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CASOS CONCRETOS CIVIL IV - 1 A 5

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CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL IV – CCJ 0224 
DOCENTE: PROFª.ESP. LUCIANA UCHÔA ESTEVES 
DISCENTE: POLIANA LETÍCIA DIAS DOS SANTOS 
 
 
 
ESTUDOS DE CASO – AVALIAÇÃO PARCIAL PARA 
ACOMPOSIÇÃO DA NOTA DA AV1 
 
 
CASO CONCRETO 1 
 
Wade Wilson alugou um apartamento de propriedade de Peter Parker 
em Belém(PA). O contrato de locação previu: valor e pagamento do 
aluguel, dever de cuidados com o bem, as taxas de condomínio serem 
de responsabilidade de Wade Wilson (locatário) e que a duração do 
contrato é de 3 anos. Assim durante todo o lapso contratual o locatário 
cumpriu o contrato, pagando em dia o aluguel e o valo da taxa de 
condomínio, bem como manteve o devido cuidado com o bem. 
Véspera da data de devolução do apartamento Peter Parker recebeu 
comunicação do município de Belém informando que havia débito de 2 
anos nos valores referente ao IPTU do apartamento. Com fulcro no 
informado responda: 
 
a) Peter Parker pode cobrar os valores referente ao IPTU de Wade Wilson, 
vez que este era responsável pelo imóvel durante o período?Explique. 
 
Resposta: Não, pois o IPTU trata-se de obrigação propter REM( própria da 
coisa), desta forma, o titular do dever de pagamento desta parcela é o 
proprietário do bem. Apenas poderia ser cobrado de Wade Wilson se 
houvesse cláusula no contrato de locação dispondo neste sentido. 
 
b) Vencido o prazo de 3 anos do contrato, caso Wade Wilson recuse-se a 
devolver o apartamento, quais características do Direito das Coisas Peter 
Parker pode dispor para impor seu direito de propriedade sobre o bem? 
Explique. 
 
 Resposta: O apartamento é de Peter (proprietário do bem), seu direito é 
oponível erga omnes, inclusive contra Wad caso não entregue o bem o 
qual passará a ter uma posse precária do bem; é Peter poderá impor seu 
direito de sequela e buscar o bem, tomando-o d e Wade que apenas 
exerceu, temporariamente, posse, haja vista que os direitos de Peter são 
taxativos 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL IV – CCJ 0224 
DOCENTE: PROFª.ESP. LUCIANA UCHÔA ESTEVES 
DISCENTE: POLIANA LETÍCIA DIAS DOS SANTOS 
 
 
 
CASO CONCRETO 2 
 
Mogli comprou uma mansão de 1.200 m² em Balneário Camboriú (SC), 
tendo realizado o devido registro em cartório desta compra. Esta 
mansão serve apenas como casa de veraneio, vez que é uma casa de 
praia. Pocahontas resolveu passar o carnaval em Balneário Camboriú, 
assim realiza contrato de locação com Mogli, o contrato firmado é por 
temporada (período do carnaval), sendo pactuado o valor e data de 
devolução do imóvel (12:00 h da quarta-feira de cinzas), analisando a 
presente situação responda: 
 
a) Pocahontas tornou-se possuidora do imóvel? Qual das teorias sobre a 
posse abraça esta situação?Explique 
 
Resposta: Sim, conforme a teoria objetiva (Ihering). Pocahontas passa a 
exerce posse do bem alugado(por uma curta temporada), podendo 
usar e gozar sem a intenção de dispor do bem como seu. Nesta teoria 
dispõe-se apenas do corpus, sem necessidade de animus 
 
b) Classifique a posseapresentada. 
 
Resposta: Derivada, direta, justa e de boa-fé 
 
c) Quando Pocahontas chegou à casa conheceu o Sr. Aladdin, caseiro 
contratado por Mogli para cuidar da casa de praia. Pode-se afirmar 
que Aladdin é possuidor da casa? Explique. 
 
Resposta: Não. Pois, Aladdin ocupa o bem mediante um vínculo de 
subordinação com terceiro. Desta forma ele é mero detentor da posse, 
a qual a conserva em nome e em cumprimento das ordens de Mogli 
(art. 1.198, CC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DISCENTE: POLIANA LETÍCIA DIAS DOS SANTOS 
 
 
 
CASO CONCRETO 3 
 
Sheldon em suas andanças pela cidade do Rio de Janeiro descobriu um 
apartamento em Copacabana desocupado e anunciado para aluguel. 
Sem conversar com o proprietário desse imóvel, Sheldon informou à 
portaria do prédio que comprou o imóvel e entraria para tomar posse. 
Após adentrar o apartamento ele trocou as fechaduras das portas de 
acesso, colocou uma banheira no banheiro da suíte e apresentou-se a 
todos do prédio como novo proprietário do imóvel. O Sr. Holowitz, 
verdadeiro proprietário do imóvel, tomou conhecimento da invasão 
realizada por Sheldon 1 mês após o ato e contratou advogado para 
realizar a proteção dos direitos sobre sua propriedade. Assim, pergunta-
se: 
 
a) Qual foi a espécie de ataque a posse? Qual o remédio cabível para 
defendê-la?Explique 
 
Resposta: neste caso ocorreu o esbulho possessório, no momento em 
que um individuo passou a ocupar o bem clandestinamente. É o 
legitimo possuidor poderá usar em sua defesa ação de reintegração de 
posse do tipo força nova, em razão da proteção ser feita antes de ano 
e dia da perda da posse. 
 
b) Em razão da ação judicial Sheldon deverá devolver o imóvel, quanto 
à banheira instalada no apartamento, ele terá direito de ser 
indenizado? 
 
Resposta: Não. Pois, conforme o art. 1220 do CC o possuidor de má-fé 
somente será ressarcido das benfeitorias necessárias, não lhe assistindo 
o direito de retenção e as benfeitorias voluptuárias não poderão ser 
levantadas ainda que sem prejuízos de danos a coisa. 
 
c) Caso, durante o período que ocupou indevidamente o imóvel, 
Sheldon tenha alugado dois quartos do apartamento para turistas em 
veraneio na cidade do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 10.000,00. Ele 
poderá ficar com estevalor? 
 
Resposta: Não. pois, ele como possuidor de má-fé não possuíra direito 
aos frutos colhidos, aos pendentes e aos colhidos por antecipação, 
ressalvado o direito ao ressarcimento das despesas com custeio e 
produção, conforme o art. 1216 cc. 
 
 
 
 
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CASO CONCRETO 4 
 
Verônica é proprietária de uma casa em bairro estritamente residencial 
na cidade de João Pessoa (PB). Verificando as possibilidades de 
negócio a mesma observa que estão chegando as festas juninas, como 
Verônica precisa urgentemente de dinheiro resolve montar uma fábrica 
de fogos de artifício em sua casa, para tanto recebe meia tonelada de 
pólvora e outros itens para a produção dos fogos. Archie, seu vizinho, 
testemunha a entrega destes itens, imediatamente ele a questiona 
sobre os riscos desta atividade. Verônica de forma calma e serena 
responde que a propriedade da casa é dela e assim ela pode fazer o 
que bem quiser em seu imóvel. Por ser dono a pessoa pode fazer o que 
bem entender no imóvel? Explique. 
 
Resposta: Não. Verônica não pode usar a sua residência de forma 
nociva ou perigosa ao sossego, à salubridade e à segurança dos 
demais moradores, além do mais a sua propriedade deve respeitar o 
principio da função social, desta forma ela não pode esta 
desenvolvendo esta atividade, pois estara e pondo em risco a vida dos 
demais moradores com uma possivel explossão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CASO CONCRETO 5 
 
Bentinho é proprietário de um terreno em Ribeirão Corrente (SP), este 
terreno tem as seguintes dimensões: 100 metros de testada (frente), 100 
metros de fundos, 500 m na lateral esquerda e 500 m na lateral 
direita(100m X 500m). Seu vizinho é Escobar, que possui um terreno 
muito menor que o de Bentinho, sendo uma área de 40m X 500 m, não 
há cercas entre as duas áreas. Bentinho resolveu plantar Café em seu 
Terreno, tendo contrato diversas pessoas para realizar o plantio, 
deixando um capataz responsável pelos serviços. Ocorre que Bentinho 
precisou ausentar-se durante o período do plantio, infelizmente o 
capataz não conhecia os limites do terreno,tendo usado toda a área de 
Escobar, em razão da inexistência de cerca. Escobar em diversas visitas 
à área viu o cultivo e nada falou. No dia que foi concluída a plantação, 
Escobar construiu cerca separando seu terreno da área de Bentinho e 
disse que aquela área era dele e ninguém tinha direito a nada sobre 
aquela plantação. Escobar está correto ou Bentinho pode alegar ter 
algum direito? Qual?Explique. 
Resposta: Escobar não tem razão, no caso em tala ocorreu a acessão 
artificial pela plantação e de acordo com o art. 1.255, CC “Aquele que 
semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do 
proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, 
terá direito a indenização. E como não houve má-fé por parte de 
Bentinho e seus empregados este faz jus a indenização pela sua boa-fé.

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