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Clínica Cirúrgica 8 - Urgências Urológicas - Escroto Agudo PDF

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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Clínica Cirúrgica, VIII° 
Torção Testicular 
É uma emergência urológica resultante da 
torção do testículo no cordão espermático, 
causando uma constrição no suprimento vascular 
e isquemia tempo dependente e/ou necrose do 
tecido testicular. 
 
A torção pode ocorrer em qualquer idade, 
mas geralmente não afeta idosos. 
A deformidade em badalo de sino (elevação 
assimétrica de um dos testículos) é o defeito 
anatômico mais comum associado ao 
desenvolvimento da torção testicular intravaginal. 
 A deformidade badalo de sino é uma malformação. 
Normalmente, o testículo passa pelo canal inguinal 
coberto por uma camada de peritônio. Essa camada, a 
túnica vaginal, prende-se naturalmente à parede 
posterior, na parte inferior e na região superior do 
testículo. Se as duas fixações da túnica vaginal 
ocorrerem na parte superior do testículo, a deformidade 
se desenvolverá em badalo de sino, o que aumenta a 
probabilidade de torção porque o testículo se move 
livremente dentro da túnica. 
Após a torção o tempo para destorção é 
quem determina a extensão da viabilidade 
testicular (“tempo é testículo”). 
 Se o tratamento for iniciado até 4 a 6 
horas após o início dos sintomas, os 
testículos provavelmente permanecerão 
viáveis; 
 Se os testículos continuarem torcidos por 
mais de 10 a 12 horas, provavelmente 
haverá isquemia e dano irreversível ao 
testículo; 
 Após 12 horas, muito provavelmente terá 
ocorrido necrose. 
As torções podem ser classificadas em três 
tipos: 
1. Torção intravaginal: é o TIPO MAIS 
COMUM. Ocorre por causa de uma fixação 
anormalmente alta da túnica vaginal ao 
cordão espermático, que permite a rotação 
do testículo dentro da bolsa; 
2. Torção extravaginal: é RARA. Ocorre 
durante o período perinatal quando o 
testículo desce e gira em torno do cordão 
espermático antes de fixar-se à parede 
escrotal posterior; 
3. Mesórquio longo: é uma faixa densa de 
tecido conjuntivo que fixa os dúctulos 
eferentes do epidídimo à parede 
posterolateral dos testículos. Quando 
alongado, pode permitir que os testículos 
se torçam, e o epidídimo permaneça fixo. 
OBS.: em caso de criptorquidia, o lactente corre 
alto risco de apresentar torção. 
Abordagem Diagnóstica 
O diagnóstico deve ser eficaz, uma vez que 
o tratamento deve ser definitivo o mais rápido 
possível. 
A história de torção testicular pode afetar 
homens de qualquer idade, mas meninos pré-
puberais de 12 a 18 anos geralmente têm um risco 
maior de apresentar torção intravaginal que as 
outras faixas etárias. 
Em geral, há uma história de dor escrotal 
grave de início súbito, frequentemente com 
náuseas e vômitos. Em geral, não há alívio da dor 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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com a elevação do escroto (sinal de 
Prehn negativo). Uma história de dor aguda que 
surge e desaparece ou intermitente pode indicar 
períodos de torção e destorção espontânea. 
 Febre, disúria e secreção do pênis?!? Não 
está associado ao quadro de torção 
testicular e sim a causas 
infecciosas/inflamatórias (epididimite ou 
orquite)! 
Pacientes com torção testicular intravaginal 
apresentam dor testicular intensa. Alguns 
também podem sentir dor abdominal. 
Geralmente há sensibilidade exacerbada na 
palpação do testículo afetado. O testículo pode 
estar em uma posição transversal e mais alta que 
o testículo não afetado  Sinal de Angel 
(horizontalização e elevação do testículo). Um 
reflexo cremastérico, obtido tocando-se a parte 
interna da coxa no lado afetado com elevação 
testicular subsequente, pode estar ausente nos 
casos de torção. 
Assim que se identifica um quadro muito 
propenso ao diagnóstico de torção testicular, NÃO 
SE ATRASA A INTERVENÇÃO realizando testes 
diagnósticos adicionais  realiza-se o quanto 
antes a cirurgia. 
 Exames de ultrassonografia não são 
invasivos, são rápidos e podem determinar 
a presença de torção testicular ou 
identificar outras etiologias para a dor 
testicular. Provavelmente será necessária 
analgesia em casos de torção testicular. 
Estudos de power Doppler e Doppler 
colorido também são necessários para 
estabelecer a presença ou ausência de 
fluxo sanguíneo. O sinal do redemoinho em 
tempo real confirma o diagnóstico na USG. 
 
 
Fatores de Risco 
Fortes: 
 Idade <25 anos 
 Neonato 
 Deformidade em badalo de sino (anomalia 
anatômica) 
Fracos: 
 Trauma/exercício 
 Dor testicular intermitente 
 Criptorquidia 
 Clima frio 
TRATAMENTO? 
A decisão de optar por orquiectomia 
(retirada dos testículos) ou orquidopexia 
(reposicionar o testículo na posição habitual) 
depende da extensão do dano no tecido 
testicular. A função testicular muitas vezes é 
comprometida em pacientes com torção 
testicular. Entretanto, a torção testicular pode ser 
parcial caso se mantenha uma continuação do 
fluxo sanguíneo; por isso, mesmo depois de um 
diagnóstico tardio, ainda pode-se tentar uma 
cirurgia de preservação. Durante a exploração, o 
testículo contralateral é fixo na parede posterior 
para evitar a torção testicular bilateral assíncrona. 
OU SEJA. . . torceu o testículo? Se o escroto ainda 
for viável realizamos orquidopexia 
BILATERALMENTE, ambos os testículos serão 
fixados para que não ocorra o mesmo com 
nenhum dos dois. O escroto necrosou? Se tornou 
inviável? Realizar orquiectomia + orquidopexia do 
outro escroto! 
Em casos de neonatos nascidos com torção, 
não há consenso entre os urologistas sobre o que 
realizar, mas a maioria concorda que o neonato 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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deve ser estabilizado assim que nascer e ser 
explorado de forma semieletiva. 
Orquite, Epididimite ou Orquiepididimite 
A orquite (inflamação do testículo) ocorre 
mais em crianças durante quadros agudos de 
caxumba. Há dor e aumento de volume testicular, 
sendo que a cintilografia mostra aumento da 
irrigação sanguínea devido à inflamação. O 
repouso e a analgesia costumam ser suficientes 
para resolução dos quadros virais. 
A epididimite geralmente leva à 
orquiepididimite sendo mais comum em 
adolescentes e adultos. Pode ser infecciosa, 
transmitida sexualmente, como é o caso da 
clamídia e do gonococo (mais comum em pacientes 
menores de 35 anos) ou após quadro de prostatite 
(mais comum em pacientes maiores de 35 anos 
geralmente por bacilos gram-negativos), ou ainda 
ser congestiva após manipulação como 
vasectomia, herniorrafia, orquipexia ou 
traumatismos do cordão espermático. 
Em crianças, a epididimite pode ser 
decorrente de uma ITU decorrente a uma 
alteração estrutural congênita ou adquirida 
(estreitamento de uretra, ureter ectópico, discinergia 
esfincteriana, divertículo de utrículo, etc .). Assim, o 
exame qualitativo de urina (EQU) pode apontar 
piúria 
Além da dor escrotal com irradiação para 
região inguinal homolateral, edema e rubor local, 
pode haver febre. A elevação do testículo alivia a 
dor (sinal de Prehn). A ecografia com Doppler 
mostra espessamento de epidídimo e testículo 
com irrigação normal ou aumentada, o que exclui 
a torção. Pode haver hidrocele. O tratamento 
consiste em antibioticoterapia empírica, repouso 
com elevação escrotal e analgésicos 
antiinflamatórios. 
Em pacientes <35 anos preconiza-se o uso 
de ceftriaxone para cobertura de Neisseria 
Gonorrhoeae e de Doxiciclina ou Azitromicina 
objetivando a cobertura para Chlamydia 
trachomatis. Fluoroquinolonas não são 
recomendadas para tratamento de 
orquiepididimite caso se suspeite de infecção por 
Neiserria Gonorrhoeae devido à resistência 
desenvolvida por essa bactéria aessa classe de 
antimicrobianos. 
Para aqueles pacientes >35 anos e em baixo 
risco para contração de doenças sexualmente 
transmissíveis, a cobertura antimicrobiana deve 
mirar enterobactérias, sendo o Levofloxacino uma 
boa opção, bem como sulfametoxazol-
trimetoprim. Espera-se uma resposta aos 
antimicrobianos prescritos após 48-72h do início 
das medicações; caso não haja melhora, deve-se 
considerar a presença de resistência bacteriana 
ou até mesmo outra causa para a dor testicular.
Tabela de pontos-chave TORÇÃO TESTICULAR X ORQUIEPIDIDIMITE 
TORÇÃO TESTICULAR ORQUIEPIDIDIMITE 
Principal causa de escroto agudo na criança e 
adolescente 
Principal causa de escroto agudo no adulto 
Dor testicular súbita e intensa Dor insidiosa. Presença de sintomas urinários 
Reflexo cremastérico diminuído/abolido Reflexo cremastérico normal 
Sinal de Prehn ausente Sinal de Prehn presente 
Sinal de Angell Sinal de Angell ausente 
Ultrassom Doppler: ausência de fluxo vascular no 
testículo acometido 
Ultrassom Doppler: aumento da vascularização do 
testículo acometido, devido ao intenso processo 
inflamatório-infeccioso 
Tratamento cirúrgico (orquidopexia BILATERAL) Tratamento clínico: Antibioticoterapia 
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Khilver Doanne Sousa Soares 
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Criptorquidia 
A criptorquidia, ou testículo não descido, 
ocorre quando um ou ambos os testículos não 
estão presentes na porção dependente do saco 
escrotal. 
A prevalência de criptorquidia em neonatos 
a termo é de 2% a 8% em todo o mundo. Esse 
índice diminui para 1% a 2% após os primeiros 
meses de vida, pois a criptorquidia congênita 
pode remitir espontaneamente com o pico 
neonatal de testosterona aos 3 meses. 
Na maioria dos bebês afetados com 
criptorquidia, acredita-se que a fisiopatologia 
subjacente seja a migração incompleta do 
testículo durante a embriogênese da posição 
retroperitoneal original próxima aos rins até sua 
posição final no escroto. Isso ocorre em ambas 
as fases androgênio-dependente e androgênio-
independente. 
Rastreamento: 
1. No neonato: O exame de testículo também 
deve ser realizado e documentado em 
todos os meninos neonatos. A presença ou 
ausência, o tamanho e a posição de cada 
testículo devem ser observados. Um 
paciente com testículo não palpável em 
um ou ambos os lados, em conjunto com 
hipospádia, deve ser encaminhado 
imediatamente para avaliação de um 
possível distúrbio de diferenciação sexual. 
A criptorquidia é geralmente observada em 
exame físico de rotina, mas o paciente e/ou os 
pais devem ser questionados sobre a história de 
testículos palpáveis em exames prévios, presença 
dos testículos nos momentos em que o paciente 
está relaxado, como quando está no banho (pode 
indicar reflexo cremastérico excessivo ou 
testículos retráteis) e cirurgia inguinal prévia 
(criptorquidia iatrogênica). Pode haver história 
familiar. 
O exame físico deve ser realizado em 
posição supina. O paciente deve estar aquecido e 
o mais relaxado possível. A presença ou ausência 
dos testículos, e a posição e o tamanho de cada 
testículo, deve ser observada, bem como a 
presença de um escroto assimétrico ou 
hipoplásico e qualquer cicatriz cirúrgica na região 
inguinal ou escrotal. 
Alguns fatores de risco incluem: história 
familiar, prematuridade, baixo peso ao nascer 
(<2,5kg) e/ou recém-nascido pequeno para a 
idade gestacional, exposições ambientais, 
ingestão materna de bebidas alcoólicas, diabetes 
gestacional, cirurgia inguinal anterior. 
Abordagem / Tratamento 
A base do tratamento para criptorquidia é 
a colocação cirúrgica do(s) testículo(s) na porção 
dependente do escroto. Deve ser realizada 
idealmente antes dos 12 a 18 meses de idade. 
Em casos de testículo(s) retrátil(eis) um 
exame de acompanhamento anual é 
recomendado. Se a criptorquidia ou assimetria 
testicular for encontrada em um exame anual 
subsequente, é necessária uma nova intervenção 
cirúrgica. Os pacientes com testículos 
ascendentes que não puderem mais ser baixados 
para a porção dependente do escroto e/ou com 
assimetria testicular devem realizar orquidopexia 
(procedimento cirúrgico em que um testículo não 
descido é suturado dentro do ESCROTO) 
conforme definido para os pacientes com 
criptorquidia palpável. 
Em raros casos, o diagnóstico de 
criptorquidia é feito em um paciente pós-puberal. 
O tratamento adicional dependerá dos achados 
dos exames e da idade do paciente: 
 Criptorquidia unilateral: uma cirurgia com 
orquiopexia, com ou sem biópsia testicular, 
é feita. 
 Criptorquidia bilateral: uma cirurgia com 
orquiopexia, com ou sem biópsia testicular, 
é feita para avaliar displasia/carcinoma in 
situ. A avaliação endócrina com análise de 
testosterona, hormônio luteinizante (LH), 
5 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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FSH e sêmen pode ser considerada para 
determinar o grau da função testicular. 
O risco de malignidade aumenta 
significativamente no testículo com criptorquidia 
tratado após a puberdade. 
Após a orquiopexia, os pacientes devem ser 
acompanhados durante aproximadamente 1 mês, 
e 6 a 12 meses depois, para documentar a 
viabilidade, posição e tamanho do testículo. 
Fimose 
A fimose é definida como a impossibilidade 
de exteriorização da glande e é causada por um 
anel fibrótico, que pode ser congênito ou 
adquirido. 
No segundo caso, o anel é secundário à 
retração cicatricial decorrente de balanopostites 
de repetição ou de descolamento traumático do 
prepúcio, como veremos a seguir. 
 
Ao nascimento, os meninos costumam 
apresentar uma aderência parcial ou total entre 
prepúcio e a glande, chamada de "fimose 
fisiológica"  esta não caracteriza FIMOSE 
ainda! 
Essa aderência balanoprepucial costuma 
persistir até os três a cinco anos de idade – cerca 
de 90% dos meninos têm resolução espontânea 
da fimose fisiológica. 
No entanto, nos casos em que a limpeza da 
glande não é feita adequadamente, há acúmulo 
de esmegma, que leva à proliferação bacteriana 
e à ocorrência de balanopostites de repetição. 
Isto é, infecção e/ou inflamação da glande e 
prepúcio. Nestes casos cada episódio 
inflamatório/infeccioso leva à retração cicatricial 
do prepúcio, agravando a fimose e piorando ainda 
mais as condições para realização da higiene. 
O TRATAMENTO CIRÚRGICO dessa 
afecção visa permitir a remoção do anel fibrótico, 
garantindo a adequada higiene da glande e sulco 
balanoprepucial. 
Nos primeiros anos de vida deve-se orientar 
a realização de exercícios para provocar a 
retração forçada do prepúcio no recém-nascido 
e lactente, MAS SEM forçar a pele até a base 
do pênis! A pele do prepúcio pode descer e não 
retornar mais totalmente, prendendo a glande e 
“asfixiando” a cabeça do pênis  URGÊNCIA 
UROLÓGICA (a parafimose, que será discutida 
logo abaixo)! 
 A pomada utilizada na massagem peniana que 
previne a fimose em neonatos/lactentes chama-
se POSTEC. Deve ser realizada 2x ao dia. 
 
O tratamento cirúrgico está indicado na 
presença de fimose persistente (após 04 - 05 
anos de idade), balanopostites de repetição, 
balonamento para urinar (distensão da pele do 
prepúcio durante o ato da micção) ou episódios 
de ITU de repetição. 
A postectomia é o procedimento cirúrgico 
de escolha – envolve a secção do prepúcio. 
Parafimose 
É a complicação aguda mais grave da 
fimose. Ela ocorre quando é feita a exteriorização 
da glande na presença de anel de constrição 
fibrótico da fimose. Isso leva ao garroteamento 
6 
Khilver Doanne Sousa Soares 
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da glande, o que provoca edema devido à 
obstrução de sua drenagem venosa e linfática.Apesar de seu aspecto ruim, o tratamento 
envolve a aplicação de técnicas para redução do 
edema da glande, permitindo sua redução. 
Uma das técnicas consiste em fixar e 
tracionar o anel da parafimose entre o segundo 
e o terceiro dedos, ao mesmo tempo em que a 
glande é empurrada com o polegar. Trata-se de 
procedimento rápido, feito habitualmente sob 
anestesia local e leve sedação. 
 
Em alguns casos raros, é necessária a 
incisão dorsal do anel fibrótico para a liberação 
da glande. 
Após a parafimose ser reduzida, deve-se 
programar postectomia eletiva, quando houver 
reversão completa do edema. 
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BMJ – Best Practice. Parafimose. Jan. 2020. 
BMJ – Best Practice. Torção testicular. Jun. 
2020. 
BMJ – Best Practice. Criptorquidia. Fev. 2019. 
Estratégia MED. Cirurgia. Cirurgia infantil – 
parte 3. 2023.

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