, apesar de ainda importantes, passaram a ocupar um segundo plano, em benefício dos blocos econômicos, com destaque para a União Europeia. A polarização mundial entre leste e oeste, que coloca em lados opostos os países capitalistas e socialistas, foi substituída pela oposição norte-sul, dos países centrais contra os países periféricos.
Nesse contexto, o papel do Brasil na Nova Ordem Mundial pautou-se em transformações em seu comportamento político e econômico. No âmbito político, o regime ditatorial foi substituído na década de 1980 por uma democracia presidencialista, quando os governos posteriores adotaram uma política neoliberal, minimizando a participação do Estado na economia e garantindo o predomínio da iniciativa privada, inclusive em setores estratégicos, como a mineração, os transportes, as telecomunicações e energia.
Essa postura seguiu uma tendência internacional posta no chamado Consenso de Washington, em que os países do chamado Norte desenvolvido pressionaram os países do Sul emergente para a adoção de políticas neoliberais, além de uma maior abertura comercial por parte desses países, o que se viu plenamente nos anos 2000 no país.
No entanto, na década seguinte, o Brasil passou a compor duas frentes internacionais de contraposição ao domínio dos países desenvolvidos. De um lado, o país integrou a retomada de ideais de esquerda que passaram a compor boa parte da América Latina, estabelecendo uma medida de contestação, sobretudo, aos Estados Unidos, o que teve maior representatividade no fracasso da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Por outro lado, o país também integrou o grupo dos chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em que as principais economias emergentes se uniram de modo informal em uma posição de ações estratégicas do contexto econômico e político internacional.
Um exemplo dessa atuação são os esforços brasileiros em fortalecer o Mercosul e, propriamente, o continente sul-americano como um todo, estabelecendo uma maior integração com países da região, como a Venezuela. Outro é a criação recente, em conjunto com o restante do BRICS, de um banco financeiro para conceder empréstimos a países subdesenvolvidos e ampliar a colaboração Sul-Sul, ou seja, a integração das nações em desenvolvimento, que poderá fazer frente ao Banco Mundial e ao FMI nos próximos anos.
Em resumo, podemos dizer que o Brasil, no contexto da Nova Ordem Mundial, integra a perspectiva dos países periféricos em busca de melhores condições para a promoção do desenvolvimento e para fazer frente às nações do Norte. Para isso, será necessário que o país encontre uma maneira de melhor se desenvolver no plano tecnológico e industrial, a fim de diminuir a sua dependência no contexto da Divisão Internacional do Trabalho.
Atividade
1 – O que é “ordem mundial”?
a) ( ) São as configurações gerais das hierarquias de poder existentes entre os países do mundo.
b) ( ) São as formas encontradas para definir a escolha dos países que iram participar de uma competição esportiva;
c) ( ) É a forma de dividir os países do mundo entre desenvolvidos e subdesenvolvidos;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
2 - Durante a Guerra Fria, existiam duas nações principais que dominavam e polarizavam as relações de poder no globo. Quais são essas potencia mundiais?
a) ( ) Estados Unidos e União Soviética.
b) ( ) Estados Unidos e Canadá;
c) ( ) Canadá e Brasil;
d) ( ) Chile e Bolívia.
3 – O que aconteceu para que a Ordem Mundial deixasse de ser “Bipolar” para se tornar unipolar?
a) ( ) a queda do Muro de Berlim e do esfacelamento da União Soviética;
b) ( ) o fim da guerra fria;
c) ( ) o aumento no preço dos combustíveis;
d) ( ) Nenhuma das alternativas
4 - Porque a nova ordem mundial passou a ser conhecida como multipolar?
a) ( ) o crescimento econômico da União Europeia e do Japão e os notáveis índices de crescimento econômico que colocaram a China como a segunda maior nação do mundo em tamanho do PIB (Produto Interno Bruto).
b) ( ) Por causa do aumento de multinacionais que atuam em países subdesenvolvidos;
c) ( ) Por causa dos conflitos armados no continente africano;
d) ( ) Nenhuma das alternativas
5 - Durante a ordem geopolítica bipolar, o mundo era rotineiramente dividido em duas partes. Quais são elas?
a) ( ) leste e oeste;
b) ( ) norte e sul;
c) ( ) Suldeste e leste;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.
6 – Hoje, essa bipolaridade mundial se classifica em:
a) ( ) Nações desenvolvidos e Nações Subdesenvolvidas;
b) ( ) Nações desnutridas e subnutridas;
c) ( ) Nações subalternas e emdesenvolvimento
d) ( ) Nenhuma das alternativas. 
7 – Qual o papel do Brasil frente a nova ordem mundial?
a) ( ) O papel do Brasil na Nova Ordem Mundial pautou-se em transformações em seu comportamento político e econômico. No âmbito político foi implantado a democracia.
b) ( ) o papel do Brasil foi de suma importância, pois a partir do momento em que foi visto como uma grande potencia mundial por países como os Estados Unidos, nosso pais passou a ter um novo posicionamento social;
c) ( ) O Brasil nunca teve participação em analises geopolíticas pra que se possa afirmar que essa forma de divisão social tenha afetado nossa nação;
d) ( ) Nenhuma das alternativas.

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