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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA Resenha Crítica de Caso Douglas Silva Nunes Machado Trabalho da disciplina Gestão Estratégica e Vantagem Competitiva Tutor: Prof. Antonio Luis Draque Local: Brasília Ano: 2019 http://portal.estacio.br/ 2 NESTLÉ Referência: BELL, David e SHELMAN, Mary. Nestlé. Havard Business School. 216-P01 – 15/10/2012. “Nossa visão global de negócios de nos tornamos o líder reconhecido do mundo em nutrição, saúde e bem-estar, permanece inalterada” - comentou o vetera- no de 29 anos, Paul Bulck, ao se tornar CEO da Nestlé em 2008. Ele tinha como desafio manter a Nestlé avançando, com senso de urgência, mesmo quando não havia grandes ameaças surgindo ao horizonte. A história da empresa Nestle começa em 1867, quando o farmacêutico Henri Nestle, na cidade de Vevey na Suíça, onde desenvolveu um preparo infantil do leite da vaca, farinha de trigo e açúcar, ao qual ele aplicou um processo de secagem sin- gular que preservava seus nutrientes. A então recém-criada Nestle comercializou o produto como Farinha Láctea Nestle e as vendas logo se expandiram para outros países europeus graças a sua eficácia na redução da mortalidade infantil relacionada a desnutrição. Em 1905 a Nestle fundiu-se com sua maior concorrente, a Anglo-Swiss Con- densed Milk Company, pondo fim a anos de competição. A empresa combinada cresceu rapidamente, expandindo para vários mercados em quase todos os conti- nentes. Quando a Nestlé entrava em novos mercados, ela procurava estabelecer ca- deias de suprimentos locais, criando modelos de distritos leiteiros, que organizava toda logística até o nível da fazenda. 3 A cada ano a Nestle se preocupava com o melhoramento e desenvolvimento de novos produtos, sempre para atender o gosto dos consumidores. Ela também teve em sua estratégia de crescimento, fusões e aquisições de outras empresas e de outros segmentos, como a Maggi (sopas), L`oreal (cosméti- cos) e a Alcon Laboratories (produtos oftálmicos). Em 1980, o CEO da empresa era Helmut Maucher, que viveu um momento crítico. Depois de anos de lucros, a margem estava diminuindo. Maucher empreen- deu um programa radical de mudanças dentro da empresa, afim de reduzir a buro- cracia e otimizar os lucros, livrando-se de marcas com mau desempenho, revigoran- do a cultura de qualidade da marca e expandindo para novos cantos do mundo. Um dos objetivos de Maucher era ampliar a participação no mercado norte americano, o que foi conseguido com a aquisição da empresa Carnation por U$3bilhoes em 1985. Outro veterano da Nestle - Brabeck, assumiu a presidência da companhia em 1997, após aposentadoria de Maucher. Veio com o objetivo de alcançar competitivi- dade sustentável em nível mundial através de 4 pilares estratégicos: 1) operações de baixo custo e alta eficiência; 2) renovação e inovação da linha de produtos; 3) disponibilidade universal; 4) comunicação melhorada com os consumidores através de uma melhor promoção da marca. Os 4 pilares permitiram a realização do “Modelo Nestlé”, um termo usado para descrever os objetivos a longo prazo de crescimento orgânico entre 5% e 6% a cada ano, com melhoria de margem e gestão de capital. No ano 2000 ele iniciou o GLOBE (Global Business Excelence), um sistema de informações abrangente que em última análise juntaria todos os negócios da Nestlé sob uma infraestrutura de tecnologia compartilhada. Ele permitiria a sincroni- zação de dados entre fabricação e varejistas, levando a um melhor entendimento dos vendidos. Durante o mandato de 12 anos de Bradeck, as vendas cresceram 78%, o EBITA em 142%, os preços das ações da Nestle cresceram 323% e o retorno para 4 os acionistas durante este período foi de 408%, levando a empresa de uma empresa de tecnologias e processamento de alimento e bebidas para uma visão mais ampla da nutrição, saúde e bem-estar, introduzindo melhorias nutricionais e benefícios fun- cionais para seus consumidores, em um amplo portfólio de produtos e marcas, como bebidas em pó e liquidas, laticínios e sorvetes, alimentos preparados e culinários, doces, cuidados a animais de estimação, produtos farmacêuticos, Nestle Waters e Nestle Nutrition. Embora a Nestle empregasse mais de 275 mil pessoas e vendesse produtos em 130 países, a organização era descentralizada e relativamente nivelada. O CEO e 12 altos gestores formavam a comissão executiva, subordinada ao conselho de administração. As 43 organizações regionais se reportavam a três regiões (Região da Europa, Região das Américas e Região da Ásia, Oceania e África), cada uma gerida por um gestor local que possuíam elevado grau de autonomia em questões que tratam diretamente com consumidores. A empresa sentia que a gestão local compreendia os traços culturais, gostos e motivações dos consumidores e poderia traduzir melhor esse conhecimento em produtos sob medida entre consumidores e produtos. A política da Nestlé erra de- senvolver a gestão local o mais rápido possível. Bulcke substituiu Brabeck como CEO em abril de 2008; parte de uma suces- são cuidadosamente planejada quase dois anos antes. O novo CEO compartilhava das filosofias de seu antecessor sobre liderança e a importância da cultura Nestle na obtenção de desempenho a longo prazo. O “Modelo Nestle” é de crescimento constante e melhoria de margem. Bulcke via 4 plataformas de crescimento complementares que poderiam dobrar as vendas da empresa: 1) saúde, nutrição e bem-estar; 2) mercados emergentes; 3) consumo fora de casa; 4) transformação premium de produtos existentes. 5 Ele sabia que havia muitas mudanças que iriam afetar os negócios da Nestle, assim como os varejistas globais como Wal-Mart e Carrefour, que continuavam a crescer e tornar-se mais poderosos, além dos consumidores estarem cada vez mais informados e exigentes, preços dos produtos agrícolas e insumos básicos aumenta- do. Ele terá agora o imenso desafio de manter a Nestle na liderança e continuar entregando um crescimento orgânico, com as margens adequadas para cumprir os objetivos estratégicos da empresa, ao mesmo tempo em que estava confiante, pois, acreditava que a Nestlé estava no caminho certo com a visão, organização e cultu- ras corretas, referindo-se a um velho ditado chinês - “Se você escolhe a direção cer- ta e começa a andar e não para, então há uma boa chance de chegar onde pretende ir”.
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