Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Respiração e fermentação Profª. MSc. Aline Ratuchne O principal processo responsável pela liberação de energia dos seres vivos é a respiração celular aeróbia Por meio dela a glicose é degradada e a energia liberada é utilizada para a formação de ATP Após a quebra do ATP ocorre a liberação energética para a realização das mais diferentes atividades celulares É uma molécula complexa que contém o nucleosídeo adenina e uma cauda com três fosfatos: o trifosfato de adenosina Armazena a energia proveniente dos alimentos em ligações entre fosfatos inorgânicos, inicialmente pobres em energia, e o radical adenosina 1 fosfato= AMP adenosina monofosfato 2 fosfatos= ADP adenosina difosfato 3 fosfatos= ATP adenosina trifosfato São organoides celulares responsáveis pala obtenção de energia no processo de respiração celular aeróbica Mitocôndrias Hipótese endossimbiôntica: mitocôndrias seriam seres procariontes que há milhões de anos passaram a viver em simbiose com células eucariontes O que é? obtenção de energia da glicose sem a presença de oxigênio Produz pouca energia e apresenta apenas a etapa da glicólise O oxigênio final não é aceptor final dos hidrogênios, que são recebidos por substâncias inorgânicas, como nitratos, nitritos, sulfatos, etc Quem realiza? Bactérias como Pseudomonas desnitrifacans Bactérias anaeróbias o gás oxigênio é letal Respiração anaeróbica Ocorre em microrganismo como fungos e bactérias, que degradam de modo incompleto a glicose, sem utilizar oxigênio Nesse processo só ocorre a glicólise, o que faz com que a produção energética se resuma a 4 moléculas de ATP, das quais duas são gastas nas reações e duas constituem o saldo energético final A quebra da glicose também libera hidrogênios, os quais são transportados pela molécula NADH Fermentação Fermentação Como não utiliza mitocôndrias, ao final das reações sobram resíduos que podem ser utilizados na indústria (bebidas, alimentos, cosméticos) Na fermentação os hidrogênios retirados da glicose não são levados para o oxigênio, sendo depositados em fragmento da glicose Processo anaeróbio que ocorre comumente em leveduras, em que o processo final é o etanol, o que poder ser utilizado em bebidas alcoólicas e de panificação, para o crescimento da massa Fermentação alcoólica Processo realizado por bactérias lactobacilos, produzindo como resíduo final o ácido láctico, sem liberar dióxido de carbono O pH ácido acarreta a coagulação das proteínas do leite, formando o coalho Utilizada na produção de queijo, coalhadas e iogurtes Esse tipo de fermentação também é realizado pelas células musculares quando o suprimento de oxigênio não é suficiente, o ácido láctico produzido provoca fadiga muscular e dor Fermentação láctica É realizada por algumas bactérias e deixa como produto final o ácido acético Corresponde a transformação do álcool em ácido acético, conferindo o gosto característico de vinagre Acontece na presença do oxigênio Fermentação acética Respiração aeróbica Processo que possibilita da quebra total da glicose, liberação energética gradativa produzindo moléculas de dióxido de carbono e água Organismo extrai energia de moléculas orgânicas (glicose = C6H1206) A energia presente nas ligações carbônicas da molécula de glicose, serão transferidas para as moléculas de ATP Presença de gás oxigênio Consiste em um conjunto de reações de oxidação, por meio da retirada de átomos de hidrogênio ligados aos carbonos das moléculas orgânicas Etapas da respiração aeróbica O conjunto de reações que se inicia com a quebra da glicose até ocorrer a formação de dióxido de carbono e água ocorre em três etapas: Glicólise Ciclo de Krebs Cadeia respiratória Glicólise Essa etapa ocorre no hialoplasma, onde a glicose é quebrada Nesse processo há a desidrogenação e a produção de duas moléculas de ácido pirúvico, 4 moléculas de ATP e duas moléculas de NADH A molécula de glicose é quebrada ao meio A energia entra no processo, 2 ATP são transformados em 2 ADP Quando os ATP são quebrados a NAD+ incorpora dos H, se transformado em NADH São geradas duas moléculas com alteração energética É liberada energia, gerando 2 ATP para cada molécula São formadas duas moléculas de 3 carbonos cada, chamadas de ácido pirúvico Ocorre na ausência de oxigênio Saldo final: 4 ATP 2 NADH 2 moléculas de ácido pirúvico Ciclo de Krebs O ácido pirúvico formado na glicólise é levado para o interior da mitocôndria e, na matriz mitocondrial, reage com uma substância denominada coenzima A Nessa reação é produzida uma molécula de acetilcoenzima A e uma molécula de CO2 Na reação também participa uma molécula de NAD+, que se transforma em NADH ao capturar 2 elétrons de alta energia e um dos 2 íons H+ liberados Depois da liberação da molécula de Acetil-CoA, se inicia o ciclo de Krebs, com uma reação entre Acetil-CoA e o ácido oxalacético, em que é liberada uma molécula de coenzima A e uma molécula de ácido cítrico Ciclo de Krebs Ao longo de reações subsequentes ocorrem desidrogenações e descarboxilações e ainda liberação de prótons e elétrons Com a energia dos elétrons, são produzidas duas moléculas de ATP, sendo liberadas duas moléculas de dióxido de carbono, elétrons de alta energia e íons H+ Os elétrons de alta energia e os íons H+ são capturados por 3 moléculas NAD+ e se transformam em NADH, e também pelo FAD, que se transforma em FADH2 Ao longo do ciclo de Krebs, são formados 2 NADH e 1 FADH2 Ciclo de Krebs Nesse ciclo, para cada molécula de ácido acético, ocorre a formação de: 2 ATP – saldo energético 2 CO2 – serão eliminados pelo organismo 2 NADH e 1 FADH2 – transportadores de hidrogênios e elétrons de alta energia Esses H serão utilizados para a formação de moléculas de água e a energia dos elétrons será usada para fabricar a maior quantidade de ATP na próxima etapa do processo 2 moléculas de ácido pirúvico (3C) Cada ácido pirúvico perde gás carbônico e hidrogênios Etapa preparatória Quem entra no ciclo é a Acetil- CoE A , molécula com 2 C A Acetil- CoE A (2 C) se junta com o ácido oxalo acético (4C) É formado o ácido cítrico São formadas duas moléculas de NADH2 e uma de FADH2 Os dois C são quebrados em CO2, que é liberado Uma ATP é formada Cadeia respiratória Nas cristas mitocondriais os elétrons dos H+ retirados na glicólise e no ciclo de Krebs são transportados pelas moléculas de NADH e FADH2 e passam por citocromos, que são proteínas especiais que atuam como aceptores intermediários de elétrons Durante o trajeto desses elétrons pelos citocromos há liberação de energia que é utilizada na produção de 34 moléculas de ATP Isso faz com que os prótons H+ fiquem livres, podendo assim se combinar ao oxigênio é continuamente fornecido à célula e atua como aceptor final de hidrogênio, por isso ocorre a formação de água no final do processo Cadeia respiratória Como na cadeia respiratória ocorre a formação de ATP e a participação do oxigênio, dizemos que durante essa etapa acontece a fosforilação oxidativa. Nesse caso a síntese de ATP depende da entrada de um fosfato no ADP, o que é feito com energia proveniente de oxidações Cadeia transportadora de elétrons Os elétrons são transportados por carreados na matriz mitocondrial, e sobram os prótons Os prótons são bombeados para o espaço Inter membrana da mitocôndria Ao buscar o equilíbrio de concentração, esse elétrons saem por transporte passivo A molécula gira e são produzidas moléculas de ATP e água A equação a seguir resume todo o processo aeróbico: C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + 38 ATP Em algumas células eucarióticas, como as musculares esqueléticas do ser humano, o saldo é de 36 ATP no processo de respiração e uma molécula de glicose Nos procariontes, como não há mitocôndria, todo o processo de respiração ocorre no citoplasma e na face citoplasmática da membrana celular. Nesse caso o rendimento total é de 38 ATP para cada molécula de glicose degradada (glicólise= 2 ATP, ciclo de Krebs= 2 ATP, cadeia respiratória=32 ou 34 ATP No entanto, apesar de esses serem os valores tradicionais, pode não ser definitivos
Compartilhar