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Emergências e Cuidados Intensivos

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GIULIA SPINOLA 1 
 
1 GIULIA SPINOLA 
Emergências e cuidados intensivos 
INTERPRETAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA - ECG 
sergioanest@hotmail.com 
DEFINIÇÃO 
É o registro gráfico da atividade elétrica do coração. Avalia o sentido, a força e o tempo dessa 
energia. Se tiver alteração em qualquer uma das três, é um significado. 
Sistema Elétrico Do Coração 
Ativação ou despolarização cardíaca, em condições normais, tem origem no nódulo sinusal 
(nódulo de Keith-Flack), região do marca-passo cardíaco, localizado no átrio direito, sendo está 
a primeira área do coração a se despolarizar. O estímulo alcança, em sequência, o átrio 
esquerdo, o nódulo atrioventricular (nódulo de Aschoff-Tawara), o feixe de His e seus ramos 
(esquerdo e direito), a rede de Purkinje, os ventrículos e, por fim, se extingue. 
A célula que responde ao estiramento é o nó sinusal, por isso é por lá que começa. O sangue 
passa e vai enchendo os ventrículos e depois começa a encher os átrios, e no momento que 
distende o átrio acontece a despolarização do nó sinusal e começa o batimento. 
Todo batimento fisiológico ele tem que sair do nó sinusal (átrio direito), se sair de qualquer 
outro lugar do cardio já é arritmia grave. 
 
mailto:sergioanest@hotmail.com
 
GIULIA SPINOLA 2 
 
2 GIULIA SPINOLA 
 
 Desfibrilador é usado para quando você está fibrilando. 
Se o coração não encher direito o nó sinusal não dispara e pra isso é usado algumas manobras 
para voltar ao normal. 
O nó atrioventricular serve para atrasar o estimulo. A função do nó é justamente para dar 
tempo do enchimento. 
O eletrocardiograma faz o caminho dessa energia. 
TÉCNICAS E DERIVAÇÕES 
Convencionou-se ligar o cabo vermelho ao membro torácico direito, o amarelo ao torácico 
esquerdo, o verde ao pélvico esquerdo e o preto ao pélvico direito; o cabo azul (ou branco) é 
utilizado para obtenção das derivações pré-cordiais. 
 
GIULIA SPINOLA 3 
 
3 GIULIA SPINOLA 
O posicionamento padrão é em decúbito lateral direito, uma vez que os parâmetros 
eletrocardiográficos foram padronizados com a realização do exame nesta posição. Os 
membros torácicos devem estar paralelos e perpendiculares ao maior eixo corpóreo. 
 
Cada eletrodo deve ser banhado em álcool isopropílico a 70% para garantir conexão elétrica. 
D2 é a derivação mais parecida com o eixo cardíaco, a derivação que vai do vermelho para o 
verde. Logo a derivação está descendo e indo para esquerda, tudo que for igual a derivação vai 
gerar uma linha que sobe. Se a energia está subindo e indo para direita a linha irá descer. 
 
 
• Onda P = despolarização atrial 
• Distância entre a onda P e Q = Nó atrioventricular 
• Complexo QRS = despolarização ventricular 
• Onda T = repolarização ventricular (bomba de sódio e potássio) 
 
GIULIA SPINOLA 4 
 
4 GIULIA SPINOLA 
 
QUAIS INFORMAÇÕES UM ELETRO FORNECE? 
Ritmo/Frequência cardíaca - é a origem do batimento. 
Qual é a primeira célula que inicia esse batimento? Normal é vir do nó sinusal, patologicamente 
pode vir do nó atrioventricular, apenas ventricular, ou de uma célula do átrio. 
o Direção e sentido em que a atividade elétrica caminha no coração, qual é o seu destino. 
o Tempo que demora aquele estimulo elétrico 
o Amplitude = força 
 
1. sentido 
Toda atividade que caminhar no mesmo sentido que a derivação ela é positiva (para cima). 
Quando caminha ao contrário é negativa (para baixo) 
Sempre que estiver indo para o lado esquerdo ou descendo é positivo 
Quando estiver indo para o lado direito ou subindo é negativa. 
Se a onda P estiver para baixo, indica o primeiro apontamento de uma arritmia. Ela tem que 
ser pra cima. A linha entre a Onda P e a despolarização representa o nó atrioventricular. 
A parede do ventrículo esquerdo é grossa e ela tem que descer um pouco mais que representa 
a onda S e a finalização com as fibras de purkinje. 
A contração é energia mecânica e o eletrocardiograma registra energia elétrica, logo ele ignora 
a energia mecânica entre o S e T. 
O coração contraiu e agora irá relaxar/ despolarizou. Agora ele irá repolarizar (colocar os íons 
no lugar) com a bomba de sódio e potássio. Por ser uma onda elétrica ela aparece como onda 
T. 
 
GIULIA SPINOLA 5 
 
5 GIULIA SPINOLA 
2. força 
Força é o quanto ela tem de amplitude/altura, o fato de a onda estar pra baixo só significa 
sentido e não força. 
3. tempo 
Tempo é largura da onda, quanto mais largo, mais tempo demorou. 
E cada uma das alterações tem uma interpretação. 
Alguns nascem com a curvatura da onda Q pra baixo e outros com a curvatura pra cima. Se 
nasce com a curvatura Q pra baixo não terá a onda Q no eletrocardiograma e isso não é uma 
doença, é também fisiológico. 
Obrigatório que todo cachorro tenha é a onda P, R e T. A onda Q e S não é obrigatório. NUNCA 
pode aparecer onda Q e S em um mesmo eletro, ou é uma ou é outra. 
 
Analisar força e tempo, ou seja, amplitude e largura. Por isso todo eletrocardiograma é 
impresso em papel quadriculado, para funcionar como régua. Determinar velocidade, a onde 
você a configura em duas opções (25 mm/s ou 50 mm/s). 
Se passar em 25mm/s cada quadradinho passa a valer de largura 0,01s. Se passar em 50mm/s 
cada quadradinho passa a valer de largura 0,02s. O padrão é fazer em 50mm/s. 
Em altura a calibragem é em sensibilidade, a padrão é N de normal que equivale 0,01 mV. Pode 
ampliar em 2N quando o tamanho real é muito pequeno, mas na hora que do zoom na imagem, 
precisará considerar o dobro, logo você conta metade. 2N passa a valer 0,05 mV. Outra 
possibilidade quando vem grande, você diminui a imagem e cada quadradinho N/2 passa a valer 
0,2mV. 
A normalidade é em largura até 0,04s e em força 0,4mV. 
Quando a velocidade está o dobro do normal significa que o átrio está perto de estourar, o cão 
pode entrar em morte súbita. 
 
GIULIA SPINOLA 6 
 
6 GIULIA SPINOLA 
QUAL É A FC? 
Um ritmo cardíaco regular registrado na velocidade de 50 mm/s, a FC pode ser calculada pelos 
seguintes métodos: 
1. Dividindo-se o número de pequenos quadrados em um minuto (3000), pelo número de 
pequenos quadrados existentes em um intervalo R-R. 
• Se contarmos em 50mm/s contamos 3000 e dividimos por 30 (5 quadrados) e o resultado 
equivale em 100 bpm. 
 
2. Dividindo-se o número de grandes quadrados em um minuto (600), pelo número de 
grandes quadrados existentes dentro do intervalo R-R. 
• Os quadrados maiores equivalem a 5 quadradinhos, por isso quando queremos contar de 
uma Onda R a outra contamos pelos quadrados maiores. 
Existem 1500 quadradinhos de 1 mm num minuto á velocidade de 25 mm/seg. (e, portanto, 
3000 quadradinhos à velocidade de 50 mm/seg.) 
Ao contar o numero de quadradinhos entre 2 ondas R sucessivas e dividir 1500 (ou 3000) por 
essa contagem, obtém – se assim a frequência cardíaca. 
➢ 1500/10,5 = 142,85 
➢ 1500/12,5 =120 
 
Onda P – tem que ser positiva sempre! – 0,04s x 0,4 Mv 
1. Quando a onda P tem um valor maior que 0,4 mv (em altura) quer dizer que existe uma 
SOBRECARGA DO ÁTRIO DIREITO. Se passou de 0,4mV está com sobrecarga de átrio direito, 
o átrio direito está maior do que deve. 
 
GIULIA SPINOLA 7 
 
7 GIULIA SPINOLA 
 
2. Quando a onda P é maior que 0,04s quer dizer que existe uma SOBRECARGA DO ÁTRIO 
ESQUERDO. Toda vez que passa em largura a interpretação é sobrecarga de átrio esquerdo, 
ou seja, está aumentando. 
 
Marca passo Migratório: quando tem evidente ondas P em formatos diferentes. Ocorre quando 
oscila a célula inicial dentro do nó sinusal. Isso fica descrito no eletro em “observações”. É 
apenas um achado eletrocardiográfico. 
Onda P alta: Direito 
Onda P larga: Esquerdo 
Intervalo PRL – Até 0,13s 
No nó atrioventricular existe uma passada lenta do estimulo elétrico que serve para gerar uma 
distância entre o batimento atrial e ventricular. Se não existisse esse NAV, o átrio e o ventrículo 
bateriam exatamente ao mesmo tempo = ondaPRi 
Mensura do começo da onda P até o início da QRS. 
DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO 
Bloqueio átrio ventricular de 1° grau é quando o intervalo PR é maior do que > 0,13s. 
Definição: No BAV de 1° grau verifica-se alentecimento (lento) da passagem do impulso nervoso 
no nó atrioventricular, resultando em um aumento gradativo do intervalo PR. Entretanto, cada 
onda P é conduzida normalmente, havendo um QRS correspondente. 
 
GIULIA SPINOLA 8 
 
8 GIULIA SPINOLA 
 
Significa que o átrio bate, mas o ventrículo acaba demorando um pouco para responder = A 
passagem elétrica pelo nó atrioventricular é lenta demais. 
ONDA Q e S - Representam o ventrículo direito. 
Sobrecarga do Ventrículo Direito ou Bloqueio do Ramo Direito 
Geralmente o BRD não está associado à doença cardíaca, sendo quase sempre um achado 
diagnóstico. O BRD pode estar ainda associado aos hemibloqueios de fascículos anterior ou 
posterior, sendo mais comum o BRD + hemibloqueio anterior esquerdo, o qual raramente 
progride para BAV total; Já o BRD associado ao hemibloqueio posterior esquerdo pode 
progredir para a BAV total, embora a incidência seja baixíssima. Pacientes assintomáticos não 
requerem marcapasso. 
1. Quando aparecem as ondas Q e S na mesma derivação. SÓ QUE é normal ter onda Q e S 
sempre em AVL e AVR! OU SEJA, só é bloqueio ou sobrecarga quando aparecer apenas em 
DI, DII, DIII e AVF. 
2. Quando tem a onda Q ou a onda S em TODAS as derivações, pois um cão normalmente tem 
que ter pelo menos uma derivação onde NÃO APARECE NENHUMA das ondas. 
Complexo QRS – representa o ventrículo esquerdo – até 0,05s / 0,06s 
o Quando chega no ventrículo tem uma fibrinha que sobe para poder entrar no septo, alguns 
cães não tem entrando direto, quando ela sobe é a contra a variação, gerando uma onda 
negativa = Onda Q 
o Quando desce pelo septo, gera uma onda positiva = Onda R 
o Quando chega no ápice do ventrículo, a eletricidade começa a subir nas paredes, que é o 
contrário da derivação, e a onda é negativa, então no eletro desce. Só que tem uma coisa, 
a parede do lado direito, o trajeto é mais longo, subindo um pouco mais, gerando uma onda 
negativa = Onda S 
Cardiologista: normalmente onda larga é bloqueio e onda alta é sobrecarga 
Sobrecarga de Ventrículo esquerdo ou bloqueio do ramo esquerdo, solicitar ecocardiograma. 
o Dilatação ou hipertrofia é sobrecarga 
 
GIULIA SPINOLA 9 
 
9 GIULIA SPINOLA 
o Se tiver normal é o ramo que está bloqueado 
Sobrecarga de VE ou BRE: QRS > 0,05 a 0,06s 
 
Onda R – até 2,5mv/ 3,0mv 
Mede a altura, pegando a linha base. 
Valores acima da referência significa que existe uma sobrecarga de ventrículo esquerdo ou 
bloqueio do ramo esquerdo. 
Sobrecarga de Ventrículo Esquerdo ou Bloqueio do Ramo Esquerdo: R > 2,5 a 3,0 mV 
Qualquer uma das duas alterações significa sobrecarga de ventrículo esquerdo ou bloqueio de 
ramo esquerdo. 
 
Segmento ST – infradesnível 0,2 e supradesnível 0,15mv 
A despolarização, não é uma atividade mecânica. Entra sódio e sai potássio, mas não são esses 
íons que causam a contração, e sim o cálcio, que é marcado pelo segmento ST. É a hora que 
tem transferência da energia elétrica para a energia mecânica, onde o coração começa a 
contrair. 
ST = íons, cálcio e cloro, quando está transferindo energia elétrica em mecânica, o coração vai 
contrair é a sístole. 
Tem que estar na mesma altura da linha base. Se estiver, normal. 
 
GIULIA SPINOLA 10 
 
10 GIULIA SPINOLA 
Tem que avaliar se a onda está: 
• Para baixa – Infradesnível 
• Para cima – Supradesnível 
• Arqueada 
• Inclinada – “Slurring” = inclinação absurda de ST, onde não consegue identificar as 
ondas = significa uma grande lesão do miocárdio. 
Se estiver alterada significa Distúrbio de Repolarização Ventricular. 
• Distúrbio de Repolarização Ventricular 
• Hipóxia de miocárdio 
• Distúrbio eletrolítico 
Quando aparecer qualquer alteração de segmento ST ou onda T tem a mesma interpretação: 
Distúrbio de repolarização ventricular. 
 
Infradesnível > 0,2 mV / supradesnível > 0,15 mV / arqueamento de ST 
o Quando o segmento ST aparece em uma linha abaixo do segmento PR. 
o Até 0,2 tudo bem (Infradesnível > 0,2 mV) não é distúrbio de repolarização ventricular; 
o Supradesnível > 0,15 mV quando é acima; 
o Arqueamento ou arqueado já é distúrbio de repolarização ventricular porque tem que ser 
uma reta; 
Inclinação acentuada de ST: tem que ser uma linha na horizontal, se aparecer inclinado é 
distúrbio de repolarização ventricular. 
 
 
GIULIA SPINOLA 11 
 
11 GIULIA SPINOLA 
Inclinação acentuada de ST 
Dosar eletrólito se tiver normal sabe-se que é hipóxia de miocárdio. O cão é raríssimo morrer 
de infarto. Se o cachorro tiver hipotenso ou roxeado isso levara ele a morte muito rápida, se 
ele estiver bem clinicamente ele só tem a lesão e ficou bem com ela. 
Onda T < 25% de R 
o Na hora que o coração relaxa, os íons estão todos fora do lugar, porque entrou sódio e saiu 
potássio, teve alteração de cálcio e cloro; precisa coloca-los no lugar, principalmente a 
bomba de sódio e potássio = Onda T 
o Onda T = bomba de sódio e potássio funcionando. 
Tem que ver se ela é para baixo (negativa), para cima (positiva) ou as duas (bifásica). 
Em cão é normal ela ser positiva, negativa ou bifásica. Porém é preciso anotar para avaliação 
entre exames, pois uma vez o cão nasceu com a onda positiva ela deve se manter positiva pelo 
resto da sua vida. Ela não pode simplesmente trocar. 
 
T negativa < 25%R / T positiva < 25%R / T bifásica 
Pode ser apiculada (não é normal) ou pode ser alta demais. A onda T ela deve ser arredondada. 
Não pode ser apiculada pois significa distúrbio de repolarização ventricular. Ela pode também 
ser chamada de onda T em tenda. A onda T tem altura máxima (<25% da R). Se for maior que 
25% da onda R é distúrbio da repolarização ventricular. 
 
 Onda T apiculada / Onda T > 25% de R 
 
GIULIA SPINOLA 12 
 
12 GIULIA SPINOLA 
Porém ela não tem um valor, então qual o limite? Pega a onda R e divide por 4. 
Exemplo: Se a onda R tem 12 quadradinhos, a onda T pode ter no máximo 3 quadradinhos. Se 
tiver alterado: DISTÚRBIO DE REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR 
OBSERVAÇÕES: tem que marcar 3 coisas (quando tem): 
• Marcapasso migratório, que ocorre em ritmo sinusal, é caracterizado por uma variação 
no tamanho e configuração das ondas P de uma mesma derivação. 
• Alterações que sugerem sobrecarga do ventrículo direito 
• Arritmias 
 
INTERPRETAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA – ECG – PARTE 2 
Quarta- feira 11/03/2020 
EIXO CARDÍACO 
A soma de vetores de todas as derivações de eletros. 
Determinar qual o caminho da energia do coração. Eixo cardíaco serve para você comparar a 
força que faz o ventrículo esquerdo e o ventrículo direito, é o equilíbrio ventricular. 
Eixo cardíaco alterado significa que um lado faz muito mais força que o outro e que isso é uma 
doença grave, mas não diz qual é a doença, logo é um exame de triagem. Recomendar o 
ecocardiograma para saber qual a doença. 
São 6 linhas no eletro e cada linha é uma derivação. São 6 derivações em um eletro mais 
simples. 
1. A primeira derivação começou do eletrodo vermelho para o amarelo, que ele nomeou de 
D1 (observa a energia da direita pra esquerda). 
2. A segunda derivação do vermelho para o verde, a onda agora, as energias descem e vão 
para esquerda nomeadas de D2. 
3. A terceira derivação do eletrodo amarelo para o verde chamado de D3. 
Criaram-se as 3 derivações chamadas polares. Para criar o centro ele usou o eletrodo preto, 
verde e amarelo determinando o centro chamado de nó atrioventricular (derivação AV). 
4. A derivação AVR (right) do centro para o vermelho, lado direito do coração. 
5. A derivação AVL (left) do centro para o amarelo, lado esquerdo do coração. 
6. A derivação AVF (frontal) do centro para o verde, caracterizandoo horizontal do corpo. 
 
GIULIA SPINOLA 13 
 
13 GIULIA SPINOLA 
 
Quadrante inferior esquerdo (0° a + 90°): normais em caninos e felinos 
Quadrante superior direito (+/- 180° a -90°) é indicativo de desvio de eixo para a direito, ao 
passo que aquele localizado no quadrante superior esquerdo (-90° a 0°) aponta desvio para a 
esquerda em pacientes caninos e felinos. 
No coração normal canino o eixo varia entre + 40° e +100°, enquanto em felinos possui uma 
variação maior, entre 0° a + 160°. 
 
(EXEMPLOS) 
Legenda: o triangulo para cima significa positivo e o triangulo para baixo indica negativo. O QUE 
CONTA É O TRIÂNGULO E NÃO DO ÂNGULO. 
Dica: as linhas tem que sempre dar uma do lado da outra. 
 
GIULIA SPINOLA 14 
 
14 GIULIA SPINOLA 
Ignora os dois laterais de um lado e os dois laterais do outro. O eixo é o ângulo dos dois que 
sobraram no meio. Analisar então os valores referências que foram dados e comparar com o 
seu resultado, se estiver dentro do valor de referência encontra-se normal. Se encontra 
desviado para o lado direito significa que o coração faz muito mais força do lado direito do que 
do esquerdo. Ou vice-versa. 
POR D2 SER O PONTO MAIS IMPORTANTE É POR ELA QUE DEVEMOS NOS BASEAR PARA SABER O 
LADO SE É DIREITO OU ESQUERDO. LOGO, DO +120° AO D2 É O LADO DIREITO E DO +30° AO -120° É 
O DESVIO PARA O LADO DIREITO. 
Eixo cardíaco – resumo 
Derivação isoelétrica: quando a onda não é nem positiva, nem negativa (acontece quando o 
eixo está exatamente em cima de outra derivação), não conta quando aparece. 
De +30° a 120°: lado esquerdo e direito do coração trabalham em proporções adequadas 
De 120° a – 120°: o lado direito faz muito mais força que o lado esquerdo 
De -120° a 30°: o lado esquerdo faz mais força que o lado direito. 
QUAIS SÃO OS RITMOS CARDIACOS POSSÍVEIS? 
1. SINUSAL - Os batimentos fisiológicos podem sair do nó sinusal 
2. ÁTRIO - Podem sair do Átrio de origem atrial 
3. JUNCIONAL - Podem sair do nó atrioventricular falamos que tem origem juncional porque 
o nó atrioventricular faz a junção do átrio e ventrículo 
4. VENTRÍCULO - E se sai de alguma célula do ventrículo a origem é ventricular. 
SINUSAL E ATRIAL 
Ritmo Sinusal – Fisiológico 
a. Ritmo sinusal normal 
b. Arritmia sinusal 
c. Taquicardia sinusal 
d. Bradicardia sinusal 
e. Exceção sinus arrest 
Existem três ritmos que são considerados normais no coração: o ritmo sinusal, a arritmia sinusal 
e o ritmo do marcapasso migratório. 
Ritmo Atrial – Patológico (animal sempre vai estar taquicardíaco, não existe 
bradicardia atrial) 
a. Taquicardia atrial 
b. Flutter atrial 
c. Exceção fibrilação atrial 
 
GIULIA SPINOLA 15 
 
15 GIULIA SPINOLA 
Se for uma taquicardia leve é taquicardia sinusal, porque quando é atrial é muito taquicardíaco 
(acima de 200 bpm). 
 Teste: leve compressão nas carótidas, dificultando o fluxo sanguíneo e a frequência 
cardíaca cair é sinusal porque a fisiologia ainda está funcionando. RISCO GRANDE, NÃO 
É FEITO NA PRÁTICA 
OLHAR A ONDA P – ONDA P POSITIVA SIGNIFICA QUE NÃO É JUNCIONAL 
Se tiver onda P positiva e a FC for baixa o ritmo é Bradicardia Sinusal (não existe bradicardia 
atrial) 
Se tiver onda P positiva e a FC for normal existem 3 possibilidades, olhar a variação: 
a. Se a variação for menor ou igual a 10% = Ritmo sinusal normal, caracterizado por uma FC 
de 60 a 120 bpm e ondas P sucedidas de um complexo QRS, o ritmo é regular e não 
ocorrem pausas. 
b. Se a variação for igual a 11 a 99% = Arritmia sinusal (fisiológico), possui as mesmas 
características do ritmo sinusal, ressaltando que a única diferença é que a FC pode variar 
mais em decorrência da inspiração e expiração. 
 
c. Se a variação for igual ou maior que 100% = Ritmo sinusal com “sinus arrest” (patológico) 
 
QUESTÃO PASSADA EM AULA: PASSO A PASSO 
1. Olhar a D2 como referencia 
2. Pegar o maior espaço entre um batimento e outro 
3. Contar os quadrantes 
4. Um deu 37 (maior intervalo) e o outro 28 (menor intervalo), dividimos esses dois números 
por 3000 
5. 3000/37 = 81 
6. 3000/28 = 107 
7. 107/81 =1,32 (SEMPRE tirar -1) 
8. Totalizando 32 % que significa arritmia sinusal que está de 11 a 99% 
 
GIULIA SPINOLA 16 
 
16 GIULIA SPINOLA 
Se a onda P for positiva e a FC Alta existem 3 possibilidades: 
a. Taquicardia sinusal: Fisiológico 
b. Taquicardia atrial: Todo ritmo atrial é taquicardíaco. 
Como diferenciar? causas fisiológicas (dor, hipotenso, medo) é taquicardia sinusal e causas 
patológicas: se o animal está descansando, dormindo e está com FC 230bpm é taquicardia 
atrial. 
No eletro: faz teste apertando por 1 min o globo ocular (estimula o nervo vago) e roda de novo, 
se diminuir é sinusal, senão você continua na dúvida. Outro teste é apertar as carótidas 
(aumenta a pressão), MAS tem perigo do animal parar. 
O que faz de verdade? se acha que é dor, analgésico. Se acha que é medo, pede para o 
proprietário segurar um pouco. Se nada melhor, é taquicardia atrial. 
c. Flutter (flutuação) atrial: geralmente você observa várias ondas P seguidas como se 
formassem uma “marola”, uma grudada na outra. O átrio não descansa, batendo sem parar. 
 
 
 
d. Fibrilação atrial: é quando o átrio bate tão rápido que o eletro não consegue marcar a onda 
P, formando um borrão (quando o átrio bate mais de 500x por minuto). 
 
 
RITMO JUNCIONAL 
o Pode iniciar com a onda P negativa ou ausente 
a) Onda P negativo é ritmo juncional SEMPRE – sintomatologia melhor 
b) Quando não aparece a onda P tem que ser BRADICÁRDICO OBRIGATORIAMENTE E tem 
que ter um QRS normal e uma T normal. 
o Não tem alteração no QRS 
 
GIULIA SPINOLA 17 
 
17 GIULIA SPINOLA 
 
 
RITMO VENTRICULAR 
Não tem/Ausência da onda P e o complexo QRS é bizarro 
 
 
1. FC BAIXA: IDIOVENTRICULAR 
2. FC NORMAL: RITMO VENTRICULAR 
3. FC ALTA: TAQUICARDIA VENTRICULAR 
4. FC “BORRÃO” / um dos tipos de parada cardíaca: FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 
Os ritmos cardíacos existem os sinusais que são fisiológicos e todos os outros são classificados 
como ritmos patológicos. No dia a dia é chamado de arritmia. 
APC (contração atrial prematura ou extra sístole atrial) 
Um batimento atrial prematuro é um batimento cardíaco adicional causado pela ativação 
elétrica dos átrios (câmaras superiores do coração) a partir de uma zona anormal, antes do 
batimento cardíaco normal. 
 
GIULIA SPINOLA 18 
 
18 GIULIA SPINOLA 
 
Quando tem onda P positiva. Batimento anômalo saindo do átrio dentro de um ritmo normal. 
JPC (contração juncional prematura ou extra sístole juncional) 
Batimento errado que sai do nó átrio ventricular e pode ser sem a onda P ou a onda P negativa. 
 
Quando não tem onda P com complexo QRS normal. Ou não tem onda P e o complexo QRS é 
normal ou a onda P fica para baixo. 
VPC (contração ventricular prematura) 
Sem onda P e o complexo é bizarro logo o batimento saiu do ventrículo. Arritmia mais frequente 
que existe. A diferença com o ritmo é que o VPC um ou outro vem errado no eletrocardiograma 
em que a maioria é normal. 
 
 
 
GIULIA SPINOLA 19 
 
19 GIULIA SPINOLA 
Bloqueio Átrio Ventricular de 2° grau (bav de 2° grau) 
No BAV de 2° grau ocorre maior demora na condução do impulso no nó AV, ocasionado assim 
a presença de uma onda P sem um QRS correspondente. No BAV de 2° grau Mobitz tipo I, o 
intervalo PR vai gradativamente aumentando ate que uma onda P não seja seguida por um 
QRS. Os animais com este bloqueio normalmente são assintomáticos. 
Tem onda P, mas não tem onda QRS. Ventrículo não bate intermitente. 
 
 
Bloqueio Átrio Ventricular de 3° grau (bav de 3° grau) 
Quando o nó atrioventricular parou de se comunicar de vez com o ventrículo, NÃO EXISTE MAIS 
A PASSAGEM ELETRICA ENTRE OS DOIS. Não existe mais a sincronização entre o batimento do 
átrio com o ventrículo. O átrio e o ventrículo batem comandados por si só. Eles mesmo 
comandam sua resposta. 
A onda P encontra-se no eletroem qualquer lugar. A onda P e QRS se intercalam. Não segue o 
padrão e o complexo QRS normalmente é bizarro. 
 
 
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20 GIULIA SPINOLA 
 
Normalmente a bradicardia é importante e a atropina não é efetiva. Sendo assim, os risco-
benefícios associados devem ser bem conversados. Os animais portadores podem apresentar-
se apáticos, com baixa tolerância às atividades diárias normais e com desmaios frequentes. 
INTERPRETAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA – ECG – PARTE 3 
Quarta- feira 18/03/2020 
BRADIARRITMIAS 
Arritmias de frequência cardíaca baixa que precisam ser tratadas: 
1. Bradicardia sinusal com hipotensão arterial 
2. Ritmo Juncional 
3. Idioventricular 
4. BAVs (2° e 3°) 
Como trata bradiarritmias: por ordem de preferência 
Primeira medicação de escolha: Atropina pode ser aplicada 3 vezes SOMENTE com intervalo de 
5 minutos entre uma aplicação e outra. (SEMPRE em bolus) 
Porque? A atropina que aplicou da primeira vez ainda não funcionou. Se aplicar mais, na hora 
que funcionar vai ter excesso a dose, causando uma taquicardia e Taquiarritmias. Aumenta 
mortalidade, animal pode deprimir e morrer! DOSE: 0,044 mg/kg 
Se aplicou as 3 doses e o paciente não melhorou, avaliar o nível de gravidade do paciente. Se 
ele estiver bem, encaminhar para tratamento crônico (cardiologista). Normalmente ele entra 
com broncodilador. 
Segunda escolha: Dopamina infusão continua: 5 a 20 mcg/kg/min, subir de 5 em 5mcg a cada 
5 minutos. Em máximo nos 20 minutos tem que responder. 
Terceira escolha: ADRENALINA em infusão continua. 
• Marcapasso transcutâneo: não muito feito na prática; 
• A adrenalina é a primeira escolha na ausência de complexos ventriculares. 
 
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TAQUIARRITMIAS 
Arritmias de frequência cardíaca alta que precisam ser tratadas. Todas serão tratadas iguais, 
exceto a fibrilação ventricular que se trata diferente porque é um tipo de parada cardíaca, 
então fará reanimação. 
1. Atriais (taquicardia atrial, Flutter atrial e fibrilação atrial) 
2. Ventricular (ritmo ventricular, taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular) 
3. PCS 
Tratamento de Taquiarritmias: por ordem de preferência 
Primeira escolha: Lidocaína bolus- atuam nos canais de sódio 
• Cão pode ser aplicado 3 vezes com intervalo de 2 minutos entre uma aplicação e outra 
(2 a 4 mg/kg IV ou 25 a 75 mcg/kg/min IV) 
• Gato pode ser aplicado 2 vezes com intervalo de 2 minutos entre uma aplicação e outra. 
Gato é muito sensível a lidocaína e quando aplicado a segunda vez, geralmente ele 
convulsiona por isso já deixamos a dose de Diazepam separada. (0,25 a 1 mg/kg IV ou 
10 a 25mcg/kg/min IV) 
Segunda escolha: Lidocaína infusão continua (não tem um tempo pré-definido) 
Terceira escolha: Amiodarona (atuam sobre os canais de cálcio) em bolus aplica só uma vez – 
1 a 5 mg/kg IV 
Quarta escolha: Amiodarona infusão contínua 0,3mg/kg/min IV 
Quinta escolha: em uma pata Lidocaína em infusão continua e na outra pata Amiodarona 
infusão continua (cada um em um acesso). 
Não melhorou: se o animal tiver ICC não tem mais protocolo. (NÃO PERGUNTA NA PROVA). SE 
NÃO FOR CONGESTIVO: tentar Esmolol. 
Sexta escolha: Porém se não for ICC pode tentar o Esmolol (bloqueadores betas) 50 a 500 mcg 
/ cão ou gato a cada 5 minutos IV 
• Se não funcionar, passamos para o tratamento cirúrgico. 
 
 
 
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22 GIULIA SPINOLA 
VARIÁVEIS CARDIORRESPIRATÓRIAS 
Quarta- feira 25/03/2020 
SATURAÇÃO E HEMOGLOBINA 
Se olham na prática porque quando as duas coisas estiverem boas o conteúdo arterial vai estar 
bom também, e com isso monitora-se o debito cardíaco e verá que se tem uma boa oferta de 
oxigênio. 
 
1. Anêmicos – avaliar hematócrito 
2. Hemorragia 
• Animal que chega com hemorragia e PA baixa = TRANSFUNDIR 
Aguda 
• Hematócrito pouco útil 
• Hemodiluição – 8 horas 
• Reposição – 24 horas 
Crônica 
• Hematócrito 
• Esgotamento medular 
• Reposição muito lenta 
SATURAÇÃO ARTERIAL DE OXIGÊNIO 
Quantos % da hemoglobina está ligada ao oxigênio (o normal gira entre 94-98%). O necessário 
para sobrevivência é mais que 90%. 
Dessaturado – menor que 90% significa que não tem a quantidade mínima de oxigênio para 
sobreviver para isso coloca-se o paciente no oxigênio IMEDIATAMENTE. 
 
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23 GIULIA SPINOLA 
 
Causas de dessaturação (baixa saturação): 
1. Baixa fração inspirada de oxigênio (FiO2) - ou seja, quanto tem de oxigênio em porcentagem 
no ar que o animal está respirando. Exemplo: incêndio. 
2. Disfunção da hemoglobina: significa ter a hemoglobina, mas ela não funcionar; algumas 
intoxicações fazem com que a hemoglobina não funcione, logo ela não consegue carregar 
o oxigênio acarretando na diminuição de oxigênio. 
Como saber? No cão a Intoxicação por cebola (um dos maiores motivos) mas o animal tem que 
comer constantemente. No gato o principal é a intoxicação por paracetamol (basta uma dose), 
reverter com N-acetil-cisteina no soro para o gato em até 4 horas. 
3. Depressão respiratória – mais comum 
a) Doenças pulmonares: pode gerar tanto hipoventilação quanto hiperventilação; ex: 
edema pulmonar, fibrose, pneumonia 
b) Doenças extrapulmonares – hipoventilação (o ar não consegue entrar nos pulmões). Ex: 
paralisia de traqueia, síndrome de braquicefálicos, colapso de traqueia 
SaO2: Saturação Arterial De Oxigênio Da Hemoglobina 
Hemogasometria: mede saturação arterial de oxigênio 
Oximetria: mede saturação periférica de oxigênio 
Quando posso utilizar a SpO2? Sp (Saturação Periférica) 
• Cuidado com má perfusão: PA grave o oxímetro não funciona 
• Cuidado com intoxicação por CO: determinados incêndios ou escapamento de carro, o 
animal inalou muito CO o oxímetro dá normal, mas o animal está roxo 
• Hipotermia: se o animal estiver muito hipotérmico, o oxímetro deixa de funcionar 
débito cardíaco
DO2 x VO2
 extração de
oxigenio
oferta de
oxigênio
consumo de
O2
 
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24 GIULIA SPINOLA 
Como aumentar a SaO2? (saturação arterial) 
• Aumentar a FiO2: oxigenioterapia 
• Ventilação mecânica 
• Tratar a doença pulmonar: após o animal estabilizar, procurar a causa base. 
AVALIAÇÃO DE OXIGENAÇÃO DO PACIENTE 
SaO2 (saturação arterial de oxigênio da hemoglobina) menor que 90% = animal dessaturado, 
logo tratar com oxigenioterapia. 
PaO2÷FiO2 -> Quanto % o animal está respirando 
Valores de FiO2 (fração inspirada de oxigênio), como calcular? 
1. Normal: ar ambiente com o valor de 21% = 0,21 
2. Máscara ou Cateter nasal: 35% = 0,35 
3. Gaiola de oxigênio ou Entubado = INFORMAR 
Com isso, Se PaO2÷FiO2 for: 
• Maior que 400 mmHg – respiração normal: o problema é disfunção de hemoglobina 
• Entre 301 – 400 mmHg – Déficit de oxigenação: problema respiratório discreto 
(eupneia): ainda é problema de disfunção de na hemoglobina 
• 201 – 300 mmHg – Insuficiência respiratória: problema respiratório (dispnéia) 
• Menor que 200 mmHg – falência respiratória o que significa que se tirar do oxigênio o 
animal morre 
Se o problema for disfunção da hemoglobina é tratar a hemoglobina; agora se for respiratório 
precisa encontrar a causa base. 
AaO2 (Gradiente alvéolo arterial de oxigênio): resultado encontrado na 
Hemogasometria 
• Menor que 15: O pulmão é perfeito, logo a origem é extrapulmonar 
• 15 – 25: Pneumopatia leve com causa extrapulmonar, indeterminado. 
• Maior que 25: Pneumopatia grave, logo origem pulmonar 
PaCO2 (pressão parcial de CO₂ no sangue) valores 
• Maior que 43 mmHg: Hipoventilação (mecânica pulmonar com problema) 
• 31 – 43 mmHg: ventilação normal 
• Menor que 31 mmHg: Hiperventilação (hiperventilação é defesa, não causa primária. 
Ex: cetoacidose diabética você hiperventilar para ajustar o pH) 
• Maior que 55 mmHg: vai direto para ventilação mecânica 
 
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25 GIULIA SPINOLA 
O substituto da gasometria é a capnografia (ECO2) 
Mede a quantidade de CO2 no ar expirado. A capnografianão funciona se a saturação estiver 
muito baixa; 
• Maior que 45 %: hipoventilação 
• Menor que 35 %: hiperventilação 
• 35 – 45 %: normal 
NUNCA tratar hipoventilação com aumento da FiO2 
Como reduzir a PaCO2? Ventilação e tratar a doença pulmonar 
Como aumentar a PaCO2? Tratar causa de bases 
 
CASO 1 
 
Se eu souber o que aconteceu com a hemoglobina eu sei o que aconteceu com a oxigênio no 
sangue. 
 
GIULIA SPINOLA 26 
 
26 GIULIA SPINOLA 
Tratar esse paciente com: transfusão. Se você oxigenar, vai ajudar pouco: 
 
CASO 2 
 
Paciente está com saturação baixa, logo colocar no oxigenioterapia. 
PaO2/FiO2 = 476, logo o problema é a disfunção de hemoglobina. O caso era um gato com 
intoxicado por acetilcisteina. 
CASO 3 
Boxer, fêmea, 2 anos 
• SaO2 = 78% 
• Hb = 14 g/dL 
• PaCO2 = 80 mmHg; (30,8 – 42,8 mmHg) 
• PaO2 = 40 mmHg (80,9 – 103,3 mmHg) 
• PaO2/ FiO2 = 40/0,21 = 190 (> 200) 
• A-a O2 = 10 
 
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27 GIULIA SPINOLA 
O que se sabe é que a saturação está baixa então o animal precisa ir para oxigenioterapia. 
Hemoglobina menor que 15 o pulmão está perfeito logo desconfiar de origem extrapulmonar; 
Depois identificar a PaO2/FiO2 que é 190 o que indica falência respiratória e se tirar da 
oxigenioterapia ele morre. E pela AaO2 ser 10 sabe-se que é causa extrapulmonar. O animal 
tinha BOTULISMO. 
CASO 4 
Poodle, fêmea, 9 meses. 
• SaO2 = 78% 
• Hb = 15 g/dL 
• PaCO2 = 40 mmHg; (30,8 – 42,8 mmHg) 
• PaO2 = 40 mmHg (80,9 – 103,3 mmHg) 
• PaO2/ FiO2 = 40/0,21 = 190 (> 200) 
• A-a O2 = 50 
Saturação baixa – logo o animal está dessaturado e precisa de oxigenioterapia; 
Hemoglobina não precisa transfundir; 
Por PaO2/FiO2 ser 190 é pulmonar é uma Pneumopatia grave – radiografar o pulmão 
O animal provavelmente vai precisar de oxigenioterapia (CO2 40) é ventilação normal. Máscara 
ou cateter bem feito o animal estabiliza. 
VARIÁVEIS CARDIORRESPIRATÓRIAS 
Quarta- feira 01/04/2020 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Débito Cardíaco = Frequência cardíaca x Volume Sistólico 
Frequência cardíaca é fácil de medir. Já o Volume Sistólico é difícil a mensura do quanto sai 
exatamente o volume de sangue que sai do coração. 
I. Cateter de Funguhns – cateter colocado no coração que é caro, risco para o paciente 
II. Delta pp – mede o quanto sai, mas o animal tem que estar anestesiado, entubado e na 
ventilação mecânica. (Só é útil quanto o animal já está anestesiado) 
III. Eco transesofágico – mede o fluxo de sangue pela aorta; porém a desvantagem é que 
também precisa de anestesia. 
 
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28 GIULIA SPINOLA 
 
Para o animal ter um bom volume sistólico, é necessário primeiro uma boa pré-carga (retorno 
venoso ou volume sanguíneo que chega no coração). O soro pode levar a uma sobrecarga da 
pré-carga levando a um edema pulmonar, uma boa avaliação é não a deixar ser nem alta nem 
baixa e sim na normalidade. 
Um outro parâmetro é uma boa contratilidade que inclui uma força correta, sem más 
formações e que as válvulas estejam funcionando direito. (FUNÇÃO CARDIACA) 
E pós carga, que mostra o quão difícil é o sangue sair do coração. Quando dizemos que o animal 
tem uma alta pós carga significa que está muito difícil para o sangue sair. E o animal com uma 
pós carga baixa quer dizer que está muita fácil, ou seja, o liquido sai sem pressão. Nenhum 
desses também é bom; 
AVALIAÇÃO DA HEMODINAMICA = FC, PRÉ CARGA, CONTRABILIDADE E PÓS CARGA. 
À medida que a frequência cardíaca aumenta o debito cardíaco aumenta também. Porém se o 
coração bater muito rápido, não dá tempo de o coração encher e o debito cardíaco começa a 
cair. 
Se a frequência cardíaca for alta o suficiente para atrapalhar a pré-carga, o debito cardíaco cai. 
Parâmetros 
• 180 bpm no cão 
• 240 bpm no gato 
Acima disso, sabemos que o debito cardíaco está ruim. 
PRÉ-CARGA 
O estiramento dos sarcômeros individuais regula o desempenho cardíaco e é o máximo no final 
da diástole. Em situações agudas, a elevação da pressão e do volume diastólico finais 
constituem um mecanismo fisiológico compensatório que permite o aumento do trabalho 
cardíaco (lei de Starling para o coração). 
Quanto maior o volume diastólico (quanto mais cheio o coração estiver), melhor o debito 
cardíaco. Porque se o coração está bem cheio e contrair direitinho, ele joga bastante sangue 
pro corpo. 
 
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29 GIULIA SPINOLA 
O melhor jeito de avaliar pré-carga é avaliação do átrio esquerdo pelo ECO. Se não tem aparelho 
de ECO, fazer teste de carga (Fluidoterapia). 
• Se o átrio esquerdo tiver grande, está chegando mais sangue no coração do que ele 
consegue trabalhar, tem que diminuir a fluidoterapia. 
• Se ele estiver do tamanho normal, a fluidoterapia está correta ou o retorno venoso está 
correto. 
• Se o átrio estiver pequeno, quer dizer que está chegando pouco sangue no coração, 
melhorar a fluidoterapia desse paciente. 
Compressão: tamponamento, por efusões 
CONTRATILIDADE 
A capacidade intrínseca do músculocardíaco de gerar força e encurtar suas fibras manifesta-
se pela taxa de aumento da pressão (ou encurtamento) a partir de uma dada pré-carga. Ela é 
modulada normalmente por mecanismos neuro-humorais e pode ser avaliada por medidas 
como volume sistólico, fração de ejeção e taxa de aumento da pressão durante contração 
isovolumétrica. 
Quando o coração está batendo em uma frequência, ritmo e força correta, sem grandes 
alterações anatômicas inclusive valvares. 
Por problemas cardíacos ou sistêmicos atingem a sua função. 
• Distúrbios hidroeletrolíticos 
• Acidose/Alcalose: Diabetes 
• Cardiomiopatias 
• Radicais livres 
• Hipóxia 
• Insuficiência valvular 
• Fármacos/Drogas 
• Arritmias 
• Infarto agudo do miocárdio 
• Tamponamento cardíaco 
• Dor 
AVALIAR: 
• Fração de ejeção: quantos % do sangue que está no coração ele consegue jogar para 
fora quando bateu. 
• Fração de encurtamento: Quanto do volume ele consegue reduzir do coração/com que 
força consegue contrair. (avalia trabalho muscular do coração) 
Como testar? 
• Inotrópico (Dubutamina) 
• Antiarrítmico 
 
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30 GIULIA SPINOLA 
PÓS-CARGA 
A força contra a qual o músculo cardíaco se contrai corresponde à resistência ou à impedância 
vascular periférica. 
 
1. Vasoconstrição Periférica 
• Obeso 
• Insuficiente Renal 
• Hipertenso pode ter uma pós-carga aumentada. 
2. Viscosidade sanguínea 
• Diabético 
• Policitemia: quando hematócrito aumenta, o sangue fica mais viscoso 
automaticamente se torna mais difícil fluir para os vasos 
• Dislipidemia 
3. Compressões/Estenose 
• Tumores: quando aperta a aorta por exemplo, fica difícil para o sangue sair do coração 
• Estenose de aorta 
• Trombos 
• Síndromes de compartimentação abdominal: quando o animal bate o abdômen muito 
forte ou tem uma peritonite muito importe e os órgãos edemaciam e começam a não 
caber no abdômen. Sinais: o abdômen distende, diminui a produção de urina, ficam 
mais apáticos e diminuem a respiração. Técnica para reverter caso não funcione fluido 
ou diurético: Bolsa de Bogotá – abre o subcutâneo e gruda essa membrana em cima 
e deixara aberto assim por dias; Essa membrana tem chance mínima de sepse. Descola 
após uns dias e sutura. 
4. Dor 
PRESSÃO ARTERIAL 
A pressão arterial (PA) é o produto da resistência vascular sistêmica pelo débito cardíaco (DC), 
sendo a principal determinante da perfusão tecidual. 
• PAS – pressão arterial sistólica: Monitora a função contrátil do miocárdio 
V
O
LU
M
E 
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LI
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RESISTÊNCIA VASCULAR SISTÊMICA
 
GIULIA SPINOLA 31 
 
31 GIULIA SPINOLA 
• PAD – pressão arterial diastólica: Monitora volume circulante e as alterações vasculares 
• PAM – pressão arterial média: PAS + 2PAD/3 
Métodos Para Medir 
1. Métodos oscilométricos: tem grande margem de erro por isso, para pacientes 
EMERGENCIAIS não são usados. – Método não invasivo 
 
2. Doppler:Mede PAS (bem confiável) e a PAD (margem de erro alta) – método não 
invasivo 
 
3. Invasivas: PAM no esfigmomanômetro e quando conectado no monitor dá as 3 pressões 
precisas 
 
Pulso não avalia pressão. Pulso avalia contratilidade, ou seja, a diferença entre a pressão 
sistólica e diastólica. (um bom pulso é maior do que 30) 
 
 
 
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32 GIULIA SPINOLA 
EXERCÍCIOS 
 
MECANISMOS ENVOLVIDOS EM UMA CRISE DE HIPOTENSÃO 
Causas 
1. Hipovolemia 
2. Déficit de contratilidade 
3. Vasodilatação 
Sempre que tiver um animal hipotenso, imaginar que uma dessas 3 coisas estão acontecendo. 
A não ser que tenha uma obstrução. 
Tratamento 
I. Hipovolemia: Prova de carga (fluidoterapia) -> melhora a pré-carga do paciente 
II. Contratilidade: fármaco vasoativo - Inotrópico 
III. Vasodilatação: fármaco vasoativo - vasoconstritor 
 
O que não pode? Trocar a ordem. Por exemplo, um animal hipovolêmico você começa direto 
com inotrópico, mas se o coração está murcho não adianta o coração bater mais forte, a 
pressão não melhora. E se fizer um vasoconstritor primeiro, você irá aumentar a pressão, mas 
não vai melhorar o debito cardíaco e sim o vaso que ficou pequeno. 
Então na verdade, você só irá prejudicar o coração se trocar a ordem. 
 
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33 GIULIA SPINOLA 
MECANISMOS ENVOLVIDOS EM UMA CRISE DE HIPERTENSÃO 
Causas 
1. Vasoconstrição 
Tratamento 
Fármaco ativo – vasodilatadores 
PAS = PAD + CONTRABILIDADE 
exercicios 
 
Uma boa contratilidade indica um prognóstico melhor. 
Animal 1 
• PAS normal 
• Contratilidade 40 (boa) 120 – 80 
• Pulso é bom 
Animal 2 – CARDIOPATA 
• PAS normal 
• Contratilidade 20 (ruim) 100 - 80 
• Pulso ruim 
Animal 3 
• PAS Hipotenso 
• Contratilidade 40 (boa) 80-40 
• Pulso bom 
 
GIULIA SPINOLA 34 
 
34 GIULIA SPINOLA 
Tratamento: fluidoterapia 
Animal 4 
• PAS hipotenso 
• Contratilidade 20 (ruim) 60-40 
• Pulso ruim 
Tratamento: Fluido + Inotrópico 
• PAS hipertenso 
• Contratilidade 40 (normal) 
• Pulso bom 
Tratamento: vasodilatador EM CASA 
Animal 5 
• PAS hipertenso 
• Contratilidade 20 (ruim) 
• Pulso ruim 
Tratamento: vasodilatador INTERNA 
CAPILARES 
Se o lactato está alto já significa que as células estão sem oxigênio. 
 
Se o débito cardíaco cai bastante falta oxigênio para as células. Quando o debito cardíaco 
começa cair e falta sangue para todo mundo, ele começa fazer vasoconstrição seletiva, tira 
sangue de quem ele acha importante e começa a distribuir para quem ele acha importante. 
 
 
 
 
GIULIA SPINOLA 35 
 
35 GIULIA SPINOLA 
DEBITO CARDIACO CAINDO 
Vasoconstrição Seletiva: 
1. Pele: o primeiro lugar que deixa de receber sangue é a pele. Por isso avaliamos a mucosa 
(se está pálida). A pele suporta bem estar mal perfundida. 
2. Intestino: caso não resolva, o segundo lugar que deixa de receber sangue é o intestino. 
Como sintomas aparece: falta de apetite, vomito, diarreia e alterações de motilidade 
intestinais. Intestino pequenos animais suportam bem, grandes não. 
3. Músculo: terceiro lugar é o músculo, músculo levando a uma fraqueza muscular podendo 
ser leve ou forte. Músculos suportam bastante tempo má perfusão 
4. Rins: Se não resolver, ele corta do Rim levando a queda do debito urinário e o animal para 
de produzir urina. Rim não suporta muito tempo a má perfusão, é rápido para o animal se 
tornar insuficiente renal, por isso é EMERGÊNCIA. Medimos o débito urinário. 
• Se estiver bem: pode ver pesando a frauda molhada (diferença dela seca é o volume da 
urina) 
• Se não: ver pela sondagem do animal 
5. Fígado: Depois do fígado, não conseguindo metabolizar levando o aumento da bilirrubina. 
6. Pulmão: Depois o pulmão, levando a uma respiração baixa que sinaliza que o animal está 
quase parando porque a próxima é coração/ cérebro que leva a uma PARADA CARDIACA. 
7. Coração/cérebro 
Débito urinário: 
Menor que 0,5 mL/kg/h – anúria 
0,5 0 1 mL/kg/h – oligúria 
1 – 2 mL/kg/h – urina normal 
Maior que 2 mL/kg/h - poliúria 
COMO CALCULAR? 
Volume de urina/ Peso/ tempo em horas que o animal demorou para produzir aquela urina 
Ex: 50ml/ 10kg/ 4 horas = 1,25 ml/kg/hrs COM ISSO VEMOS QUE O DÉBITO URINARIO ESTÁ 
NORMAL 
• Poliúria lesa o rim, mas demora dias 
• Oligúria o animal suporta tempo já vai ter lesão aguda no Rim (lesa em horas) 
• Anúria você está fritando o Rim 
 
 
 
GIULIA SPINOLA 36 
 
36 GIULIA SPINOLA 
ANIMAL COM VASOCONTRIÇÃO E HIPOVOLEMIA 
Frequência cardíaca = 200 
Pressões arteriais = 120 x 80 
TPC > 4 segundos 
Débito urinário < 0,5 ml/kg/h 
Vasoconstrição aumenta a pressão e Hipovolemia cai a pressão logo a pressão está boa, porém 
o baixo volume sistólico vai fazer o coração tentar compensar na frequência. E o baixo volume 
não vai deixar chegar sangue no Rim. Paciente está mal clinicamente, mas a pressão está 
normal. 
o Normotenso, contrabilidade boa e pulso bom 
o PORÉM FC alta, TPC alto e debito urinário indicando ANURIA! 
o PVC = pressão venosa central (era uma técnica usada, mas não é mais) 
Como resolver? FLUIDOTERAPIA. 
FÁRMACOS VASOATIVOS 
Quarta- feira 08/04/2020 
1. Hipotenso 
• Inotrópico – melhorar a contratilidade cardíaca. Se não melhorar, entrar com o fármaco 
vasoativo 
• Vasoconstritor – vasoativo 
2. Hipertensão sempre trata com Vasodilatador, que também é um tipo de vasoativo. 
DEFINIÇÃO 
Substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíaco, sejam 
diretos (a própria substância que atua no receptor) ou indiretos (injeta o medicamento que 
aumenta a noradrenalina e ela que vai no receptor para fazer a vasoconstrição, é chamado de 
efeito indireto), atuando em pequenas doses (infusão continua) e com resposta dose-
dependentes com efeito rápido e curto (bom para ser usado na emergência), através de 
receptores situados no endotélio vascular. 
CONTRATILIDADE E PÓS CARGA CARDÍACA 
Débito Cardíaco = Volume sistólico x Frequência cardíaca (Isoprenalina) 
Volume Sistólico irá atuar na: 
o Pré carga: volume circulante 
 
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37 GIULIA SPINOLA 
o Contratilidade: Dopamina, Dobutamina, Dopexamina e Isoprenalina 
o Pós-carga: Norepinefrina, Epinefrina e Dopamina 
Fármacos vasoativos mexem ou na contratilidade ou na Pós-carga, trabalhando com 
receptores. Fármacos inotrópicos estão no Beta 1. 
DIFERENTES TIPOS DE RECEPTORES, SUA LOCAL IZAÇÃO E EFEITOS – SABER B1 E A1 
 
Os agonistas adrenérgicos são as drogas vasoativas de primeira linha devido ao seu rápido início 
de ação, alta potência e meia-vida curta, que permite o ajuste fácil da dose. Agem por meio 
dos receptores adrenérgicos no coração e vasos sanguíneos. 
Os receptores alfa 1 presentes no músculo liso dos vasos aumentam a resistência vascular 
sistêmica (RVS) por vasoconstrição arteriolar mesentérica, renal e de pele. Pela vasoconstrição 
venosa também redistribuem o sangue da periferia e da circulação mesentérica para a 
circulação central. 
Os receptores beta 2 exercem efeitos opostos aos alfa 1, tendendo a reduzir o tônus vascular, 
de forma a vasodilatar principalmente na musculatura esquelética. Os receptores beta 1 no 
miocárdio, e em menor extensão os beta 2, aumentam a frequência e contratilidade cardíaca. 
Drogas com propriedade vasopressoras são usadas primariamente para restaurar a pressão 
arterial por meio de vasoconstrição arteriolar – receptores alfa 1 
Enquanto drogas inotrópicas são usadas primariamente para aumentar o debito cardíaco por 
meio do aumento da contratilidade e frequência cardíaca – receptores beta 1 e 2. 
o Alfa 1: Vasoconstrição – aumento da resistência periférica – aumento da pressão arterial – 
midríase – estimulo da contração do esfíncter superior da bexiga – secreção salivar – 
glicogenólise hepática – relaxamento do músculo liso gastrintestinal. 
o Beta 1: Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) – aumento da força cardíaca (da 
contratilidadedo miocárdio) – aumento da lipólise. 
o Beta 2: Broncodilatação – vasodilatação – pequena diminuição da resistência periférica – 
aumento da glicogenólise muscular e hepática – aumento da liberação de glucagon – 
relaxamento da musculatura lisa uterina – tremor muscular. 
 
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38 GIULIA SPINOLA 
CASOS CLÍNICOS 
 
Insuficiência Cardíaca, Congestiva – uso do receptor Beta 1 
Sepse: lembrar que tem pressão baixa e precisa fazer fluido. Se não responder, inotrópico. E se 
não responder ao inotrópico, fazer vasoconstrição. 
Hipotiroidismo (falta estimulo): usar vasodilatador Beta 1 
RECEPTORES ADRENÉRGICOS 
 
As aminas simpaticomiméticas adrenalina, noradrenalina, isoproterenol, e, dopamina são 
denominadas de catecolaminas porque contém o grupamento catecol que corresponde ao 
diidroxibenzeno (anel benzeno). As catecolaminas possuem rápido início de ação, entretanto, 
a duração é breve, e, não devem ser administradas por via oral devido serem metabolizadas 
pelas enzimas COMT e MAO presentes no trato intestinal. 
 
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39 GIULIA SPINOLA 
VASOCONSTRITORES - HIPOTENSÃO 
Dopamina 
Fármaco vasoativo mais usado no mundo. Estimula predominantemente os receptores 
adrenérgicos alfa (em doses altas) e beta 1 (em doses baixas). 
Fora do país: Ele é o pior, porém o mais barato. Logo primeiro tenta dopamina e só se não 
funcionar irá tentar outra coisa. No Brasil: é usado porque “copia” condutas de pessoas fora do 
país. Não deveria começar o protocolo por ela, porém se for começar, começar só em casos 
leves (hipotensão discreta) 
Vantagens: Meia vida: 1,7 minutos (funciona rápido); De 5-10 mc/kg/min funciona como 
inotropismo positivo e de 10-20 mcg/kg/min é vasoconstritora. 
Desvantagem: Maior chance de dar arritmia e é menos potente; Quando aplicada extravascular 
(fora da veia) ela necrosa; 
Dobutamina 
Agonista de receptores B1, e, catecolamina sintética. Usada na insuficiência cardíaca congestiva 
possui vantagem sobre outros fármacos simpaticomiméticos porque não aumenta 
significativamente o consumo de oxigênio, aumenta o débito tendo discreta alteração da 
frequência cardíaca. – Mais indicada para cardiopatas. 
Vantagens: Meia vida: 2 minutos (funciona rápido). Primeira escolha quando quer inotropismo. 
Desvantagem: 
• Funciona bem por um dia – Infusões prolongadas perdem a efetividade, não indicado 
para pacientes internados. 
• Não tem efeito alfa direito, se não for caso de contratilidade ela não funciona, ou seja, 
não faz vasoconstrição. 
• A única via de administração é intravenosa em infusão 
Porque deveria mudar? Tratamento longo ou precisa de vasoconstrição. 
Noradrenalina 
Vantagens: Sua ação ocorre predominantemente sobre o receptor adrenérgico alfa 1 e beta 
(Extremamente potente tanto no alfa quanto no beta). 
Resolve o problema de hipotensão na maioria dos casos (Provoca aumento da pressão arterial 
sistólica e diastólica devido a vasoconstrição da maioria dos vasos sanguíneos incluindo do rim). 
Desvantagens: 
• Não é tão boa para cardiopata quanto a Dobutamina 
 
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40 GIULIA SPINOLA 
• Fator limitante é a vasoconstrição visceral: Se aumentar muito a dose, ela fica muito alfa o 
que leva a vasoconstrição em excesso. Os órgãos que sofrem principalmente com essa 
vasoconstrição em excesso são a pele, intestino e rim, aumentando sua chance de 
mortalidade. 
Obs: Interessante associar dobutamina para diminuir a superdosagem de noradrenalina. 
Dosagem: 0,05 – 2 mcg/kg/min alfa e beta adrenérgicos – aumentar de 0,1 em 0,1 a cada 2 
minutos, tentando sempre assim usar a menor dose possível. 
Prognóstico: 
• < 0,5 mcg/kg/min – prognóstico bom 
• 0,5 a 1 mcg/kg/min – prognóstico reservado 
• >1 mcg/kg/min – prognóstico ruim 
A efedrina estimula a liberação de noradrenalina endógena sendo mais fisiológica. 
Adrenalina 
Vantagens: Usadas em choque anafilático, parada cardíaca ou quando não tem outro fármaco 
vasoativo. 
Desvantagens: Altera função miocárdica, lesão tecidual por isquemia. 
Dosagem: 0,05 – 0,2 mcg/kg/min – vasoconstrição severa e cronotropismo positivo. 
VASODILATADORES – PRESSÃO ALTA 
Inibidores Da ECA 
Exemplo: Meleato de Enalapril 
Desvantagem: Não é potente e é lento – não usado em emergência 
Isossorbida 
o Usar quando não tem outro fármaco vasodilatador. 
o Vasodilatador misto 
o Inibidor de receptor alfa-adrenérgico 
Vantagem: prático de ser usado e encontra-se em qualquer farmácia 
Dose empírica: ¼ a ½ - 5mg: sublingual 
Hidralazina 
Vantagem: potente – antagonista adrenérgico; bastante seguro e de ação rápida e pode ser 
prescrito também no tratamento contínuo 
 
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41 GIULIA SPINOLA 
Amlodipina 
Melhor que Hidralazina porque tem menor risco de hipotensão. 
Vantagem: Melhor efeito cardíaco e melhor na pressão 
Desvantagem: menos potente que Hidralazina 
Nitroprussiato De Sódio 
Vantagens: 
• Dilatador mais potente que temos 
• Todo paciente responde a ele. Não há ninguém refratário 
Desvantagens: 
• Infusão contínua 
• Fotossensível 
• Precisa de bomba de infusão 
• Medir a pressão continuamente, porque por ser muito potente a pressão cai rápido. 
Dosagem: 1 – 5 mcg/kg/min 
COMO SUPLEMENTAR A OXIGENIOTERAPIA 
Máscara 
Muito limitada - uso de máscaras erradas (tanto pelo tipo de máscara quanto pela forma que 
coloca no animal). Para funcionar precisa ser uma máscara em formato de cone e 
quantidade/fluxo de oxigênio correta. - Fluxo: 100 a 200 mL/kg/min 
• Boa para cachorros com déficit de consciência, trauma craniano ou comportamento 
dócil. 
 
Cateter Nasal 
Muito eficiente. Pode ser colocada unilateral ou bilateral. - Fluxo: 0,5 a 3 L/min 
 
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42 GIULIA SPINOLA 
• Cuidado com estresse durante a colocação. Pode anestesiar o nariz do animal pingando 
colírio anestésico ou lidocaína e manter a cabeça do animal para cima. 
• Cuidado: Saber o quanto deve colocar de cateter (distância da ponta do focinho até o 
olho); se colocar pouco não dá certo e se colocar muito incomoda o cachorro; Grossura 
correta do cateter (metade do diâmetro da narina); Depois de colocado o cateter colar 
no pelo do animal com superbonder. 
Menor sonda uretral que é a Sonda 4 passa 0,5 L de oxigênio; Sonda 6 passa 1 L; Sonda 8 passa 
1,5 L. – aumenta 0,5 por sonda. 
Contraindicações: Trauma craniano (espirro pode levar a parada cardíaca), Cateter mal 
posicionado e Braquicefálicos (não consegue) 
 
Colar Protetor Filmado 
• Bastante eficiente 
Contraindicações: Não usar em pacientes hipertérmicos (porque o colar esquenta mais, o ar 
preso lá dentro ganha temperatura); Animais que se estressam com a situação. 
 
Gaiolas 
Bastante eficientes. Caro. 
Indicações: Animais silvestres (muito usado). Benéfico em paciente que não precisam de 
manipulação (para não perder a efetividade ao ficar abrindo a porta). 
 
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Contraindicações: Não usar em pacientes hipertérmicos; Longo período de tempo 
(superaquece o ar) - se não for material especifico tem que ser por pouco tempo. 
 
HEMOGASOMETRIA 
Quarta feita 15/04/2020 
O exame hemogasométrico tem por finalidade fornecer os valores de pH, bicarbonato, PaCO2 
e PaO2 sanguíneos, que quando de origem arterial, fornecem importante informação acerca 
da capacidade ventilatória e da captação de oxigênio dos pacientes. 
 
Objetivo: analisar gases no sangue, lembrando que são voláteis e dissipam facilmente, com essa 
analise podemos identificar a gravidade do diagnóstico. Grande importância na avaliação do 
equilíbrio ácido-básico. Toda doença que muda o pH é muito grave. Hemogasometria ajuda a 
avaliar isso. 
COLHEITA DE AMOSTRAS 
Pode ser colhido via sangue arterial (+O2 e -CO2) onde faz a avaliação pulmonar, por não sofrer 
ação tecidual, o que é ideal ou venoso para avaliação ácido-base, com resultados confiáveis. 
• Quando venoso precisa ser de vaso calibroso e quenão tenha alterações inflamatórias na 
região que ele perfunde, não pode coletar de uma região acomete por acidente ou 
dermatite por exemplo, além de ter fluxo livre, faz garrote, pega a veia calibrosa e depois 
solta o garrote. 
 
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44 GIULIA SPINOLA 
• Sangue arterial – de difícil coleta; sangue venoso – fácil coleta 
 
Sangue total: tem que ter fluxo livre e a amostra não pode coagular, para isso: 
• Colher o sangue e colocar o aparelho na hora (segundos) 
• Coletar em seringas com heparina (geralmente são prontas com heparina de baixo peso 
molecular), o correto é colher por vacutainer e colocar nos tubos específicos verdes e isolar 
mesmo a seringa, ela tem essa possibilidade. 
Quando vai realizar o exame precisa “ avisar “ o aparelho algumas coisas importantes como a 
fração inspirada de O2 em % ou valor absoluto, o tipo de sangue, a temperatura do paciente 
antes da coleta, e nos aparelhos mais antigos de uns 20 anos atrás precisa fazer antes o 
hematócrito pra saber hemoglobina, hoje em dia sai junto e não precisa ser feito antes. 
Seringa heparinizada: Heparina normal altera o valor dos eletrólitos, só pode ser interpretado 
a Hemogasometria. 
Vedação imediata: Vedar a seringa para não permitir que o ar entre (tem seringa que já tem), 
se não tiver, pegar um pedaço de borracha e espetar a agulha na borracha. - Condição 
anaeróbica 
Processar amostras imediatamente, a refrigeração em gelo conserva amostra por até 2 horas 
(água com gelo na mesma proporção), ou seja, se você manda uma amostra e o laboratório 
não te libera o resultado nesse período de 2 horas a amostra já é inválida , se não colocar a 
amostra em conservação na água com gelo, a amostra dura apenas 30 minutos, não mais do 
que isso, e torna-se inviável para um exame fiel. 
Temperatura corpórea e hemoglobina: Tem que tirar a temperatura do paciente após a coleta, 
porque se não der a temperatura na hora da coleta, a amostra não vale. E se tiver em aparelhos 
mais antigos, também precisa dar para o aparelho o valor de hemoglobina. - Maior impacto 
sobre a pO2 e pCO2 que sobre o bicarbonato ou excesso/déficit de base. 
No que o exame pode ajudar? 
1. Avaliar o equilibrio ácido – base: Melhor sangue arterial mas pode ser sangue venoso 
2. Avaliar funcão respiratória/pulmonar: Somente sangue arterial 
 
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SISTEMAS DE REGULAÇÃO NO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO NO ORGANISMO 
 
O hidrogênio só muda se mudar o bicarbonato ou o CO2 (gás carbônico). Essa teoria diz que o 
hidrogênio no corpo nunca se muda sozinho pois está numa relação de equilíbrio com duas 
outras coisas muito importantes que é o bicarbonato e CO2, ou seja, ele nunca muda de forma 
primária, sendo sempre uma consequência do que vai acontecer com o bicarbonato e CO2. 
➢ Ou tem alteração respiratória que muda CO2 e automaticamente muda o hidrogênio. Quem 
controla o CO2 é a respiração, através dos pulmões. 
➢ Ou tem doença metabólica que muda o bicarbonato e muda o hidrogênio. Quem controla o 
bicarbonato no corpo é a parte metabólica, principalmente o rim. 
Bicarbonato ou CO2 MUDA hidrogênio! O rim é o órgão responsável pelo controle e 
tamponamento usando bicarbonato, o bicarbonato em situações fisiológicas quando quer 
eliminar aumenta excreção na urina e quando quer guardar diminui excreção na urina, ou seja, 
o rim controla o bicarbonato. 
De acordo com o teórico, se juntar Hidrogênio + bicarbonato irá gerar gás carbônico + água. 
Por isso, o hidrogênio só irá mudar se mudar o bicarbonato ou CO2. 
H + HCO3 ---------------------CO2 + H2O 
Usando a teoria de reação em equilíbrio (A + B = C+ D); se aumentar alguma coisa de algum 
lado da reação, quem está do outro lado, aumenta junto. Quem está do mesmo lado inverte o 
sinal; E o mesmo princípio vale para o contrário, por exemplo, se diminuir B, quem está do 
outro lado ( C ) diminui também, quem está do mesmo lado, sentido inverso. 
Como interpretar? 
1° passo: olhe para o pH - Está normal, ácido ou alcalino em relação à faixa normal (7,27 a 7,40) 
2° passo: qual distúrbio ácido-básico justifica esse pH? 
3° passo: considerar três variáveis – pH (acidose ou alcalose); HCO3; Pco2 
 
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PH - DEPENDE [ ] HCO3 DISSOLVIDO E DE CO2. 
Os termos acidemia e alcalemia referem-se ao pH no fluido extracelular. Ácido é uma molécula 
capaz de doar prótons hidrogênio (H+), sendo forte quando a tendência de se dissociar é forte. 
O principal ácido do sangue é o dióxido de carbono (CO2). A principal base do sangue é o 
bicarbonato. 
É importante lembrar que o pH varia inversamente à concentração de H+. 
HCO3 ------------→ distúrbios metabólicos 
CO2 --------------→ distúrbios respiratórios 
 
pH baixo no sangue – acidemia (aumentar hidrogênio); 
• Diminui bicarbonato – aumentou hidrogênio (acidose metabólica); 
• CO2 aumenta – hidrogênio aumenta (acidose respiratória) 
Se abaixar o hidrogênio o pH fica alto = alcalemia 
• Aumentar o bicarbonato – hidrogênio diminui = alcalose metabólica 
• Diminuir o CO2 – hidrogênio aumenta = alcalose respiratória 
Exemplo: Onde descobrimos em uma interpretação primária uma alcalemia com alcalose 
respiratória, e daí nos perguntamos quais seriam as causas disso? 
Canino, SRD, M, 12ª. Traumatizado há 12 horas 
pH = 7,49 – alcalemia 
PaCO2 = 26 – alcalose respiratória 
Alcalose Respiratória 
É a redução da pressão parcial do gás carbônico no sangue decorrente da respiração rápida ou 
profunda (Taquipneico, mas não exagerado), e pode ocorrer por excitação do sistema nervoso 
 
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central (SNC), hipóxia, estímulo do centro respiratório, febre, afecções hepáticas com aumento 
de amônia, sepse, choque, hipertireoidismo. 
Como compensação ocorre hipoventilação, redução da excreção renal de hidrogênio, maior 
eliminação de bicarbonato, migração de potássio para o interior da célula e de hidrogênio para 
fora dela. A diminuição na concentração plasmática de bicarbonato leva a aumento na retenção 
de Cl- para compensar, causando hipercloremia. O limite da compensação renal da alcalose 
respiratória ocorre quando os níveis de bicarbonato chegam a 12-12 mmol/L. 
Os exames demonstram aumento de pH (normal quando compensado), redução da pCO2, 
bicarbonato normal (ou reduzido quando compensando), hipopotassemia, hipercloremia. 
O tratamento deve ser a correção da causa de base. Se o paciente estiver agitado, podem-se 
administrar sedativos para diminuir a frequência respiratória. 
A Redução do PCO2 faz o pH elevar-se: 
• PCO2 < 35 mmHg 
• pH > 7,45 
CAUSAS 
1. Hipertermia: medir a temperatura para avaliar 
2. Aumento da demanda de oxigênio: (exercício - animal estava em atividade? Teve lesão 
muscular? /SIRS? /Sepse? /DOR?) 
3. Baixo aporte de oxigênio (ficou preso sem O2?) 
4. Alterações centrais: estresse 
5. Hiperventilação: avaliar se ele está na ventilação e se está feita adequadamente? 
ALTERAÇÕES DE PH 
pH = 6,1 + log [HCO3-]/ 0,03 (PCO2) 
 
pH baixo – acidemia 
• HCO3 baixa – acidose metabólica 
 
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• PCO2 alta – acidose respiratória 
pH alto – alcalemia 
• HCO3 alta – alcalose metabólica 
• PCO2 baixa – alcalose respiratória 
Quando pedir a hemogasometria? 
Casos graves: 
• Doenças metabólicas importantes (endócrinas todas) 
• Quadros infecciosos 
• Perda de débito cardíaco 
• Alterações respiratórias 
• Na emergência é quase todo mundo, por isso é tão pedida, quem não pede fica sem 
essas ferramentas 
 
O organismo sempre irá reagir opostamente ao que acontece na doença como tentativa 
compensatória. O organismo sempre se defende, ele desencadeia um mecanismo de defesa 
pra fazer o pH voltar mais perto possível da normalidade, mas como isso ocorre: minimizando 
um problema, pois se o pH sai muito fora da normalidade ele perde o sistema de metabolismo, 
e metabolismo é enzimae para trabalhar elas precisam de pH correto. Se o pH altera muito ele 
para o ciclo de Krebs, piora contratilidade cardíaca, FH, respiração, sistema gastrointestinal, o 
paciente começa a morrer mesmo. E a defesa é 100% contrária do que a doença está 
produzindo. 
 
Exemplo: animal com cetoacidose diabética, ou seja, ele tem uma acidose metabólica, como 
ele de defende? O contrário seria a alcalose respiratória, ou seja, você olha o animal na 
internação com cetoacidose diabética ele está taquipneico, ele se defende compensando para 
fazer o pH voltar mais perto do normal. 
 
Exemplo 2: paciente com hemorragia pulmonar onde não consegue eliminar CO2 direito e daí 
o CO2 aumenta levando a uma acidose respiratória, qual é a defesa dele? Fazer uma alcalose 
metabólica aumentando bicarbonato e compensando. 
Se o organismo desenvolver uma doença grave ele tem que ser capaz de se defender, se ele 
não fizer isso ou fizer de forma errada, significa que ele tem uma outra doença associada 
chamado de PADRÃO MISTO. 
Exemplo: Diarreia (alteração metabólica) e pneumonia (alteração respiratória); Fibrose 
pulmonar (alteração respiratória) com doença renal (alteração metabólica) 
 
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49 GIULIA SPINOLA 
Caso feito em aula 
1. Qual o problema e qual a compensação? Se o paciente apresenta uma acidemia o problema 
só pode ser uma acidose, a alcalose é a defesa-compensação nesse caso. O problema é aquele 
que está direcionando para o pH. 
2. Próximo passo: medir o tamanho do problema! 
a. Pega a média do valor de referência (no caso abaixo era 22), e ela caiu para 10 ou seja caiu 
12, o problema é -12 de bicarbonato, para se defender espera-se que o organismo faça 
uma alcalose respiratória, porém não é qualquer valor, tem que ser o valor esperado, existe 
para cada tamanho de problema uma defesa que se espera do organismo. E se ele tiver a 
parte respiratória saudável ele vai estar dentro dessa janela. 
b. E como calcula isso? Precisa calcular o CO2 esperado. PCO2 esperado = Média do PCO2 + 
problema x fator (primeiro multiplica sempre) 
 
Calcular a defesa: 
I. Média do CO2 = 37 
II. Problema = -12 
III. 0,7 – é um fator preexistente 
Margem de erro: 
• 26,6 (28,6 – 2) 
• 30,6 (28,6 + 2) 
Se o animal teve o CO2 de 15 e o valor esperado seria de 26,6 a 30,6, se está fora significa que 
a defesa não está boa. E quando der fora significa que tem um problema MISTO, ou seja, tem 
uma segunda doença associada. Ou seja, esse paciente tem duas doenças, tem a cetoacidose 
diabética que deu uma acidose metabólica mas a parte dele não é normal e a doença/alteração 
que de uma alcalose respiratória, daí ele fala como exemplo de que o animal pode ter 
cetoacidose diabética com sepse vai dar esse padrão 
Resposta: acidose metabólica e alcalose respiratória (padrão misto) 
 
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50 GIULIA SPINOLA 
Caso feito em aula 
O animal tinha uma acidose metabólica com valor de referência 37 e estava respondendo com 
uma alcalose respiratória com valor de referência 22. 
 
O valor passado de acidose foi 50 e o valor passado de alcalose foi 27 
• Calculando o problema: 50 – 37 = + 13 *usou-se o valor de acidose porque é a doença 
• Calculando o bicarbonato esperado: 22 (valor referência) + 13 x 0,25 (valor fixo) = 25,25 
• Margem de erro: 23,25 a 27,25, logo se a alcalose estava 27 ESTÁ DENTRO DO VALOR 
ESPERADO E ESTÁ RESPONDENDO CORRETAMENTE. 
VALOR COMPENSÁTORIOS USADOS ESPERADOS 
1. Alterações metabólicas: resposta compensatória respiratória 
• 1 HCO3 = 0,7 PCO2 
2. Alterações respiratórias: resposta compensatória metabólica 
a. Acidose aguda (3 a 5 dias) 
• 1 PCO2 = 0,15 HCO3 
b. Acidose crônica (5 a 30 dias) 
• 1 PCO2 = 0,35 HCO3 
c. Acidose hipercrônica (mais que 30 dias) 
• 1 PCO2 = 0,55 HCO3 
d. Alcalose aguda (3 a 5 dias) 
• 1 PCO2 = 0,25 HCO3 
e. Alcalose crônica (mais que 7 dias) 
• 1 PCO2 = 0,55 HCO3 
Os dias são há quanto tempo o animal vem apresentando os sintomas 
Quando eu tiver alterações metabólicas e vai compensar na respiração o fator é sempre 0,7. 
Não interessa se é acidose, alcalose, se o problema for metabólico o fator sempre vai ser esse. 
Já se a alteração for respiratória se for acidose ou alcalose faz diferença e também a quanto 
tempo esses pacientes tem os sintomas. Avalia qual é a alteração e quanto tempo ele tem os 
sintomas. 
 
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51 GIULIA SPINOLA 
Caso dado em aula 
Canino, SRD, M, 12 a. Traumatizado há 3 dias. 
Qual o desiquilíbrio primário? 
pH = 7,49 
PaCO2 = 27 mmHg (30,8 – 42,8 mmHg) (37) 
HCO3 = 19 mEq/L. (18,8 – 25,6 mEq/L) (22) 
A compensação está dentro do esperado? 
HCO3 esperado = 22 – 10 x 0,25 = 22 – 2,5 = 19,5 (17,5 a 21,5) 
Logo, o problema é exclusivamente ALCALOSE RESPIRATÓRIO. 
Quando calcula o valor esperado compara o resultado com valor calculado, se der dentro 
compara com o valor da referência em seguida, quando der dentro desses dois valores a 
nomenclatura é: distúrbio simples 
NOMENCLATURA DOS DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS 
Dentro + dentro = Distúrbio Simples 
Distúrbio primário + palavra simples 
o Significa: Nenhuma ou Baixa resposta compensatória 
o A alteração não é tão grave ou passou tão pouco tempo que o organismo ainda não se 
defendeu, não precisou fazer alterações compensatórias. 
Ex: alcalose respiratória simples 
Dentro + fora = Quadro com compensação/ Compensados 
Distúrbio primário + palavra com + distúrbio compensatório + palavra compensatória 
o Alteração Sistema primário 
o Resposta compensatória sentido oposto 
Ex: acidose metabólica com alcalose respiratória compensatória 
Fora = Combinados/ Distúrbio Misto 
o Resultado já deu fora da compensação quando isso acontece chamamos de distúrbio 
misto nem precisa comparar com a referência. 
o Alteração patológico concomitantes nas duas direções 
Padrão misto + os dois distúrbios 
Ex: padrão misto de acidose metabólica e alcalose respiratória 
 
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52 GIULIA SPINOLA 
Exercício- Qual o desiquilíbrio principal? 
Canino, SRD, M, 12 anos. 
o pH = 7,1 
o PaCO2 = 27mmHg (30,8 – 42,8 mmHg) (37) 
o HCO3- = 8 mEq/L (18,8 – 25,6 mEq/L) (22) 
A compensação está dentro do esperado? 
Acidose metabólica – redução de HCO3- (22-8 = 14) 
Compensação: PaCO2 esperado = 37 – (14 x 0,7) = 27,2 (25,2 a 29,2) 
acidose metabólica com alcalose resp. compensatória 
 
Alcalose Metabólica 
É o aumento da concentração de bicarbonato plasmática e do pH (redução de H+), manifestado 
pela alcalemia. Em outros animais, ocorre por perda de hidrogênio e cloretos (vômito), 
diuréticos em que se perdem ácidos na urina, corticóides, alterações duodenais, 
Hiperaldosteonismo, hiperadrenocorticismo. 
o A hipovolemia favorece a alcalose (nesse caso o bicarbonato não consegue ser 
eliminado, pois o H+ está sendo reabsorvido nos túbulos distais). 
o A hipocalemia é outra situação que contribui para a alcalose (aumento na reabsorção 
de bicarbonato). 
O tratamento baseia-se na correção da causa de base. Além disso, pode-se fazer fluidoterapia 
com solução salina a 0,9%, e deve-se corrigir desequilíbrios eletrolíticos. O prognóstico é 
reservado 
CAUSAS 
1. Administração de soluções alcalinas (i.e. bicarbonato) 
2. Alcalose responsiva ao cloro 
• Alcalose pós hipercapnia 
• Perda desproporcional de cloro: (vomito e uso de diuréticos) 
3. Alcalose não responsivas ao cloro: Excesso de mineralocorticoides (HAC, 
Hiperaldosteonismo) 
O aumento do HCO3 faz o pH elevar-se: 
• HCO3 > 26 mmEq/L 
• pH > 7,45 
 
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53 GIULIA SPINOLA 
Acidose Respiratória 
Está caracterizada por diminuição do pH e por um aumento na pressão parcial de gás carbônico. 
Ocorre devido a uma hipoventilação pulmonar que leva ao acúmulo de CO2. Esta 
hipoventilação pode ser ocasionada por problemas que provoquem falhas nas trocas de gases 
nos alvéolos, tais como obstruções no trato respiratório, pneumonia, pneumotórax, enfisema,transtornos neuromusculares, doenças ou drogas que deprimam o SNC (centro respiratório) 
ou inalação de CO2 em excesso. De especial importância é a anestesia geral inalatória em 
sistema fechado. Nestes casos a pCO2 mantém níveis elevados, porém, se a absorção do CO2 
no sistema de anestesia estiver ineficiente ocorrerá um acúmulo de gás com consequente 
acidose respiratória. 
A resposta compensatória de curto prazo será inoperante devido ao comprometimento 
pulmonar, sendo, portanto, dependente dos mecanismos compensatórios renais de longo 
prazo. Esta resposta compensatória será feita mediante a retenção de HCO3 – (bicarbonato) e 
o aumento da excreção de H+ (hidrogênio). Nestes casos não é aconselhável fornecer 
bicarbonato exógeno, pois o mesmo será excretado sem afetar a concentração final de HCO3 - 
sanguíneo. 
CAUSAS 
o Depressão respiratória central: Fármacos, AVC, Neoplasia e Cinomose 
o Doenças no sistema respiratório: Pneumonia, Edema, Fibrose pulmonar, Contusão 
pulmonar, Efusões pleurais e pneumotórax 
o Doenças musculoesqueléticas: Paralisias flácidas 
o Ventilação controlada 
O aumento da PCO2 faz cair o Ph 
• PCO2 > 45 mmHg 
• pH < 7,45 
 
Acidose Metabólica – dividido em dois grupos/causas 
A acidose metabólica é caracterizada por uma queda no pH e na concentração de HCO3 – 
(bicarbonato). Pode ser causada pelo aumento de íons H+ ou pela perda de bicarbonato. 
Causas: 
o Acúmulo de ácido láctico ou de corpos cetônicos, em alguns estados fisiológicos como 
exercício exagerado, jejum prolongado, diabetes ou cetose em vacas recém paridas ou em 
ovelhas com gestação avançada. 
 
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o Falhas renais que levem a uma menor capacidade de reter HCO3 - ou para excretar H+, ou 
também devido a perdas de bicarbonato em uma diarréia severa. Também pode ser devido 
à ingestão de salicilatos, paraldeído, metanol ou etilenoglicol. 
A resposta compensatória inicial é feita pelos sistemas tampão extracelulares, especialmente 
o tampão bicarbonato. Os sistemas tampão intracelulares (proteínas e fosfato) também 
contribuem no processo de tamponamento. 
Na acidose, o excesso de H+ extracelular invade o espaço intracelular, deslocando o K+ de 
dentro para fora da célula (troca catiônica). Este evento ajuda a prevenir o aumento excessivo 
de H+ extracelular. Essa troca pode causar hipercalemia, mesmo que as reservas de potássio 
no organismo estejam diminuídas devido a perdas no rim ou intestino. 
O efeito compensatório rápido será feito pelo pulmão. O decréscimo no pH é captado pelos 
químio-receptores dos grandes vasos, estimulando uma hiperventilação que causa uma 
diminuição da pCO2. Este efeito é, contudo, de curta duração. O efeito compensatório à longo 
prazo requer a ação do rim. Quando não há lesão renal, os túbulos aumentam a reabsorção de 
HCO3 - e a excreção de H+, especialmente sobre a forma de íons amônia (NH4+), uma vez que 
a excreção de H+ via fosfato não tem capacidade de aumentar muito. A compensação de uma 
acidose metabólica pode ser comprometida quando há deficiência da função renal. 
A redução do HCO3 faz cair o pH 
• HCO3 < 22 mmEq/L 
• pH < 7,35 
ÂNION GAP AUMENTADO/ GANHA ÁCIDO – AUMENTO HIDROGÊNIO 
O animal possui uma doença que produz ácido, ou seja, o corpo ganha ácido. Quando o 
problema for produção de ácido, evitar dar bicarbonato. 
• Intoxicações por ácido salicílico 
• Intoxicação por ácido glicólico (metabólico de etilenoglicol) 
• Cetoacidose diabética 
• Acidose láctica: corpos cetônicos na cetoacidose 
• Acidose urêmica 
• Neoplasias por hiperlactatemia – produz ácido por anaerobiose 
• Parada cardíaca - produz ácido por perfusão 
ÂNION GAP NORMAL – PERDE BICARBONATO 
Para tratamento pode dar bicarbonato aumentando a sobrevida do animal, dar bicarbonato 
até voltar à normalidade. 
• Diarréia por perda intestinal de bicarbonato 
• Hipoadrenocorticismo 
 
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• Acidose tubular renal 
• Inibidores da anidrase carbônica 
• Ingestão de cloreto de amônia 
• Infusão de aminoácidos catiônicos 
• Acidose metabólica pós hipocapnia 
• Diluição plasmática por infusão de cloreto de sódio. 
TRATAMENTO 
Se for um ou o outro muda completamente o tratamento, pois se o problema de acidose é por 
estar produzindo o ácido deve-se evitar ao máximo dar bicarbonato. 
Quando produzir ácido, só vai dar bicarbonato se o pH for menor que 7.2 OU bicarbonato 
menor do que 8. Se der pode aumentar a mortalidade. 
pH < 7.2 
ou 
HCO3 < 8 
Se o problema for excesso de produção de hidrogênio eu só vou dar bicarbonato se o pH baixar 
de 7.2 ou bicarbonato abaixo de 8, pois quando acontece isso o organismo já entrou em colapso 
tendo dificuldades de manter funções vitais, daí precisa dar um pouquinho pra chegar o pH ao 
menos em 7.2. 
Agora se o mecanismo de acidose metabólica for perder bicarbonato como em uma diarréia 
por exemplo, a gente vai normalizar o pH dando bicarbonato. Isso acelera a recuperação e 
melhora o prognóstico do paciente. 
Para saber qual dos dois que está acontecendo faz-se uma técnica chamada ânion gap. 
 ânion gap normal é perda de bicarbonato, então pode fazer. 
 ânion gap aumentado é porque produz ácido (hidrogênio) e só faz pH menor 7.2 
Calculo: 
 
 
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Teoria do ânion gap: todas as cargas negativas do corpo somada são iguais todas as cargas 
positivas somadas. 
(sódio + potássio) – (cloro + bicarbonato) = ânion gap 
• Por isso é tão importante fazer os eletrólitos juntos, nesse caso com a coleta correta. 
• Os valores devem ser comparados com valores de normalidade 
Se somar tudo que tem de negativo no corpo é igual tudo que tem de positivo, ninguém tem 
voltagem, temos uma neutralidade, tem coisas que medimos, que são íons negativos 
bicarbonato e cloro, e os que não saem no exame eles chamam de ânions não mensuráveis (ex: 
boro, sulfato, carbonato, citrato), a mesma coisa acontece do lado positivo, medimos sódio e 
potássio e o resto não vai sair no exame (ex: cálcio, ferro, cobre), se fosse medir tudo teria que 
medir a tabela periódica inteira. Ele chamou de cátions não mensuráveis. 
Ou seja, a diferença desses dois caras que a gente não mede, é o ânion gap, porem como vou 
medir aquilo que não sei o valor e descobriram que é a mesma coisa que medir o (sódio + 
potássio) – (cloro + bicarbonato). 
Valores normais: 
Cães 12 a 24 mEq/L 
Gatos 13 a 27 mEq/L 
➢ Acidose metabólica com ânion gap aumentado só fazer bicarbonato se tiver pH menor que 
7,2. 
➢ Se tiver ânion gap normal, perdeu bicarbonato. Fazer bicarbonato até o pH ficar bom 
TERAPÊUTICA 
Se repor bicarbonato em quem não deve: aumenta a acidose no SNC deprimindo o paciente ou 
pode dar sequelas neurológicas. E aumenta hipóxia dos tecidos, terá uma alcalose após 
aplicação de insulina e aumenta a mortalidade e retarda a recuperação. LOGO TOMAR 
CUIDADO COM A TERAPEUTICA. 
Reposição de bicarbonato no diabético 
O que acontece se fizer bicarbonato pra quem não pode? 
Como exemplo um diabético com pH 7.3 com ânion gap aumentado, faço bicarbonato, 
primeiro aumenta acidose no cérebro o que deprime o paciente, segundo aumenta hipóxia nos 
tecidos e acelera mortalidade, quando fizer a insulina vai virar alcalose no final das contas 
morre mais e quem não morrer demora mais pra se recuperar. 
 
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Casos clínicos 
1. Canino, SRD, M, 8 anos (há 4 dias) 
• pH = 7,2 
• PaCO2 = 80 mmHg (37) 
• HCO3- = 22 mEq/L (22) 
PaCO2 aumentou = 80 – 37 = 43 
HCO3- esperado = 22 + 43 x 0,15 = 28,45 (26,45 – 30,45) 
Resultado: Acidose respiratória e acidose metabólica – padrão misto 
2. Canino, SRD, M, 12 anos (há 5 dias) 
• pH = 7,52 
• PaCO2 = 26 mmHg (37) 
• HCO3- = 21 mEq/L (22) 
PaCO2 diminuiu = 37 – 26 = 11 
HCO3 esperado = 22 – 11 x 0,25 = 19,25 (17,25 – 21,25) 
Resultado: alcalose respiratória simples

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